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DIABETES MELLITUS E OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS

 

Hosiane de Oliveira Bragia Figueiredo[1]

Elaine Aparecida Ferreira dos Santos[2]

 

 

Resumo

Diabetes mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue e produção deficiente de insulina pelo pâncreas. Normalmente determinada, quantidade de glicose que circula no sangue. As principais fontes dessa glicose são absorção do alimento ingerido no trato gastrintestinal e a formação de glicose pelo fígado a partir das substancias alimentares. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, controla o nível de glicose no sangue ao regular a produção e o armazenamento de glicose. No estado diabético, as células podem parar de responder a insulina ou o pâncreas pode parar totalmente de produzi-la. O diabetes é um problema de saúde universal, acometendo todas as classes socioeconômicas e afetando populações de países em todos os estágios de desenvolvimento. O objetivo da pesquisa foi investigar o diabetes e os tratamentos disponiveis. A pesquisa foi realizada a partir de referencias bibliográficas consultada em revistas, sites e livros de caráter cientifico. Diante de tais informações pesquisadas chegou-se a conclusão de que, felizmente, existem varias métodos para o controle da doença, em todos os seus tipos, mas que a prevenção é sempre o melhor caminho, e que uma boa alimentação e atividades físicas regulares são opções sempre indicadas para o tratamento e ajudam a dificultar o surgimento da diabetes.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus.Tratamentos. Insulina.

 

Abstract

Diabetes mellitus is a group of metabolic diseases characterized by elevated blood glucose levels and poor insulin production by the pancreas. Usually determined, amount of glucose that circulates in the blood. The main sources of this glucose are absorption of the food ingested in the gastrointestinal tract and the formation of glucose by the liver from the food substances. Insulin, a hormone produced by the pancreas, controls the level of blood glucose by regulating the production and storage of glucose. In the diabetic state, the cells may stop responding to insulin or the pancreas may stop altogether from producing it. Diabetes is a universal health problem, affecting all socioeconomic classes and affecting populations of countries at all stages of development. The goal of the research was to investigate diabetes and available treatments. The research was carried out from bibliographical references consulted in magazines, websites and books of scientific character. In the face of such researched information, the conclusion was reached that, fortunately, there are several methods to control the disease, in all its types, but that prevention is always the best route, and that good nutrition and regular physical activities are Always indicated options for treatment and help to make difficult the onset of diabetes.

Key – words: Diabetes Mellitus. Treatments. Insulin.

 

1.    Introdução

 

O presente trabalho tem como tema os tratamentos para o diabetes mellitus, que é uma doença crônica, caracterizada pela a ausência ou deficiência na secreção de insulina ou pela dificuldade da mesma exercer suas ações. Em consequência disso, os níveis de glicose se elevam no sangue.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015), mais de 13 milhões de pessoas hoje no Brasil convivem com a diabetes, o que representa quase 7% da população brasileira. Os números vem crescendo e deixando um alerta pra sociedade, é preciso cuidar de sua saúde.

São vários os tipos de diabetes, as mais comuns são a tipo 1 e 2, que são exemplificadas por Pozzebom (2014), no site do governo brasileiro como,

[...] o tipo 1, em torno de oito por cento dos casos, que começa na infância e adolescência e não tem muita relação com a hereditariedade. Nesse caso, causa destruição das células produtoras de insulina (um hormônio sintetizado no pâncreas que promove a redução da taxa de glicose no sangue). O tipo 2, o mais comum, incidente em mais de 90% dos casos, tem relação significativa com a genética, com o envelhecimento, o excesso de peso e o sedentarismo. Nesta modalidade, existe uma resistência à ação da insulina no organismo.

 

A doença em sua maioria é mais comum a partir dos 40 anos, mas existe uma grande preocupação com as crianças, já que hoje no Brasil cerca de 1 milhão de crianças sofrem com diabetes. O que é preocupante já que os sintomas da doença no organismo infantil passam muitas vezes imperceptíveis aos pais.

As complicações geradas pela diabetes quando não tratadas de modo adequado, podem evoluir para problemas renais, complicações cardiovasculares, comprometimento da visão e da vascularização dos nervos dos pés ou das mãos, Martins (2016).

Essas informações nos fazem questionar quais os tratamentos disponíveis hoje para o combate à diabetes e buscarum melhor entendimento acerca do diabetes com o propósito de mitigar a morbidade e a mortalidade da doença. Destacando-se as pesquisas voltadas para a conscientização da população em relação à percepção, tratamento e prevenção. 

Deste modo, através de pesquisa bibliográfica, o presente artigo tem como objetivo investigar o diabetes e seus novos tratamentos.

 

2.    Fundamentação Teórica

 

A diabetes mellitus (DM) está cada vez mais presente na vida da população mundial, e com o grande aumento nos números de caso ao passar dos anos, ela passou a ser tratada como um grande problema de saúde universal. King e Rewers et al. (apud Revista de Saúde Pública, 1998, p. 238) explica isso,

 

[...] diabetes mellitus é considerado como uma das principais doenças crônicas que afetam o homem. É um problema de saúde universal, acometendo todas as classes socioeconômicas e afetando populações de países em todos os estágios de desenvolvimento.

 

A proporção a qual a DM atinge a população está direcionada, em alguns casos, a hereditariedade, mas, também possui relação ao estilo de vida que é levado.

Hoje segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas atingidas pela doença no mundo todo, chegam a quase 250 milhões, o que ultrapassa, por exemplo, o número da população brasileira.

Goldenberget al. (apud, Educação, 2013) explica o porquêde a diabetes mellitus ser considerado uma epidemia.

 

[...] e tem status de epidemia agravado, devido ao crescimento e ao envelhecimento populacional, à maior urbanização, à crescente prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como a maior sobrevida do paciente com DM.

 

Muitos fatores contribuem para o surgimento da doença. E para compreender melhor o que significa Diabetes Mellitus, Varella (2011) em seu site traz a seguinte definição:

 

Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).

 

Sendo diabetes a falta de insulina necessária no organismo para levar o açúcar do sangue as células, onde a glicose pode ser estocada ou utilizada como fonte de energia, elaimplica mudanças no habito do paciente e sua família.Em um caderno de atenção básica sobre Diabetes Mellitus, o Ministério da Saúde definiu a doença e explica quais complicações a diabetes pode causar,

 

[...] um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguineos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros (BRASIL, 2006, p. 9).

 

Como citado, o não tratamento correto da doença pode causar sérios danos ao doente, inclusive a insuficiência de órgãos vitais para o ser humano. Abaixo é trazido os tipos mais comuns de diabetes mellitus.

 

Tipos de Diabetes

 

Existem quatro tipos principais de diabetes, são elas: Diabetes tipo 1, tipo 2, Gestacional e outros tipos específicos.

Os mais frequentes são os tipos 1 e 2. O 1 é caracterizado principalmente por ser mais comum em crianças.

 

O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias.(METABOLOGIA, 2016)

 

Pessoas com diabetes tipo 1 não conseguem produzir insulina suficiente para seu organismo, já que o sistema imunológico destrói as células responsáveis pela fabricação da mesma.

 

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença. (DIABETES, 2015)

 

As pessoas não costumam herdar o diabetes tipo 1, em geral elas herdam uma predisposição genética a desenvolver a doença. E apesar de ser mais comum na infância e adolescência esse tipo da doença pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade.

Já o diabetes tipo 2 que em sua maioria atinge a população adulta, tem seus números aumentando nos últimos anos, por conta da piora dos hábitos alimentares e do sedentarismo que fazem parte da vida atual, acarretando no aumento de peso e consequentemente a obesidade. E é assustador ocrescente numero de jovens diagnosticados com a doença em decorrência dessa vida nada saudável. Em muitos dos casos o tipo 2 pode ser evitado, principalmente com hábitos alimentares mais saudáveis e com a pratica de atividades físicas.

 

[...] o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens. (METABOLOGIA, 2016)

 

O que caracteriza o tipo 2 é a insuficienteprodução de insulina, feita pelo pâncreas, ou quando o organismo não consegue se utilizar da insulina produzida de forma correta e eficiente.

 

O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla à taxa de glicemia.

Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.(DIABETES, 2015)

 

.O fator determinante na diabetes tipo 2 é a questão hereditária, quando existem casos repetidos de diabetes em uma mesma família, a pessoa já possui um grande risco de desenvolver a doença.

Outro tipo de diabetes bastante comum é a gestacional que ocorre durante a gravidez e que é provocado principalmente pelo aumento excessivo de peso da mãe.

Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta. (DIABETES, 2015)

 

Além do excesso de peso, a idade materna avançada, histórico de diabetes na família (especialmente na mãe) e gestação múltipla são alguns dos fatores que levam a diabetes gestacional.

 

O controle do diabetes gestacional é feito, na maioria das vezes, com a orientação nutricional adequada. Para cada período da gravidez, uma quantidade certa de nutrientes. A prática de atividade física é outra medida de grande eficácia para redução dos níveis glicêmicos. (DIABETES, 2015).

 

 Em todos os casos a alimentação adequada e a pratica de atividades físicas ajudam a evitar a diabetes, e na gestacional não é diferente, claro que nesse caso, é preciso ter um acompanhamento medico ainda mais especifico.

E por ultimo existem ainda tipos de diabetes especificas que é definida por Varella (2011) como [...] Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc. Nesses casos são situações onde um determinado medicamentoque aumenta o nível de glicose no sangue ou o consumo excessivo de álcool (que pode causar uma doença inflamatória no pâncreas – responsável pela produção de insulina) podem causar diabetes mellitus.

E é sempre é importante lembrar que a diabetes não é uma doença crônica contagiosa. Ninguém pega a doença por conviver com um diabético, ela não é um doença infecciosa.

 

Causas

Como já visto acima, a diabete mellitus pode aparecer de diversas formas, mas geralmente com uma única conexão, a hereditariedade. Ela é causada por fatores genéticos (herdados) e ambientais, isto é a pessoa quando nasce já traz contigo a possibilidade de ficar diabética. Quando aliado a isso, trazem fatores como obesidade, infecções bacterianas e viróticas, traumas emocionais, gravidez, etc. a doença pode surgir mais cedo, Zagury, Zagury e Guidacci (2000).  Mesmo que não herde a doença propriamente dita, a pessoa pode herdar o risco de desenvolvê-la.

Em relação aos fatores ambientais citados Zagury, Zagury e Guidacci (2000), a diabetes pode ser causada por estresse, cirurgias, menopausa, medicamentos e alimentação rica em carboidratos concentrados como balas e doces.

Muitos estudiosos alegam que fatores psicológicos também podem ser caracterizados como causas da diabetes. O importante tanto para quem tem uma pré-disposição a ter a doença, quanto quem não tem, é saber cuidar de sua saúde da melhor maneira possível.

 

Sintomas

Em alguns casos, especialmente quando ocorre com crianças é mais difícil detectar os sintomas da diabetes, mas sempre existem aqueles principais sintomas que acendem um alerta na cabeça das pessoas, Zagury, Zagury e Guidacci (2000),citam que os principais sintomas do diabético são, o excesso de urina, aumento dafome e da sede e emagrecimento.

Só com esses sintomas é possível detectar que algo está errado, mas ainda existem outras alterações do corpo que ocorrem com quem está diabético, são elas:

·                Alterações visuais;

·                Impotência sexual;

·                Infecções fúngicas na pele e nas unhas;

·                Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar;

·                Neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas;

·                Distúrbios cardíacos e renais (VARELLA, 2011).

 

Quando se está com suspeita de diabetes, a pessoa deve procurar um medico o quanto antes, fazer exames laboratoriais para medir o nível de glicose e se detectada a doença, começar o tratamento imediatamente.

 

Complicações

Na introdução do presente trabalho foi citado que o diabético, quando não tratando a doença da maneira correta, pode vir a ter complicaçõesem vários órgãos do organismo. Infelizmente uma grande parcela dos diabéticos passam a ter complicações tardias, já que em sua maioria segundo dados do Brasil (2014), entre 45% a 50% dos diabéticos não sabem que possuem a doença e 20% deles não fazem nenhum controle ou tratamento da mesma. O que possibilita que essas complicações se alastrem pelo organismo de maneira silenciosa, o que dificulta o tratamento quando detectadas.

As complicações tardias são causadas principalmente por lesões dos vasos. Os vasos sanguíneos conduzem através do sangue, oxigénio e nutrientes para os vários territórios do nosso corpo. As lesões desses vasos comprometem a alimentação dos tecidos e órgãos com graves consequências. As alterações ao nível dos grandes e médios vasos (doença macrovascular) tem repercussões ao nível do cérebro, coração e pés. As lesões nos pequenos vasos (doença microvascular) são responsáveis por alterações no fundo do olho (retina), rins e nervos periféricos. (DIABETE, 2016)

 

Uma das principais complicações que ocorrem quando não tratada corretamente a diabetes, é o conhecido “pé diabético”, que é responsável pela amputação do mesmo. Além disso, a hipertensão arterial é outra complicação bem comum, já que ela está inter-relacionada com o diabetes, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Disfunção sexual também é bastante recorrente, seja ela na diabetes tipo 1 ou tipo 2.

Tratamentos

No tratamento da diabetes, um dos primeiros e mais importantes passos é a conscientização do paciente. Será necessário que o diabético entenda que poderá levar uma vida como qualquer outro, mas que iniciado o tratamento ele terá que seguir corretamente com todas as indicações medicas e com isso seus costumes e manias sofrerão algumas alterações. Ele precisara compreender que sua saúde vem em primeiro lugar.

Entendido com sua situação, o paciente da lugar ao medico nesse longo percurso que é o tratamento da diabetes mellitus.

No tratamento do paciente diabético, a primeira questão a ser definida é o objetivo a ser atingido no controle glicêmico. Mas, para tanto, é fundamental a análise global do paciente, com o diagnóstico do tipo de diabetes na classificação da síndrome, o nível educacional, as condições sociais, econômicas e emocionais, a idade, o tempo de evolução da moléstia, o nível da glicemia, a presença de complicações, entre outras, que deverão ser analisadas e consideradas de maneira criteriosa. PG.45 (OLIVEIRA E MILECH, 2006, p. 45)

 

O medico (endocrinologista) responsável pelo paciente, terá que fazer uma analise detalhada de toda a situação do diabético e de sua doença, para saber exatamente quais os passos que serão necessários seguir. O medico saberá indicar corretamente qual orientação nutricional adequada, como fazer uso de insulina e outros medicamentos, como utilizar os aparelhos que medem a glicose, como evitar complicações, fornecer orientações sobre atividades físicas e orientações caso ocorra situações de hipo e hiperglicemia. Com isso, a partir do momento em que o medico der as orientações necessárias para o tratamento fica em total responsabilidade do paciente o cumprimento das mesmas.

As orientações para o tratamento será baseado de acordo com o tipo de diabetes que o paciente possui. Falando dos principais e mais comuns tipos da doença, o tipo 1 envolve necessariamente o controle da glicemia e manter uma vida saudável, para que se evite complicações.

Para o tratamento desse tipo de diabetes, a atividade física é essencial (para todos os tipos de diabetes e doenças também), para que se evite os riscos de ganho de peso e para o controle dos níveis de sangue no açúcar. Abre-se uma exceção para quem tem hipoglicemia, porque nesses casos o exercício físico pode abaixar ainda mais o nível de açúcar. O controle de uma dieta também é importantíssimo, pois é necessário evitar carboidratos e açucares presentes em doces, pães e massas, que possuem um alto índice glicêmico, o que aumenta as taxas de glicose no sangue.

O tipo I é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco. (VARELLA, 2011)

 

Os portadores de diabetes tipo 1 precisam tomar insulina diariamente, para isso é importante fazer o autoexame em casa e medir o nível de glicose. Existe um aparelho chamado glicosímetro que realiza uma medição exata de glicose no sangue. Uma pequena gota de sangue é necessária para realizar o exame e identificar taxas que podem causar problemas.

Sobre a insulina, a freqüência com a qual ela será utilizada dependera de quanto o corpo do diabético produz e de como o medico pretendera controlar o nível glicêmico. E existem ainda diferentes tipos de insulina, que possuem um tempo de ação diferente.

Outras orientações como evitar o estresse, cortar o uso de cigarros e diminuir o consumo de bebidas alcoólicas são algumas das importantes coisas a se fazer quando se tem a doença. Um dos medicamentos mais usados nesse tipo de diabetes é o Glifage que complementa o uso de insulina no tratamento.

 No diabetes tipo 2, o tratamento, como no tipo 1, busca baixar o nível de glicose no sangue para evitar complicações futuras.

O tipo II não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave que pode ser fatal. (VARELLA, 2011)

 

Exercícios físicos e uma dieta regulada estão presentes também nas orientações para o tratamento do tipo 2, assim como o uso de insulina em alguns casos. Esse tipo de diabetes diferentemente do anterior, tem uma parte de seus casos que pode ser controlados por medicamentos de via oral, onde a insulina é utilizada regulamente, mas não diariamente, e às vezes, quando descobertas em estagio inicial não precisa nem ser utilizada.

Na fase inicial o DM2, ainda se pode apenas modificar hábitos e prescrever antibióticos orais. À medida que ocorre a hipoglicemia crônica, impõe-se plena insulinização. Por outro lado muitos portadores de DM2 apresentam quadros agudos com grave sintomatologia e perda de peso, indicando o comprometimento grave da secreção de insulina. (GUEDES et al., 2006, p. 90).

 

É importante deixar claro que nem sempre serão necessários utilizar medicamentos por longos períodos, no diabetes tipo 2, por exemplo, uma mudança no estilo de vida pode ser suficiente. Dois dos medicamentos que podem ser utilizados para o controle desse tipo de diabetes são os Inibidores da alfaglicosidase, que impedem a digestão de carboidratos no intestino e Sulfonilureias, que estimulam a produção, pelo pâncreas, de insulina pelas células beta. O diabético deve ter a consciência de que os medicamentos serão modificados ao longo do tempo, de acordo com o comportamento da taxa de glicemia e com a idade. Os medicamentos para o combate a diabetes ajudam o pâncreas a produzir mais insulina, aumentam a sensibilidade do organismo à ação da insulina e diminuem a absorção de carboidratos.

No tratamento da diabetes gestacional uma dieta saudável e exercícios físicos podem ser necessários para o combate da mesma, mas caso seja preciso o uso de insulina e de medicamentos também são recomendáveis, desde que seja recomendado por um medico especialista.

A medicina sozinha não consegue dar conta de ajudar no controle da doença para que não haja complicações, pois além de exames e medicamentos, é necessário dietas e exercícios físicos e um equilíbrio emocional, visto que estes aspectos influem diretamente sobre a doença, descontrolando-a e agravando o quadro. (GEED, 2001, p. 73)

 

Como já afirmado antes atividades físicas e uma dieta equilibrada são de extrema importância para reduzir o nível da glicose em todos os tipos de diabetes. Muitos especialistas recomendam ainda que o paciente procure ajuda em psicólogos, para que haja um controle emocional, o que facilita o tratamento da diabetes.

De qualquer forma a primeira forma de tratar à diabetes mellitus, seja ela tipo 1 ou 2, gestacional, ou de qualquer outra forma patológica é buscar informações com quem realmente entende do assunto e poderá lhe ajudar, um medico especialista, somente ele saberá mostrar o caminho correto a ser seguido para o combate à doença.

 

3.    Metodologia

Para caracterizar estudo científico, alguns itens são considerados obrigatórios na elaboração do trabalho, e o método é um destes. Para Trugillo (apud MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 24):

 

Método é a forma de proceder ao longo de um caminho. Na ciência os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam de início do pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um percurso para alcançar um objetivo.

 

Deste modo, nota-se que a metodologia mostra quais caminhos e ferramentas serão necessárias para alcançar os objetivos propostos. Ela determina como a pesquisa será desenvolvida.

Neste sentido, a presente pesquisa conta com uma abordagem qualitativa, que de acordo com Oliveira (1997, p. 17):

[...] facilitam descrever a complexidade de problemas e hipóteses, bem como analisar a interação entre variáveis, compreender e classificar determinados processos sociais, oferecer contribuições no processo de mudanças, criação ou formação de opiniões de determinados grupos e interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos.

 

A abordagem qualitativa permitiu que se desenvolvessem conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados pesquisados.

E como método de coleta de dados, foi utilizada uma pesquisa bibliográfica. Que segundo Cervo, Bervian e Silva (2007, p.60) tem por finalidade “procurar explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses”. Através de dados bibliográficos é possível obter informações de situações que já ocorreram e que ainda ocorrem em outras ocasiões, a fim de auxiliar na busca por opiniões e entendimentos.

 

4.    Considerações Finais

 

Com o presente estudo conclui-se que a diabetes mellitus está cada vez mais presente na vida dos brasileiros e que apesar de ser separada por tipos, os tratamentos da diabetes são em sua grande maioria parecidos.

 Os tipos mais frequentes, o 1 e 2, que respectivamente são mais comuns em crianças e adultos, tem como orientações para tratamento uma dieta saudável, atividades físicas regulares e uso de medicamentos e insulina. Sendo que no tipo 1 a insulina é injetada e no tipo 2 ela é feita via oral. Os medicamentos usados no tratamento tem como principal função ajudar o pâncreas a produzir mais insulina.

Pesquisando e analisando os dados encontrados, constatou-se com tudo isso que o mais importante no tratamento da diabetes é manter-se o mais saudável possível.

Uma alimentação saudável e a pratica de exercícios físicos não só ajudam a combater a diabetes, como previne o aparecimento de outras doenças.

E não devemos esquecer nunca que a prevenção é sempre o melhor remédio!

 

Referencias Bibliográficas

 

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[1] Acadêmica da IMP – Institucional MT de Pós Graduação.

[2] Acadêmica da IMP – Institucional MT de Pós Graduação.