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A LÍNGUA INGLESA SOB UM OLHAR DIFERENTE NA ESCOLA ESTADUAL PAULO FREIRE – SINOP/MT

Rosemeri Hemsing Weber[1]

Luciane Reichert Costa[2]

Adelaide Lucas de Souza Norberto[3]

 

RESUMO

O presente artigo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada na Escola Estadual Paulo Freire, situada no município de Sinop – MT, instituição esta que compreende somente o ensino fundamental. A pesquisa foi realizada com o objetivo de identificar as didáticas de ensino de língua inglesa, verificando as metodologias e as abordagens do ensino desta língua moderna, sendo este trabalho justificado pela imponência e importância da língua inglesa no cenário mundial, exigindo do âmbito escolar, meios para a sua efetivação. Para o desenvolvimento da pesquisa foi utilizada como metodologia o estudo de caso exploratório, mediante entrevistas de natureza aberta-fechada com os alunos de duas turmas de sexto ano – terceira fase do segundo Ciclo de Formação Humana – e nonos anos – terceira fase do terceiro Ciclo de Formação Humana, bem como a professora de língua estrangeira da escola, além da observação direta das aulas durante um mês em cada turma escolhida. Os resultados foram surpreendentes, pois se constatou que é possível o trabalho dinâmico e eficiente do profissional de língua na rede pública de educação. Desta forma as análises dos resultados foram compiladas da seguinte maneira: Aperfeiçoamento profissional dos docentes; Métodos de ensino; Recursos didáticos envolvidos no ensino de Língua Inglesa.

Palavras-chave: Ensino de Língua Inglesa. Métodos. Abordagens. Aperfeiçoamento profissional.

 

RESUMO

This article presents the results of a survey conducted in the State School Paulo Freire, in the municipality of Sinop - MT, an institution that comprises only primary school. The survey was conducted in order to identify English-language teaching teaching, verifying methodologies and approaches to teaching this modern language, and this work justified by the grandeur and importance of the English language on the world stage, requiring the school environment, media for its effectiveness. For the development of the research was used as methodology the exploratory case study through interviews of open-closed nature with students of two classes of sixth grade - third phase of the second cycle of Human Formation - and the 9th year - the third of the third cycle phase Human Formation and the teacher of a foreign language school, in addition to direct observation of lessons for one month in each chosen class. The results were surprising because it was found that the dynamic and efficient work of language professionals in public education is possible. Thus the analysis of the results were compiled as follows: Further training of teachers; Teaching methods; Teaching resources involved in English language teaching.

Keywords: English Language Teaching. Methods. Approaches. Further training.

 

 

 

INTRODUÇÃO

            A comunicação sempre foi algo essencial para a sobrevivência humana, bem como para as relações entre os indivíduos ao longo dos anos, sendo assim algumas línguas se destacaram no decorrer dos séculos, entre elas o grego e o latim, mas atualmente vive-se sobre a influência da língua inglesa.

            Mediante este cenário os países que não utilizam a língua inglesa como língua oficial adotam a metodologia do ensino de línguas estrangeiras nas escolas, com o objetivo de preparar os estudantes para se inserirem no mercado de trabalho globalizado.

            Diante desta realidade o Brasil inseriu no currículo das escolas, o ensino de línguas estrangeiras modernas nos anos 60 e até hoje busca aperfeiçoar-se nesta área. Sendo assim o objetivo deste trabalho é verificar o ensino de língua inglesa nas escolas, bem como as didáticas utilizadas pelos profissionais da educação.

            Este trabalho justifica-se pela busca constante em aperfeiçoamento nas didáticas utilizadas no âmbito educacional, não sendo diferente no que tange o ensino de línguas estrangeiras, pois apesar de ser a segunda língua a ser ensinada exige dos profissionais da educação metodologias diferenciadas e eficazes para sua efetiva aprendizagem.

            Nesta perspectiva a pesquisa foi dividida em uma análise da realidade da Escola Estadual Paulo Freire, localizada no município de Sinop e os dados obtidos e analisados bibliograficamente foram dispostos neste artigo seguindo a ordem de um breve histórico da língua inglesa no mundo, no Brasil, nas escolas, e na sequência apresentação dos dados analisados, seguidos das considerações finais a respeito do tema.

 

A LÍNGUA INGLESA NO MUNDO

A língua inglesa é mundialmente usada em relações comerciais e políticas, isso se deve ao grande poder econômico dos Estados Unidos, pois é conhecido como a maior potência mundial dos nossos dias e muitos países dependem financeiramente do mesmo, sendo assim a língua inglesa passou a ser utilizada para facilitar a comunicação entre os envolvidos no processo de globalização.

Os fatos que marcaram a expansão do inglês pelo mundo foram a Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra no início do século XVIII, com isso se expandiu o colonialismo britânico e em seguida a Segunda Guerra Mundial onde os EUA com um grande poderio econômico, político e militar, passa a exercer sua influência sobre muitos países afetados e destruídos pela guerra.

Desta maneira o inglês teve facilidade em romper barreiras e hoje são encontrados vestígios da língua inglesa em todas as partes do mundo. Outro fator imprescindível para o crescimento do inglês foi o surgimento do computador, nos dias atuais com o advento da internet o inglês passa a estar presente em todos os locais. 

 

A LÍNGUA INGLESA NO BRASIL

As relações políticas e econômicas entre o Brasil e os Estados Unidos fizeram com que o inglês se tornasse a segunda língua a ser ensinada em escolas e utilizada nas conversas financeiras, no entanto com o advento da internet o inglês se tornou uma língua presente em nossas ações diárias, assim desde simples tarefas caseiras (ligar a televisão, o aparelho de som, regular o timer do refrigerador) a tarefas profissionais (enviar e-mail, fazer um download) é comum fazer o uso da língua inglesa em nosso cotidiano.

Nogueira em seu trabalho faz um breve relato da língua inglesa no Brasil e ressalta que desde os anos de 1530 este idioma passa por inúmeras variações e adaptações ao longo dos anos, em território nacional. A autora afirma não ser recente a percepção da importância desta língua estrangeira, pois afirma que

[...] no ano de 1809, D. João VI nomeia o Padre irlandês Jean Joyce professor de inglês. A carta real assinada por ele diz que “era necessário criar nesta capital uma cadeira de língua inglesa, porque, pela sua difusão e riqueza, e o número de assuntos escritos nesta língua, a mesma convinha ao incremento e a prosperidade da instrução pública. (NOGUEIRA, 2007:20).

 

Cardoso (2009) em seu texto afirma que atualmente “Aprender a língua inglesa hoje é muito importante e necessário, não pode ser ignorada, pois ela está entre nós como um produto de alto valor e para conseguirmos aperfeiçoar qualquer atividade profissional, devemos saber falar inglês.”.

Diante destes apontamentos fica clara a influência da língua inglesa no cenário mundial e nacional, pois a mesma ocupa lugar de destaque e é usada como parâmetro para o sucesso profissional, além de ocupar um lugar privilegiado nas transações econômicas, nas atividades diárias, ou seja, o inglês está presente na rotina diária e em muitos casos faz-se o seu uso sem perceber.

 

LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS 

Ao nascer passa-se a desenvolver aptidões inerentes a sobrevivência e dentre elas está a comunicação, inicia-se por gemidos, seguidos por choros e assim até que seja desenvolvida primitivamente a fala, aperfeiçoando o vocabulário e quando há o contato com o meio escolar já conta-se com uma bagagem razoável de signos lingüísticos, no entanto estes estão associados a língua materna (em nosso caso a Língua Brasileira[4]). Deste modo é preciso ter conhecimento da importância da comunicação em na vida e no meio social, pois como salienta Rapaport:

A comunicação é uma necessidade inerente ao ser humano, tal como a alimentação e o conforto físico, [...] É por meio da comunicação que o homem começa a realizar suas potencialidades e a adquirir ou a renovar competências que permitem maior e melhor ação e interação com o mundo social em que está inserido – diferentes necessidades podem induzir a uma comunicação conforme a origem do individuo, ou seja, as divergências e/ou convergências de interesses e estratégias determinam o valor e o grau de necessidade comunicacional.( 2008:27)

 

Sendo assim o ensino de línguas estrangeiras (LE) sempre foi um assunto de grandes debates na área da educação, desde os princípios o ensino de LE passa por diversas alterações nas metodologias, pois como salienta Rapaport “a abordagem adotada [...] reflete o conjunto ou a variação de métodos e as técnicas escolhidas para ensinar determinado grupo de alunos e/ou determinados aspectos da língua-alvo” (2008:65).

Esse fato não foi diferente no Brasil, desde os primórdios do ensino de línguas estrangeiras o país passa por modificações na legislação e nas metodologias de ensino, Nogueira destaca que “o ensino formal da língua inglesa no Brasil teve início com o decreto de 22 de junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar uma escola de língua francesa e outra de língua inglesa.” (2007:20), no decorrer do século outras alterações foram sendo feitas até chegar as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) que em seu texto afirmam que :

A aprendizagem de Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. Por esse motivo, ela deve centrar se no engajamento discursivo do aprendiz, ou seja, em sua capacidade de se engajar e engajar outros no discurso de modo a poder agir no mundo social. (PCNs, 1998:15).

 

            Atualmente as instituições de ensino (com enfoque nas escolas públicas) possuem em suas grades curriculares a oferta de uma língua estrangeira, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases de (LDB 9.394/96) que no artigo 26 parágrafo 5º rege “Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição”, no entanto em geral esta língua moderna é o inglês.

Porém o ensino desta língua estrangeira se depara com diversos empecilhos que vão desde a falta de motivação profissional até falta de recursos didáticos para o ensino desta segunda língua, além disto, conforme Bernardo “[...] é realmente preocupante a situação do ensino/aprendizagem de inglês na escola pública, visto que a maioria dos alunos, ao final de sete anos de estudo, parece estar estudando inglês pela primeira vez.” (2007:98).

 

OPÇÃO METODOLÓGICA

            Mediante a proposta de investigação das didáticas de ensino de língua estrangeira em sala de aula, optou-se pelo estudo de caso em uma escola estadual do município de Sinop no Estado de Mato Grosso. A Escola Estadual Paulo Freire situada em um bairro da periferia da cidade atende os alunos dos bairros arredores do prédio, oferecendo o ensino fundamental, desde os anos iniciais até o nono ano.

O recurso metodológico utilizado para o desenvolvimento desta pesquisa é o estudo de caso de caráter exploratório, pois “busca familiarizar o aluno com o assunto e com a realidade da organização. [...] o produto final é esclarecido para o leitor” (CAVALCANTI & MOREIRA, 2010:87), para isto foi realizada uma entrevista de natureza aberta-fechada com estes alunos, para coletar as informações necessárias a elaboração do estudo, ainda realizou-se uma observação direta da efetiva situação da língua estrangeira na instituição.

Sendo assim foram selecionadas quatro (04) salas de aula, sendo duas (02) do sexto ano (6º) – terceira fase do segundo Ciclo de Formação Humana -, e as outras duas do nono ano (9º) – terceira fase do terceiro Ciclo de Formação Humana -, totalizando 120 alunos, além destes também foi entrevistada a professora de língua inglesa destas turmas e para reforçar as informações coletadas foram assistidas todas as aulas desta disciplina, durante um mês, em cada turma.

 

RESULTADOS OBTIDOS

Diante dos resultados obtidos com as entrevistas e observações, foi realizada a análise das respostas e sintetizado os resultados em tópicos diversos, sendo eles: Aperfeiçoamento profissional dos docentes; Métodos de ensino; Recursos didáticos envolvidos no ensino de Língua Inglesa.

 

Aperfeiçoamento profissional dos docentes

            Após a realização das entrevistas com as professoras percebeu-se a necessidade do aperfeiçoamento profissional posterior a academia, ou seja, não é suficiente somente a formação em nível superior, mas sim a busca pelo aperfeiçoamento da língua inglesa por meio dos cursos livres, conforme a fala da professora Wélia “Sou professora de Língua Inglesa desde a conclusão da faculdade, mas tive que buscar novos conhecimentos, cursos para melhorar as minhas aulas.”

            Diante da realidade exposta pela professora percebe-se uma grande lacuna que ainda se faz presente nas licenciaturas de Letras, pois conforme Ortale e Duran (2009) “No Brasil, isso não é simples, pois o ensino de idiomas nos cursos de Letras costuma adotar métodos desenvolvidos para o contexto de escolas de idiomas, que, por essa razão, não focam alguns aspectos da LE fundamentais para a prática do professor.”, deixam o futuro profissional de línguas a mercê da pratica em sala de aula, ou seja, os cursos de licenciatura em geral não oferecem aos seus discentes condições suficientes para a sua atuação.

            Desta forma uma iniciativa importante para o ensino mais adequado da língua inglesa é a busca por cursos profissionalizantes na área de língua estrangeiras, após ou durante a formação do docente.

 

Métodos de ensino

            Observando as aulas de língua inglesa na Escola Estadual Paulo Freire foi possível constatar que as metodologias de ensino são mescladas entre os métodos:

* Tradução e gramática “como o próprio nome nos aponta, consiste na tradução de textos da LE para a LI do aprendiz e no estudo das regras gramaticais que compõem o sistema lingüístico da língua estudada [...]” (MOROSOV e MARTINEZ, 2008:24)

* Leitura onde se dá ênfase no desenvolvimento da habilidade de leitura, Morosov e Martinez salientam que este método foi muito utilizado no final do século XIX e tinha como “preocupação em criar condições que propiciassem ao máximo o desenvolvimento da leitura” (2008:30).

            Além destes métodos a professora faz uso da aprendizagem cooperativa, na qual os alunos aprendem com os próprios colegas de sala, esta forma de aprendizagem “[...] leva essencialmente os aprendizes a aprenderem uns com os outros, em trabalhos de grupo. [...] a aprendizagem cooperativa também depende do trabalho do professor em ajudar os estudantes a aprenderem a aprender a LE de forma mais efetiva.” (MOROSOV e MARTINEZ, 2008:59).

            Fica claro que no decorrer do ensino de língua inglesa um único método pode não ser eficiente e suficiente para que a aprendizagem ocorra de forma efetiva, sendo assim cabe ao docente escolher e adaptar a sua realidade aos métodos existentes, mediante esta situação as autoras ressaltam que “em sua missão de educador, está a tarefa de elaborar procedimentos para construir sentidos, de contribuir para o conhecimento de mundo do aluno de LE.” (MOROSOV e MARTINEZ, 2008:128).

            No decorrer de nossas observações presenciamos a Olimpíada de Língua Inglesa da Escola Estadual Paulo Freire, nesta competição os alunos reunidos por salas competiram entre si, as turmas campeãs prosseguiam na competição, superando cada fase. Nesta olimpíada eram exigidos dos alunos conhecimentos ligados à pronúncia, tradução de frases da Língua Inglesa para a Língua Portuguesa e vice-versa, conhecimento da gramática, vocabulário diverso. Foi possível perceber o entusiasmo dos alunos e a alegria deles ao vencerem cada etapa, além da satisfação da professora em ver a dedicação e o resultado de seu trabalho.

            Esta atividade condiz com as palavras de Morosov e Martinez

Mais do que pensar no mercado trabalho, a educação deveria estar comprometida com a formação humana de seus alunos, diferenciando-se assim principalmente dos centros de idiomas que não necessariamente têm compromisso com a formação de valores humanos, éticos e de cidadania, por exemplo. (2008:151).

 

            A professora além de trabalhar e preparar os alunos para o mercado de trabalho, também desenvolve com esta olimpíada a interação dos alunos em equipes, compartilhando seus conhecimentos com as demais turmas, criando e relembrando conceitos de ética e respeito ao próximo.

“Apesar da nossa sala não ter passado para a outra fase, foi legal participar.” (Aluna do 9º ano – equipe desclassificada).

“É muito legal participar da olimpíada e ganhar, porque todos nos esforçamos.” (Aluno do 9º ano – equipe campeã).

“Achei que ia ser mais difícil, mas nós merecemos porque estudamos muito.” (Aluno 6º ano – equipe campeã).

“Não é bom perder, mas da próxima vez vamos nos preparar mais.” (Aluno 6º ano – equipe desclassificada).

 

Recursos didáticos envolvidos no ensino de Língua Inglesa

            Na área da educação sabe-se que os recursos didáticos são fundamentais para a efetivação do ensino-aprendizagem dos alunos, desta forma todos os recursos disponibilizados aos docentes são de suma importância para que a educação alcance seus objetivos.

            No estudo (observação e entrevistas) constatou-se que a docente faz uso de todos os materiais disponibilizados pela escola, desde o simples pincel atômico, a aparelho de som, computadores, cartazes, televisor e data show, matérias didáticos comuns nas aulas de língua inglesa.

“É necessário inovar as aulas com recursos didáticos, pois além de chamar mais a atenção dos alunos, promove maior aprendizagem dos mesmos.” (Professora);

“A professora sempre traz coisas diferentes, o que faz a aula mais interessante.” (Aluno do 6º ano);

“Depois que a professora melhorou os materiais as aulas ficaram mais gostosas, até mexer no computador ficou mais atrativo, porque quase todos os comandos são em inglês.” (Aluna do 9º ano).

 

            Desta maneira foi possível constatar que os materiais didáticos exercem diferentes funções no processo de ensino-aprendizagem, pois como é mencionado no trabalho de Ferro e Bergmann as “[...] funções dos materiais didáticos têm muita influência no processo de aprendizagem do aluno e na sua dinâmica [...]”(2008:21).

            Cabe salientar que o livro didático passou a ser disponibilizado na escola, de acordo com a professora Wélia somente a partir deste ano é que o governo passou a disponibilizar gratuitamente o livro didático de língua inglesa, mas como a própria professora mencionou o livro foi oferecido sem uma consulta e avaliação prévia dos professores sobre o material, assim “[...] muitas vez deixo de usar o livro, porque ele não contempla a realidade dos alunos, os exercícios e até mesmo a forma como a gramática é apresentada dificulta a compreensão dos alunos.” (Professora Wélia).

            Os autores Ferro e Bergmann afirmam que o livro didático “[...] além de desenvolver a autonomia do aluno, não deve ser usado como único e restrito, sem que permita a interferência do professor e do aluno com outras possibilidades de atividades [...]” (2008:25), assim a pratica da professora está sendo coerente com o ensino de língua inglesa adequado, ou seja, utiliza diversos recursos didáticos e estes amparados com o livro didático.             

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

            O mundo globalizado exige de todos os seus indivíduos conhecimentos básicos para que estes possam interagir e relacionar mundialmente, nesta perspectiva se introduz a língua inglesa como língua moderna utilizada nos mais diversos meios sociais.

            Para tanto cabe aos países que não falam a língua inglesa como língua materna, ensinar a mesma para seus indivíduos com o intuito de prepará-los para fazer uso deste idioma difundido ao longo dos séculos e que alcançou parâmetros imensuráveis no mundo atual.

            No caso brasileiro o ensino de língua inglesa passou e passa por inúmeras mudanças desde a sua introdução no território nacional, e nos dias contemporâneos enfrenta diversos empecilhos para ser efetivado com excelência na rede pública de ensino. No entanto após a observação e as entrevistas realizadas na Escola Estadual Paulo Freire percebeu-se que existe a possibilidade do ensino desta língua moderna de maneira a despertar nos alunos o interesse por esta língua tão privilegiada nos meios sociais.

            É possível dizer que a professora juntamente com a escola desenvolve um papel inovador no ensino de língua inglesa, este papel baseado na diversidade de metodologias utilizadas para despertar a curiosidade dos alunos, e ainda amparado por recursos e práticas que condizem com a realidade da comunidade atendida, tornando o ensino agradável e gerador de resultados satisfatórios para todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

            Neste sentido fica claro que o ensino de língua inglesa nas escolas públicas brasileiras não é um caso perdido, basta apenas maior empenho por meio da comunidade escolar e dos profissionais formados nesta área, pois se cada um desenvolver com agilidade e com os olhos direcionados para o futuro será possível um ensino com perspectivas voltadas para a formação social sem deixar de lado os valores humanos de ética e respeito.

 

REFERÊNCIAS

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CARDOSO, E. S. A Língua Inglesa no Brasil e no mundo. 2009. Disponível em: http://megacontador.com.br/a-lingua-inglesa-no-brasil-e-no-mundo.html, acessado em 24/09/2011.

 

CAVALCANTI, M. J. MOREIRA, E. de O.  Metodologia para estudo de caso: livro didático. 5ª ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2010.

 

FERRO, J. BERGMANN, J. C. F. Produção e avaliação de materiais didáticos em língua materna e estrangeira. Curitiba: Ibpex, 2008.

 

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Disponível em: www.ufrpe.br/download.php?endArquivo=noticias/4248_LDB.pdf, acessado em 29/09/2011.

 

MARIANI, B. Colonização lingüística. Campinas, SP: Pontes, 2004.

 

MOROSOV, I. MARTINEZ, J. Z. A didática de ensino e a avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira. Curitiba: Ibpex, 2008.

 

NOGUEIRA, M. C. B. Ouvindo a voz do (pré) adolescente brasileiro da geração digital sobre o livro didático de inglês desenvolvido no Brasil. Dissertação de mestrado. PUC-RIO, 2007. Disponível em: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0510556_07_cap_02.pdf, acessado em 31/09/2011.

 

ORTALE, F. L. DURAN, M. S. A linguagem de sala de aula na formação do professor de língua estrangeira. Trabalho Lingüística aplicada. vol.48 nº.1 Campinas jan./jun. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132009000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt, acessado em 25/09/2011.

 

PCNs – Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. MEC/SEF - Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

 

RAPAPORT, R. Comunicação e tecnologia no ensino de línguas. Curitiba: Ibpex, 2008.

          

 



[1] Rosemeri Hemsing Weber, especialista lato sensu em Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira pela FATEC/FACINTER.

[2] Luciane Reichert Costa, especialista lato sensu em Metodologia de Ensino de Matemática e Física pela FATEC/FACINTER.

[3] Adelaide Lucas de Souza Norberto, especialista lato sensu em Educação Matemática pela UNEMAT/Colíder.

[4] Língua Portuguesa ou então Língua Brasileira, pois de acordo Bethânia Mariani (2004:22) Língua Brasileira é a língua falada no Brasil já que não falamos exatamente o Português falado em Portugal, pois desde o nosso descobrimento fazemos empréstimos de outros idiomas, sejam eles indígenas, latinos, e outros fatores como a colonização e proclamação da independência.