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EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA

Roseli Kochenborger [1]

Clarice Aparecida de Mello Freitas[2]

Patricia Magalhães da Silva[3]

 

RESUMO

A escola faz parte de um contexto cultural, que envolve diversas realidades, vivemos em uma sociedade preconceituosa por isso devemos discutir e refletir esse assunto não só com os alunos, mas inserir os pais e toda a comunidade na escola, pois a educação vem de berço, e infelizmente a intolerância também, a escola precisa do apoio familiar para minimizar o preconceito a respeito da homofobia, o primeiro passo é orientar, através de palestras, roda de conversa, enfim o assunto tem de ser explorado, temos que romper as barreiras que nos envolve, pois estamos falando de seres humanos, mesmo sendo um assunto polemico, precisa ser trabalhado, não tem como fugir dessa realidade que envolve toda sociedade.

Palavras-chave: Educação. Homofobia. Discriminação. Preconceito.

 

ABSTRACT

The school is part of a cultural context that involves different realities, we live in a prejudiced society so we must discuss and reflect this matter not only with students, but insert the parents and the entire community at school, because education comes from cradle and unfortunately the intolerance too, the school needs of family support to minimize the prejudice about the homophobia, the first step is to guide, through lectures, conversation circle, finally it has to be explored, we must break down the barriers thatIt surrounds us, because we are talking about human beings, even though a controversial subject, needs work, can not escape this reality that involves the entire society.

Keywords: Education. Homophobia. Discrimination. Preconception.

 

INTRODUÇÃO

Entendemos a homofobia e qualquer outra forma de preconceito, como uma atitude de desvalorização e desrespeito aos direitos de escolha das pessoas, quer seja de origem sexual, gênero ou raça, enfim o ser humano deve ser respeitado em sua totalidade. A homofobia é um assunto muito falado, mas pouco compreendido, pois não é fácil aceitar as diferenças e a escola é um espaço privilegiado onde temos a oportunidade de discutirmos e refletirmos sobre esse tema e qualquer outro, abrangendo nossos conhecimentos. Criando oportunidade de formar cidadãos plenos em seus direitos e deveres, abrindo caminhos para uma sociedade plural e justa, na qual cada cidadão deve ser respeitado em sua forma única de ser. O papel da escola é promover campanhas de conscientização contra a homofobia, conscientizando nossos alunos, promovendo ações que visam reduzir a discriminação e o preconceito, mobilizando alunos, pais e a comunidade escolar para questionar práticas, posturas, princípios e valores presentes no ambiente escolar e na sociedade em geral.

 

DESENVOLVIMENTO

Hoje esse problema de aceitar as diferenças está presente em todas as escolas, mas na maioria das vezes é deixado de lado porque se tratando de sexualidade ainda é constrangedor, principalmente para quem não se aprofundou no assunto.

Os casos de preconceito tipo homofobia, em uma instituição escolar tem que ser vista como uma problemática existente na sociedade e sendo assim a escola tem que estar preparada para estas ocorrências. Sempre teremos alunos homossexuais e precisamos incluí-los, no casso de rejeição ou discriminação por parte da comunidade escolar, cabe à própria escola responsabilizar-se pelo trabalho de combate o preconceito.

Para começarmos o projeto, primeiramente precisamos esclarecer para nossos alunos o que é homofobia, pois sabemos que o conceito de homossexualidade está na rua, na televisão, mas não está nos livros didáticos e isso gera conceitos que muitas vezes acaba levando ao Bullying. A abordagem do tema deve ser feito de maneira delicada, pois existe certo tabu sobre a homossexualidade, devemos lembrar os alunos que temos direitos e deveres, como cidadão também devemos o respeito à diversidade humana.

Medo, desprezo e intolerância, estes são apenas alguns dos sentimentos de repulsa demonstrados contra homens e mulheres homossexuais. Ódio ou aversão a homossexualidade é uma pratica disseminada não apenas entre Shin Reads, ou grupos extremistas, mas também entre adolescentes , jovens, adultos e idosos, que por motivos culturais, sociais ou individual discriminam  pessoas de acordo com suas orientações sexuais. (GUIA PARA EDUCADORES (AS). 2006 p.19)

         Os professores precisam estar preparados para trabalhar este assunto, explorando conteúdos relacionados para o contexto social e profissional, então primeiro passo seria que a escola propicie ao profissional formação onde poderá estudar sobre diversidades dos gêneros, relações étnicas e raciais, orientação sexual e sexualidade, é necessário capacitar os professores para então conscientizar os alunos e pais. A escola precisa contribuir para que seus alunos fortaleçam sua identidade, saibam lutar e conquistar seus direitos. Todos precisam ser conduzidos a respeitar, de como agir diante de cada situação, pois a atitude dos pais, professores, alunos funcionários é diferente uma da outra.

 Após a formação dos professores, elaborar reuniões com cada sala, chamando os pais para participarem também, fazendo uma roda de conversa, para que todos possam ter a oportunidade de esclarecerem suas dúvidas, colocando os principais pontos do tema abordado.

Para finalizarmos o projeto chamaremos um profissional (psicólogo) para uma palestra com todos os alunos, pais e escola, logo após, apresentaremos teatros que exponham o que aprenderam sobre o assunto estudado. Na escola existe um mural com textos, artigos, depoimentos e cartazes confeccionados pelos próprios alunos. Esse projeto esta sendo aplicado na escola “Gente Inocente” na cidade de Sinop, com o apoio e incentivos dos diretores, coordenadores, orientadores educacionais e secretaria de educação do município.

Precisamos deixar claro que a escola hoje em dia ainda não esta preparada para trabalhar o assunto, precisa de recursos materiais, há muita falta de informação, para fazer uma campanha na escola é necessário que seus profissionais estejam confortáveis em relação ao assunto, é muito fácil confeccionar cartazes, fazer frases, mas isto tem que ser de forma limpa, passar a ideia que a escola realmente está aberta para enfrentar esse preconceito, não é de um dia para o outro que conseguiremos isto. "Difícil mundo este em que vivemos, onde é mais fácil quebrar um átomo que um preconceito" (Albert Eisten)

Há indicativos que a homofobia existe em muitos de nós, mas uns admitem e outros não, é preciso reconhecer a dificuldade de aceitação para que haja mudanças verdadeiras dentro de cada um, as diferenças tem que ser respeitadas e aceitas com naturalidade e normalidade pela sociedade, seja de foro religioso, sexual cultural e estético. A homofobia se manifesta de varias maneiras, a forma mais grave resulta em ações de violência seja ela verbal ou física, pois esta associada a um conjunto de conceitos preconceituosos e discriminatórios. Por esses e outros motivos nosso projeto tem como objetivo minimizar essas práticas que estão enraizadas em nossa comunidade e impregnando dentro de cada cidadão, assim teremos uma sociedade justa e sem preconceitos.

 

CONCLUSÃO

Através do desenvolvimento desse projeto, podemos concluir que os objetivos foram alcançados de forma satisfatórios. O projeto possibilitou uma aproximação maior com os problemas reais dos alunos, os professores foram devidamente capacitados, a comunidade compareceu em massa e os alunos se sentiram confortáveis para falar sobre o assunto com seus pais e amigos, rompendo assim os obstáculos que o tema Bullying gerava dentro das pessoas, esses alunos estão sendo mediadores de conhecimentos adquiridos na escola através desse projeto, eles sentem a necessidade de transmitir para seus colegas e também para os grupos da sociedade a qual estão inseridos, transmitindo atitudes de respeito e tolerância, gerando uma imagem positiva de si mesmo, é importante ressaltar que a união fez a diferença, deu força ao projeto pois tivemos auxilio em todos os aspectos para obter o sucesso que foi esse projeto. A escola precisa oportunizar situações estimuladoras tanto para os alunos quanto para o corpo docente, adquirindo o respeito da sociedade.

 

 

REFERÊNCIAS

http://projetoctrhomofobia.webnode.com.br/products/frases-/

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT,2002.

Guia para educadores (as). Educando para a diversidade. Curitiba: Jun. 2006. Cepac.

SILVA, Samira Fayez Kfouri da. A ação docente e a diversidade humana: pedagogia/ Samira Fayer Kfouri da Silva, Sandra Regina dos Reis Rampazzo, Zuleika Aparecida Claro Piassa. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.

 


[1] Acadêmica de Pedagogia. Atua como auxiliar de turma na Escola Estadual Renee Menezes.

[2] Acadêmica de Pedagogia. Atua como auxiliar de turma na Escola Estadual Alto da Glória.

[3] Acadêmica de Pedagogia. Atua como Técnica da biblioteca da Escola Estadual Renee Menezes.