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O LÚDICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

 

 

 

Antônia da Silva Mendes Hoffman

Pedagoga e pós graduada em Psicopedagogia, Educação Infantil, e Alfabetização.

Danielli dos Santos Souza,

Pedagoga e pós graduada em Psicopedagogia, Educação Infantil, e Alfabetização.

Nilza Maria Centa Favero,

 Pedagoga e pós graduada pós graduada em Psicopedagogia, Educação Infantil, e Alfabetização.

Viviane Lamônica Borges da Silva,

Pedagoga e pós graduada em Psicopedagogia.

 

 

 

RESUMO 

O presente estudo teve como objetivo conhecer a importância de trabalhar o lúdico para reduzir as dificuldades de aprendizado na Educação Infantil, tendo como ponto de partida os trabalhos realizados no contexto escolar. Buscou como problemática saber de que forma a ludicidade pode contribuir para a alfabetizar crianças com déficit de aprendizagem. Para dar subsídios à pesquisa, vários autores foram referenciados para compreender a importância de envolver, na prática pedagógica, atividades lúdicas.

Atividades lúdicas: jogos e brincadeiras no déficit de aprendizagem

 A criança quando nasce encontra um mundo que já tem uma organização, com normas sociais e uma história. Porém, cada criança traz consigo uma história de vida contextualizada num determinado espaço social, cultural e econômico. Porém, jogando e brincando a criança constrói a sua aprendizagem e, consequentemente sua capacidade de comunicação e socialização com o meio onde vive. Atividades com jogos e brincadeiras promovem interação, trabalho em equipe e cooperação entre o grupo. Quando e fala em déficit de aprendizagem não é diferente, pois, dentro desse contexto, o processo de aprendizagem pode ser considerado uma ação de recepção, onde a atividades lúdicas exerce diretamente na transmissão de informação e aprendizado. De acordo com Coll, Marchesi, Palacios & Coll (2004) para que a aprendizagem possa acontecer de forma produtiva na criança com déficit de aprendizagem, são necessárias adaptações curriculares, pois de acordo com os autores.
A novidade das adaptações curriculares está na concepção e no enfoque que
subjazem a esse processo, pois, é de grande utilidade caracterizar
previamente os programas de desenvolvimento individual para identificar que
mudanças as adaptações curriculares representam em comparação com esses
programas. (COLL, MARCHESI, PALACIOS & COLL, 2004, p.298) Considerando que a criança com deficiência intelectual apresenta dificuldades em assimilar conteúdos abstratos, se faz necessário à utilização de material pedagógico concreto, e de estratégias metodológicas praticas, para que este aluno desenvolva suas habilidades cognitivas e para facilitar a construção o conhecimento. Dentro desse contexto se encaixam os jogos e brincadeiras, que são sem dúvida, algumas das muitas estratégias metodológica que se apresentam nas características que proporcionam a aprendizagem através de materiais concretos e de atividades práticas, onde a criança cria, reflete, analisa e interage com seus colegas e com o professor. Neste espaço entra em cena o papel do professor enquanto questionador, assumindo a responsabilidade de dinamizar e fazer com que as crianças sintam-se a vontade para expor suas falas, suas opiniões e conhecer realidades diferentes daquelas com as quais convivem, levando e consideração estes fatos pode-se entender que o ser humano aprende porque faz, sente e pensa. No entender de Camargo, (2005, p.12) “é neste processo de interação com o outro, no compartilhamento de significados que a criança obtém um acervo de conteúdos sobre os quais alicerça sua compreensão acerca do mundo". Portanto, a escola é um ambiente, privilegiado para fornecer o suporte necessário nas interações com o conhecimento social elaborado. Nas interações criança, criança e professor-criança. A negociação de significados favorecera passagem do conhecimento espontâneo, possibilitando aos alunos não só a apropriação do legado cultural, a construção das funções psicológicas superiores e a elaboração de valores que possibilitam um novo olhar sobre o meio físico e social, mas também, sua análise e eventual transformação. Piaget (2000) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança. Para o autor.
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função
das necessidades múltiplas do eu. Faz-se necessário ressaltar também, que o lúdico é mais bem trabalhado quando o professor de fato, mantem uma interlocução entre conceitos e concepções de brincadeiras e aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BOUGERE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artmed, 2004.

FERNANDES, S. Fundamentos para educação especial. Curitiba: Ibpex, 2007.

MITTLER, P. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.

 PIAGET, J. Para onde vai a educação. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.