UM ESTUDO DE CASO SOBRE INDISCIPLINA: Percepções pedagógicas do professor
OLIVEIRA, Alves de Luciana
RESUMO
O objetivo desta pesquisa de conclusão de curso foi o de analisar os impactos pedagógicos da indisciplina escolar como fator gerador da violência nas escolas. Para tanto, identificamos a relação da desobediência no processo educativo, sobretudo no que diz respeito á eficácia dos castigos e punições como estratégia disciplinadora. Essa pesquisa revelou que a indisciplina é resultado de uma prática pedagógica que desconsidera o aluno como sujeito histórico e social. Nesse caso, sugere-se a mediação como alternativa aos casos de indisciplina na escola, pois o diálogo deve ser uma ferramenta pedagógica para resolução desses conflitos.
Palavras-Chave: Indisciplina, Violência, Diálogo.
INTRODUÇÃO
A escola é um espaço de aprendizado, onde consolidamos a educação que trazemos de casa e adquirimos mais conhecimentos e lugar de encontros e desencontros.É nesse ambiente que fazemos amizades, saímos da esfera privada da família para adentrarmos a esfera pública, onde tudo é diferente, as regras e os padrões de comportamento das pessoas.
Assim, é no contexto escolar que vem ganhando espaço o fenômeno da indisciplina que muitas vezes por ser mal compreendida acaba sendo considerada como algo corriqueiro, sem importância, mas que a longo prazo se mostra um problema que inviabiliza o processo educativo, exigindo de todos os envolvidos com a educação a soma de forças para atuar frente a essas questões.
Muitas vezes não nos damos consciência que esse novo tempo fez criar essa nova realidade dentro da sala de aula. No entanto, não temos tempo suficiente para que essa adaptação ocorra de forma satisfatória, muitas vezes as coisas acontecem por si só.E somos envolvidos nesse processo quando nos despertamos desse estado de inércia e começamos a questionar as atitudes e comportamentos, ai sim começamos a entender o que é a escola.
Nesse sentido, foi pensado num trabalho de pesquisa que ressaltasse esse problema social que é a indisciplina no ambiente escolar, tarefa que muitas escolas, por sua vez têm dificuldade de lidar. O livro de Michel Foucault, chamado" Microfisica do poder e Vigiar e Punir" foram fundamentais para entender a questão da violência e as relações de poder e dominação dentro das escolas.
Realizou-se a pesquisa de campo na Escola Estadual Iara Minotto Gomes, com o objetivo a nalisar as várias formas como a indisciplina aparece na escola, e os possíveis motivos que agravam essa situação e qual o comportamento do professor diante disso,procurando buscar uma resposta para minhas inquietações e também daquelas que lidam com o cotidiano escolar. Além disso, propomos que esta reflexão contribua para o encaminhamento de análises e decisões sobre o que exatamente os professores entendem por alunos disciplinados e indisciplinados e se eles(as) se sentem preparados pra lidar com essa situação em sala de aula.
Buscamos observar durante esta pesquisa, os procedimentos metodológicos usados pelos professores para lidar com a indisciplina, bem como as diversas reações do aluno frente a um ato indisciplinar.
Este trabalho esta estruturado em 3 (três) capítulos, os quais reúnem informações básicas sobre as atitudes pedagógicas dos professores diante de situações de indisciplina do aluno.
O primeiro capitulo é um pequeno percurso teórico que se refere “ A indisciplina na escola”, pois percebemos que a indisciplina em nossas escolas nos dias atuais, é comum ver esse tipo de comportamento que não condiz de certa forma com o esperado, a indisciplina acontece de várias maneiras e pode assumir varias formas.
O segundo capitulo fala sobre “A família e a indisciplina escolar,” nesse contexto pudemos constatar a importância da família na escola, onde compreendemos que a família é o ponto fundamental na educação da criança.
No terceiro capitulo constituímos a coleta e analises dos dados, os quais foram através de observações no ambiente escolar e entrevistas com professores e alunos. Nosso trabalho mostra meios e caminhos pedagógicos utilizados pelos professores.
- A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE INDISCIPLINA
Ao procurarmos o conceito de disciplina nos dicionário uma definição que, segundo Rios (2000, p. 335) "a indisciplina é a falta de disciplina, desordem, anarquia, desobediência."
Partindo desse pressuposto indisciplina seria o comportamento inadequado de alguns alunos que desrespeitam algumas normas e regras imposta pela escola rompendo com a ordem estabelecia.
Permanecer fora da sala de aula, fazer bagunça mascar chicletes, arrotar, chegar atrasado, desrespeitar os professores, denegrir p patrimônio público, todos esses comportamento são tidos como indisciplina na representação dos professores, ma no que isso efetivamente interfere no processo de ensino aprendizagem? Para alguns professores o aluno que é indisciplinados em uma aula, na outra já não é.
A indisciplina é a transgressão de dois tipos de regras, são elas as morais, construídas socialmente com base em princípios que visam o bem comum, ou seja, em princípios éticos, o segundo tipo são as chamadas convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. VICHESSI (2009. p.79)
Na escola existe um corpo de regras bem estabelecido e cuidadosamente orientando para que seja cumprido, estabelecido no Regimento Escolar e no Projeto Político Pedagógico sendo que não cumprimento implica em algumas sanções. Será que essas regras são elaboradas em conjunto por toda a comunidade escolar, inclusive pelos alunos, ou alunos só sabe que transgrediu alguma regra, quando o faz?
Não se faz, na escola uma reflexão com o aluno da causa dos seus atos, porque na realidade, isso acarretaria o desenvolvimento de senso crítico, não só do aluno, mas em todos os elementos que participam de sua formação, envolvendo a escola como instituição e os órgãos a ela ligados. GUIMARÂES (2009, p.100).
A escola esquece que a criança ao vir de casa muitas vezes não tem claro certas regras que existem na escola e é onde surgem pequenos conflitos, entre aluno e escola, aluno e professor. O aluno tem que tirar boas notas para passar para outra serie, ter uma postura condizente com a adotada pela escola, tem que seguir um conjunto de normas e regras. A indisciplina está relacionada ao mau comportamento dos alunos, não se tem uma preocupação em investigar, sé só o comportamento é o fator preponderante e a causa da indisciplina, não se pensa em rever certas práticas, certa atitude dentro das escolas, utilizam a disciplina.
Quem nunca se deparou com alguma situação na escola em que os alunos sofreram com algum tipo de brincadeira maldosa por parte do coleguinha, ou com algum apontamento feito pelo próprio professor. Nas escolas se costuma classificar os alunos, seja pelo seu comportamento, seja pela sua dificuldade de aprendizagem, então eles são classificados entre bons e maus alunos, os bonzinhos são considerados os queridinhos do professor, e o maus alunos são aqueles que fazem bagunça que são esquecidos no fundo das salas não aprendem, aqueles que os professores não incentivam.
Com isso aos poucos a sala toda, vai tomando conhecimento quem são e quem não são os alunos bagunceiros, e quais são os que não aprendem bem a matéria. E quando o aluno se vê desprezado, sozinho em meio uma sala com quarenta alunos , ele tenta chamar a atenção pra si, o que implica em situações de indisciplina dentro da sala de aula.
Segundo Schmidt, Ribas, Carvalho (1989, p.34) [...] "A comunidade escolar recorre, então a mecanismo para desarma - lá como punição, castigos, rebaixamento de nota, reprovação, rotulando alunos, pais etc." E assim através do medo e da coação os alunos são disciplinados de acordo com as normas estabelecidas pela escola.
Para alguns alunos a indisciplina e a falta de atenção apontada como problemas na sala de aula acontecem porque as aulas não são dinâmicas é "enfadonho", o professor não consegue a atenção dos alunos. Para os professores o problema tem relação com o comportamento que vem de casa e é responsabilidade da família.
Atribui-se a indisciplina dos alunos quase tão somente a fatores externo a escola, como se não tivesse relação com sua maneira de ensinar e com outros elementos macrossociais que acabam interferindo nas ações diária. NEZ (2006, p.112).
Para alguns especialistas a indisciplina tem relação com as aulas que não prendem a atenção dos alunos, sobretudo porque convivem em um mundo repleto de novidade tecnológicas. Por outro lado, para os professores o problema não está na metodologia aplicada e sim no convivo familiar do aluno, uma vez que os pais não impõem limites as crianças.
É certo que a constituição de (1988) considera todos iguais em direitos, mais cada um de nós tem suas particularidades e necessita educacionais diferenciadas requerendo com isso o uso de novas metodologias e maior tempo na elaboração e preparação dos planos de aulas.
A falta de comprometimento na relação professor e aluno em ambas as partes, pelo professor que será sempre ocupado, sem tempo tendo que se virar em 03 e o aluno que está desmotivado cansado de enfrentar a mesmice todos os dias.
A relação de permissão e obediência que acontece na escola, a falta de medidas e atitudes que resultem em uma aproximação, família/aluno/escola, que apesar de estarem e frequentarem o mesmo espaço, um mais que o outro não se relaciona constantemente, a não ser quando o professor corrige a tarefa, o aluno pode ir ao banheiro ou tomar água, ou quando o professor acompanha o aluno até a sala de direção, sendo essa a forma de contato mais direta que possuem ao decorrer do ano letivo.
Com a família não é diferente a única forma de comunicação é por intermédio do aluno, quando o mesmo entrega bilhetes aos pais que são convocados a comparecerem a escola para conversar sobre o comportamento de seus filhos, as relações são estabelecidas de forma frias e distantes e de forma indireta.
A falta de compreensão sobre a indisciplina que dificulta o relacionamento entre professor e alunos, estes parecem não ter clareza do que é indisciplina, apontado qualquer fato que acontece no interior da escola como indisciplina.
A indisciplina e a violência acontecem em um contexto permeado de outros problemas e acaba causando certas inquietações, direcionando o nosso olhar apenas para os casos de indisciplina e da violência ao invés de ampliar o nosso campo de visão de forma a abranger os outros problemas que acontecem na escolar.
Pois bem, rótulo se coloca em alimentos, coisas ou objetivos, não em pessoas, e essa se torna uma prática corriqueira dentro da escola. A escola se torna um agente disciplinador e o autoritarismo impera e o ter autoridade se confunde com o autoritarismo, a disciplina continua sendo imposta. Será que a disciplina não é uma construção social que e escola insiste em reafirmar, sendo um caminho para o surgimento da violência?
E quando à questão da separação, seja em filas na hora do recreio, de meninas e meninos, dos bons e dos alunos considerados com o rendimento insatisfatório, por classe social, por classe, ou por habilidades, enfim tudo isso vem desde os primórdios desde a constituição dos colégios assim como afirma Aires (1975).
Ou até mesmo a separação por classes que acontecia na época, portanto ao se pensar nessa separação por classes já começa se cogita métodos pedagógicos para atender essa demanda, que embora não fossem implantados de imediato era um ideia que percorria os pensamentos na época.
Então para determinados grupos de alunos se utilizava estratégias diferenciadas, de acordo com suas aptidões. Atualmente, embora com alunos em ideias diferentes no mesmo espaço, a sala de aula, a metodologia utilizada é a mesma para ambos.
O que nos remete ao uso da didática pelo professor em sala de aula e ao currículo, esses sendo uma construção diária, frequente no cotidiano das escolas, o que não acontece com frequência, o currículo tem suas intenções implícitas se tornando oculto, a ação do professor se limita a transcrever no quadro. Em meio a todo esse cenário, a escola se consolida como uma instituição de cunho educacional em prol da sociedade, para formar cidadão.
Sendo a pedagogia a relação entre o ensino e aprendizagem mediata pela didática nesse contexto a forma de ensinar e os métodos empregados nesse ensino influência na relação professor e aluno e no comportamento em sala de aula. A escola então surge também como um espaço para as crianças receberem instruções alternadas em período matutino ou vespertino, com intervalo para o recreio, enquanto os seus pais trabalham.
A maneira como e construída essa relação de aprendizagem e o que causa preocupações e possíveis conflitos. A escola recebe essas crianças, que na maioria das vezes são levadas à escola pelos pais, e tem a responsabilidades de trabalhar com essas crianças iniciá-la no universo das letras e dos números, construindo assim uma relação de ensino e aprendizagem medida pelo professor. Em contra partida, em meio a essa relação, surge alguns problemas no decorrer do cominho, as relações que se constroem dentro da sala de aula e na própria escola como um todo, o enrijecimento das regras de convivência, as relações de poder que permeiam esse universo.
A escola com sua educação tradicional impõem ao aluno um aprendizado que não corresponde à sua realidade e universo cultural, sendo vista de uma forma negativa e nada estimulante é lúdica. O seu controle exagerado estimula sentimentos de rebeldia e desobediência. A violência que as crianças ou adolescentes exercem é, antes de tudo, a que o seu meio exerce sobre eles. Sabemos que a escola-caserna é vivida como um lugar trocado que impõem aos corpos uma ordem de uniforme, qual não há meio de fugir: regras, controles, punições, dominações são os meios de habituais de disciplina. A escola tem se mostrado com frequência como espaço de coação. Parece ter ficado do lado de fora o caminho lúdico da aprendizagem. SANTOS (1999, p.157)
De um lado as crianças que são obrigados ficarem sentadas durante 04 horas, escrevendo, copiando exercícios do quadro e em silencio, ordenadas em filas sem poder olhar pra trás. Do outro lado, o professor com um acumulo de carga horária, cansado diante de uma sala de aula de 40 alunos cheios de energias e disposição, que precisam obedecer a esse professor mesmo que suas aulas sejam ou estejam chatas.
Apena o aluno precisa ter essa compreensão de que o professor precisa ter mais de um emprego para sobreviver, por isso as aulas não rendam e os professores não entendem as agitação dos alunos e a mudança de comportamentos dos mesmos.
[...] Quando o aluno se manifesta com inquietação, questionamentos, conversas ou desatenção, entende-se isso como atitudes indisciplinares. O que querem é que os alunos tenham somente um tipo de atitude referente aos trabalhos escolares e que, principalmente, não sejam desordeiros e muito menos bagunceiros. NEZ (2006, p.113)
Os professores não aprendem e nem se esforçam para dar aulas em um lugar desprovido da ausência do silencio, com alunos agitados, participativos e questionadores.
Em suma os alunos não podem ser prejudicados pelos problemas que os professores enfrentam em sua profissão, a sala de aula precisa ser um lugar alheio a problemas pessoais, o professor e a escola tem que fazer um esforço para não deixar transparecer seus problemas profissionais para os alunos.
A relação em sala de aula precisa ser pautada numa relação de ensino aprendizagem e também pelas relações interpessoais. A escola reflete os problemas sociais e ajuda na perpetuação e acaba gerando em seu interior outros problemas como o bullying, a violência, abuso de poderes nas relações, e a hierarquia predominam nas escolas.
Portanto, o conceito de indisciplina, ao perpassar a relação entre teoria e prática, sobmete a escola ao desafio de lidar com suas mais variadas manifestação dessa violência. Nesse caso, a dificuldade se evidencia quando justamente a escola procura resolver seus problemas de indisciplina para fora do componente pedagógico. Assim, esse novo fenômeno de indisciplina irá requerer um tipo de compreensão da escola no sentido de dar u m tratamento pedagógico para aquilo que geralmente é tratado no campo da repressão e do castigo.
- DISCIPLINA, AUTORIDADE E AUTORITARISMO
Todas as instituições da qual fazemos parte são constituídas por conjunto de regras, estabelecidas de modo que a ordem seja mantida. O que nos torna perante a sociedade pessoas disciplinadas, seguidores de regras morais e convencionais, remunerando de certo modo aos nossos anseios e as nossas vontades.
Disciplina é: os métodos que permitem o controle minucioso das operações do copo, que realizam sujeição constantes de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade e utilidade. [...] A disciplina aumenta as forças do corpo (em termos econômicos de utilidades) e diminui essas mesmas forças (em termos políticos de obediência) FOUCAULT (1997,p. 127).
Somos tolhidos desde a infância em todas as instituições que fazemos parte, seja a escola, na igreja, na família, enfim, em todos esses lugares convivemos com regras que se diferem, e nos enquadram a partir de um padrão geral de comportamento.
Quando essas regras se tornam rígidas nos rebelamos, contra a autoridade imposta, quebrando a engrenagem de uma grande maquina disciplinadora, a disciplina que nada mais é do que ajustamento do ser humano a um controle estabelecidos seja por outra pessoa ou por uma instituição através da autoridade.
A arbitrariedade das relações sociais enfraquecem a autoridade exercida. A autoridade não precisa ser renunciada, mas suas ações precisam ser revistas, medidas, ou seja, justificadas para que não seja confundidas com o autoritarismo.
A autoridade deve ser usada para dirigir a classe, pois, quanto mais confiança os alunos tiverem no professor, enquanto a autoridade dirigi um curso produtivo, que pode manter a disciplina, que tem bom domínio de conhecimento, mas confiança os alunos terão nas intervenções do professor o qual deve utilizar a autoridade dentro dos limites da democracia. D'ANTOLA (1989, p.53)
A autoridades que exercemos e a postura que tomamos em determinadas situação, não nos permite se situar e focar a situação, porque olhamos para o problema e fazemos uma análise superficial.
Em primeiro lugar precisamos desconstruir a imagem que temos dos professores e familiares e passamos a enxergar que são pessoas como nós, que erram e que possuem defeitos. E ao mesmo tempo os professores e a própria família precisa desconstruir o olhar acerca do aluno e passá-lo a enxergar esse aluno como uma pessoa capaz e que tem condições de aprender, precisa aprender e evitar os rótulos e a fazer apontamento prévios.
Pode sim existir disciplina na sala de aula, afinal de contas e essencial, estabelecer parâmetros plausíveis para a boa convivência, essa disciplina tão almejada pela as escolas não precisa necessariamente ser imposta de forma autoritária, a disciplina é uma construção social para manter a ordem e o equilíbrio e conter as emoções.
A disciplina escolar servia para manter a ordem e para, desde cedo, controlar a criança, preparando-a para servir docilmente às ideias difundidas no século XVIII e para protegê-la das maldades da natureza humana, mesmo por meio de métodos violentos, mas considerados normais na época. REBELO (2010 p.44,45)
A forma de lidar com a disciplina precisa ser revista, é preciso tomar cuidado com o discurso e a prática perante a realidade na qual se está inserido. Em cada vez mais raro o relacionamento, as relações interpessoais nas escolas, nas salas de aulas, as pessoas estão perdendo a capacidade de se relacionarem e se perceberem enquanto humano, falta respeito, as relações de poder se sobressaem mediante as relações pessoais.
As pessoas se suportam e com isso, pouco a pouco ou quase nunca se relacionam, a existência de diálogo e negada. A indisciplina da criança deveria servir como um sinal de alerta para a reflexão e revisão das prática pedagógicas. É preciso sentido à prática educativa.
A disciplina é cada vez mais exigida, por sua vez a indisciplina atualmente é a principal causa das reclamações no ambiente escolar. No entanto, essa disciplina não precise ser imbuída de uma dose exagerada de autoridade, é preciso sim refletir sobre a disciplina como construção de conhecimento e não controle de comportamento. É na sala de aula e em todos os ambientes da escola que a autoridade precisa ser exercida, para estreitar as relações.
Segundo Freire e Shor, (1986, p.116) "A autoridade do professor deve estar sempre presente, porém, sua forma deve mudar quando os alunos mudam, ou seja, recriar-se a cada situação".
Estar atentos as situações, se propor e mudar de postura, refletir sobre os acontecimentos e não agir de forma intransigente. NEZ (2006), diz que a escola atribui a indisciplina, a fatores externos e ela e esquece que a própria escola produz a indisciplina se não faz perpetua.
As escolas ainda querem que as alunos tenham um tipo de comportamento padrão, para tanto utilizam a disciplina como uma ferramenta para ajustar comportamentos. Ao mesmo tempo em que tenta conter casos de indisciplina, exercem uma autoridade que demonstra o seu poder e sua fragilidade enquanto instituição.
Segundo, Nez (2005, p.177). "Disciplina e a indisciplina são integrantes de um processo dinâmico que acompanham as mudanças sociais no tempo e no espaço". Logo, se com uma disciplina rígida se conseguia a tão almejada obediência, por outro lado, os alunos não se manifestavam e nem emitiam opiniões.
- FORMAS DE PUNIÇÃO DOS ALUNOS AO LONGO DOS TEMPOS
Ao longo dos tempos percebemos algumas mudanças tanto na estrutura física da escola, como na estrutura pedagógica, a maneira de se refletir ao aluno mudou, mas ainda continua atrelada a uma lógica de controle, dominação e obediência, bem como as formas de sanções utilizadas, sendo artes rígidas, atualmente é mais sutil, mas com o mesmo foco classificatório e punitivo. Usava-se muito a palmatória, que era um instrumento que servia para disciplinar os alunos, através de um castigo físico, no qual os alunos estendiam as mãos e o professor batia com a palmatória na mão do aluno, quantas vezes achavam necessário.
Fazia-se de couro cru, engrossado em uma extremidade, constituindo esta o cabo onde se pagava; era achatada e arredondada na outra extremidades, com a extensão suficiente para cobrir a palma da mão (era a clássica férula).
Não podemos nos esquecer do grão de milho, que era usado como uma forma de castigar os alunos, que tinham que ficar ajoelhados sobre ele, refletindo sobre os seus atos. Todos esses castigos eram impostos aos alunos como uma forma de corrigir seus erros, os seus desvios, os tornando obedientes para que o professor pudesse ter maior controle sobre o aluno e ter domínio na sala de aula. Castigos que serviam para expor os alunos a situações constrangedoras e desumanas, mas que para a época era aceita e praticada sem nenhuma restrição.
Os castigos físicos leves, privações e humilhações são utilizadas como sanções para os que não cumpririam a lei da escola e se colocaram contra suas normas. Estabeleceu-se, portanto um anormal, que funcionava com princípio de coerção e, consequentemente, dá origem a uma educação padronizada, massificada, em que todos devem ajustar-se ao mesmo modelo.Tudo o que a ele não se amolda é considerado desvio e o castigo tem a função de diminuir esses desvio, que passam a ser visto como anormalidades de comportamentos e discriminados. KHOURI (1989, p.42).
Outra forma que a escola usava pra disciplinar através de punições era o livro negro e a advertência oral e escrita. A advertência escrita era um instrumento utilizado pela escola para viabilizar o processo educativo, o aluno era punido e tinha que se dirigir até a sala da direção, aonde assinava uma advertência e com isso ficava suspenso por alguns dias, impossibilitado de assistir aulas, essa advertência ficava exposta no mural da escola para que todos na escola pudessem ter conhecimento da fato ocorrido.
Foram esses mecanismo utilizados por muitos anos, que apareciam descritos no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar que são dois documentos na escola que descrevem toda a intenção da escola e o planejamento de todos os conteúdos abortados, bem como as atribuição de todos os sujeitos envolvidos assim como regras disciplinares.
Segundo Schmidt, Ribas, Carvalho (1989, p.33) ”Não podemos esquecer que certas práticas desenvolvidas pelas escolas se dão em função de um sistema administrativo burocrático como: livro ponto, livro de frequência onde o professor controla o comparecimento dos alunos". [...]. Sendo essa uma forma de controlar a permaneciam dos alunos em sala de aula e na própria escola.
Ao assinar três advertência, o nome do aluno ia para no livro negro e esse aluno era expulso, ou seja, era convidado a se retirar da escola, e com isso ele não poderia se matricular novamente na mesma. Com isso, carregava um estigma que o perseguia por todas as outras escolas que ele viesse a frequentar. Pois o histórico escolar acompanha esse aluno sempre. O livro negro continha todas as assinaturas das pessoas que desobedeciam as regras impostas pela escola, a cada advertência o aluno assinava o livro negro.
Além de evidenciar uma condição de preconceito, esse livro tão temido causava medo nos alunos que obedeciam por temerem seus nomes em tal folhoso. Mas uma coisa sempre foi visível, as humilhações em públicos sempre aconteciam, seja por parte dos professores, ou por parte da direção. Chamar a atenção dos alunos em público se tornou uma prática corriqueira praticada no interior da escola, com isso o aluno se sentia humilhado e desmotivado.
Compreendemos e achamos fundamental que a escola estabeleça regras e regulamentos para que o trabalho educativo seja realizado de forma organizada e coerente. Entretanto, o que nos preocupa é que tais normas partem quase sempre do nível institucional da organização escolar, sem a participação do aluno e, muito menos, sem levar em conta a sua realidade sócio-cultural, ABUD e ROMEU (1989, p.86)
As decisões que se tornam na escola continuam a ser decididas de forma a abranger somente alguns sujeitos, deixando boa parte de seus alunos de fora das tomadas de decisão. Ou seja, excluídas de todo o processo de elaboração das normas e regras que regem o ambiente escolar.
Atualmente percebemos que pouca coisa ou quase nada mudou, a forma de castigar se tornam suave, e mais branda, mas com o mesmo foco disciplinador, com humilhação e chamados de atenção. É como se o fato de humilhar e chamar a atenção em fizesse com que o comportamento do aluno mudasse, isso só reforça a relações de poder e de hierarquia dentro da escola.
As escolas utilizam as seguintes táticas, ao acontecer algum atrito em sala de aula, seja aluno com aluno e ou aluno com professor. Depois da indisciplina ocorrida, imediatamente o professor chama o aluno o (a) coordenadora, ou diretor (a), os alunos são levados para a direção da escola, lá a professora faz um relato do acontecimento, e em seguida os alunos envolvidos fazem seus relatos, enquanto o diretor ou a coordenadora faz o registro da acontecido no livro de ocorrências.
Nesse livro fica registrado, todos os acontecimentos que ocorrem na escola, feitos os relatos, o diretor pede para que os alunos façam as pazes e pede para que isso não se repita mais. Em alguns casos é mandado um bilhete para os pais e assim dão o assunto por encerrado. Esse livro nada mais é do que uma versão sofisticada do livro negro, com uma diferencia, a ter seu nome escrito nesse livro, o aluno não é convidado a se retirar da escola, ou seja, não é expulso, apenas fica registrada a falta. esse livro servia como um documento para comprovar que a escola registra todos os acontecimentos que ocorrem em seu interior.
Outra maneira que a escola encontra para disciplinar seus alunos e quando o professor chama o coordenador ou o diretor até a sala de aula, quando alguns alunos, segundo eles, estão atrapalhando a desenvolvimento das atividades. Então o coordenador se dirige até a sala e chama a atenção dos alunos na frente da sala inteira.
Segundo Foucault (1987, p.262) " As punições, ao serem feitas, não tem como objetivo acabar com os infratores, mais distingui-los, diferencia-los como grupo restrito e fechado de indivíduos que caracterizam a desordem".
As escolas também utilizam as reuniões do conselho de classe, que é realizado a cada semestre, com todos os professores do 1º ao 9º ano. Esse conselho se reúne e delibera e avalia todos os alunos matriculados nesses anos. Avaliam o desempenho nas aulas, e comportamento e a participação, e depois registram todo numa pasta, nos relatos dos professores aparecerem sempre, que os alunos são indisciplinados. Brincam e atrapalham a aula, em momento algum aparece de forma clara o porquê o professor considera esse aluno como indisciplinado, e como os próprios professores não estivessem clareza do que é a indisciplina.
Já pensou se os professores também fossem avaliados em um conselho de classe, o que será que aparecia nos registros? Qual seria a opinião dos alunos? Não nós acostumamos a ser avaliados, não fazem uma reflexão acerca do nosso comportamento, de como que as pessoas não veem, sendo muito fácil avaliar, do que ser avaliado, ninguém gosta de ficar em evidência, como diz por ai de chamar a atenção.
Algumas escolas ainda utilizam câmeras de seguranças para vigiar seus alunos, e na maioria das escolas reforçam portas e janelas, as vidraças possuem grades enormes e as portas são grandes e de ferro e bem avigoradas, tendo apenas um pequeno espaço onde se consegue enxergar o lado de fora. Ao andar em uma escola, nós temos a impressão que estão entrando em um presídio, e essa primeira impressão só se passa quando encontramos crianças correndo e brincado.
Nas escolas de educação infantil se utiliza o cantinho do pensamento, como uma forma de fazer a criança refletir sobre suas ações enquanto contempla a vista de uma parede enorme, geralmente na cor branca. Segundo Abud e Romeu (1989, p87) "A própria existência da escola como instituição já traz embutido o conceito de ordem e, nesse sentido, a necessidade de disciplina. Eu entro na escola e tenho que aceitar suas normas. Isso pode ser mais fácil para o adulto, mas para a criança pode ser muito complicado". A escola continua atrela a uma lógica de disciplina baseada no medo, no castigo como uma forma de repreender o aluno, de construir comportamentos passivos de acordo com a apregoa.
Embora se tenha passado alguns anos percebemos que os mecanismos coercitivos de repreensão utilizados agora são outros, só agora a escola parece perceber que as crianças são amparadas pelo ECA (estatuto da criança e do adolescente) (1990), pela CF (Constituição da República Federativa do Brasil) (1988), mas uma coisa sempre está visível, é o mesmo olhar, sempre vigilante sobre os alunos. A escola, sem dúvida é um agente disciplinador, tenta moldar as crianças de acordo com suas exigências e as da sociedade. Produz e reproduzem a indisciplina e a violência em seu interior, incentiva os alunos quando os humilha em público, quando acontece a separação por grupos, quando faz umas separações entre os bons alunos e aqueles que sentem dificuldades.
segundo Abud e Romeu (1989, p.84) "Não se apercebem que o barulho pode ser fruto da participação nas tarefas escolares, expressão de energia e do entusiasmo próprio da idade". No imaginário da escola e do professor a escola do passado era melhor do que esses modelos que temos atualmente, assim se referem com certo saudosismo professores e diretores, fazendo menção as formas disciplinares utilizadas e o tipo de aluno que esperam ter na escola, aquele aluno imóvel, passivo.
A relação professor e aluno anda desgastada, prestes a se desestruturar de vez, as relações interpessoais não existem, mas a escola funciona bem como uma instituição, com horários, regras e toda uma burocracia que a envolve, e na tentativa de um bom relacionamento entre professor e aluno, estes propõem aos estudantes os contratos didáticos. Lá diz claramente como deve ser o comportamento do aluno, o que o aluno pode e não pode fazer.
Professores sentem dificuldade de lidar com esse novo tipo de aluno, que se apresenta, que contesta que não é passivo e foge totalmente do modelo de aluno ideal. Segundo Candau (2000, p.14) "A cultura escolar está impregnada pela perspectiva do comum do aluno padrão, do "aqui todos são iguais". No entanto, as escola estão cada vez mais desafiadas em enfrentar problemas decorrentes das diferenças e da pluralidade cultural, étnica, social, religiosa, etc. dos sujeitos e atores". E até que ponto a escola está preparada para lida com essa nova realidade.
Quando à prática de castigar, os castigos mais drásticos desde 2002 não são mais utilizados e atualmente as escolas fazem parcerias com a policia militar. Deixando o conselho tutelar e a promotoria um pouco de lado, talvez por má compreensão das legislações infantis ou por aceitarem a policia militar seria o órgão que auxiliaria melhor a escola no combate a violência e a indisciplina.
Uma coisa e certa, a policia milita assusta e remete ao medo, apesar de todos nós sabemos que a criança e o adolescente não são presos em selas comuns, sofrem medidas sócio educativas. É isso que a escola e a comunidade precisam entender, sem contar que causa certo estranhamento, policias armados adentrando a escola, um lugar onde armas de qualquer tipo ou espécie é proibido. Será que e para proteger, coagir ou intimidar.
Na educação infantil utiliza-se muito o cantinho da pensamento, no qual a criança fica sentada em uma cadeira em um cantinho da sala refletindo sobre seus atos, espera-se que com isso a criança depois de feita essa reflexão, mude sua forma de agir.
Uma discussão que sempre vem à tona na escola em relação aos métodos repressivos que a escola utiliza, é a maneira que conduzem seu relacionamento com os alunos, quando a escola alega que sem um pulso firme não conseguem educar, que na verdade dizer que qualquer resposta em termos de "obediência" e "respeito", deverá vir não pela rigidez, mais sim pelos diálogos entre as partes envolvidas com o intimo de se avançar no que diz às relações pedagógicas.
A função da punição não é de resolver o problema do aluno, mas apenas conseguir que o aluno indisciplinado não incomode mais. Em muitos casos, o mesmo aluno é punido inúmeras vezes pela mesma falta e cada vez com maior vigor, sem que nenhum educador se preocupe com a ineficiências das punições. Ainda que não resolvam os problemas dos alunos, seria de esperar que as punições pelo menos extinguissem os comportamentos considerados negativos, o que, na maioria das vezes não acorre. D'ANTOLA (1989, p.51).
Portanto, propor uma nova forma de enxergar as situações da indisciplina no ambiente escolar, sem o uso de punições severa, irá requerer dos educadores não um olhar estereotipado, para o aluno indisciplinado, mas sim tornar a indisciplina como um problema pedagógico e que está no circuito do processo educativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste artigo foi o de analisar os impactos pedagógicos da indisciplina escolar como fator gerador da violência nas escolas. Buscamos observar durante esta pesquisa, os procedimentos metodológicos usados pelos professores para lidar com a indisciplina, bem como as diversas reações do aluno frente a um ato indisciplinar.
Em síntese esse trabalho nos revelou que a indisciplina não esta sendo identificado no ambiente escolar sendo confundida com perversidade e até mesmo de forma errônea, e o professor esta sentindo incapaz solucionar tal problema sem o apoio da família. Lidar com a indisciplina requer antes de tudo uma mudança de atitude como ser humano para posteriormente uma mudança prática pedagógica. Freire(1996) em seu livro Pedagogia da Autonomia faz uso dessa palavra “exige” para salientar que a nossa prática educativa precisa estar pautada numa questão de respeito com os educandos e com nós mesmos enquanto docentes.
Neste sentido, ressaltamos a importância da escola em ser parceira da família, fazendo o que lhe compete para o desenvolvimento e a aprendizagem, instigando a curiosidade natural da infância e ajudando as crianças e os jovens a refletirem sobre o seu cotidiano para que possam agir com criticidade, fazendo uso das habilidades de pensamento em todas as situações de aprendizagem que vivenciarem, construindo assim o seu conhecimento.
Nesse sentido, o diálogo como ferramenta pedagógica é a resolução dos conflitos de indisciplina em sala de aula. Como diria Freire(1987) todo o diálogo deve ser problematizador, que de conta de conhecer os casos de indisciplina, permitindo assim criar estratégias para desenvolver um trabalho pedagógico com realidade tal qual esta posta.
Por fim, quando a escola necessitar de solicitar um apoio especializado, é importante que comuniquem os pais desses alunos/as, para os mesmos tenham ciência de quais os procedimentos que serão tomados a fim de esclarecer problemas de aprendizagem e/ou indisciplina para que se possa conhecer melhor a criança e fazer os encaminhamentos mais adequados para cada caso.
O trabalho tendo como objetivo apresentar a visão dos educadores/as com relação a indisciplina no âmbito escolar, mostrando como os mesmos se sentem ao identificar tal comportamento e quais suas atitudes para que seja amenizado. O apoio da família é a parte fundamental para que o trabalho do professor dê ênfase, por meio da participação da família na escola, o aluno/a se sente parte e através do mesmo, mudam-se as atitudes contribuindo para que o ensino e aprendizagem cresça.
Através da pesquisa percebemos com a análise dos dados que os professores/as identificam com clareza a indisciplina mas que ainda há uma falta de comprometimento dos pais com o ambiente escolar, recaiam algumas vezes apenas nos professores/ as e na escola a enfrentar os problemas que possivelmente o aluno/a possa trazer de casa.
Procuramos analisar destacando os pontos no qual devem ser estudados e não deixados à margem, para assim contribuir com a formação de professores e a formação continuada, sendo um tema riquíssimo para futuras pesquisas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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