Buscar artigo ou registro:

 

A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL 

 

Elisangela Monteiro dos Santos



RESUMO

A importância e necessidade de leitura na vida de qualquer indivíduo são evidentes, pois onde quer que vá ou que se faça depende da leitura como um rumo norteador. Neste contexto o objetivo desse trabalho foi centrar no quesito ‘leitura’ e da importância do ato de ler, mais precisamente, no ensino fundamental, visto que as crianças precisam ser ensinadas a folear livros e também conhecer as outras formas de leituras, como a visual, a verbal e a não verbal. E como o processo de ensino é feito com as crianças, como os professores atuam para prender a atenção dessas crianças, que nesta faixa etária é uma tarefa árdua. Consideramos que as práticas iniciais de leitura e o engajamento das crianças nessas atividades são uma importante contribuição para os estudantes tomarem gosto pela leitura   Este trabalho mostra uma breve percepção histórica da leitura, e como a leitura pode influenciar na vida da criança. O presente trabalho centrou-se numa abordagem qualitativa que se utilizou da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Realizamos diversas leituras específicas para sabermos mais sobre o processo de aprendizado nas escolas. Após análise de dados, ficou evidente que a leitura é um fator primordial para a vida escolar de uma criança e principalmente no ensino fundamental, pois é uma fase de muita aprendizagem.

 

PALAVRAS – CHAVE: Leitura. Aprendizagem. Conhecimento.

 

1 – INTRODUÇÃO

O tema A Importância da prática da Leitura no Ensino Fundamental apresenta uma reflexão sobre a maneira pela qual se dá a inserção da criança nas práticas de leitura no ensino fundamental. 

 Assim o objetivo do trabalho foi realizar uma pesquisa para compreender como se dá a inserção dos estudantes nas práticas de leitura. 

Percebe-se que esse momento destinado a leitura para o deleite e para a alfabetização fez com que as crianças desfrutassem de exercícios imaginativos, pois naquele momento elas tanto lêem como contam suas histórias para seus colegas, geralmente de forma fabulosa, variando conforme a imaginação individual, mas no decorrer do trabalho falaremos detalhadamente sobre estes aspectos da leitura no espaço do Cantinho da Leitura

Esse tema foi escolhido visando à importância da leitura por acreditar que o hábito de ler desempenha uma considerável força na vida social política e econômica e tendo em vista que este processo poderia se dar já no seu primeiro contato com a escola. 

O presente trabalho foi realizado com base nas pesquisas bibliográficas, online e na própria convivência em sala de aula.

Pela leitura a criança potencializa o desenvolvimento integral. Também pode se expressar, de maneira a dizer o que sente, criar maneiras para enunciar seu mundo e deslocar-se quanto aos pontos de vista comuns.  

Como afirma FREIRE, 2001:

 

Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mais gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, do processo de conhecer em que se acha. Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido; daí entre outros pontos fundamentais, a importância do ensino correto da leitura e da escrita. É que ensinar a ler engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão. “Da compreensão e da comunicação” (FREIRE 2001p.1). 

 

           É importante ressaltar que, as professoras não só estimulam os estudantes, inclusive dando incentivos que ajudam na autoestima, fazendo-os entender que são importantes e que as práticas de leitura são para o desenvolvimento e crescimento pessoal como também sentem-se gratificadas

Para Libâneo:

 

A reflexão sobre a prática não resolve tudo, a experiência refletida não resolve tudo. São necessárias estratégias, procedimentos, modos de fazer, além de uma sólida cultura geral, que ajudam a melhor realizar o trabalho e melhorar a capacidade reflexiva sobre o que e como mudar (LIBÂNEO, 2005, p. 76).



Pois o incentivo do professor é fundamental para que o aluno crie gosto pela leitura.

O texto está organizado, a partir do desenvolvimento, em subpartes:2.1 A leitura como inserção no processo de alfabetização; 2.2 Identificar quais as dificuldades dos leitores; 2.3 Como despertar o prazer pela leitura? 2.4 A leitura como desafio; Conclusão e referências bibliográficas. Assim, explica cada tópico de forma clara e objetiva.

 

2- DESENVOLVIMENTO

Para a criança ingressar no mundo da leitura não é preciso esperar que ela tenha idade escolar, podemos a partir dos primeiros anos de vida deixar que ela tenha contato com o mundo da leitura e de acordo com sua faixa etária ir se familiarizando com leituras mais sofisticadas, adentrando à alfabetização num processo contínuo e progressivo, e por outro lado, sabemos que o contato com a leitura se dá bem cedo pois a convivência no mundo letrado dá acesso a uma série de tipologias textuais que permitem que a criança visualize que faz parte de um mundo e de uma cultura que usa a escrita como uma importante forma de comunicação.

Sendo assim o importante é pensar como a criança pode se perceber como um leitor, e aprender a navegar nas habilidades do mundo letrado, praticando e desenvolvendo suas habilidades para a leitura, de maneira que isso contribua para com sua vida prática e também cumpra com os objetivos de escolarização, esta é uma premissa tanto da educação formal quanto da não formal - aquela realizada pela família -.

A leitura configura-se num instrumental que auxilia a transitar nas instituições públicas e privadas, além de cultura e saber a leitura é o desenvolvimento do pensamento e da possibilidade de vida na cultura letrada, dessa forma buscando esse conhecimento traz riqueza para si, e aumenta mais a sua  capacidade de compreensão, pois no momento em que a criança está lendo ela memoriza dados, faz conexões, extrai informações, dentre outras ações que garantem possibilidade de navegação no mundo letrado, muitas vezes as atividades dão prioridade à compreensão do texto lido ou estimula e leva o questionamento do que se lê e esses momentos são fundamentais para o processo de alfabetização e de aprendizado tanto da leitura quanto da escrita.

2.1. A leitura como inserção no processo de alfabetização 

 

    A leitura enquanto ato de aprofundamento linguístico na realidade tem profunda significação no processo de alfabetização, de formação e de interação. Segundo Dutra (2011, p13.), ler é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com o aluno, principalmente após recentes pesquisas que apontam ser esta uma das principais deficiências do estudante brasileiro. 

Os atos de alfabetização estão relacionados aos atos de leitura, de forma que a ampliação da visão de mundo dos estudantes está basicamente ligada aos atos de aprendizagem de leitura e de escrita, sendo assim a escola a responsável por inserir a criança no mundo das letras e ao mesmo tempo a responsável por ampliar o seu contexto de leitura de mundo.

    Aprimorar o conhecimento sobre a leitura através da pesquisa nos faz conhecer desde os primeiros passos a construção de um conhecimento adquirido pela criança e as formas que elas são ensinadas, pois esse aprendizado é muito importante para a inserção da criança na sociedade, e essa contribuição dá-se na sala de aula quando o professor proporciona atividades que incentivam e estimulam o aluno, pois a leitura destaca-se como um dos meios mais eficazes do aprendizado e faz a criança despertar vontade de conhecer também outros tipos de leitura, e isso será necessário que o professor faça uma observação para assim identificar no aluno quais tipos de leituras eles tem mais interesse.

A criança que tem o habito de ler possui um vocabulário diferenciado pois ela está falando daquilo que ela conhece, podemos observar em uma criança na fase da pré-escola, que nem sempre ela consegue ler pronunciando as palavras escritas, mais quando ela pega um livro de desenho ela é capaz de fazer a leitura visual identificando animais, paisagens, pessoas e aos poucos começa a fazer o que podemos chamar de leitura imagética. É neste momento que o docente que está em sala deve-se manter focado em saber como explorar a curiosidade pelas imagens, pelos livros ilustrados e outras possibilidades de leitura que não a leitura da palavra escrita, não impondo condições para que a leitura aconteça, mas estimulando tanto o desejo pela leitura quanto as suas possibilidades a partir dos mais diversos materiais ilustrados.

    Quando se fala em leitura visa-se o conhecimento e o desenvolvimento dos estudantes partir de todas as potencialidades dos livros e materiais ilustrados, não apenas um “livro de palavras”, mas também a leitura de imagem chamada de leitura visual, neste sentido o livro de imagem é também importante no processo de alfabetização. 

2.2. Identificar quais as dificuldades dos leitores.               

                                       

A escola deve ter grande preocupação na formação de leitores, pois é sabido que o professor é um formador e uma referência importante para o aluno. O docente precisa oferecer condições para instigar o gosto do aluno pela leitura, além de proporcionar a mediação dos momentos destinados a estas atividades, pois sabemos que as dificuldades dos alunos sobre a leitura muitas vezes são grandes, essas dificuldades também são sentidas pelas crianças, muitas vezes são encontradas dentro da própria casa, quando os pais não demonstram interesse em ajuda-los deixando somente sobre a responsabilidade da criança.

    Isso é observado em grande parte dos casos quando as crianças não demonstram interesse pela leitura, pois em casa elas não tem esse incentivo, pois o suporte é tido somente na escola e com isso cai o rendimento. Então é a hora que a escola se posiciona para tentar suprir as dificuldades enfrentadas em casa.

É importante lembrar que nem sempre o aluno tem oportunidade de diversificar suas leituras, nesse sentido, para Sole, 1998, p.51:

Muitos alunos talvez não tenham muitas oportunidades fora da escola, de familiarizar-se com a leitura; talvez não vejam muitos adultos lendo; talvez ninguém lhes leia livros com freqüência. A escola não pode compensar as injustiças e as desigualdades sociais que nos assolam, mas pode fazer muito para evitar que sejam acirradas em seu interior. Ajudar os alunos a ler, a fazer com que se interessem pela leitura, é dotá-los de um instrumento de aculturação e de tomada de consciência cuja funcionalidade escapa dos limites da instituição. (SOLÉ, 1998, p. 51)

 

Neste caso, se não houver um bom trabalho por parte do professor, com certeza esses alunos levarão essas dificuldades para a vida adulta, aumentando assim seus desafios pessoais de superação.

 

2.3. Como despertar o prazer pela leitura?                   

 

Garcia (1992, p. 31), afirma que os educadores devem “[...] praticar a leitura, capacitando o leitor a desenvolver o gosto pela leitura”, que consequentemente poderá obter o hábito da leitura, e assim, podendo aprimorar a escrita.

    As práticas de leitura que levem em consideração o lúdico e a diversidade de formas de contar e recontar histórias devem ser uma constante no aprendizado e formação dos professores, que precisam aprender também a tornar cada vez mais interessante as atividades de leitura e escrita.

     Ler em alta voz utilizando de sua palavra ou usando a imaginação, construir paisagens que retrata um conto ou uma história a partir da narração, criar possibilidades de contar histórias no coletivo... estas são algumas das maneiras de se pensar a leitura, sempre possibilitando que as crianças possam expressar seus sentimentos. Um bom incentivo o leitor é apresentar textos pequenos com desenhos, onde possam ver e criar a partir dos mais diversos tipos de paisagens e ilustrações.

Uma educação, que prioriza a formação do leitor como exercício de cidadania, necessita criar condições para que o aluno consiga desenvolver a competência discursiva. Em sala de aula, a leitura se dá, principalmente, pelo estímulo e motivação. Segundo Agnolin (2006, p. 2) ‘‘muitas vezes podemos ter em mente a importância de escolher um bom livro, pois esse certamente vai estimular a pessoa ao habito de ler e imaginar a realidade dos fatos escritos”.

     

2.4. A Leitura Como Desafio 

 

    Ao incentivar a leitura como um desafio a imaginação faz a criança viajar no tempo, a qual possibilita o crescimento intelectual, e isso pode ser visto por meios de contos e através de atividades motivadoras utilizando se da sua imaginação para elaborar frases, contos e brincadeiras em interação com os colegas.

    Destacam-se, nas DCEs (2008) que, a oralidade, a escrita e a leitura são práticas discursivas e que no “processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, 

mais possibilidades se têm de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo.” (p. 55)

    O ato de incentivar a criança e também o adulto a ler, significa que serão pessoas que vão encontrar menos dificuldade no seu dia a dia, seja para trabalhar, interagir e criar, portanto a leitura é um instrumento que edifica e constrói o pensamento ela não se esgota pelo fato de estar sempre em evidencia

 

 

3- CONCLUSÃO  

          Através de pesquisas bibliográfica e online, pude ter uma visão mais ampla sobre o ato da leitura, e suas contribuições. Compreendi melhor o como ensinar, e também os valores para quem aprende, pois são crianças descobrindo através da leitura realidades fora do seu cotidiano, enriquecendo seus conhecimentos e crescendo cidadãos críticos e preparados para um futuro desafiador.

    Percebi o quão é importante o espaço nas salas para se desenvolver esse trabalho que é a qualificação de indivíduos letrados.

Observei também, como a leitura tem um lugar diferenciado nas escolas, e que além dos horários de aulas regulares, a mesma conta com a sala de reforço para assim auxiliar seus alunos que apresentam algumas dificuldades. 

Com isso concluí que foi de suma importância realizar esse trabalho, onde busquei me informar como realmente acontece o processo de prática da leitura e assim pude ver que a leitura se inicia desde cedo na escola e que na fase do ensino fundamental essa prática ganha espaço ainda maior, pois, inicia-se uma fase de muitas pesquisa, interpretação, etc. portanto, ler sempre será o caminho para o desenvolvimento pessoal do aluno, social e cultural. 

4-REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.

 

BAMBERGER, R. Como incentivar o hábito da leitura. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1991.




GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. 11. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1983.

 

LAJOLO, M. Do mundo de leitura para a leitura do mundo. 2. ed. São Paulo: Ática, 1994.

 

KLEIMAN, A.; MORAES, S. E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999.

 

LOPES, S. R. A legitimação em Literatura. Lisboa: Cosmos, 1994.

 

MAGNANI, M. R. M. Leitura, literatura e escola. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

 

ORLANDI. E. P. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez, 1988.

 

OSAKABE, H. O mundo da escrita. In: ABREU, M. (Org.). Leituras no Brasil. Campinas: Mercado Aberto, 1995.

 

PERRONE-MOISÉS, L. Altas literaturas: escolha e valor na obra crítica de escritores modernos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.




NUNES, Izonete et al. A importância do incentivo à leitura na visão dos professores da escola Walt Disney. In.: Revista eletrônica online. Editora: REFAF –, 2012

<https://www.puc-rio.br/.../ccg/.../seminario_pibid_sudeste_201510_cassia_roque.pdf>

Acesso em:28 Dez 2017

 

A importância da leitura nos anos iniciais escolares /Debora Souza Neves Gonçalves – 2013. < www.ffp.uerj.br/arquivos/dedu/monografias/dsng.pdf> Acesso em:28 Dez 2017

                                            CARLETI, Rosilene Callegari. A leitura: um desafio atual na busca de uma educação globalizada.

                                               

ES 2007; disponível em http://www.univen.edu.br/revista. Acesso em junho de 2011. Acesso em:28 Dez 2017

 

PNBE NA ESCOLA, LITERATURA FORA DA CAIXA, GUIA 1 EDUCAÇÃO INFANTIL.

 

LIBÂNEO, José Carlos. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2005. disponível em:<//https://</repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/.../TCC-Borghesan.pdf? sequence.>

Acesso em:28 Dez 2017

 

GARANHANI, M. C. A Docência da Educação Infantil. IN: SOUZA, G. de. (org.)

 periódicos. anisanta disponível em:<//https://

.br/index.php/hum/article/download/421/431de I da Silva Coelho - ‎2015 - ‎Artigos relacionados



BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília, 1997. 

Disponível em:<//https:// www.editorarealize.com.br/.../trabalhos/Modalidade_1datahora_29_05_2014_22_00...de FJ da SILVA>Acesso em:02 Jan 2018.

 

DUTRA, Vânia L. R. Abordagem funcional da gramática na Escola Básica. Anais do VII Congresso Internacional da Abralin. Curitiba, 2011. Disponível em: www.abralin.org.

Acesso em 17 Deze 2017.

 

BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 1998.

bdm.unb.br/bitstream/10483/4458/1/2011_MariaRitadeLimaTorres.pdf

Acesso em: 05 Jan 2018.

 

KRIEGL, Maria de Lourdes de Souza. Leitura: um desafio sempre atual. Revista PEC, Curitiba, v. 2, n.1, p. 1-12, 2002. Acesso em 05 Jan 2018.