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O LUDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇAO INFANTIL 

ALVES Bortolini Marines

RESUMO

O projeto fala sobre o Lúdico na Educação Infantil e pretende-se mostrar que o conhecimento construído através da ludicidade, poderá auxiliar a criança a obter melhor desempenho na aprendizagem. A infância é a idade das brincadeiras. Através delas a criança se satisfaz, em grande parte, seus interesses necessidades e desejos. As brincadeiras dão a oportunidade hás crianças de refletirem sobre o mundo. É através do lúdico que ela ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo. O objetivo é dar ao educador a oportunidade de compreender a importância das atividades lúdicas na educação infantil. O lúdico deve ser aplicado na prática pedagógica no sentido de contribuir para a aprendizagem da criança, possibilitando ao educador tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas. Através do lúdico, no desenvolvimento integral da criança, ela desenvolve a expressão oral e corporal, leva ao autoconhecimento, socializa a criança traz alegria, leva ao prazer desperta a imaginação, reduz a agressividade. No entanto o lúdico enquanto recurso pedagógico deve ser visto como uma situação séria e deve ser utilizado corretamente. Sendo que o papel do educador deve ser, intervir de forma adequada, deixando que o aluno adquira conhecimentos e habilidades; suas atividades visam sempre um resultado e uma ação dirigida para a busca de finalidades pedagógicas. Estudiosos como Vygotsky e Piaget fizeram análises de todo o processo do desenvolvimento infantil, mostrando a importância da presença do jogo na vida humana demonstrando que eles favorecem não apenas a aprendizagem, mas também o desenvolvimento e a interação social do indivíduo. A visão do lúdico como estratégia capaz de colaborar no processo de ensino-aprendizagem da educação infantil, tem sido muito discutida e trazida aos poucos para os ambientes escolares, por ser a brincadeira um dos universos da criança. Por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva.




Palavras-chave: Lúdico. Educação. Brincadeira. Aprendizagem. Educador.

 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 6

2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 8

3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 21

3.1 TEMA E LINHA DE PESQUISA 21

3.2 JUSTIFICATIVA 21

3.3 PROBLEMATIZAÇAO 22

3.4 OBJETIVO GERAL 22

3.5 OBJETIVOS ESPECIFICOS 23

3.6 CONTEUDO 23

3.7 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO 24

3.8 TEMPO PARA REALISAÇAO DO PROJETO 25

3.9 RECURSOS E MATERIAIS 26

3.10 AVALIAÇAO 26

4 CONSIDERAÇOES FINAL 27

REFERENCIAS 29



 

  • INTRODUÇÃO

 

Aprender de forma lúdica pode proporcionar muitos benefícios para as crianças, às brincadeiras direcionadas ofertam às crianças um ambiente agradável e interessante; possibilitando assim, o aprendizado de várias habilidades úteis à sua vida social e afetiva.

O lúdico é indispensável para o desenvolvimento psicomotor e afetivo da criança. E deve ser encarada como uma ferramenta didática a mais, nas mãos do professor, como forma de tornar a aprendizagem mais prazerosa e eficaz.

A escolha do tema está relacionada ao lúdico, com o intuito de mostrar qual sua relevância no desenvolvimento da criança, sua importância metodológica e as possibilidades de interação e socialização que o mesmo proporciona.

O trabalho realizado segue uma linha de pesquisa bibliográfica, buscando encontrar autores que proporcionaram o suporte teórico necessário para a abordagem do tema proposto. Autores como Piaget, Vygotsky, entre outros, foram os escolhidos para contribuir na compreensão de que, o lúdico é significativo para a criança conhecer seus limites e construir seus conhecimentos.

Temos por justificativa que através do lúdico podemos conseguir uma educação de qualidade, pois brincando também se aprende desta forma nos remete ir ao encontro dos interesses e necessidades das crianças. 

Sendo Problematizadas as seguintes questões.

O espaço, a organização da rotina, os materiais disponíveis, as atividades propostas, na educação infantil permitem a experimentação de práticas educativas que valorizem a vivência de situações de cunho lúdico?

Este trabalho tem por objetivo, compreender que o lúdico é significativo para a criança conhecer seus limites e construir seus conhecimentos, não apenas como um passatempo, mas sim, como ferramenta para promover o aprendizado de forma significativa.

Na Educação Infantil a criança com certeza brinca, começa a fazer amigos, passa horas convivendo com diferentes pessoas que certamente não são seus familiares. No entanto, não é apenas isso o que acontece. Até os cinco anos de idade a criança viverá uma das mais complexas fases do desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual, emocional, social e motor, quanto mais rica e mais qualificada for hás condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam, mais significativo vai ser seu desenvolvimento. 

Uma instituição de educação infantil, precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se brinca, deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, com professores realmente preparados para acompanhar a criança nesse processo intenso de descobertas e de crescimento. Precisa propiciar a possibilidade de uma base sólida que influenciará todo o desenvolvimento futuro dessa criança. 

É papel da educação, formar pessoas critica e criativas, que criem, inventem, descubram, que sejam capazes de construir conhecimento. Não devendo aceitar simplesmente o que os outros já fizeram ou aceitando tudo o que lhes é oferecido. A ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional principalmente na educação infantil, seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento da aprendizagem e do desenvolvimento.

 

  • REVISÃO BIBLIOGRAFICA

 

O lúdico é qualquer atividade que executamos e que pode dar prazer, as brincadeiras, jogos e brinquedos na Educação Infantil são essenciais para o desenvolvimento das crianças, pois são atividades primárias, as quais trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. Brincando, a criança desenvolve a identidade e a autonomia, assim como a capacidade de socialização, através da interação e experiências de regras perante a sociedade. 

‘’Nesse sentido, na visão de Bertoldo (2011), quando fazemos porque queremos, pôr interesse pessoal, se referindo tanto à criança quanto ao adulto começamos a perceber a possibilidade, a facilidade de se aprender quando estamos brincando, pois na atividade lúdica, como na vida, há um grande número de fins definidos e parciais, que são importantes e sérios, porque consegui-los é necessária ao sucesso e consequentemente, essencial.

A satisfação que o ser humano procura que seria a de aprender. 

Nesse sentido, o lúdico vem ganhando atenção no meio acadêmico pela crescente quantidade de contribuições para a sua conceituação e reflexão, mas poucos têm constatado sua aplicação e sistematização enquanto ferramenta pedagógica, visto que, através das atividades lúdicas, as crianças adquirem marcos de referenciais significativos que lhes permitem conhecer a si mesmas, descobrir o mundo dos objetos e o mundo dos outros, experimentando também, situações de aventura, ação e exploração, como características impostergáveis da infância. 

Assim, Wayskop (1995) destaca que com o jogo, as crianças fixam convicções de justiça, solidariedade e liberdade. São resolvidas situações problemáticas, adaptando-se de forma ativa a sociedade em que vivem.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (1999) destacam que as instituições infantis, em sua proposta pedagógica, devem integrar os aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais da criança, possibilitando seu desenvolvimento integral, o que inclui a ludicidade e a criatividade como fundamentos norteadores da educação infantil. 

Já no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - RCNEI (1998) há uma preocupação em sensibilizar os/as professores/as para a importância do brincar no espaço escolar. O referido documento ressalta o valor do brincar como promotor de desenvolvimento e aprendizagem para as crianças, destacando o/a professor/a como elemento mediador e viabiliza dor do brincar. De acordo com esse documento para que o brincar aconteça como recurso privilegiado na ação pedagógica é necessário que o/a professor/a perceba o brincar como fator significativo para o desenvolvimento e apropriação de conhecimento pela criança atentando para o seguinte: “[...] é preciso que o professor tenha consciência de que na brincadeira as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa” (Brasil, 1998 p. 29). 

O documento dá critérios, para que os atendimentos em Creches nos anos iniciais respeitem os direitos fundamentais das crianças elaborados pelo o MEC por Campos e Rosemberg (1995), traz o direito à brincadeira como fator essencial na organização e no funcionamento das instituições infantis.

Compreender a brincadeira como um espaço educativo por excelência representa um avanço em relação às práticas educativas na primeira infância e consequentemente, ao direito à infância e ao respeito às crianças, o que implica necessariamente que se tome a criança como referência na formulação de projetos de trabalho pedagógico. 

Porém, ao mesmo tempo em que o brincar é reconhecido entre pesquisadores como um fator educativo por excelência e apontado nos documentos oficiais como elemento decisivo para a formação e desenvolvimento da criança, nem sempre é considerado nas definições pedagógicas, nem tão pouco nas práticas educativas dos/as professores/as da Educação Infantil.

Com a ludicidade podemos criar jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e por consequência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social.  A brincadeira é um fenômeno cultural, uma vez que se constitui num conjunto de conhecimento.

Para Piaget, o jogo constitui-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.

Já Vygotsky (1998), diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ele não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo.

Segundo ele, a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações, quer elas pareçam agradáveis ou não.

Enquanto Vygotsky fala do faz-de-conta, Piaget fala do jogo simbólico, e pode-se dizer segundo Oliveira (1997), que são correspondentes. Piaget (1998) ressalta que:

Que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa. Piaget (1998)

Na visão sócio histórica de Vygotsky, a brincadeira, o jogo, é uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. Essa é uma atividade social, com contexto cultural e social. É uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e adultos. Para Vygotsky, apud Wajskop (1999:35):

“A brincadeira cria para as crianças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz. O ser humano se caracteriza pela construção de sua individualidade através da relação com o outro.” Wajskop (1999: 35):

Os períodos de desenvolvimento são normalmente referidos como infância, adolescência, maturidade e velhice.

A aprendizagem da criança não pode ser entendida simplesmente como aprendizagem de conhecimento formal, pois além de aprender as coisas que lhe são ensinadas na Creche, na Pré–Escola e na Escola, aprende também a desempenhar papéis, a se relacionar afetivamente com as outras pessoas da família e da comunidade e a agir como elemento integrante do grupo. Desta forma, o aspecto afetivo do desenvolvimento é tão importante quanto o cognitivo. 

O adulto detém um papel importante culturalmente determinado, de transmissão de conhecimento e dos valores do grupo. Na escola, esta ação do adulto se revela como a função pedagógica que o professor tem. E fundamental que os profissionais da educação infantil analisem suas praticas educativas a fim de envolverem os jogos e as brincadeiras nas suas essências. 

Na infância, a compreensão dos diversos elementos que a cercam e construída a partir de ações e do reconhecimento do real. A atividade da criança é fundamental, podendo esta ser caracterizada como os jogos e brincadeiras, exploração do ambiente, modificação dos elementos que constituem este meio. Na atividade a criança aprende a partir de seu próprio corpo, explorando os movimentos, as relações com os objetos e os elementos físicos, as posições e localizações possíveis, as relações com as outras pessoas.

A primeira forma de relação com o meio é através do movimento: são os primeiros gestos do bebê que provocarão respostas das pessoas, surgindo assim, as primeiras interações das crianças com o outro. A partir de sua ação e da interação com o outro, a criança constitui o que chamamos de função simbólica.

A linguagem oral substituirá gradativamente a ação expressa através do movimento. A fala organiza o comportamento ao mesmo tempo em que produz novas relações com o meio.

O desenho é parte constitutiva do processo de desenvolvimento da criança e não deve ser entendido como uma atividade funcional, o desenho significa para a criança a representação do real.

No desenho está implícita uma ação, ou seja, há uma história para a criança no desenho que ela realizou.

Na infância o ato de brincar ou atividade do jogo se destaca por sua importância. Através dos jogos e brincadeiras, a criança aprende a conhecer a si própria, as pessoas que a cercam, as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem, através do jogo também a criança explora os elementos que a rodeiam e chegam a compreender seu funcionamento.

Os jogos se classificam em jogos com predomínio da fantasia infantil e jogos com predomínio de regras, é mais frequente, encontrarmos jogos que predominem a fantasia, os jogos de regras, começa a ser explorados à medida que a criança vai crescendo.

As interações são fundamentais no processo de desenvolvimento e a aprendizagem do ser humano, para a criança é fundamental tanto a interação com os adultos que as cercam como também a outras crianças. Quando a criança entra na instituição educativa, sua experiência nela, o que lhe é ensinado torna-se constitutivo para sua pessoa, modificando-se continuamente (e por isso sendo nele próprio, conteúdo, modificado).

Do ponto de vista cognitivo, os conteúdos precisam ser organizados e integrados ao corpo de conhecimentos que a criança possui. Toda atividade que é realiza na sala de atividade precisa ter uma intenção clara, isto é, o objetivo precisa estar explicitado para o professor e para o aluno. Para que ocorra a aprendizagem, é necessário retomar- se o conteúdo, pois o domínio do conteúdo dar-se-á ao longo do tempo.

À medida que a criança cresce, desenvolve a atenção voluntária que possibilita a ação prolongada segundo normas que são colocadas exteriormente. É também na fase de desenvolvimento cognitivo que a criança se interessa muito pelos colegas, constituindo grupinhos de amizade, que passa a ter um papel relevante em suas ações. Surge, assim, a importância do grupo.

A criança como todo o ser humano é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que convive. A criança tem na família biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar de multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.

As crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circundam.

 As crianças revelam seu esforço para compreender o mundo, em que vivem as relações contraditórias que presenciam e por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida, as que estão submetidas, seus anseios e desejos. 

No processo da construção do conhecimento, as crianças utilizam as mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem.

O conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de um grande trabalho de criação, significação e ressignificação.

Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina entre outras, possam ser de grande valia para desvendar o universo infantil apontando algumas características comuns de ser das crianças, permanecendo únicas em suas individualidades e diferenças. Vygotsky, citado por Lins (1999)

 ‘’Classifica o brincar em algumas fases: durante a primeira fase a criança começa a se distanciar de seu primeiro meio social, representado pela mãe, começa a falar andar e movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio do adulto e pode-se dizer que a fase se estende até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela imitação, a criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas. Vygotsky citado por Lins (1999)’’

No processo da educação infantil o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento.

A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas da brincadeira e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade construtiva da criança. É urgente e necessário que o professor procure ampliar cada vez mais, as vivências da criança com o ambiente físico com brinquedos. Brincadeiras e com outras crianças.

Entende-se, a partir da importância da ludicidade que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando à criança uma aprendizagem prazerosa.

‘’O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como educação, na medida em que os professores compreendam melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança. Segundo Negrine (1994:24)’’

Em estudos realizados sobre aprendizagem e desenvolvimento infantil, afirma que “quando a criança chega à escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica “NEGRINE (1994:20)”“.

Segundo o autor, é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sociocultural, para formular sua proposta pedagógica.

Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.

O desenvolvimento motor está relacionado com experiências individuais de cada criança e o tipo de estímulo vivenciado poderá proporcionar melhor desempenho das habilidades motoras que são divididas em estágios inicial, elementar e maduro representado pelos movimentos fundamentais de engatinhar, caminhar, correr, pular arremessar, recepção e chute esses pelos quais são desenvolvidos pelas crianças com o decorrer dos anos.

É muito importante as experiências motoras para o indivíduo em processo de desenvolvimento, principalmente no período da aquisição e combinação das habilidades motoras básicas.

As habilidades motoras são essenciais para a realização das atividades da vida diária. A vivência destas é importante e devem ser abordadas principalmente dos dois aos seis anos, pois nesta fase as crianças estão mais propícias ao desenvolvimento e refinamento das habilidades motoras fundamentais.

 Dentre estas habilidades destacaremos o equilíbrio, pois o mesmo exerce grande importância em inúmeros movimentos, inclusive no andar. Segundo Paulo Freitas

‘’O equilíbrio é quebrado (FREITAS, 2006). Equilíbrio é a habilidade que um indivíduo tem de controlar a estabilidade do corpo, sendo definida como a resistência apresentada à aceleração, seja ela angular ou linear, ou ainda, a resistência apresentada quando.’’

As crianças estão com pouco tempo para brincar e consequentemente com poucas oportunidades para descobrir, criar e recriar experiências e saberes, sobre si mesmo e o mundo. 

A dimensão procedimental diz respeito ao saber fazer, à capacidade de mover-se numa variedade de atividades motoras crescentemente complexas de forma afetiva. Uma vez que uma meta pode ser alcançada via diferentes movimentos, pressupõe-se que o conceito de prática em educação física não seja uma mera repetição mecânica de um mesmo movimento e sim a repetição das diversas soluções de um mesmo problema, envolvendo tentar praticar, pensar, planejar, tomar decisões e avaliar. 

Na dimensão conceitual, o aluno aprende fatos e conceitos, desde os níveis da análise biomecânicos e fisiológicos até os níveis de análise sociocultural e psicológico que regulam o movimento. Obviamente, deve-se considerar a profundidade e sequênciação desses conhecimentos em função do ciclo de escolarização e das características de crescimento e de desenvolvimento do aluno.

Finalmente, na dimensão atitudinal, em um sentido amplo, o aluno aprende sobre seu potencial e limitação, adquire atitudes de perseverança, assume riscos e reconhece que as limitações podem ser melhoradas, nesse processo. Além disso, ao se engajar nas relações de mutualidade com outros, baseados em valores democráticos, o aluno deve estabelecer comparações e aprender a respeitar as capacidades e limitações dos outros.

 Em um sentido o respeito às regras do jogo é um importante tema, nessa dimensão do conteúdo. O aspecto moral diz respeito ao jogar certo, relaciona-se com o que se tornou obrigatório em termos de uma exigência do grupo ou da instituição/cultura. É preciso, portanto, obedecer a uma série de normas, caso contrário, o jogo não acontece. 

O jogo, o brinquedo e a brincadeira têm sido objeto de estudo nas mais diversas áreas do conhecimento como filosofia, a psicologia, a sociologia, a antropologia, a pedagogia.

Daí a importância de se ter alunos que sejam ativos, que cedo aprendem a descobrir, adotando assim uma atitude mais de iniciativa do que de expectativa. 

Considera-se função da Educação infantil promover o desenvolvimento global da criança; para tanto é preciso considerar os conhecimentos que ela já possui, proporcionando a criança vivenciar seu mundo, explorando, respeitando e reconstruindo. 

Assim a Educação Infantil deve trabalhar a criança, tomando como ponto de partida que está é um ser com características individuais e que precisa de estímulos, para crescer criativa, inventiva e acima de tudo crítica. 

Quando o aluno chega à escola traz consigo uma gama de conhecimento oriundo da própria atividade lúdica. A escola, porém, não aproveita esses conhecimentos, criando uma separação entre a realidade vivida por ela na escola e seus conhecimentos. A escola agindo dessa forma estará comprometendo a espontaneidade da criança, que não se sentira tão à vontade em sala de aula a ponto de deixar fluir naturalmente sua imaginação e emoção. 

O lúdico aplicado a prática pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem da criança, como possibilita ao educador tornar suas aulas mais dinâmicas e prazerosas. 

No entanto o lúdico enquanto recurso pedagógico deve ser visto como uma situação séria e deve ser utilizado corretamente. Sendo que o papel do educador deve ser, intervir de forma adequada, deixando que o aluno adquira conhecimentos e habilidades; suas atividades visam sempre um resultado, e uma ação dirigida para a busca de finalidades pedagógicas. Por meio das atividades lúdicas, a criança reduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz-de-conta, são reelaboradas. Esta representação do cotidiano se dá por meio da combinação entre experiências passadas e novas possibilidades de interpretações e reproduções do real de acordo com suas afeições, necessidades, desejos e paixões. 

Estas ações são fundamentais para a atividade criadora do homem. Tanto para Vygotsky (1984) como para Piaget (1975), 

‘’O desenvolvimento não é linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a imigração se desenvolve. Uma vez que a criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento, ela dificilmente perde esta capacidade. É com a formação de conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é no brincar que está um dos maiores espaços para a formação de conceitos. Segundo Negrine (1994, p.19)’’

‘Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contratos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. 

As integrações que o brincar e o jogo oportunizam favorecem a superação do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo. A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é o "não brincar". Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. 

Nesse sentido, para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada.

O envolvimento da criança nas brincadeiras, na música, mostra a importância de se utilizar atividades e metodologias diversificadas no momento da aprendizagem da criança, pois o brincar apresenta-se por meio de várias categorias de experiências que são diferenciadas pelo uso do material ou dos recursos predominantemente implicados. 

Essas categorias incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constroem e finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar. Estas categorias de experiências podem ser agrupadas em três modalidades básicas, quais sejam brincar de faz-de-conta ou com papéis, considerada como atividade fundamental da qual se originam todas as outras; brincar com materiais de construção e brincar com regras.

Nas atividades desenvolvidas no projeto proporcionou justamente o que os teóricos recomendam atividades que deixe a criança à vontade, como cantar, dançar e criar situações de faz de contas dando assim o início da criança se compreender como parte integrante no processo de ensino e aprendizagem. 

Consideramos que a ludicidade é de fundamental importância para o desenvolvimento das habilidades motoras em crianças, pois através dos jogos e brincadeiras a criança se sente estimulada.  Assim também a experiência da aprendizagem tende a se constituir um processo vivenciado prazerosamente. A escola ao valorizar as atividades lúdicas, ajuda a criança a formar um bom conceito positivo de mundo, ajudando no seu crescimento e contribuindo para um bom desenvolvimento de suas habilidades.

O lúdico favorece o processo de ensino/aprendizagem de forma espontânea, sem pressão ou medo de errar e está de acordo com as características do período da infância. Por conseguinte, pode-se afirmar que a ludicidade, como promotora da capacidade e da potencialidade da criança, deve ocupar um lugar de destaque nas práticas pedagógicas realizadas dentro da sala de aula. 

Através de brincadeiras, jogos, imitações e movimentos, as crianças passam a se apropriar do repertório cultural corporal, as obras artísticas oportunizam que elas aprendam a apreciar a arte, obras literárias com linguagem verbal e não verbal permitem fazer a leitura da realidade, e a música, por promover o prazer e o gosto pela construção dos sons musicais, são ferramentas indispensáveis para o trabalho do lúdico com os alunos.

Brincar não é perda de tempo. A criança que não brinca é como um peixe fora da água. Os brinquedos possibilitam o desenvolvimento integral da criança porque ela se envolve efetivamente e socialmente; tudo isso acontece de maneira envolvente, onde a criança cria e recria normas e constrói alternativas para resolver entraves que surgem no ato do brincar.

O ato de brincar é muito mais um processo do que um produto. O brinquedo facilita a apreensão da realidade. Brincar é atividade e experiência, exige movimentação física. O brincar requer da criança participação completa.

O brinquedo é essencialmente dinâmico e possibilita o surgimento de comportamentos espontâneos; padrões e normas podem ser criados: há liberdade para se tomar decisões. A essência da infância é o brinquedo; ele é o transporte para o crescimento, é também um meio muito natural que permite à criança explorar o mundo, possibilitando-lhe descobrir-se, conhecer seus sentimentos e sua forma de agir e reagir.

Por meio das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas e, assim, segue se socializando. Muitos seres vivos brincam: gatos, cachorros, ursos; mas somente os seres humanos organizam brincadeiras em forma de jogos. É importante mencionar que os jogos e as brincadeiras na sala de aula, podem ser considerados como sendo atividades sociais privilegiada de interação específica e fundamental que garante a interação e construção do conhecimento da realidade vivenciada pelas crianças e de constituição do sujeito-criança como sujeito produtor da história. Brougére (2000) tem razão em afirmar que: Encontramo-nos frente a uma brincadeira que sujeita a conteúdo definidos socialmente, não é mais brincadeira, transformou-se em uma atividade controlada pela mestra que se utiliza na educação para manter os alunos interessados em sua proposta.

Portanto, a realidade observada dessa prática na pesquisa mostra que, com o passar do tempo, está dificuldade também estará superada. Mas, na educação, o agora é mais importante que o ontem, devendo servir de base para as decisões do amanhã e um estudo detalhado de todas as questões permitirá mudanças gradativas que não devem servir apenas para a escola em questão, mas também para professores e administradores escolares que, assim, oferecerão melhores condições de crescimento e aproveitamento na escola. Ao estabelecermos uma proposta de relações educativas democráticas, voltadas para a participação societária, engajamo-nos nas distintas estruturas de apresentação para o exercício da cidadania. Afinal, educar o ser humano é prepará-lo para a vida, independente dos desafios que possamos encontrar.

Entretanto, cabe mencionar que os professores apresentam contradições entre o pensamento (teoria) e as ações vivenciadas no decorrer de sua prática pedagógica, deixando os jogos e as brincadeiras (lúdico) de fora do processo de ensino-aprendizagem, usando-o apenas em alguns momentos e de maneira limitada, fazendo uma separação rígida entre prazer e conhecimento para que haja o processo de aprendizado. 

A inclusão da ludicidade no planejamento escolar e nas atividades desenvolvidas na sala de aula, a carreta a propagação de uma educação flexível direcionada para a qualidade e a significação de todo o processo educativo, norteando aspectos e características que serão a chave principal para o aprendizado do educando e sua inserção no meio social do qual faz parte. Essa inclusão visa, portanto, a elasticidade e o estimular das atividades realizadas ao longo de toda a prática docente, oportunizando a eficácia e significação da aprendizagem. 

A escola, como sendo um ambiente social, deverá ser para todos os envolvidos no processo educativo, um local promissor de troca e vivência de experiências, contribuindo de maneira positiva na efetivação de uma aprendizagem significativa e flexível.

Com isso, os educadores, enquanto mediadores do conhecimento devem oportunizar o crescimento da criança de acordo com seu nível de desenvolvimento, oferecendo um ambiente de qualidade que estimule as interações sociais, um ambiente enriquecedor de imaginação, onde a criança possa atuar de forma autônoma e ativa, fazendo com que venha a construir o seu próprio processo de aprendizagem. Além disso, as brincadeiras e os jogos são indispensáveis para que haja uma aprendizagem com divertimentos, que proporcione prazer no ato de aprender e que facilite as práticas pedagógicas em sala de aula.

É importante ressaltar que o professor deve desenvolver atividades lúdicas na sala de aula não como meras brincadeiras, mas como uma possibilidade de promoção do ensino aprendizagem, também como uma atividade de entretenimento, sem relação obrigatória com a aprendizagem significativa para o aluno. 

Além disso, os professores que participaram da pesquisa sabem e tem consciência acerca da importância da inclusão do lúdico no desenvolvimento da prática pedagógica, porém, por alguns motivos, entre eles: a falta de materiais e à própria formação não o faz.

 

  • PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

 

    1. TEMA E LINHA DE PESQUISA

Com esse trabalho pretende-se estimular a aprendizagem de maneira lúdica e prazerosa, oportunizando aos alunos uma aprendizagem que tenha como ponto de partida a realidade social a qual estão inseridos. Para o desenvolvimento de nossos estudos o suporte foi às teorias e estudos bibliográficos, e o tema trata de forma ampla sobre a ludicidade, aonde a criança aprendendo com o brincar de formar dirigida.

Pode aqui afirmar que o tema escolhido para este projeto tem grande contribuição para o crescimento profissional do cursando, pois o mesmo vem sendo discutido durante todos os momentos durante as disciplinas além do que se trata de uma rica aprendizagem para a vida profissional de cada estudante.

Sobre o que seu projeto de ensino vai falar? A idéia é importante? Está relacionado com as temáticas abordadas no curso? Contribui para o seu crescimento profissional? 

    1. JUSTIFICATIVA

Para entender  melhor como o brincar foi se tornando  um dos foco principal em quanto académica na busco, e ha vivencia professional, as razões  a qual motivo-me realizar este estudo, foi pesquisar sobre a temática, que há uma necessidade de se trabalhar a ludicidade na Educação Infantil de forma integral.

O estudo em questão permite compreender que o lúdico é significativo para a criança conhecer seus limites e construir seus conhecimentos. Por meio do lúdico podemos conseguir uma educação de qualidade, que possa ir ao encontro dos interesses e necessidades das crianças, especialmente às da faixa etária de 0 a 7 anos de idade, considerada essa fase importante para o desenvolvimento futuro do ser humano (BENITEZ, 2008).

No referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil encontram-se direcionamentos em relação ao educar por meio do lúdico que ajudam na prática do educador. Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. 

Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.

    1. PROBLEMATIZAÇAO

De modo a desenvolver nossa pesquisa sobre o tema em pauta, foram elaboradas as seguintes questões:

O espaço, a organização da rotina, os materiais disponíveis, as atividades propostas, na Educação Infantil permitem a experimentação de práticas educativas que valorizem a vivência de situações de situações de cunho lúdico?

O brincar está proposto nos projetos de ensino da Educação Infantil e/ou no plano de trabalho dos professores?

Que usos e significações são atribuídos, pelas professoras, para as atividades lúdicas?

    1. OBJETIVO GERAL

O projeto de pesquisa busca investigar as práticas pedagógicas das professoras de Educação Infantil da Escola Municipal Branca de Neve em Nova Santa Helena – MT. Levando a identificar a maneira como as professoras conduzem as atividades lúdicas bem como se relacionam com o tempo e o espaço da Instituição dentro e fora da sala de aula.

Valorizar o processo lúdico na educação infantil como processo de aprendizagem, não apenas como um passatempo, mas sim, como ferramenta para promover o aprendizado de forma significativa. Identificar os métodos pedagógicos utilizados pelo educador com relação aos jogos, brinquedos e brincadeiras; Saber como está organizado o lúdico aplicado as práticas pedagógicas; 

Destacar e Evidenciar as atividades lúdicas desenvolvidas pelas professoras pesquisadas.

Contribuir para a construção de uma proposta de trabalho que realmente incorpore no cotidiano da Educação Infantil a Cultura Lúdica, com toda riqueza e diversidade que ela possui. Como as atividades vão ser desenvolvidas e como trabalhar o lúdico através da estimulação do raciocínio, atenção, concentração, compreensão, percepção visual, coordenação motora, dentre outros.

    1. OBJETIVOS ESPECIFICOS
  • Ampliar conhecimento sobre brincadeiras
  • Desenvolver a coordenação motora
  • Incentivar o gosto pela musica e dança.
    1. CONTEUDO

Temos que compreender a brincadeira como um espaço educativo por excelência, representando assim um avanço em relação às práticas educativas na primeira infância e, consequentemente, ao direito à infância e ao respeito às crianças, o que implica necessariamente que se tome a criança como referência na formulação de projetos de trabalho pedagógico. 

O brincar é reconhecido por pesquisadores como um fator educativo por excelência e apontado nos documentos oficiais como elemento decisivo para a formação e desenvolvimento da criança, nem sempre é considerado nas definições pedagógicas, nem tão pouco nas práticas educativas dos/as professores/as da Educação Infantil. Segundo Freire (1997)

Os brinquedos educativos estimulam o raciocínio, atenção, concentração, compreensão, percepção visual, coordenação motora, dentre outras. Onde a criança utiliza brincadeiras com cores, formas, tamanhos que exigem a compreensão, brincadeiras de encaixe que deve haver noções de sequência, quebra-cabeça, etc. (FREIRE, 1997).

Diante da afirmação de Freire o seguinte projeto foi elaborado com os seguintes conteúdos: roda da conversa, caixa surpresa, músicas infantil, contação de histórias, teatros, labirinto, toca do coelho, caminho colorido, Pega- pega, de onde vem o cheiro, dentro e fora, que som é esse. Esses conteúdos foram desenvolvidos através da habilidade das crianças. Sendo inserido o lúdico em suas brincadeiras de forma dirigida pela professora regente.

    1. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

O projeto busca identificar a maneira como os envolvidos se relacionam no ambiente na qual está inserido, bem como a identificação dos conflitos e das mudanças que as práticas pedagógicas diferenciadas podem provocar no fazer pedagógico. 

O projeto foi desenvolvido da seguinte forma:

  • MUSICA INFANTIL

O professor coloca uma música para tocar, conforme a letra da música, as crianças farão os movimentos pedidos de acordo com eles estão ouvindo.

  • PEGA- PEGA DIFERENTE

A turma será dividida em dois grupos e para identificá-los tem que usar lenços ou fitas de cores diferentes. Após o sinal do professor os grupos deverão pegar uns aos outros e a criança pega deverá ficar num espaço delimitado pelo professor. Vence o grupo que tiver mais pessoas que não foram pegas

  • CAIXA DE SENSAÇAO 

O professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material.

  • PNEUS

Esses podem ser usados para várias brincadeiras, como pular dentro e fora, se equilibrar andando sobre a parte de sua lateral ou ainda quem consegue rolar o pneu de um determinado lugar até outro sem deixá-lo cair

  • DE ONDE VEM O CHEIRO

A professora irá passar perfume em um paninho e o esconderá na sala, num lugar fácil, onde os alunos deverão descobrir de onde vem o cheiro.

  • TOCA DO COELHO

 Dispor bambolês no pátio da escola de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal do professor, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.

  • DENTRO E FORA

Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados

  • ARREMESSO

Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados

  • CONTAÇAO DE HISTORIA

A professora conta uma história, logo depois que termina as crianças tem que desenhar a história contada. A imaginação de cada criança flui diante dos desenhos elaborados

  • QUE SOM E ESSE

Com faixas de TNT preto, vendar os olhos dos alunos e fazer diferentes barulhos usando instrumentos musicais, usando latas vazia e cheias, ursos de pelúcia que canta para a criança identificar de onde vem o som

  • CAIXA SURPRESA

Com uma caixa de papelão encapada, o professor irá mandar para a casa de um aluno a fim de que os pais enviem algum material que possa ser descoberto pelas crianças. O professor vai fazendo descrições do material, até que as crianças descubram o que é. 

  • CAMINHO COLORIDO

Com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as deixam muito felizes.

  • LABIRINTO

Aonde ser montado um labirinto para a criança conseguir passa a bola dentro do buraco ou encontrar a saída

    1. TEMPO PARA REALISAÇAO DO PROJETO

O lúdico é trabalhado durante todo o ano letivo, pois já são métodos utilizados pela escola.

O projeto tem a duração de um mês, com diversas atividades lúdicas para trabalhar dentro e fora da escola.

Com a duração de 30 minutos para cada atividade, sendo desenvolvida de 2 a 3por semana.

    1. RECURSOS E MATERIAIS

Diversos são os recursos lúdicos que podem ser utilizados dentro da ação pedagógica como:

  • Músicas;
  • Contos;
  • Figuras diversas;
  • Danças;
  • Caixa;

Tnt e mais infinitas possibilidades criadas pela união do lúdico com o conteúdo que se pretende trabalhar. É importante que exista diversidade das atividades utilizadas pelas professoras em sala de aula tornando fundamental que os momentos de atividade lúdica não apareçam na rotina da escola apenas no momento destinado ao recreio. Diante das respostas das professoras e pelo que foi observado, são diversos tipos de atividades lúdicas propostas por

    1. AVALIAÇAO 

A avaliação da educação infantil é feito através de observações diárias e a participação e interação dos alunos diante das atividades programadas, bem com deve ser contínua, levando em consideração os processos vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho intencional do professor. Deverá constituir-se em instrumento para a reorganização de objetivos, conteúdos, procedimentos, e diálogos, atividades e como forma de acompanhar e conhecer cada criança e grupo.



 

  • CONSIDERAÇOES FINAL

 

A ludicidade está presente na escola, e a valorização deste tema depende muito dos professores que nela trabalham. É imprescindível que os professores estejam seguros desta concepção de ensino

É preciso aplicar na prática pedagógica a ludicidade, pois ela é de fundamental importância na formação das nossas crianças, porque é o suporte das estruturas físicas, mentais, emocionais, cognitivas e sociais da criança para que ela cresça e se desenvolva em uma infância saudável e tranquila.

Para a criança a atividade lúdica está ligada a diversos aspectos: um deles é de brincar livremente, o desenvolvimento físico, o equilíbrio, a agressividade, as habilidades, realização dos desejos, papéis diversificados, interação social e adaptação em diversos ambientes. 

O professor deve saber à hora e o momento certo para inserir, aplicar, desenvolver e explorar a ludicidade no espaço escolar.

 

É preciso que o professor assuma seu papel de mestre construtor de ideias e opiniões modificando a realidade de seus alunos para uma vida mais lúdica e saudável.

O estudo pode-se concluir que o lúdico é uma forma facilitadora de aprendizado. Com ele a criança desenvolve aspectos afetivos, cognitivos, motores e sociais, podendo assim interagir com o meio em que vive de forma dinâmica e prazerosa.

O jogo, a brincadeira e o brinquedo não podem ser ignorados nas fases iniciais da vida da criança e, infelizmente, é o que acontece quando muito professores, em função de não terem acesso a informações mais precisas sobre o lúdico, acabam agindo de maneira tradicional, deixando de utilizar esse elemento facilitador no processo de formação de um cidadão crítico e reflexivo.

Precisamos incentivar os professores para trabalharem de forma dinamizadora, criando atividades que possam chamar a atenção da criança no ambiente escolar, possibilitando a construção de ideias e conceitos que contribuam na sua vida como seres que vivem, lutam e participam em uma sociedade que precisa lutar pelos direitos humanos. O bom êxito de toda atividade lúdica pedagógica depende exclusivamente do adequado preparo e liderança do professor. 

Por isso pais e professores precisam estar atentos á importância do lúdico na vida das crianças oportunizando situações para que as mesmas possam interagir de forma sistemática com o brinquedo, visto que brincar e necessário para o desenvolvimento integral da criança, não importa o tipo de brinquedo o que é significa para ela e brincar, porém sempre que possível proporcionar situações lúdicas de acordo com sua fase evolutiva.  

 

REFERENCIAS

SILVA, Samira Kfouri da Politicas Educacionais / Samira Kfouri da Silva. Raquel Franco Ferronato, Monica Maria Baruffi,- Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A., 2014 p. 192.

 

ALMEIDA, P.N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo, SP: Loyola,1994.

BOGDAN, R., Biklen, S., (1994). Investigação Qualitativa em Educação – uma introdução à teoria e aos métodos. Porto Editora.

 

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais – Educação Infantil. Brasília: Mec/ SEF, 1997 BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais para a formação de professores. Brasília: MEC/SEF, 2002.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasilia: MEC/SEF, 1998

BROUGÉRE, G.Brinquedo e cultura. São Paulo: Cortez, 1995

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998

VIGOTSKY, L. S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/Edusp,1988.  

 

SUSIKI Juliana Telles Faria/ Ludicidade e educação...[ET AL.] São Paulo: Person Education do Brasil,2012.

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