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OFICINAS PEDAGÓGICAS



CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COM DEDOCHES



Marlene Aparecida farina kuss



RESUMO

 

O presente trabalho tratará sobre a importância da contação de histórias com dedoches, o mesmo traz uma reflexão sobre a importância do processo continuo do contar histórias ao longo dos tempos na prática pedagógica. O estudo aqui apresentado tem por objetivo compreender e refletir sobre a importância do contar histórias nos anos iniciais do ensino fundamental e sua relevância na prática docente no ambiente escolar. O fato de estarmos diante de uma sociedade em constante mudança, torna se necessário que o docente esteja sempre se atualizando, procurando novos instrumentos em sua prática educativa que globaliza o ambiente escolar. Sendo o objetivo do trabalho, conceituar a contação de histórias com dedoches na sua prática educativa e reconhecer o perfil do educador na contação de história, como em todos os ambientes, mais especificamente neste trabalho trataremos sobre a prática no ambiente escolar. Discorremos sobre a contação de histórias e a influência da leitura no psiquismo infantil e também os resultados da contação de histórias como estratégia pedagógica em que promove situações desafiadoras a interação social do educando, que levará o sujeito leitor e ouvinte a ser criativo, crítico e reflexivo.

 

Palavras-chave: Contação de história. Estratégia Pedagógica. Formação de leitores.



1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho “Contação de  histórias tem como foco principal demonstrar o caminho possível para a formação de leitores, abordar em uma breve introdução o ato de contar histórias ao longo dos tempos, e também pontuar os benefícios desta metodologia no ambiente escolar, contar história o uso de dedoches como recurso auxiliar das narrativas orais, o desempenho do professor durante a contação de histórias, e a influencia no psíquico infantil e o despertar do interesse do aluno em ler outros livros.

O contar histórias e a influência no psíquico infantil apresenta a teoria de Piaget, a evolução do jogo no desenvolvimento da criança, o respeito ás fases do desenvolvimento infantil, principalmente na terceira fase onde incide o estudo deste trabalho, pois segundo Coelho (2009) afirma que “alguns distraídos não perceberam que a verdadeira evolução de um povo se faz ao nível da mente, ao nível da consciência de mundo que cada um vai assimilando desde a infância” (Coelho, 2009, p.15, grifo da autora).

Para além da perspectiva anunciada Coelho (1995), Moraes (2012), Abromovich (1997), Bamberger (1995) e Oliveira (2008) destacam que contar histórias é um dos principais meios para o desenvolvimento da linguagem e para a formação dos futuros leitores.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Contação de história, essa prática faz parte da vida do ser humano como sendo uma prática das mais antigas que se tem noticia, sendo uma atividade de repasse de cultura e conhecimento. O contar histórias como forma de comunicação, vem desde que o homem habitava em cavernas, usava-se a sombra das mãos para fazer representações às histórias contadas, dando sentido a esta metodologia de ensino uso de dedoches como ferramenta pedagógica, e entender que mesmo o homem primitivo já fazia menção a esta forma de repasse de conhecimento de forma lúdica, pois o lúdico fez e fará parte do emocional humano, proporcionando o desenvolvimento de suas criações, a imaginação, pelo fato prazeroso de ouvir histórias, sendo esta por muitos e muitos anos como a única fonte de repasse de cultura e conhecimento. Com o desenvolvimento da escrita, o ato de contar história, como a única forma de repasse de conhecimento perde a força, pois o homem passa de uma cultura popular, leiga para uma erudita instruída. 

Assim entendido, antes da escrita, os saberes da humanidade eram transmitidos por meio da oralidade e, à medida que o falar tornou-se insuficiente para expressar e manifestar a cultura de uma sociedade, o homem começou a pensar em materiais palpáveis que organizassem o conhecimento adquirido, isto é, a escrita. Dessa forma, a oralidade materializou-se trazendo consigo a necessidade da leitura em um determinado suporte, decorrendo que as histórias foram narradas a partir de um texto escrito, causando impacto positivo entre os ouvintes, posto que a qualidade dos escritos era melhor elaborada e a multiplicidade dos textos tornou-se mais socializada (SCHERMACK, 2012, p. 01).

 Como este trabalho tem seu foco no ensino escolar e especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental queremos salientar que mesmo com o surgimento da escrita, não havia produções para este publico infantil, neste momento histórico a grande massa popular da sociedade, presava-se um ensino de pai para filho de forma oral. Somente a partir do século XVII, a literatura começou a valorizar contos infantis, conforme Garcia e Facincani (S/d), no inicio do século XVII a literatura começou a se delinear na Europa com a publicação de contos da Mamãe Gansa de Charles Peraut em 1697, e logo depois surgindo outros escritores como Andersen, Collodi, Irmãos Grimm, Lewis Carrol, Bush assim a criança começa a ser vista como criança, antes disso recebia uma educação para se comportar como adulto em miniatura, e a consequência disso de práticas pedagógicas é que as crianças compartilhavam as leituras dos adultos os clássicos que os adultos liam das classes de pessoas mais privilegiadas, já as crianças mais pobres, liam os contos de fada os cordéis e as lendas e também as histórias de aventuras, e as histórias folclóricas. As literaturas escritas para criança foram escritas por alguns autores da época com o objetivo às praticas pedagógica, por existir interesse social. Como nos afirma:

[...] nos começos da literatura infantil estava a Pedagogia e que, ainda hoje, muitas. Vezes, pedagogia e literatura infantil vão de mãos dadas, às vezes como boas amigas, e outras, a maioria, sofrendo a literatura, como uma pobre e bela Cinderela, a dura perseguição de sua pedagógica e insidiosa madrasta. Góes (1991, p. 49).

Somente no século XX que foram publicadas as primeiras grandes produções dos clássicos das literaturas infantis e infanto-juvenil. No Brasil, a literatura infanto - juvenil recebeu algumas adaptações europeias como As aventuras do celebérrimo Barão de Münchhausen(1891), pois foi a partir do século XX que a literatura infantil se consolidou no Brasil , sendo que a partir de 1950 a Arte passa a ter influências da Escola Nova, mas presando neste momento  apenas a espontaneidade dos alunos. Com a promulgação da Lei nº 5.692 de 71, o ensino de artes assume papel como sendo somente um componente curricular, sendo ministradas de forma desconectadas e somente servia para adornar a escola em datas civis e comemorativas. Onde a educação pautada, em um ensino de forma lúdica, era visto como brincar sem sentido educacional.

A partir de 1980 com, realizações de conferências para mudanças nos rumos educacionais com a criação da LDB Lei 9394/96 onde valoriza uma metodologia que passe a dar sentidos mais significativos ao ensino das artes como repasse de cultura, e conhecimento dos povos evidenciando um mundo globalizado e valorização a diversidade cultural. A arte de contar histórias passa por mudanças conforme as gerações foram se modificando, também esta arte foram se atualizando, perante as mudanças, antes mesmo das histórias começarem a ser contadas com o inicio da frase Era uma vez; o ser humano já se contava história, sendo esse jeito mais simples passado dos mais velhos para os mais novos, mas sempre, eficaz no sentido de entretenimento e repasse de cultural de um povo, o ato de contar histórias surte seus efeitos em todos os ambientes de socializações, mas que tem um espaço privilegiado no ambiente escolar pois, hoje num mundo pós modernista , continua e continuará, sendo uma ferramenta de grande valia de repasse de conhecimento e de auxilio como estratégia pedagógica  para educadores no âmbito Educacional.

A arte pode apresentar diferentes funções em cada sociedade. Ela pode contar histórias, educar, provocar reflexão; pode representar a realidade, ou criticá-la; ser manifestação dos sentimentos do artista, do sonho, imaginação ou fervor religioso; e pode também não ter função alguma, bastando-se por si mesma. Quando entra em contato com o público, pode também gerar interpretações muito diferentes das pretendidas pelo artista. Mas pode-se dizer que, de forma geral, as manifestações artísticas possuem em comum seu caráter estético (BOZZANO; FRENDA, 2013, p. 11).

 2.1 O PERFIL DO PROFESSOR NA CONTAÇAO DE HISTÓRIAS

 

Contar histórias, não é para todo um fato como sendo igual, contar e encantar, narrar historias para alguns e um dom, e sendo para outros necessários certo esforço que exigirá dedicação, técnica, para alcançar os objetivos, de entretenimento, de chamar e prender atenção do ouvinte, e isso não são tarefa fácil, mas um dos requisitos principais é a familiarização com a história a ser contada Conforme a visão de (SCHERMACK, 2012).

Contar uma história é sempre o ‘revelar de um segredo’. Os ouvintes ingressam na intimidade do narrador, tornando-se depositários dos mistérios e dos saberes que uma história carrega. Não se trata de um saber informativo apenas, mas poético, na base do simbólico, com uma estética que se concretiza na medida em que a performance se desenvolve. Enquanto o contador ordena as informações, através das escolhas linguísticas que realiza, o interesse do ouvinte vai sendo despertado. O que está sendo dito pelo narrador, de forma gradativa, vai aproximando-o da plateia (SCHERMACK, 2012, p. 05-06).

O professor como contador de histórias infantis, deverá preparar o senário materialmente e mentalmente para os ouvintes, se valer, e fazer uso de vários recursos que lhe favorecerão em sua atuação, um exemplo que especificamos neste trabalho o uso do “DEDOCHE,” como facilitador na atuação do professor, enquanto contador de historias infantil, enquanto usa as mãos deixando o corpo livres para transmissão de outros sentidos através, de gestos corporais e faciais, pois ao contar uma história o narrador devera encenar. Nesse sentido, podemos destacar algumas orientações básicas durante o ato do professor contador de histórias: entonação de voz; movimento corporal; materiais de apoio; provocação de ruídos em momento de suspense; olhar comunicativo; expressões faciais (medo, alegria, indignação, tristeza, raiva, malícia); imitação; repetição de frases marcantes; criatividade quando o momento exigir improvisação; e fundamental espaço para participação da plateia (pequenas interferências); cantigas pequenas condizentes com a história e interposição entre o som e silêncio, usar todos estes recursos e utensílios sem exagero e sim quando couber a ser usado e necessário, o professor deverá atuar como vivenciando o momento, salientando que estes recurso não deverão ser utilizadas somente no ambiente escolar como também ao todo e qualquer lugar, dando exemplo de outro recurso, e acessórios  como: (fantasias, acessórios, pinturas pelo corpo, fantoches, dedoche, palitoche, flanelógrafia avental (roupão onde as gravuras são fixadas com velcro), livros em papel, imagens, fotografias, livros-brinquedos (pop-up ou 3D).

 Quando contamos história a uma criança o tom da voz é que da o valor da história, nas pausas, nos ritmos, em que se pronunciam as palavras, na interação entre o narrador de histórias e o ouvinte, na sensação que a criança sente ao ouvir a história contada, e isso pode exercer sobre ela quando ouve, enfim, todos os sentidos, e isso faz com que a criança viaje pelo imaginário e ao mesmo tempo provocará na criança, o interesse em ler. É baseado nestes aspectos que ao contar história você como docente acaba promovendo suas atividades, buscando sempre observar os interesses que as crianças apresentam pelas leituras. É necessário que o professor trabalha atividades intencionais e sempre respeitando o limite de desenvolvimento de cada fase do desenvolvimento, defendida por Piaget a evolução do jogo no desenvolvimento infantil.

2.2 PIAGET E  A EVOLUÇÃO DO JOGO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇÃ.

Piaget atribui ao jogo um papel essencial para o desenvolvimento infantil; acredita que ao jogar as crianças assimilam e transformam a realidade. Propõe uma subdivisão dos jogos, por faixa etária, sendo elas:

2.2.1 Primeira etapa, JOGO DO EXERCÍCIO SENSÓRIO-MOTOR.  

Para crianças de zero a dois anos de idade que já nos primeiros meses de vida demonstram um impulso lúdico, que ele chama de período sensório-motor, as crianças repetem situações simplesmente por prazer e repetem varias vezes o mesmo movimento por prazer e para aprimora-los.

Segundo Almeida (2000,p.42):

Nesta fase a criança desenvolve seus sentidos, seu movimentos, seus músculos, sua percepção e seu cérebro. Olhando , pegando , ouvindo, apalpando, mexendo em tudo que encontra a seu redor, ela se diverte e conquista novas realidades. Em sua origem sensório-motora, o jogo para ela é pura assimilação do real ao ‘eu’ e caracteriza as manifestações de seu desenvolvimento. O bebê brinca com o corpo, executa movimentos como estender e recolher braços, as pernas, os dedos os músculos.

2,2.2 segunda etapa: JOGO SIMBÓLICO

Para crianças de dois a sete anos de vida que se chama de período pré- operatório Neste estágio a criança se desenvolve pela assimilação do real, e através da representação da imaginação, do mundo do faz de conta. Onde professor tem uma riqueza ao trabalhar com metodologia lúdica para interação desses alunos, e transformar o irreal no real.

Almeida (2000, p. 47) afirma:

É a fase em que , sob a forma de exercício psicomotores e simbolismo, a criança transforma o real em função das múltiplas necessidades do seu ‘eu’[...]Os jogos de que as crianças mais gostam são aqueles em que seu corpo está em movimento; elas ficam contentes quando podem movimentar-se, e é essa movimentação do corpo que torna seu crescimento físico natural e saudável.[...]É a fase em que a criança imita tudo e tudo quer saber (fase do porquê). 

2.2.3 terceira etapa: JOGO DE REGRAS

Está terceira fase de acordo com Piaget, é fase do “jogo de regras”, que começa aos sete anos de idade aos doze anos. O que o caracteriza como o próprio nome já diz regras, e a percepção do parceiro. Ainda segundo os estudos de Piaget (1973), é nesta fase que a criança deixa de lado o egocentrismo, percebido nos mais novos, para adquirir um espírito de relações interindividuais e de cooperação. E nesta hora que professor deve despertar no aluno um espírito de cooperação e respeito ao outro.

Como nosso trabalho esta pautado no desenvolvimento dos alunos nas primeiras séries do ensino fundamental, podemos dizer que o professor deverá impregnar suas aulas com metodologias no tocante ao ensino lúdico, pois o aluno nesta terceira fase de desenvolvimento segundo Piaget, o “jogo de regras’ onde a metodologia, contar histórias se encaixa como repasse de regras, e não de forma forçada, pois o aluno nesta fase ainda sofre com o desligamento da educação infantil e assume um papel de maior responsabilidade e um estudo sistemático. E através de leituras e a aplicação da prática por intermédio de projetos que dão suporte nesta prática intencionada, pode-se perceber que o ato de contar histórias é de suma importância no processo de aprendizagem dos alunos, pois além de transformar em magia a história escrita no livro, o narrador de histórias encanta a criança com seu jeito de se expressar, com histórias novas e que valorizam e atraem a atenção dos alunos. No que se refere a leitura de histórias o RCN nos aponta que:

A leitura de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu. A partir daí ela pode estabelecer relações com sua forma de pensar e o modo de ser do grupo social a qual  pertence. (BRASIL, p. 143).

O professor como mediador de conhecimento, precisa ter em mente trabalhar de forma lúdica, estar aberto ao aprender e buscar na formação continuada e em cursos aleatórias novas prática que tenha como objetivos que proporcione o aprendizado, contar histórias e uma metodologia que faz parte desta gama de criações e da prática pedagógica de cada profissional, o professor enquanto contador de historias, devera primeiramente escolher a produção textual Proporcionar ao ambiente que seja favorável, a cada situação, se valer de todos os recursos que se faz necessários para o encantamento dos ouvintes, e que consiga interagir com a plateia e que favoreça o gosto pela leitura, criando leitores apaixonados pelo gosto de ler pelo prazer de ler, e não de forma obrigatória.

2.3 CONTAR HISTÓRIAS COMO ESTRÁTEGIA PEDAGOGICA E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

O contar histórias mesmo no passado, nos demonstra mesmo de forma inconsciente por parte do contador de historia daquele momento um repasse de conduta e de regras de uns grupos ou de um determinado povo, que ao contar uma historia, repassava, para as crianças, que não ultrapassem os ensinamentos, com lendas que tinha como objetivo proteger as crianças dos perigos da mata, com historias exemplo do pai da mata para que elas não saiam sem a noite para fora de casa, lendas e contos, para corrigir alguma pirraça ou birra, xingamento, desobediência. 

“Nas lendas encontramos ensinamentos humanos mais valiosos do que os passados pela rigidez cronológica do estudo histórico e mesmo que deformada pela imaginação popular, tem personagens bem definidas e fundamenta-se em factos históricos” (FONTES, 2013, p. 26).

Como a sociedade sofre mudanças, e adaptações ao logo do tempo o homem evolui em suas experiências e descobertas, esta metodologia teve e continuará tendo grande influencia no psíquico infantil, inclusive sendo utilizada com muita eficácia, no campo da psicopedagogia, e como metodologia auxiliar no desenvolvimento de crianças com déficit de aprendizagem, dando enfoque na valorização da contação de histórias, como sendo uma das estratégias pedagógica que auxilia o professor e que pode favorecer de maneira muita clara e significativa à prática docente na educação infantil e ensino fundamental. Trazendo vários objetivos importantes em que envolve a escuta de histórias em que estimula a imaginação, educa, instrui, desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita, além disso, de ser uma atividade interativa que potencializa a linguagem infantil, obtém até mesmo processos avaliativos no ensino aprendizagem.

Partindo da analogia que se você, ouvinte, não praticar os atos que são narrados, não irá motivar que algo estranho aconteça na sua vida. Velha máxima: para toda ação há uma reação. Se for uma ação ruim, a resposta pode vir na figura de um monstro […] o medo, o terror e a própria ambiguidade são estratégias narrativas que a partir do gênero fantástico podem ser usadas para refletir sobre a moral, sobre o que é certo ou errado. Juntamente com esses elementos pode haver a transmissão de valores morais […] a contação de histórias é uma atividade importante, pois nos enredos apresentados pode conter alguns dilemas que podem levar a criança a refletir sobre os seus. A partir de uma realidade hipotética, o ouvinte infantil consegue abstrair com mais facilidade sobre o certo e o errado, e suas consequências (CARVALHO; JUNIOR, 2016. p. 10-12).

Porém a ludicidade com jogos, danças, brincadeiras e contação de histórias no processo de ensino e aprendizagem é um dos recursos interdisciplinar que busca o desenvolvimento da responsabilidade e a auto expressão no convivo da criança, pois ela sente-se estimulada e, sem perceber desenvolve e constrói seu conhecimento sobre o mundo ao que cerca ao seu redor. Segundo disse RCHEI.

A criança que ainda não sabe ler convencionalmente pode fazê-lo por meio da escuta da leitura do professor, ainda que não possa decifrar todas e cada uma das palavras. Ouvir um texto já é uma forma de leitura (RCNEI, VOL. 3, p.141). 

Portanto a didática do conto de histórias é motivadora, envolvente e enriquecedora nas series inicias, mas, porém deve utilizar com o cuidado de que a estrutura da narração deve ser previsível para a criança em seu processo de aprendizagem em sala de aula.

 O professor como mediador precisa incluir em seu planejamento curricular períodos dedicados à leitura, em que poderão ajudar na sua profissão a formar crianças sendo futuros leitores, que gostem de ler e escrever, buscando sempre a trazer uma geração de leitores e escritores que veem na literatura infantil um meio de interação e diversão. Sendo assim um docente capaz de ser construtivo e influente em buscar meios e métodos mais desenvolvidos e avançados para o seu ensino aprendizagem, em que desperta ao aluno a ter um senso crítico, conhecimento próprio, o contar historias favorece a socialização entre os pares, e instiga o aluno a novas descobertas, pois ler amplia o conhecimento em todos os campos do saber, e leva o aluno ao desenvolvimento, independente da esfera social que pertence.  […] a criança, como é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. E é profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. (BRASIL, 1998, p. 21). E como afirma, (COELHO,1997, P.12) QUE[...] a história é importante alimento da imaginação. Permite a auto identificação, favorecendo a aceitação de situações desagradáveis, ajuda a resolver conflitos, acenando com a esperança. Agrada a todos, de modo geral, sem distinção de idade, de classe social, de circunstância de vida. (VYGOTSKY1, 1984; 2001), qual seja a capacidade de atribuir significados e a compreender símbolos e signos. Como aponta Bourdier (2001, p. 243) “o poder sobre o livro é o poder sobre o poder que exerce o livro”.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao término deste trabalho pude constatar que o contar historia e um ato social que faz parte da vida do ser humano, por muitos e muitos tempos foi à única forma de repasse de conhecimento, surgiu pela necessidade que o homem teve de repassar suas vivencias e experiências, pois através dela, que criamos e recriamos, e repassamos cultura de um grupo social, para sociedades vindouras, e que contar historias, tem uma certa magia, pois quem não ficou quieto ou apreensivo ao ouvir “ERA UMA VEZ’, e que em quanto prática pedagógica, é muito eficaz no campos educacionais e também no campo psicopedagógico como sendo uma metodologia capaz de desenvolvimento infantil e também eficaz  inclusive com crianças com déficits de aprendizagem, pois proporciona ao individuo uma viagem ao imaginário, o auto conhecimento, repassa de valores e ajuste de condutas. Que professores devem trabalhar o contar historias em sala de aula, que use dos mais variados artifícios, como entonação de voz, gestos, expressões faciais e corporais, usar dos recurso sonoros, visuais para prender e encantar seus alunos buscar em oficinas pedagógicas os melhores meios de fazer de sua prática cada dia melhor, conseguindo chegar ao seu objetivo principal formar futuros leitores, pois ao ler o individuo se torna dialético, critico reflexivo fazendo assim o exercício da cidadania. Como aponta Bourdier (2001, p. 243) “o poder sobre o livro é o poder sobre o poder que exerce o livro”.

 

REFERÊNCIAS

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