PONTOS E CONTRAPONTOS DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR NA VISÃO DOS PAIS E PROFESSORES
Roseli Kochenborger [1]
Clarice Aparecida de Mello Freitas[2]
Patricia Magalhães da Silva[3]
RESUMO
Partindo da necessidade de todos terem ações de tolerância à diversidade humana, remete-se à urgência da transformação de toda a realidade social e escolar. É nesse âmbito que entra a dimensão das Práticas Pedagógicas, onde a função da educação é instrumentalizar o aluno de forma a viabilizar sua autonomia, já que esses são seres sociais e devem ser integrados pela escola de uma maneira construtiva, permitindo assim, uma integralização entre a criança e a sociedade.
Palavras-chave: Inclusão. Deficiência. Práticas Inclusivas.
ABSTRACT
Starting from the need to have all actions of tolerance to human diversity, refers to the urgency of the transformation of the whole social and school reality. It is in this context that enters the dimension of teaching practices, where the function of education is to equip the student in order to facilitate their autonomy, as these are social beings and should be integrated into the school in a constructive way, allowing a payment between the child and society.
Keywords: Inclusion. Disabilities. Inclusive practices.
INTRODUÇÃO
Esse trabalho falará sobre um dos principais temas que mais tem se discutido na Educação nos dias atuais, que é a inclusão de alunos com necessidades especiais em escolas regulares.
O texto foi elaborado tomando como base a leitura dos artigos disponibilizados na orientação desse trabalho.
DESENVOLVIMENTO
Ao analisar os artigos disponibilizados na orientação, percebemos que a luta pela inclusão social nas escolas públicas iniciou-se em meados da década de 90 com a Declaração Mundial sobre a educação para todos e a Declaração de Salamanca, essa especificamente a favor da educação inclusiva.
A inclusão escolar das pessoas com necessidades especiais é um tema de muita importância e de grande abrangência, e vem ganhando certo destaque hoje em dia, ele não é um tema novo começou ter maior ênfase a partir da década de 90 (1990) onde obteve mais forças com as políticas educacionais da inclusão do sujeito com necessidades especiais, no Brasil, o Plano Decenal de Educação para todos, 1993 – 2003 (MEC, 1993) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (MEC, 1999) são exemplos de documentos que defendem e dá direito que todas as crianças devem ser acolhidas pela escola, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais com, levando em conta os paradigmas conceituais e princípios que vem sendo progressivamente defendidos nos documentos.
Levando em consideração a primeira dimensão presente na escola que são as Políticas Educacionais, através dor artigo percebe-se que os modelos de inclusão adotados pelas escolas são baseados em uma filosofia que prega a solidariedade e o respeito mútuo em relação às diferenças de cada individuo, e que o fator principal para que a inclusão seja satisfatória para todos os envolvidos é que a sociedade precisa aprender a conviver e respeitar as diferenças.
É nas políticas públicas que se evidencia a necessidade de realização de políticas públicas, destinadas à população em geral, a respeito da necessidade de todos terem ações de tolerância à diversidade humana.
Ainda com relação às políticas públicas, elas hão que propiciar maior investimento em materiais pedagógicos, próteses e órteses e recursos de adaptação para as escolas inclusivas, a fim de se garantir meios que facilitem a acomodação, comunicação e aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais, assim como se deve questionar a eficácia dos treinamentos e cursos destinados aos professores que lidam com esses alunos.
Desta forma, a inclusão remete à urgência da transformação de toda a realidade social e escolar.
É nesse âmbito que entra a dimensão das Práticas Pedagógicas, que relata ser a função da educação é instrumentalizar o aluno de forma a viabilizar sua autonomia, já que esses são seres sociais e devem ser integrados pela escola de uma maneira construtiva, permitindo assim, uma integralização entre a criança e a sociedade.
A escola deve estar aberta, em todo momento, à participação dos pais dessas crianças, inclusive no que se refere à presença em determinadas aulas, para que esteja claro, para os pais, a seriedade da proposta pedagógica específica para seu filho, bem como para que se possam instrumentalizar os pais para atividades possíveis de serem realizadas em casa.
Deve-se buscar, nesse sentido, uma educação que favoreça a fusão entre o conhecimento e a vida, de forma que se identifiquem os conceitos que perpassam por todas as áreas do saber. Uma educação que valorize a cultura, que respeite o espaço e o tempo, que busque conhecer o aluno como pessoa, aprendiz de uma nova vida, de um novo contexto.
A experiência de inclusão parece ser muito benéfica para os alunos sem necessidades especiais, pois esses têm a oportunidade de conviver com a diferença, que podem melhor elaborar seus conceitos sobre desenvolvendo-se como cidadãos menos preconceituosos.
As concepções dos pais e as dos professores problematizam a dificuldade da inclusão escolar dos deficientes múltiplos e auditivos, principalmente no que se refere a dificuldades de esses alunos acompanharem os conteúdos ministrados nasala de ensino regular, mesmo com todo apoio pedagógico existente ainda não é significante devido ao estado em que se encontra na deficiência como: leve, moderado e profundo.
Neste sentido, a formação profissional passa a ser uma questão central para a implantação da escola inclusiva. Garantir um espaço de formação/ redefinição poderia colaborar no sentido de promover debates sobre os fatores referentes às baixas expectativas dos pais e professores em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem dos deficientes múltiplos, articulando-os para cobrarem de todo o sistema educacional posturas e práticas de qualidade.
As concepções dos pais e as dos professores problematizam a dificuldade da inclusão escolar dos deficientes múltiplos e auditivos, principalmente no que se refere a dificuldades de esses alunos acompanharem os conteúdos ministrados nasala de ensino regular, mesmo com todo apoio pedagógico existente ainda não é significante devido ao estado em que se encontra na deficiência como: leve, moderado e profundo.
Levando também em consideração as diferentes culturas existentes dentro da escola, percebe-se que é no espaço escolar que encontramos inúmeros tipos de diversidades existentes, e entre elas, a principal é a cultural.
Nesse sentido, é necessário considerar fatores políticos e pedagógicos que se articulam para oferecer uma educação que tenha compromisso com a qualidade.
A escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural e também é o local mais discriminador. Tanto é assim que existem escolas para ricos e pobres, de boa e má qualidade, respectivamente. Por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino- aprendizagem.
A escola em que ele foi formado e na qual trabalha é reprodutora do conhecimento da classe dominante, classe esta, que dita às regras e determina o que deve ser transmitido aos alunos. Mas, se o professor for detentor de um saber crítico, poderá questionar esses valores e saberá extrair desse conhecimento o que ele tem de valor universal.
Trabalhar igualmente essas diferenças não é uma tarefa fácil para o professor, porque para lidar com elas é necessário compreender como a diversidade se manifesta e em que contexto. Portanto, pensar uma educação escolar que integre as questões inclusivas significa progredir na discussão a respeito das desigualdades sociais, das diferenças raciais e outros níveis e no direito de ser diferente, ampliando, assim, as propostas curriculares do país, buscando uma educação mais democrática e inclusiva.
CONCLUSÃO
Ao realizar a leitura dos artigos e a elaboração desse texto, nos foi possível refletir como é importante a luta pela inclusão das crianças com deficiência em escola regular, e que mesmo que andando a passos lerdos, cada causa ganha é uma vitória que ficará marcada na história.
Embora saibamos que seja impossível uma escola igual para todos, acreditamos que seja possível a construção de uma escola que reconheça que os alunos são diferentes, que possuem uma cultura diversa e que repense o currículo, a partir da realidade existente dentro de uma lógica de igualdade e de direitos sociais.
REFERÊNCIAS
GIROUX, Henry A. Cruzando as fronteiras do discurso educacional: novas políticas em educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos professores e intérpretes sobre esta experiência. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/ccedes/v26n69/a04v2669.pdf.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. PRIETO, Rosângela Gavioli. Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. 103 p.
SILVEIRA, Flávia Furtado Silveira; NEVES, Marisa Maria Brito da Justa. Inclusão Escolar de Crianças com Deficiência Múltipla: Concepções de Pais e Professores. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/ptp/v22n1/29847.pdf