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COMO SE DESENVOLVE O FENÔMENO BULLYING EM SALA DE AULA

Belmira batista chaves

Nenéte Schwab Backes

Rosmarí Favaretto Walker

Resumo

Este trabalho é fruto da inquietação que desde há muito tempo, vem tomando conta dos diversos segmentos sociais, especialmente daqueles envolvidos no processo educacional, diante dos inúmeros fatos violentos que se fazem presentes nas escolas de todo o mundo.

A violência entre escolares, desencadeada de forma repetida contra uma mesma vítima ao longo do tempo e dentro de um desequilíbrio de poder, conhecida como bullying, é um dos temas que dificilmente podem passar despercebidos a um profissional de educação por tratar-se de um fenômeno social de grande relevância e por possuir características peculiares que podem ser identificadas. Dentre elas, talvez a mais grave seja a sua propriedade de causar danos psicológicos irreparáveis ao psiquismo (se não identificados e tratados), à personalidade, ao caráter e à auto-estima de suas vítimas, manifestando suas sequelas ao longo de toda a vida.

Nosso interesse pelo tema foi despertado, por um lado, pela constatação de que o fenômeno bullying vem sendo praticado há muito tempo. De fato, pudemos presenciá-lo inúmeras vezes, primeiro como estudante e, posteriormente, como profissional de educação, embora não lhe atribuíssemos a devida atenção por falta de informações e por pensar que se tratava de “brincadeiras próprias da idade”.

Dessa forma, dedicamo-nos exclusivamente à fenomenologia bullying, que não é um assunto novo nem exclusivo dos países escandinavos, mas que se alastra pelas escolas de todo o mundo, inclusive pelas escolas brasileiras. Nossa intenção é despertar o leitor para a realidade e gravidade desse fenômeno, com o intuito de que os outros estudos venham somar-se a este e, assim possamos suprir a carência de informação neste campo. Dessa forma, o profissional de educação poderá conhecer melhor o tema e atuar de maneira efetiva contra esse mal que se difunde nas escolas, de maneira velada e sorrateira, causando traumas e bloqueio emocionais que interferem prejudicialmente ao desenvolvimento socioeducacional dos alunos. Além disso, a conscientização da existência desse fenômeno pede medidas urgentes que possibilitem o tratamento de suas manifestações, responsáveis pelo agravamento de comportamento agressivos e anti-sociais entre os alunos. 

Palavras-chave: Aluno. Bullying. Escola..    

Introdução

Um dos maiores desafios da humanidade, postergado ao século XXI, é o de extirpar as principais causas que ameaçam a construção da paz, dentre as quais se destaca a violência. Infelizmente, estamos vivendo uma época da história em que a violência se torna cada vez mais presente em todos os segmentos sociais. A violência escolar nas últimas décadas adquiriu crescente dimensão em todas as sociedades, o que a torna questão preocupante devido à grande incidência de sua manifestação em todos os níveis de escolaridade.

FANTE comenta sobre a violência escolar: O comportamento agressivo ou violento nas escolas é hoje o fenômeno social mais complexo e difícil de compreender, por afetar a sociedade como um todo, atingindo diretamente as crianças de todas as idades, em todas as escolas do país e do mundo. Sabemos ser o fenômeno resultante de inúmeros fatores, tanto externos como internos à escola, caracterizados pelos tipos de interações sociais familiares, socioeducacionais e pelas expressões comportamentais agressivas manifestadas nas relações interpessoais (2005 p. 75).

Comumente,quando tratamos do tema “violência escolar”, imaginamos uma gama de situações em que os alunos discutem, brigam se amontoam, se ferem e logo algum adulto interfere para separar os briguentos. Ou, ainda, imaginamos situações em que gangues formadas por “alunos ou ex-alunos-problemas”, munidos de armas ou drogas, invadem a escola, depredam o patrimônio ou deixam seus rastros marcados com sangue.

Diante desse quadro, inúmeras medidas de segurança estão sendo colocadas em prática em todo o mundo, visando prevenir a violência escolar e intervir em determinadas situações. Dessa forma, muros e grades altas, detectores de metais e câmeras de vídeo para monitoramento dos alunos são instalados e seguranças particulares dentro e fora da escola são disponibilizados. Blitze, compostas por cães farejadores e aparelhos de raios X, são estratégias utilizadas para vistoriar as mochilas dos alunos, transformando todos em suspeitos. Esta forma de violência é a que, normalmente, estamos empenhados em combater: a violência explícita.

Porém, aliada à violência explícita, uma outra forma de violência deve despertar a atenção dos profissionais de educação: aquela que se apresenta de forma velada, por meio de um conjunto de comportamentos cruéis, intimidadores e repetitivos, prolongadamente contra uma mesma vítima, e cujo poder destrutivo é perigoso à comunidade escolar e à sociedade como um todo, pelos danos causados ao psiquismo dos envolvidos. Referimo-nos à fenomenologia bullying, aquela que gera e alimenta a violência explícita que vem se disseminando nos últimos anos, tendo como resultado os nefastos massacres em escolas localizadas nas mais diversas partes do mundo e, ultimamente, no Brasil.

Neste trabalho, procuraremos elucidar as questões relacionadas ao fenômeno bullying, resultando na conscientização e na melhoria das relações interpessoais entre os escolares, bem como das relações ensino-aprendizagem.



Desenvolvimento

Estudos sobre a fenomenologia bullying assumiram, nos últimos tempos, proporções internacionais. Entretanto, uma das dificuldades encontradas pela maioria dos pesquisadores é quanto a encontrar termos, em seus idiomas, que correspondam ao sentido da palavra bullying.

Segundo Fante (2005) no Brasil é adotado o termo bullying de origem inglesa bully que é utilizado na maioria dos países que traduzido como nome é “valentão”, “tirano” como verbo, “brutalizar”, “tiranizar”, “amedrontar”. Assim bullying se refere a toda forma de agressão seja verbal ou física, praticada de forma intencional e repetida por uma ou mais pessoas, causando dor e sofrimento á vitima numa situação de desequilíbrio de poder que não tem como se defender por vários motivos como: menor estatura e força física, estar em minoria, ter pouca habilidade de defesa, baixa flexibilidade psicológica diante do agressor ou agressores.

Dessa forma, a definição de bullying é compreendida como um subconjunto de comportamentos agressivos, sendo caracterizado por sua natureza repetitiva e por desequilíbrio de poder. Esses critérios nem sempre são aceitos universalmente, mesmo sendo largamente empregados. Alguns pesquisadores consideram ser necessários no mínimo três ataques contra a mesma vítima durante o ano para sua classificação como bullying.O desequilíbrio de poder caracteriza-se pelo falo de que a vítima não consegue se defender com facilidade, devido a inúmeros fatores: por ser de estatura física; por estar em minoria; por apresentar pouca habilidade de defesa; pela falta de assertividade e pouca flexibilidade psicológica perante o autor ou autores dos ataques.

Assim sendo, por definição universal, bullying é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam,ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying. 

Podemos considerar o bullying como um fenômeno novo, porque vem sendo objeto de investigação e de estudos nas últimas décadas, despertando a atenção da sociedade para suas consequências nefastas, uma vez que se evidencia pela “desigualdade entre iguais”, resultando num processo em que os “valentões” projetam sua agressividade com requintes de perversidade e de forma oculta dentro de um mesmo contexto escolar. Por outro lado, considera-se o bullying como um fenômeno bastante antigo, por se tratar de uma forma de violência que sempre existiu nas escola-onde os “valentões” continuam oprimindo e ameaçando suas vítimas, por motivos banais- e que até hoje ocorre despercebida da maioria dos profissionais de educação.

Definimos o bullying como um comportamento cruel intrínseco nas relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer, através de “brincadeiras” que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar. Diversos estudiosos vêm dando suas definições e contribuições, ao longo do tempo com respeito a esse tipo de comportamento. Porém, todas as definições convergem para a incapacidade da vítima em se defender. Apontamos também, aliado a essa tendência, o fato de que a vítima não consegue motivar as outras pessoas a agirem em sua defesa. Portanto, o bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência. Isso justifica pelo fato de apresentar características próprias, dentre elas, talvez a mais grave, a propriedade de causar traumas ao psiquismo de suas vítimas.

Seja a propriedade de causar “traumas” ao psiquismo de suas vítimas e envolvidos. Possui ainda a propriedade de ser reconhecido em vários outros contextos, além do escolar: nas famílias, nas forças armadas, nos locais de trabalho (denominado de assédio moral), nos asilos de idosos, nas prisões, nos condomínios residenciais, enfim onde existem relações interpessoais (FANTE, 2005, p.179)

As conclusões a que chegamos sobre o desenvolvimento do fenômeno bullying em sala de aula baseia-se nas explicações do professor Dan Olweus.

É comum entre os alunos de uma classe a existência de diversos tipos de conflitos e tensões. Há ainda inúmeras outras interações agressivas, às vezes como diversão ou como forma e auto-afirmação e para se comprovarem as relações de força que os alunos estabelecem entre si. Caso exista na classe um agressor em potencial ou vários deles, seu comportamento agressivo influenciará nas atividades dos alunos, promovendo interações ásperas, veementes e violentas. Devido ao temperamento irritadiço do agressor à sua acentuada necessidade de ameaçar, dominar e subjugar os outros de forma impositiva pelo uso da força, as adversidades e as frustrações menores que surgem acabam por provocar reações intensas. Às vezes, essas reações assumem caráter agressivo em razão da tendência do agressor a empregar meios violentos nas situações de conflitos. Em virtude da sua força, seus ataques violentos mostram-se desagradáveis e dolorosos para os demais. Geralmente o agressor prefere atacar os mais frágeis, pois tem certeza de poder dominá-los, porém não teme brigar com outros alunos da classe: sente-se forte e confiante.

Se há na classe um aluno que apresenta características psicológicas como ansiedade, insegurança, passividade, timidez, dificuldade de impor-se de ser agressivo e com frequência se mostra fisicamente indefeso, do tipo bode expiatório... ele logo será descoberto pelo agressor. Esse tipo de aluno representa o elo frágil da cadeia, uma vez que o agressor sabe que ele não vai revidar se atacado, que se atemorizará vindo talvez a chorar, não se defenderá e ninguém o protegerá dos ataques que receber. 

O bode expiatório constitui-se, para um aluno agressor, num alvo ideal. Sua ansiedade, ausência de defesa e seu choro produzem um forte sentimento de superioridade e de supremacia no agressor, que pode então satisfazer alguns impulsos de vingança. Em geral, o agressor consegue fazer com que outros alunos se unam a ele, formando grupos (gangues). Consegue também induzir aqueles que lhe são mais íntimos a escolherem um bode expiatório, que tem sua aparência, em sua forma de vestir ou em suas maneiras e trejeitos algo que demonstre que é presa fácil para os seus ataques. Ao que parece, o agressor sente a mesma satisfação quando ataca ou quando são outros que atacam a vítima. Caso seus atos produzam alguma consequência, o agressor sempre tem alguma estratégia inteligente para sair-se bem.

Na maioria das vezes, entretanto, os professores ou outros profissionais da escola não percebem a agitação ou não se encontram presentes no local quando acontecem os ataques à vítima; assim, os próprios alunos ficam entregues a si mesmos para resolver seus conflitos.

É comum que a vítima não conte para os professores e para os pais o que lhe acontece na escola. Também é comum que os outros alunos participem dos maus-tratos ao bode expiatório, já que todos sabem, por um lado, que ele é frágil e não se atreve a revidar e, por outro, que nenhum dos alunos mais fortes da classe sairão em sua defesa. A partir do momento em que os valentões da classe atacam, o aluno agredido chega até a estranhar quando pouco hostilizado, pois, no fundo, acredita que não tem valor e que é merecedor dos ataques. Aos poucos vai se isolando do grupo-classe, uma vez que sua reputação se torna cada vez pior entre seus companheiros por causa das constantes gozações e dos ataques abertos, ficando evidente que não serve para nada.

Não raro alguns alunos são tomados pelo medo de que sua reputação seja ameaçada ou de provocarem o desdém ou a desaprovação dos agressores se alguém os vir em companhia do aluno alvo das gozações. Alguns temem se tornar a próxima vítima, e, dessa forma, o isolamento do aluno, alvo do bullying, é fato consumado.

Ainda segundo o autor, não há dúvida de que a maioria dos casos de bullying acontece no interior da escola. Entretanto, para que um comportamento seja caracterizado como bullying, é necessário distinguir os maus-tratos ocasionais e não graves dos maus-tratos habituais e graves.

Portanto, os atos de bullying entre os alunos apresentam determinadas características comuns: são comportamentos produzidos de forma repetitiva num período prolongado de tempo contra uma mesma vítima; apresentam uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima; ocorrem sem motivações evidentes; são comportamentos deliberados e danosos.

Os comportamentos bullying podem ocorrer de duas formas direta e indireta, ambas aversivas e prejudiciais ao psiquismo da vítima. A direta inclui agressões físicas (bater, chutar, tomar pertences) e verbais (apelidar de maneira pejorativa e discriminatória, insultar, constranger); a indireta talvez seja a que mais prejuízo provoque, uma vez que pode criar traumas irreversíveis. Esta última acontece através de disseminação de rumores desagradáveis e desqualificantes, visando à discriminação e exclusão da vítima de seu grupo social.

Segundo Silva existem diversas formas da prática do bullying entre elas podemos classificar: Forma Verbal: Insultar, ofender, xingar, fazer gozações, colocar apelidos pejorativos, fazer piadas ofensivas e zoar; Forma Física e Material: Bater, chutar, espancar, empurrar, ferir, beliscar, roubar, furtar ou destruir os pertences das vítimas e atirar objetos contra as vítimas; Forma Psicológica e Moral: Irritar, humilhar e ridicularizar, excluir, isolar, ignorar, desprezar ou fazer pouco caso, discriminar, aterrorizar e ameaçar, chantagear e intimidar, tiranizar, dominar, perseguir, difamar, passar bilhetes e desenhos entre os colegas de caráter ofensivo, fazer intrigas, fofocas ou mexericos (mais comum entre as meninas); Forma Sexual: Abusar, violentar, assediar e insinuar; Forma Virtual: usar a internet para caluniar, maltratar entre outras atitudes já descritas contra o próximo (2009, p.22-24).

Acreditamos oportuno aqui fazer um apelo a todos os profissionais de educação: por favor, valorizem os sentimentos que as vítimas expressam e entendam que para elas é muito difícil falar sobre o que lhes está ocorrendo! Não pensem que aprenderão aos trancos a se desvencilharem de situações difíceis como essas. Se estão pedindo a sua ajuda é por que não suportam mais o peso do sofrimento e podem estar propensas a cometer um desatino.

É necessário que os nossos professores sejam capacitados e habilitados para lidar com esse fenômeno, uma vez que ele os atinge diretamente, a considerar o baixo rendimento, observado em vários alunos, como “resultado do seu trabalho”; também os afeta veladamente de maneira sutil e estressante, dentre outros pelo fato de ser o professor um ser emocional, capaz de perceber e captar tanto as atitudes de interesse dos alunos como o clima emocional da turma. Esperamos que, no menor espaço de tempo possível, tenhamos no país professores que estejam a par desse tipo de comportamento violento, sendo capaz de distingui-los dos comportamentos ditos normais entre os alunos, contribuindo assim para fazer da escola o melhor lugar do mundo, propício para o estudo e para o trabalho. 

Esse despreparo dos professores ocorre porque, tradicionalmente, nos cursos de formação acadêmica e nos cursos de capacitação, são treinados com técnicas que unicamente os habilitam para o ensino de suas disciplinas, não sendo valorizada a necessidade de lidarem com o afeto e muito menos com os conflitos e com os sentimentos dos alunos. Acreditamos que os professores deveriam ser preparados para educar a emoção dos seus alunos.

 

Conclusão

Concluímos que eliminar a violência social e estabelecer a paz global são tarefas até então consideradas impossíveis. Combater a violência para reduzi-la a níveis toleráveis, sabemos, não é tarefa fácil, pois a violência é um fenômeno complexo, com inúmeras causas determinantes e diversos tipos de manifestações, tendo sempre um indivíduo prejudicado, pela forma repetitiva com que, consciente ou inconscientemente, se expressa e pelas ações ou intenções que causam sofrimentos generalizados.

Entretanto acreditamos ser possível e viável o seu combate desde que haja conscientização, planejamento, investimentos, atitudes de compromisso e de responsabilidade, cooperação e, sobretudo, tempo, para que uma nova contracultura de paz seja estabelecida. Sabemos que essas mudanças não acontecerão num curto espaço de tempo como gostaríamos, mas podemos colaborar para a formação de uma nova mentalidade, promotora da paz, e esperamos que as futuras gerações possam usufruí-la.

Todavia, qualquer que seja o ângulo de observação do fenômeno bullying e de suas causas determinantes, entendemos que as propostas de soluções precisam ter na educação o seu principal veículo.  Para que isso ocorra, acreditamos que as soluções devem promover a convivência pacífica, iniciando pela escola e se expandindo para toda sociedade. Se essas mudanças se iniciarem desde os primeiros anos escolares, reduzirão o comportamento agressivo e minimizarão a sua propagação. Para alcançarmos êxito na redução da violência, precisamos, primeiramente, conquistá-la na escola, por ser lá que os primeiros sinais da violência se manifestam entre os alunos. Devido ao seu poder propagador e multiplicador, a escola deve ensinar os alunos a lidarem com suas emoções para que não se envolvam em comportamentos violentos, transformando-os em agentes disseminadores de uma cultura da paz que se estenda aos demais contextos de vida.




Referências

 

BULLYING. Disponível em: <htpp:/WWW.aacap.org/índex.html. Acesso em 24 nov. 19.

DEBARBIEUX, E. & Blaya, C. Violência nas escolas: dez abordagens europeias. Brasília, Unesco,2002.

ESTATUTO da criança e do adolescente. Lei n.8069,13 jul.1990.

FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Editora Verus, 2005.

OLIVEIRA, Mariz de. ”Reflexões sobre a violência”. Em: jornal do advogado, São Paulo, ano XXVII, N.256,2002.

SILVA, A. B. B. Bullying: justiça nas escolas. Brasília: 2010