ESCOLA E FAMÍLIA UMA INTERAÇÃO NECESSÁRIA PARA O SUCESSO
Valquíria Pereira da Silva[1]
RESUMO
O presente artigo discorrerá sobre a importância da interação entre escola e família, no CEMEIS Francisco Wilmar Garcia. Sabe-se que a família é o primeiro suporte para a educação da criança e a educação infantil complementa essa educação, nesse sentido família e escola forma uma equipe, e cada uma deve fazer sua parte para atingir o caminho do sucesso que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor. É na educação infantil que a participação dos pais tem um valor inestimável, por que quando os pais não participam da vida escolar da criança, provoca na mesma uma insegurança. O resultado mostrou-se que na verdade há apenas um desencontro família e escola, por que juntas somarão muito para o desenvolvimento das crianças. É imprescindível para o sucesso escolar que a criança note que seus pais buscam motivá-lo para obter este sucesso; de certa forma, os pais são a força motriz para o estudo das crianças, e seu bom desempenho.
Palavras-chave: Escola. Família. Interação.
ABSTRACT
This article will talk about the importance of the interaction between school and family, at CEMEIS Francisco Wilmar Garcia. It is known that the family is the first support for the child's education and early childhood education complements this education, in this sense family and school form a team, and each must do their part to achieve the path of success that aims to lead children and young people to a better future. It is in early childhood education that parental involvement is invaluable, because when the parents do not participate in the school life of the child, causes the same insecurity. The result showed that in fact there is only one mismatch family and school, which will add together much to the development of children. It is essential for success in school that the child note that your parents seek to motivate you for this success; in a way, the parents are the driving force for the study of children, and their good performance.
Palavras-chave: School. Family. Interaction.
Introdução
O tema Escola e Família uma interação necessária para o sucesso Escolar na Educação Infantil CEMEIS Francisco Wilmar Garcia, foi escolhido considerando a necessidade de desenvolver ações que contribuíssem para que haja um bom relacionamento entre família e a escola.
Por que ambas as instituições vem traçando caminhos diferentes, nesse sentido o problema foi descobrir que participação é essa que a escola tanto espera da família e o que a família espera da escola. O objetivo geral foi identificar a importância da interação família e escola.
Para essa pesquisa foi utilizado mais de um instrumento para obter dados. Primeiro utilizou-se um questionário com dez perguntas, e entregue para dez pais responderem. Segundo foi observada diariamente por meses a rotina de pais, alunos e professores, participei de reuniões, evento e observei muitos pais levarem seus filhos para a creche.
Sendo a educação infantil a primeira etapa da educação básica e, a família a primeira instituição educacional da criança o desenvolvimento desse tema se deu por acreditar que ambas as instituições precisam traçar os mesmos caminhos, dessa forma estarão contribuindo para as crianças terem um bom desenvolvimento escolar, por que quando não há esse entrosamento os alunos se sentem confusos e perdidos. Por isso se faz necessário que a família procure acompanhar o desenvolvimento da criança em todo o seu processo de aprendizagem, e a escola cabe se adaptar as diversas formas de estruturas familiares.
A importância da família e escola traçarem os mesmos caminhos
Atualmente as famílias, estão mais ausentes por não haver tempo, o mundo de hoje tem cobrado e exigido muito de cada indivíduo, assim os pais estão deixando as suas casas para irem de encontro ao mercado de trabalho para que possam dar mais conforto e sustentabilidade aos seus filhos. Isso contribui para que as crianças fiquem cada vez mais na companhia de outras pessoas como, babás, vizinhos, avós e em instituições responsáveis por essas atividades, creches e escolas que são integrais. Essa transição vem afetando de certa forma as crianças, é que com essa correria do dia a dia os pais ou responsáveis pelas crianças estão deixando de participar de sua vida escola, e a escola vem cobrando essa ausência e maior aproximação para que haja um retorno beneficiando as crianças.
É comum ouvirmos que o grupo familiar, está em crise e, até mesmo se extinguindo. Na verdade, o que vem ocorrendo são mudanças nos papéis dos membros da família, em decorrência das alterações sociais que, por sua vez, acabam colaborando para a existência de diversas formas de constituição e modalidades de educação familiar.
(PEREZ, 2007, p.10)
Segundo Prado (1985, p.8) ´´ embora a forma mais conhecida e valorizada de nossos dias seja a família composta de pai, mãe e filhos, chamada família nuclear, normal etc.´´ Percebemos o quanto esta instituição chamada família é importante para nossa vida social e isso é conquistado desde muito cedo, costuma dizer que a família é a base onde tudo começa é onde a criança desenvolve seus conhecimentos cognitivos.
De acordo com Kaloustian (1988, p. 22) a família é:
[...] o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afetivos e, sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são observados valores culturais.
A família vem se modificando e essa forma tradicional já não é, mas a mesma, a família moderna de hoje tem arranjos diferentes como, por exemplo, mãe solteira, pais cuidando dos filhos sozinhos sem a presença da mãe, casais de homossexuais, que vem conquistando o direito de adotar crianças, essa é a mais nova forma de família. Só que com essas modificações familiares muitas famílias deixam de acompanhar a vida escolar de seus filhos sejam por falta de tempo, como citado anteriormente estamos vivendo em um mundo competitivo, corrido corremos contra o tempo e deixamos de vivenciar momentos em família. É sabemos o quanto a participação da família ajuda no rendimento escolar e na vida social das crianças, pois elas se tornam crianças seguras e confiantes.
A família deve acolher a criança, oferecendo-lhe um ambiente estável e amoroso. Muitas, infelizmente, não conseguem manter um relacionamento harmonioso. Para algumas pessoas, é bastante difícil, seja por questões econômicas ou sociais. Ao observar este universo, as escolas podem criar um ambiente familiar diferente, “ajudando-as a caminhar para fora de um ambiente familiar adverso e criando uma rede de relações, fora das famílias de origem, que lhes possibilite uma vida digna, com relações humanas estáveis e amorosas” (SZYMANSKI, 2003, pp.62-63).
É imprescindível para o sucesso escolar que a criança note que seus pais buscam motivá-lo para obter este sucesso; de certa forma, os pais são a força motriz para o estudo das crianças, e seu bom desempenho.
O envolvimento dos pais com a escola é essencial para a aprendizagem de sucesso dos alunos. Não basta que os pais saibam que o filho vai a todas as aulas e realizam as tarefas, eles precisam ter interesse no que cada tarefa consiste, e mostrar que estará ali, apoiando a criança ou adolescente, independente de seu desempenho.
O grande problema nesta questão, no entanto, é saber a medida exata com que os pais devem, de fato, se envolver: a criança deve saber que pode contar com os adultos responsáveis em sua vida para ajudá-la, mas jamais para assumir suas responsabilidades. Por isso cabe aos pais cumprirem com suas responsabilidades, como oferecer apoio para o desenvolvimento escolar de seus filhos, e auxiliar quando possível nas tarefas mais difíceis, que a criança possa não conseguir. A escola também tem suas obrigações a serem cumpridas, como oferecer diferentes métodos de explicações e ensino, até que o aluno consiga absorver o que necessita aprender de maneira adequada, sem que se sinta desvalorizado ou incapaz. Além disso, entre as obrigações da escola está a de abrir espaço para que os pais exponham também as suas opiniões e impressões sobre o desenvolvimento do currículo escolar. Sendo assim todos estarão compartilhando ideias. Um exemplo que pode aproximar mais a família da escola é a colaboração dos pais em eventos escolares, Festas comemorativas, etc. Esse tipo de colaboração acaba unindo e tornando-as parceiras em prol de um único objetivo a criança.
As creches e pré-escolas têm vivido um amplo processo de expansão desde o final da década de 1960 na Europa e América do Norte, ou na década de 1970, no caso brasileiro, processo acompanhado da ampliação das pesquisas sobre o tema. Essa expansão quantitativa é um elemento fundamental, básico, material, que sustenta a dinâmica transformadora do que pode ser definido como um novo momento na história da educação infantil. A própria expressão educação infantil foi adotada recentemente em nosso país, consagrada nas disposições expressas na Constituição de 1988, assim como na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, para caracterizar as instituições educacionais pré-escolares, abarcando o atendimento dos 0 aos 6 anos de idade (KUHLMANN, 2001, p.7).
A educação por muito tempo conviveu e ainda convive com a falta de alimentação da criança e a carência na saúde, assim, a maioria das creches publicas oferecia atendimento assistencialista, suprindo essas necessidades. Enquanto isso, a creches privadas trabalhava outros aspectos da criança, como o emocional, o social e o cognitivo. O advento da Constituição de 1988 colocou a pré-escola como necessidade e direito de todos, integrando-a ao sistema de ensino e incluindo-a na política educacional, numa concepção pedagógica que complementa a ação da família, sendo dever do Estado e direito da criança.
E nesse sentido que devemos pensar a educação infantil, além dos cuidados necessários, focar na aprendizagem da criança, a criança é um ser magnífico, incrível a rapidez que um criança aprende tudo que é transmitido para ela ela aprende, cabe a escola transmitir todo o conhecimento para as mesmas, mas é dever da família dar continuidade desse aprendizado, pois é nesse período que a participação dos pais é tão importante, estudos da fundação Itaú social afirma que o ambiente familiar é responsável por 70% do desempenho de um estudante.
Toda aprendizagem começa em casa, em meio á família e de maneira informal. A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo o individuo.
De acordo com Vila (2000, p. 41) ´´ a educação infantil tem três atores: crianças, família e profissionais da educação.
Por isso a importância de uma parceria onde haja a participação da família dos professores e da escola, porque é na educação infantil que a criança começa a perceber um mundo diferente, vivencia experiências novas com a qual não estava acostumada por que até então vivenciava momentos apenas com a família e o seu meio. Na educação infantil ela terá a oportunidade de dividir essas experiências adquiridas com outras crianças e assim vice-versa.
A educação infantil é muito mais que uma ocupação das crianças num espaço educativo. Ela se caracteriza por uma pedagogia de inserção social civilizatória que além de integrar programas de aprendizagem proporciona um reconhecimento da criança se tornando também um aluno (POOLI, 201, P.103)
É na educação infantil que a criança aprende a lidar com seus medos, frustações, emoções e a conviver em grupo, desde dividir um brinquedo que antes era só seu. Tudo aquilo que ele aprendeu em seu seio familiar passa agora colocar em pratica.
Havendo uma troca de experiência, convivendo com rotina bem diferente. Nessa fase é importante o cuidado com as crianças desde observar uma brincadeira com os colegas, pois não está acostumada a sofrerem frustações, por isso a participação dos pais é dos professores são fundamentais para transmitir segurança para as crianças e assim elas vão lidando com as frustações, o melhor remédio nesse caso é o amor e a atenção e deixar as crianças desenvolver suas potencialidades.
A família também é responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais são os primeiros ensinantes e as atitudes destes frente às emergências de autoria, se repetidas constantemente, irão determinar a modalidade de aprendizagem dos filhos (FERNANDES, 2001, P. 42).
Dessa forma entende-se que a família deve se esforçar e colaborar na educação de seus filhos, seja dialogando com os filhos sobre o conteúdo que a criança está vivenciando na escola, ajudando na tarefa de casa, indo a reuniões. A ausência dos pais as reuniões pedagógicas pode ser um indicativo do pouco acompanhamento da vida das crianças por partes dos pais, os pais se quiserem podem desenvolver uma relação forte com a escola. É na educação infantil que a participação dos pais tem um valor inestimável, por que quando os pais não participam da vida escolar da criança, provoca na mesma uma insegurança emocional na criança por isso à participação é fundamental.
Só que não basca apenas levar e buscar as crianças na escola tem que haver uma interação, essa participação não precisa ser necessariamente dos pais e mãe, como citado anteriormente à família não é mais a mesma, a participação pode vir, dos avós, tios, padrinhos enfim do responsável. Não é por que a mãe ou o pai assinou a matriculo sendo responsável que somente eles podem participar das reuniões pedagógicas.
Muitos pais hoje não têm tempo ou os horários ou as profissões não batem com os da escola. Já ouvi casos de mães caminhoneiros que nunca poderão participar de uma reunião, mais nem por isso deixou de ligar para a escola de seus filhos para saber como está o desenvolvimento da criança. Existem várias maneiras de estar se comunicando com a escola seja através de bilhetes, como muitas escolas usam agendas para estar se comunicando com os familiares das crianças. E os pais também podem estar se informando através de sites para poder conhecer o projeto da escola, ou se não poder participar da reunião no dia, procura a escola num dia apropriado o importante é não deixar de participar. A participação dos pais ajuda os professores a desenvolver seus projetos pedagógicos e facilita o aprendizado das crianças. Segundo Jardim (2006, p. 43) enfatiza que,
A responsabilidade de educar não pode ser só atribuída à família ou a escola, pois se a família atua de forma profunda e durante mais tempo, a escola oferece condições especiais para influir sobre o educando, pela formação especializada de seus elementos.
Muito se discuti da ausência dos pais na vida escolar dos filhos, mas às vezes os professores se sentem desconfortáveis com a presença dos mesmos as instituições e também a ausência dos pais é vista como uma transferência de papeis, depositando toda responsabilidade para os professores. Inúmeras são as reclamações de professores que acreditam que muitos pais veem as creches como deposito de crianças deixando para os professores todos os cuidados, desde higiene pessoal, cortar as unhas, banho, escovar os dentes e os cuidados com material escolar enfim toda responsabilidade para a escola. De acordo com Cervera (2005 s/p): “A responsabilidade dos estudos recai sobre os pais, os professores e sobre o filho-aluno. É uma responsabilidade partilhada e, portanto, nenhuma das três partes deve permanecer à margem desta tarefa ou ter ópticas diferentes”.
Por outro lado, muitas famílias também se queixam da escola de seus filhos seja do ensino, da falta de qualificação de muitos professores, maus cuidados e descontentamento e vice-versa. No entanto o que se vê é um desencontro por que se a escola e a família formarem uma parceria somarão e muito, não tem como duas instituições tão importantes para o desenvolvimento do ser humano, andar de lados opostos.
(...) a educação infantil é muito mais do que uma ocupação das pedagogias de inserção social civilizatória que além de integrar programas de aprendizagem proporciona um reconhecimento da criança se tornando também um aluno (POOLI, 2001, P.103).
Por muito tempo a educação infantil era vista apenas como uma ação assistencialista, apenas cuidar das crianças. Devido a vários órgãos criados para assegurar essas crianças, a educação infantil passou a ser assegurada pela constituição federal, devido a isso nova lei foi surgindo e com ela, A educação infantil, desde a LDBN 9394/96, como nível de ensino integral a educação Básica tem também como responsabilidade educar e cuidar da criança de até seis anos de idade. E exige profissionais pelo menos com formação inicial. Por que a educação infantil vai além desse cuidar, hoje a preocupação maior não é só cuidar mais sim o aprendizado dessas crianças e o desenvolvimento cognitivo, sendo assim a primeira parte da educação básica.
Segundo Dalabona (2008,p.33), a formação do caráter e dos valores morais do ser humano começa nas famílias mas a escola tem papel fundamental na continuação do que foi aprendido em casa.
A escola tem papel significativo no desenvolvimento das crianças é na escola que ela aprende a compartilhar dividir com outras crianças os brinquedos e objetos que antes utilizava sozinha; deve esperar sua vez e aprender a conviver com pessoas diferentes. A criança chega à sala de aula com uma bagagem, adquirida em casa com seus familiares, comunidade recheadas de valores, crenças, ideias, com uma base. Essas experiências serão divididas quando inseridas num mesmo espaço, pois é na sala de aula que essas experiências são divididas havendo assim uma troca de conhecimento. E o professor está lá para ajudar nessa realização, respeitando e também acrescentando ainda mais conhecimento nessa bagagem.
Por isso percebemos como a família e a escola são instituições importantíssimas na vida das crianças e onde tudo começa por isso a preocupação dessas duas instituições criarem uma parceria.
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais, leva, pois muita coisa mais que a uma informação mutua: este intercambio acaba resultando em ajuda reciproca e, frequentemente em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais a ao proporcionar, reciprocamente aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se a uma divisão de responsabilidade (...) PIAGET, 2007, P.50.
Nesse sentido a escola pode dar o primeiro passo, convidando os pais para conhecer a escola de seus filhos, a equipe pedagógica os funcionários para que eles se apropriem do espaço e se sintam a vontade para fazer parte desse espaço. Dessa forma abrira a oportunidade de estarem discutindo sobre os direitos e deveres de cada um.
A escola nessa construção de parceria deve deixar a família vivenciar situações que lhes possibilitem se sentirem participantes e importantes para essa parceria dar certo.
A escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais para passar informação relevante sobre seus objetivos recursos, problemas também sobre as questões pedagógicas. Só assim a família ira se sentir comprometida com a melhoria da qualidade escolar e com o desenvolvimento de seu filho como ser humano (PARO), (S, B.)
Não existe uma maneira correta de participar da educação dos filhos e sim caminhos, que devem ser traçados da melhor maneira que beneficie ambas as instituições, valorizando e respeitando o espaço a ser descoberto. Desse modo família e escola estarão compartilhando a responsabilidade do desenvolvimento e aprendizado integral da criança.
O que temos ainda hoje e um caminho a ser percorrido um caminho de cooperação que só será efetivo se os pais compreenderem que a escola não cabe exercer a função moral da família. E se a escola promovesse ações de conscientização junto a essas famílias para que ficasse clara a importância do dever de cada um no desenvolvimento do aluno/filho, e que, embora essa parceria escola e família sejam essencial, cada um desses seto9res deve conservar suas particularidades. (DISANTO, 2007 apud SILVA 2008).
A falta de motivação e a procrastinação são grandes fatores que prejudicam os estudos. Muitas vezes a família não participa do processo educativo dos filhos, lançando todas as responsabilidades para a escola. Pelo contrário do que os pais, ocupadíssimos, imaginam a independência não aparecem por se fazer às coisas sozinhas, mas por se conquistar segurança para poder caminhar com as próprias pernas. E segurança só se conquista através da participação do outro, do elogio que se recebe, da credibilidade confiada. Tiba (2002, p.181), afirma que
“se os pais acompanharem o rendimento escolar do filho desde o começo do ano, poderão identificar precocemente essas tendências e, com o apoio dos professores, reativar seu interesse por determinada disciplina em que vai mal”.
Temos visto crianças sozinhas para estudar, para fazer suas tarefas, para montar trabalhos. Não que os pais devam fazer para os filhos, mas devem compartilhar esses momentos, mostrando interesse, opinando, fazendo suas considerações sobre as mesmas, valorizando aquilo que seus filhos fazem.
Alguns pais cobram das escolas as notas baixas dos filhos, mas não participam da vida escolar dos mesmos, acreditando que todas as responsabilidades devem advir da instituição educativa. Muitos chegam a manifestar que pagam as mensalidades e que querem ver o retorno do dinheiro aplicado.
Mas o maior investimento é a presença, a participação, a contribuição, se inteirando da rotina escolar dos filhos. Isso é dever de casa dos pais, obrigação dos pais, além disso, existem outros comprometimentos da família que devem aparecer, a fim de despertar o mérito intelectual dos estudantes. criar um ambiente favorável ao aprendizado – é comum a criança estudar enquanto a família assiste televisão, o que tira a concentração do estudante, orientar os filhos na hora das tarefas, participar, mas sem dar as respostas, sem fazer as mesmas para eles, brigas e discussões constantes também atrapalham a concentração do aluno, deixando-o ansioso e inseguro, falta de uma biblioteca dentro de casa, a fim de possibilitar o incentivo à leitura, bem como de se fazer pesquisas escolares, também prejudica, lançar elogios pelo cumprimento das tarefas, por mínimas que sejam, torna a criança ou o adolescente feliz, dando-lhe maior confiança, participar de reuniões na escola e dispor de tempo para levar o filho até a sala de aula é uma forma de cumprimentar os professores e saber se está tudo bem, tiver interesse pelas coisas que o filho faz na escola, sejam nas provas, apresentações de trabalhos, atividades esportivas ou artísticas, evitarem pressões com notas, o que pode atrapalhar ainda mais o estudante. Tiba (2002, p.183) afirma que “[...] quando a escola o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não joga a escola contra os pais e vice-versa [...]”.
Um passo importante para a construção de uma parceria entre a escola e a família é, sem dúvida, a identificação desta como instituição educadora, tendo sempre o que transmitir e o que aprender. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.” (FREIRE, 1987, p. 68).
Para que a parceria dê certo é preciso que haja respeito mútuo, o que favorece a confiança e demonstra competência de ambas as partes. Mas, para que isso aconteça, é preciso haver delimitações no papel de cada uma. Com essas atitudes, com os pais cumprindo o seu dever de casa, suas responsabilidades diante dos estudos dos filhos, com certeza o processo educativo será alavancado por vitórias, que também aparecem através da amizade entre família e escola. É bom lembrar que o sucesso acontece através da segurança. E isso é um processo continuo que deve começar nos primeiros anos iniciais da vida escolar dos filhos.
Metodologia
Sempre se houve a escola reclamar da ausência da família na vida escolar de seus filhos. Nesse sentido usei dois procedimentos que pode me ajudar a descobrir que participação é essa que a escola espera da família, e também, identifiquei a importância e os benefícios que essa parceria provoca na vida escolar da criança desde a educação infantil.
O estudo foi realizado no CEMEIS Francisco Wilmar Garcia, em Primavera do Norte Distrito de Sorriso Mato Grosso. As pesquisas ocorreram março de 2013 a novembro de 2013. Para essa pesquisa foi utilizado mais de um instrumento para obter dados. Primeiro foi utilizado um questionário com dez perguntas, e entregues para dez pais responderem.
Outra formar foi observar, esse ponto foi mais fácil para mim por que fui estagiária NO CEMEIS Francisco Wilmar Garcia por dois anos, auxiliando professores do maternal II, me defrontando diariamente com a realidade estudada. Nesse sentido tive a oportunidade de conhecer muitos pais havendo então uma grande liberdade de oferece o questionário para eles responderem mesmo nessa situação me colocou para os professores e pais o meu papel na situação e os objetivos da pesquisa até por que para observar você precisa saber o que vai observar por isso a importância de planejar o que você procura saber.
Participei também de varia reuniões pedagógicas onde pude notar a falta dos pais as reuniões, e também a muitos eventos, datas comemorativas, com dia das mães, pais etc.
Nesses eventos notava a participação de muitos pais e de professores, preparando tudo com muito carinho para melhor atender os pais e a toda comunidade.
Como complementação, utilizei pesquisa bibliográfica baseadas em pesquisas feitas em site e livros.
Considerações finais
Acredito que os objetivos desta pesquisa foram atingidos por que de certa forma despertei no CEMEIS uma questão que se tanto discutia mais não se mostrava maneira que essa interação família e escola pudessem acontecer. Por que sabemos que a família é a primeira instituição educacional é onde a criança recebe seus valores, um aprendizado informal mais de suma importância para o desenvolvimento humano sabe-se também que a mesma deve participar da vida escola da criança, mais que muitas vezes não sabe de que maneira se aproximar da escola e até a própria escola não da essa abertura para que haja essa aproximação.
Na verdade, o que eu percebi é que não existe uma maneira correta de participar da educação dos filhos e sim caminhos, que devem ser traçados da melhor maneira que beneficie ambas as instituições, a palavra chave para essa parceria dar certo é valorizar e respeitar o espaço a ser descoberto. Notei também dificuldades dos pais acompanharem o processo escolar dos seus filhos, desde participarem das reuniões pedagógicas, palestras que o CEMEIS vem oferecendo de higienização bucal, higiene pessoal e alimentação com profissionais da área explicando a importância desses cuidados, mais a participação dos pais ou responsável são mínimas desanimando os profissionais aponto de desistirem do projeto.
Mas o ponto positivo é que muitos pais descobriram que podem participar de outras maneiras, pois muitos trabalham e não tem como participar dessas reuniões e projeto, por exemplo, muitas mães responderam que vão auxiliar o aprendizado dos filhos no interior do lar; o importante é não atribuir à escola total responsabilidade, pois buscar uma relação de parceria não significa transferir a responsabilidade de pais para a escola, assim como a escola não pode responsabilizar os pais pelo aproveitamento escolar dos filhos.
Assim, penso que na relação família escola devem-se criar possibilidades para uma relação dialógica, crítica e libertadora a fim de se fazer mais visível a participação dos pais no espaço escolar.
As maiorias das crianças que têm o acompanhamento familiar acabam se destacando mais na escola, pois são mais seguras. Por isso a importância dos pais nessa fase da criança. Mas não podemos nos esquecer das crianças que trazem dificuldades de casa, pois são as que mais precisam de nosso apoio, não da para esperar um bom desempenho dos pais para só então educar nossos alunos.
REFERÊNCIAS
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POLONIA, Ana Costa; DESSEN, Maria Auxiliadora. Relações Família e Escola. Porto Alegre, RS: Editora Mediação, 2001.
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SZYMANSKI, H. A relação escola/família: desafios e perspectivas. Brasília, DF, Plano Editora, 2003.
TIBA, Içami. Disciplina, Limite na medida certa. 41ª ed. São Paulo: Gente, 1996. 240p.
[1] Pedagoga, atua na área educacional. – Artigo apresentado em 2014 como Trabalho de Conclusão de Curso de Pedagogia UNINTER. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
ANEXOS
QUESTIONÁRIO PARA OS PAIS OU RESPONSÁVEIS PELAS CRIANÇAS.
1) Você comparece às reuniões pedagógicas da escola de seu filho ao ser convocado? Justifique?
2)Você considera importante a integração entre a escola e família no processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos?
3) Como você avalia as reuniões que ocorrem na escola dos seus filhos?
4) Na prática, quais as estratégias que a escola do seu (a) filho (a) utiliza para estar abrindo as portas para a família?
5)Na sua opinião, qual a função social da escola?
6)Qual a função da família?
7)Na sua opinião, como você gostaria que fosse a articulação família-escola?
8 ) De que forma você contribui em casa, no processo de aprendizagem do seu
Filho?
9 ).Você conhece a professora do seu filho?
10) Você acha importante a participação da Família na escola?