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EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS 

 

Laura da Silva Augusto[1]

Áurea Lúcia Isidoro Russafa[2]


RESUMO

No processo de confecção deste trabalho, procuramos absorver o máximo de informações possíveis sobre o EJA. Suas eficácias e dificuldades no que diz respeito à alfabetização de jovens e adultos, pois sabemos que independente da camada maior não tratar o assunto de forma rígida, os professores e pensadores do projeto EJA tem se empenhado de forma maciça, para trazer ensino de qualidade para essa parte da sociedade esquecida. O processo de educação desde quando o Brasil ainda era império não teve tanta mudança assim. Não são raras as vezes que encontramos pessoas dizendo que para seu futuro basta saber ler e escrever. Lamentável que em alguns lugares a ideologia de educação e cultura anda de forma contraria, e não são poucos os casos de semianalfabetíssimo em nosso País. Deixaremos de forma explicita essa problemática. A educação em nosso país é algo que nunca teve de forma absoluta uma atenção especial, secretários de educação de todo país, buscam de forma esporádica a reintegração dos valores que muitos têm de direito, no entanto a chave para a erradicação do analfabetismo não esta apenas na política humanitária, precisa sim mudar a política educacional, e ser colocada como prioridade em todos os setores, é o que esse texto procurará explanar de forma coerente e coesiva.

Palavras Chave: Alfabetização; isoladamente, projeto; educação.

 

ABSTRACT

In the process of making this work, we try to absorb as much information as possible about the EJA. Their efficacy and difficulties with regard to literacy for youth and adults, because we know that regardless of the higher layer does not treat it rigidly, teachers and thinkers of the EJA project has been engaged in a massive way, to bring quality education for this forgotten part of society. The education process from when Brazil was still the empire had not so much change as well. The times are not rare to find people saying to their future just to read and write. Regrettable that in some places the ideology of education and culture goes contrary way, and not a few cases of semianalfabetíssimo in our country. We will leave so explicit this problem. Education in our country is something that never had absolutely special attention, education secretaries across the country, seeking sporadically reintegration of values ​​that many have the right, however the key to the eradication of illiteracy is not only humanitarian policy, but need to change the educational policy, and be placed as a priority in all sectors, is what this text seek to explain in a coherent and cohesive manner.

Keywords: Literacy; alone project; education.

 

Introdução

 Educação em nosso país é tema fácil de ser abordado, difícil mesmo é explanar de forma clara e coesa as formas de mensagem que se quer transmitir. O processo de evolução em nosso país no que diz respeito à educação para jovens e adultos o (EJA), tem sido o elo entre o realismo e o surrealismo. Falaremos um pouco da transformação e sistemática de ensino do EJA, passando logo em seguida pelas problemáticas que nosso país tem vivido.

O processo de reintegração como já foi dito inicialmente, é feito em nosso país e “capenga” nas camadas hierárquicas, o cuidado e as diretrizes para um bom sistema sócio educativo depende de uma série de fatores. A cultura do lugar que estamos vivenciando o mau processo de educação, e o que consumimos no dia a dia, esses fatores faz com que o monopólio da educação seja algo mitológico.

Sabemos que se um governo que tem mais de 180 milhões de pessoas, não poderia ter a visão que tem, e os assuntos são sempre os mesmo; mais educação, mais moradia, mais segurança, seria bom se realizarem 10% do que falam, mas e a ressocialização do povo mal alfabetizado onde ficaria? Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do século XX o processo de expansão da escolarização básica iniciou-se, e que o seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 70 e início dos anos 80. A problemática não é de agora, estamos vendo que todo processo de desestabilização educacional foi como um parasita alojado nos séculos antecessores e antevendo aos nossos dias.

         Frente aos dados, muitos podem se tornar críticos e até indagar-se com questões a respeito dos avanços, concluindo que “se a sociedade muda, a escola só poderia evoluir com ela!”. Talvez o bom senso sugerisse pensarmos dessa forma. O povo acordou, e de certa forma o cidadão analfabeto ou o semi-analfabetismo, tem a mídia que de certa forma influencia e lhe do direcionamento para algumas coisas.

Falta o conhecimento didático para muitos de nosso país, todavia se conseguirmos explanar e absorver o sistema educativo para Jovens e adultos em nosso país, se conseguirá um êxito extremamente importante, transformando este num marco histórico.

 

DESENVOLVIMENTO

A Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma modalidade da educação básica destinada aos jovens e adultos que não tiveram acesso ou não concluíram os estudos no ensino fundamental e no ensino médio. A dica maior e sempre será neste projeto é, a desenvoltura e a flexibilidade no ato de lecionar, nem sempre teremos pessoas dispostas a aprender ou interessadas no aprendizado do projeto EJA.

É importante destacar a concepção ampliada de educação de jovens e adultos no sentido de não se limitar apenas à escolarização, mas também reconhecer a educação como direito humano fundamental para a constituição de jovens e adultos autônomos, críticos e ativos frente à realidade em que vivem. A idade mínima para ingresso na EJA é de 15 anos para o ensino fundamental e 18 anos para o ensino médio.

A EJA, na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, é ofertada por meio de cursos presenciais e a distância, uma pratica de educação que vem ganhando forças no DF, porém esse sistema já é realidade em alguns lugares de nosso país. A Educação de Jovens e Adultos – EJA - nesta última década esteve vivenciando uma série de episódios nacionais e estaduais que trazem a consolidação da modalidade de ensino na educação formal e desencadeiam enumeras reflexões pedagógicas.

Toda a história das ideias em torno da Educação de Adultos no Brasil acompanha a história da educação como um todo, que por sua vez acompanha a história dos modelos econômicos e políticos e consequentemente a história das relações de poder, dos grupos que estão no exercício do poder.

A mobilização de nossa sociedade em favor da educação do povo seja ele jovem ou adulto, ao longo de toda história, parece ao certo ter ligação com uma tentativa de consolidar ou de recomposição do poder político, sempre ligada a interesses, nunca transformada de fato em projeto solido e transparente com ajuda ao próximo.

As autoridades e os secretariados da educação têm demonstrado uma série de projetos, não se sabe ao certo até que ponto seria benéfico ou conveniente colocá-los em ação, todavia sendo um projeto temos que vê-lo e de preferência em pratica, oxalá que isso se torne realidade em breve para todos.

A grande verdade é que a nossa educação esta defasada e servindo de chacotas nos países mais desenvolvidos, temos que mudar esse filme, a realidade hoje não é como décadas passadas, no entanto ainda precisa de mudanças e o trabalho de transformação não é fácil. Os que vemos hoje em dia são isolados projetos, ou grupo de pessoas que ainda sustentam o EJA, a eficácia vem de forma subjetiva, mas ainda é a arma que a educação sustenta.

O descontentamento com a situação atual do ensino foi um dos pontos de opção, mas além deste outros fatores influenciaram a decisão dos educadores em participar do projeto da Educação de Jovens e Adultos na escola: as amizades, a identificação como grupo e o tema educação popular foram pontos de interferências na decisão tomada. O projeto educação para todos é um velho projeto criado e desempenhado na verdade de forma esporádica.

As pesquisas do IBGE já apontaram uma diminuição no analfabetismo, mas o problema mais sério é o aumento do semianalfabeto no Brasil, que tem aumentado de forma assustadora. Os processos de implementação e equalização dos projetos são tão importantes quanto o próprio ato de aprendizagem, pois no momento que temos um problema para ser realizado, é preciso ter em mente como vamos trabalhar e passar a mensagem da forma mais coerente possível aos reeducados. 

O conhecimento cresce e alarga-se quando partilhado, de tal modo que a aprendizagem em colaboração, dinamismo e por descoberta decorrem da premissa de que o conhecimento é construído socialmente, e o essencial a reter da ação é que as pessoas aprendam fazendo e colaborando com o senso comum do dia a dia.

O EJA precisa ser reanimado como objeto não apenas de estudo, entretanto como peça de trabalho para os futuros ministros da educação, e por ordem hierarquia chegando até os educadores.

O problema antes era o analfabetismo nos lugares de menor desenvolvimento, agora vemos um grau problemático nos grandes centros, chamando atenção para os bairros periféricos de algumas capitais de nosso país e outras cidades centrais. 

A mobilização existe no coração de muitos, no entanto o fraco apoio do governo em relação à educação de nosso país é algo irônico, se por um lado temos a agonia dos semianalfabetos, por outro temos um esquecimento do governo, no que diz respeito a educação e seus desenvolvimentos, é um jogo de empurra, precisa-se dar um basta no sistema, não é bolsa família que vai mudar nossa realidade.

Apesar de não ser alto suficiente, este aprendizado é hoje especialmente para o Brasil. Apesar de todo oba-oba com o país nas capas de revistas e jornais estrangeiros, o Brasil está, na verdade, perigosamente próximo de repetir a trajetória do fim da década de 60. Ser um colosso em termos de crescimento econômico e esquecer a formação de sua gente. Essa estratégia tem destino certo. A falta de pessoas qualificadas faz com que o processo adquira formas de retrocesso e o crescimento por fim acabe.

O governo atual não tem apoiado em nada o sistema educacional, e tampouco o EJA, para muitos ler e escrever são o bastante, a cultura em alguns lugares de nosso país, criou-se um casulo sobre o conhecimento. A primeira é que o atraso educacional brasileiro em relação aos países desenvolvidos aumentou consideravelmente. Há trinta anos, o ensino superior era um nível para poucos em nosso país, acompanhado do ensino médio mesmo nos países mais ricos.

Levantamento feito em 2000 mostrou que a porcentagem de pessoas mal alfabetizadas aumentou assustadoramente. O processo de agrupamento do EJA não tem acrescido nos grandes centros, se não esporadicamente em lugares isolados, estudos já apontaram que um jovem ou adulto mal alfabetizado não consegue ter um direcionamento em um curso profissionalizante.

É preciso abandonar a crença de que as atitudes dos professores só se modificam na medida em que os docentes percebem resultados positivos na aprendizagem dos alunos. Para uma mudança efetiva de crença e de atitude, o EJA não tem sido sólido e nem caberia considerar os professores como sujeitos e responsáveis pelo sucesso ou fracasso do plano, porém, todavia o sistema educacional de jovens e adultos sempre teve no final de sua jornada o tão sonhado sucesso, ainda que isoladamente.

         O reeducando é o ultimo do portão, e o elo entre o conhecimento e o desconhecido, aos Sujeitos de conhecimento fica sempre a satisfação por ter de forma didática a oportunidade de ter aprendido, o próximo passo será a reintegração em atividades profissionais. Sendo assim os professores do projeto são levados a se envolver em situações formais de aprendizado.

Mudanças profundas só acontecerão quando a formação dos professores deixar de ser um processo de atualização, e mostrar para o mundo que em nosso país existe uma dinâmica educacional séria e eficaz, feita de cima para baixo, que se converte em um verdadeiro processo de aprendizado, como um ganho individual e coletivo, e não como uma agressão.

Certamente, os professores não podem ser tomados como atores únicos nesse cenário. Podemos concordar que tal situação também é resultado de pouco engajamento e pressão por parte da população como um todo, que contribui à lentidão. Ressaltando o que foi dito, o povo e a cultura nacional esta acostumado com o famoso jeitinho brasileiro, e esquecem que com o jeitinho vão assassinando juntamente com a educação o bom convívio e o mais importante de tudo a moral cidadã.

Ainda que citarmos o corporativismo das instâncias responsáveis pela gestão educacional de nosso país, o povo não ficará em um ambiente educacional melhor, portanto a dinâmica de trabalho precisa continuar sendo feita ainda que de forma esporádica. Não só do sistema de ensino, mas também das unidades escolares. E também os muitos de nossos contemporâneos que pensam, sem ousar dizer em voz alta, “que se todos fossem instruídos, quem varreria as ruas”?

A verdade é uma apenas, independente de quem estaria em empregos bons ou ruins não é o caso agora, o problema é mais embaixo, se trata de colocar e ressocializar o semianalfabeto e o analfabeto com o programa do EJA, e sabemos que não são poucos os adultos e jovens precisando de educação. Ou que não veem problema na classe mais baixa, é claro que poderia ser melhor que todos tivessem uma instrução avançada e que o varredor de rua fosse uma profissão que dependesse de alto grau de conhecimento.   

Em dispensar a todos das formações de alto nível, quando os empregos disponíveis não as exigem. Mas o que estamos falando de fato é da raiz de cada problema na educação e um dos problemas é a educação de jovens e adultos. Enquanto isso, nós continuamos longe de atingir a meta de alfabetizar todos que precisam e carregando o fardo de um baixo desempenho, isso é inadmissível, o país tem potencial para mudar e ser exemplo.

Não é um empecilho, mas vontade de trabalhar que falta nas esferas do sistema educacional de nosso país. O professor não pode opinar, e quando começa um modelo de trabalho diferenciado, é perseguido. A cultura de teoria espiral do silencio tem amordaçado muitos dos professores de nosso país; essas greves que vemos por melhorias de salários refletem na população menos favorecida. E a culpa é do sistema que as deixa a mercê de qualquer opinião.

A matemática de resolução do problema é simples, é só pensar que tendo professores melhores remunerados, teremos profissionais contentes com o que fazem bons profissionais no programa EJA e vão desempenhar melhores seus papeis, com um ensino de qualidade para os jovens e adultos que tanto necessitam. O retorno de trabalho precisa ser implantado e as autoridades poderiam ligar seus pensamentos e voltá-los para o EJA.

 

CONCLUSÃO

 

Enquanto o sistema de educação para jovens e adultos EJA continuar com essa administração, o próprio sistema só atingirá de forma isoladamente. São dois problemas, não apenas o analfabeto, entretanto o semianalfabeto, precisa de tratamento especial, políticas de preventivas educacionais tem sido implantada, mas é como já foi dito no inicio, o sistema de educação em sua camada hierárquica fica “abafado” com a péssima atuação do governo, sem notar que o abalo nas camadas menores é notado por toda sociedade.

Descobrimos o quanto a omissão em nosso país é grande, o comodismo é notório como foi dito e em todas as camadas de trabalho governamental, em especial para educação que outrora abre os olhos apenas quando chega à época da política. Os políticos partem e apelam para o que mais a população necessita; moradia, educação e segurança, esses estão no ranking das promessas. Não podemos viver de mesmice o progresso bate a porta, todavia precisamos de mãos limpas para fazê-lo.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011. 

SOARES, Leôncio. Educação de jovens e adultos. Rio de Janeiro, DP&A, 2002.

UNESCO. Alfabetização de jovens e adultos no Brasil: lições da prática. Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 2008. 

 



[1]  Licenciada em Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil, Especializada em Educação Infantil com Ênfase na Inclusão.

[2] Licenciada em Pedagogia pela Universidade Doeste Paulista.