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O CIRCO COMO CONTEUDO CURRICULAR ESCOLAR NO MUNICIPIO DE SORRISO - MT

Claudete Isabel Rech

Guilherme Vicini Neto

Janaiana Barbosa Cavalcante

Lucas Gonçalves de Oliveira Alves




RESUMO

O presente estudo tem objetivo conhecer a realidade das instituições educacionais das Escolas Municipais do Município de Sorriso MT, mais especificamente nas turmas do Fundamental I e II, com intuito de obter informações sobre a utilização das artes circenses como uma atividade que pode ou não, fazer parte do conteúdo pedagógico programático das aulas de Educação Física na escola. Expondo assim a importância de cada uma dessas atividades, salientar ações do dia-a-dia desses profissionais circenses, e alguns recurso utilizados para que essas atividades possam ser praticadas corretamente. Este estudo foi realizado através de pesquisa por meio de revisão de literatura e pesquisa de campo.

Palavras Chaves: Educação Física, Políticas Públicas, Programa Mais Educação.

 

INTRODUÇÃO

O presente estudo tem objetivo conhecer a realidade das instituições educacionais das Escolas Municipais do Município de Sorriso MT, mais especificamente nas turmas do Fundamental I e II, com intuito de obter informações sobre a utilização das artes circenses como uma atividade que pode ou não, fazer parte do conteúdo pedagógico programático das aulas de Educação Física na escola. Expondo assim a importância de cada uma dessas atividades, salientar ações do dia-a-dia desses profissionais circenses, e alguns recurso utilizados para que essas atividades possam ser praticadas corretamente.

Basicamente queremos saber qual será o grau de importância que essas atividades influenciaram as aulas de Educação Física? O quanto isso irá contribuir para as aulas e para cada aluno envolvido? Quais serão o método de inclusão ou não desse conteúdo nas aulas? Enfim, essas artes circenses podem fazer parte das aulas de Educação Física pela enorme variedade de conteúdos que podem vir a ser trabalhados, além disso as crianças dessas turmas terão ideia de como as atividades aéreas realizadas, de interpretação, acrobáticas, entre outras. 

 

METODOLOGIA 

Este estudo foi realizado através de pesquisa por meio de revisão de literatura e pesquisa de campo. A revisão de literatura foi realizada em várias consultas a livros, artigos científicos e monografias selecionadas através de busca em banco de dados tais como: SCIELO, EBSCO entre outros.  Para pesquisa de campo foi feito um termo de consentimento e apresentado nas vinte cinco escolas as quais foram visitadas. A pesquisa de campo foi realizada com os professores de Educação Física do ensino Fundamental I e II das Escolas Municipais de Sorriso MT, sendo feito assim questionários para estes, com perguntas relacionadas como as atividades circenses pode ou não fazer parte do conteúdo pedagógico programático das aulas de Educação Física na escola, qual a idade que estes considera ideal para o início da atividade circense na escola, quais as maiores dificuldades encontradas na pratica das atividades circenses e qual a melhor maneira de trabalhar essas atividades circenses na opinião deles. 

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Ao começo das duas décadas do século XX, começou a certa vivacidade das atividades circenses em âmbito escolar de algumas organizações acadêmicas no exterior. O que chamava atenção era os benefícios e a grande diversidade de possibilidades para a educação do corpo, tanto expressiva quanto estética que estas artes proporcionavam. Um conteúdo com um grande potencial pedagógico e de reflexão sobre as artes corporais para os profissionais de Educação Física em suas aulas na Escola (AQUINO, 2014 p. 5).

Assim consideramos que artes circenses são expressões humanas que há relação com o ato esportivo, podendo elas ser de qualquer forma, desde que seja considerada como algo encantador. Circo é o lugar que expressa essas artes, lugar que encontramos a lona, o picadeiro e todos os materiais que nele há (SACCO E BRAZ, 2010 p. 3).

O circo é uma arte que usa o corpo. Portanto é importante que o artista reconheça suas possibilidades e limites, que esteja atento aos sinais de cansaço, desgaste e pequenas lesões, para evitar acidentes. Um bom aquecimento e um alongamento antes do ensaio ou da apresentação são fundamentais para a segurança dos artistas e melhoria da qualidade de sua performance (BORTOLETO, 2010 p.195).

Em algum momento de sua infância, todos já sonhamos de como seria se nos estivessem no lugar daqueles trapezistas voadores do circo, ou já se divertimos e soltamos gargalhadas com os palhaços e se encantamos com toda aquela fantasia produzida e apresentada pelo mundo circense (AQUINO, 2014 p. 3).

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) o estudante tem direito a uma educação que o possibilite ter acesso ao desenvolvimento de qualquer tipo de educação que tenha vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas social. A realização de atividades circenses está ligada a essa construção integral, tornando possível ao educando compartilhar de práticas culturais que há muitos anos fizeram-se presentes na história e que foi deixada de lado pela escola (AQUINO, 2014 p. 6).

Existe sim o desejo dessas artes circenses serem incluídas nas escolas mais também, uma preocupação à forma que as essas atividades lúdicas serão realizadas, levando em consideração que grande parte das escolas ainda seguem o método de ensino tradicional. Sendo assim importante a aula de Educação Física, a principal forma de interação dos educandos (AQUINO, 2014 p. 6).

É importante destacar que a escolha das modalidades circenses seguir alguns critérios básicos. O professor deve conhecer a infraestrutura que a escola dispõe, assim como saber sobre as experiências dos alunos. Desta forma, as modalidades que não exigem muitos materiais específicos, ou que não necessitem de uma infraestrutura especial, e também aquelas que os maiores números de participantes possam estar em atividade ao mesmo tempo, essas atividades e modalidades são as mais indicadas. Por exemplo, se trabalharmos as acrobacias aéreas em uma turma de trinta alunos, cuja o material é bem especifico, além de ser bem fixado a uma base de sustentação confiável, devemos ter um colchão de proteção e um professor ou monitor por aparelho. Desta forma, um aluno utilizara o aparelho durante dois minutos, e a cada hora o aluno terá passado apenas uma vez por ele (DUPRAT & GALLARDO, 2010 p. 70).

As atividades circenses quando utilizada como conteúdo curricular das aulas de Educação Física Escolar dão possibilidade a uma relação mais concreta da realidade, afetando assim a afetividade entre todos os estudantes. Assim essas atividades circenses incluídas na Educação Física Escolar viram viabilizar novas atividades ou que foram pouco trabalhadas, que servem como estimuladoras do desenvolvimento do educando em paralelo com o da escola (AQUINO, 2014 p. 10).

A utilização das artes circenses nas aulas de Educação Física Escolar, traz aos estudantes o acesso a outro de manifestação cultural e histórica, o que torna possível atender a vários tipos de ensino, certificando que os estudantes irão adquirir maior autonomia no que diz respeito aos elementos da cultura corporal, para que no decorrer de suas vidas, futuramente, eles sejam capazes de praticar e apreciar atividades esportivas, expressivas, ou atividades de dança em momentos que façam parte do seu lazer (DAOLIO, 2003 p.10).

Contudo é importante a pratica das atividades circenses nas aulas de Educação Física escolar pois trazem diversas capacidades psicomotoras, presentes na familiarização com alguns instrumentos do circo, como as pernas-de-pau, o tecido acrobático e os malabares; bem como a aproximação dos educando e educadores com as técnicas específicas de acrobacias de solo e a vivência na realização das mesmas (AQUINO, 2014 p. 13).

A comedia circense tem no desempenho do palhaço a sua real eficácia. Isso quer dizer enredo selado dramaturgicamente perde sua força e a interpretação do palhaço, essencialmente improvisada, ainda que embasada em um roteiro ou um texto, assume lugar de destaque. O palhaço se dirige diretamente à plateia e, com isso, garante a comunicabilidade, algo que é inerente a comedia, em especial à farsa (BORTOLETO, 2010).

O circo apresenta inúmeros elementos que o professor poderá trabalhá-los completamente durante todo o conteúdo, passando todo o ano levito utilizando. Porem educador tem como objetivo enfatizá-lo de forma a ser associado com sua cultura e que pode iniciar pela pesquisa da vivência que os alunos possuem em relação ao tema e, a partir daí, desenvolver um norte para as aulas (AQUINO, 2014 p. 15).

Em algum momento da vida, a maioria das crianças já imaginou como seria se elas fossem trapezistas voadores de circo, bem como já se divertiu com os palhaços no picadeiro, e se encantou com toda a magia da produção e apresentação de um espetáculo circense. A arte do circo é fascinante, é verdade, porém por muito tempo sofreu preconceitos por parte dos estudiosos, apresentando restrições no seio da sociedade como um todo (RESENDE, 2016 p. 12).

Historicamente, o precursor do circo moderno, também denominado circo tradicional ou circo clássico, foi o inglês Philip Astley. A principal característica deste novo circo era a existência de uma estrutura com um picadeiro cercado por arquibancadas (RESENDE, 2016 p. 13). 

São atividades circenses as seguintes: malabarismo, trapézio, acrobacias, contorcionismo, de equilíbrio, dentre outros. Em relação aos materiais utilizados, tem-se que estes exigem pouca infraestrutura, não exigindo, em algumas atividades, nenhum material, como no contorcionismo, nas acrobacias e nas atividades de equilíbrio, por exemplo, ou materiais pequenos, como bolas e instrumentos de malabares (no malabarismo) (RESENDE, 2016 p. 14). 

Acreditamos na importância da valorização das artes circenses e dos artistas que se tem um saber construído através de muitas gerações. Qualquer processo de formação de novos artistas deve, necessariamente, levar em conta a história e tradição. No entanto, consideramos que a utilização e incorporação da pluralidade de métodos de pesquisa e investigação ofertado no campo de conhecimento acadêmico, com suas ferramentas, devem ser permanentemente incorporados ao ensino e à pratica circense (BORTOLETO, 2010).

As atividades circenses passíveis de serem usadas em atividades escolares incluem aquelas que englobam a ginástica e o circo nos movimentos, sejam acompanhados ou não de músicas. A dança é um conteúdo “sugerido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Física Escolar acaba sendo uma constante, até porque quem não está experimentando algum movimento proposto para o momento, está dançando (RESENDE, 2016 p. 15).

Na Educação Infantil, a arte apresenta grandes contribuições, na medida em que permite à criança, por meio do desenho, por exemplo, representar o mundo em que vive, bem como expressar sensações, ideias, sentimentos e fantasias, construindo, deste modo, a sua primeira linguagem gráfica na comunicação destes sentimentos, experiências, pensamentos etc (RESENDE, 2016 p. 15).

A utilização das atividades circenses nas aulas de Educação Física Escolar contribui para a facilitação do acesso dos estudantes a esse tipo de manifestação histórica e cultural; tornando possível o atendimento à finalidade cultura desta vertente do ensino, na medida em que os alunos adquirirão autonomia mais destacada em relação aos elementos da cultura corporal, de modo que, ao longo de suas vidas, possam apreciar e praticar atividades esportivas, de dança ou de expressão corporal em momentos de lazer (RESENDE, 2016 p. 17).

O potencial do circo para beneficiar as iniciativas de saúde e educação física, atualmente está sendo reconhecido. A arte do circo tem o potencial para desenvolver muitas das expectativas da escola, e uma série de aspirações das diretrizes vistas nos PCNs do governo central em torno do esporte e da saúde, entre tais diretrizes cabe mencionar: a luta contra a obesidade infantil, participação e comunidades sustentáveis  Devido à grande variedade e potencial das atividades físicas envolvidas com habilidades circenses, há potencialidade grande para documentar todos os benefícios físicos de circo para jovens (RESENDE, 2016 p. 18).

Atividade circense, circo ou arte circense, pode ser considerada um desporto com diferentes direcionamentos, para o lazer-recreação, o alto rendimento ou a educação. Esta arte possui variadas modalidades, nas quais os artistas executam movimentos técnicos e usam de sua criatividade para inventar novos movimentos no sentido de encantar o público e inevitavelmente o próprio praticante. O circo novo é influenciado por indivíduos de diferentes conhecimentos, tanto prático quanto cênico, artístico e físico, se diferenciando do circo moderno por ser desenvolvido por famílias tradicionais circenses, o que não deixa de possuir características práticas, cênicas, artísticas e físicas, porém de forma empírica. De qualquer maneira, o circo objetiva surpreender o público sem regras a serem cumpridas e a julgamentos que decidem seu status diante de federações como acontece nos esportes de alto rendimento (SACCO E BRAZ, 2010 p. 30-31).

É importante para o professor intender e identificar a complexidade de códigos que envolvem o circo para oferecer este conhecimento aos seus alunos, para que eles tenham o domínio conceitual, procedimental e atitudinal. Para tendo, o profissional deve identificar quais são os conhecimentos circenses maus adequados a serem trabalhados na escola, incentivando os alunos a transcender o âmbito escolar, buscando quem sabe um maior aprofundamento (DUPRAT & GALLARDO, 2010 p. 59).

Para que o conhecimento tenha valor e significado, tanto para o professor quanto para o aluno, deve ir além do domínio de técnicas de execução (o como fazer). Deve-se desvendar os códigos que estão por trás de cada conteúdo, tais como a capacidade de indicar suas origens (como ele foi construído ao longo da história), analisar os valores (antologia) que estão implícitos nele (o porquê fazer e o porquê não fazer) nesse sentido, o domínio conceitual é muito mais amplo e complexo que meramente o fazer da educação física tradicional (DUPRAT & GALLARDO, 2010 p. 60).

Devido as características do meio escolar da maioria das atividades desenvolvidas com a comunidade, existe três formas de desenvolvimento dos conteúdos da educação física (vivencia, pratica e treinamento), cada um deles envolvendo interesses diferentes. Na escola estaremos trabalhando apenas com os dois primeiros, postos que não é dever da escola tratar do treinamento (DUPRAT & GALLARDO, 2010 p.60).

As modalidades que exigem materiais de médio e grande porte poderiam ser trabalhadas no ambiente escolar respeitando condições como infraestrutura, segurança adequada e capacitação profissional. Assim essas modalidades poderiam ser trabalhadas em atividades extracurriculares, como, contudo, complementar (DUPRAT & GALLARDO, 2010 p. 64).

Ainda adequando as modalidades circenses ao ambiente escolar devemos considerar a segurança e a integridade de nossos alunos. É por isso que acreditamos que as modalidades de alguma maneira exacerbam deformidades (aberrações, ou que possam degradar de alguma maneira com o corpo com a utilização de materiais perfurantes (faquirismo) e a manipulação do fogo (pirofagia), não são indicados para ambiente escolar (DUPRAT & GALLARDO, 2010 p. 64).

Assim a segurança não deve ser tratada como mais um aspecto das atividades circenses, mas sim como pré-requisito para qualquer pratica ou atividade, criando-se uma '' cultura de segurança '' que deverá trazer benefícios importantíssimos para o circo e todos aqueles que de alguma forma estão ligados a ele (BORTOLETO, 2010 p. 191).

É necessário ter criatividade e jogo de cintura para lidar com os imprevistos. Mesmo o profissional mais experiente deve estar sempre aberto a novas ideias e experimentações, sentir-se em estado de formação e aprendizado constante. No circo assim como em qualquer outro ambiente, os acidentes podem trazer diversas consequências graves ou não, permanentes ou temporais. Devemos ter consciência que independente da proporção dos acidentes, sempre haverá alguma consequência psicológica, econômica, física, emocional, midiática entre outras (BORTOLETO, 2010 p. 192).

Evitar acidentes também significa ajudar a preservar e promover uma boa imagem do circo. Além disso, acidentes e outros problemas cuja origem seja a falta de segurança repercutem de forma negativa para toda a classe circense, mesmo quando o fato acontece em lugares distantes (BORTOLETO, 2010 p. 193).

 

CONCLUSÃO

Independentemente da turma de estudante, hoje em dia as escolas precisam muito mais de motivação, inovação e incentivo em todas as aulas para esses alunos continuam frequentando as aulas. Sabemos então que o processo de aprendizagem começa bem antes deles virem para a escolas e que tudo que eles aprenderem na sala, levaram para vida. Então é preciso desenvolver novas competências, devendo os professores estar sempre dispostos a inovações e em busca de novas ferramentas para se trabalhar com essa nova geração.

A aulas de Educação Física é fundamental para que as crianças se descubram, transponham limites, conheçam e valorizem o seu próprio corpo, enfrentem desafios e conhecendo seus próprios limites. Enfim, explorem o seu potencial de transposição de barreiras e de interação com os outros.

Assim para bem cumprir nossos objetivos, após ser feita a análise da pesquisa em aproximadamente vinte cinco escolas Municipais de Sorriso MT, mais especificamente nas turmas do Fundamental I e II, foi constatado que muitos profissionais da Educação Física, tentam se reprogramar e adaptar as artes circenses em suas aulas, pois os alunos adoram e este conteúdo traz inúmeras contribuições para o desenvolvimento motor, psicomotor, força, equilíbrio, agilidade, flexibilidade, auto confiança, coordenação, socialização, atenção, concentração, entre outras. Porem estes profissionais nos registrou que não possuem estruturas nem materiais específicos para que esse conteúdo pedagógico seja programado nas aulas de Educação Física. Desta forma eles preferem aplicar outros tipos de jogos lúdicos, alternativos, modalidades esportivas, que tendem a ser mais fácil suas adaptações aos materiais que eles mesmo têm que confeccionar no imprevisto. 

Diante disso, os profissionais da área de Educação Física devem fazer adaptações para cada instituição que for lecionar, para que assim a arte circense não passe a ser vista pelos nossos alunos como algo impossível de ser praticado. 




REFERÊNCIAS

AQUINO, M. S; Circo e Educação: Atividades Circense na Educação Escolar; Brasília; 2014;

 

BORTOLETO, M. A. C; Introdução à pedagogia das atividades circenses; Vol. 2; 1 Edição; Várgea Grande, SP; Fontoura, 2010; 269p. 

 

DAOLIO, J. Educação Física escolar: em busca da pluralidade. Campinas: Editora da UNICAMP, 2003.

 

DUPRAT, R. M; GALLARDO, J. S. P; Artes circenses no âmbito escolar; Ijuí, MS; Injuí, 2010; 184p.

 

RESENDE, N. K. T; Benefícios das atividades circenses na educação física escolar; Brasília; 2016;

 

SACCO; R. B; BRAZ, T. V; Atividades circenses: caracterização das modalidades, capacidades Biomotoras, metabolismo energético e implicações práticas; Campinas; 2010;