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LEITURA

                                                                                                  Osnita Butzke De Souza

 

RESUMO

 

   A preocupação  com a leitura tem uma relação  muito forte do professor com o aluno ,na dimensão imprescindível da mesma, pois ler traz um elo   que familiariza o leitor com variados tipos de textos-numa perspectiva social e de múltiplas culturas .O objetivo deste artigo   é a reflexão sobre a pratica da leitura, visando o o desenvolvimento critico e ,social tendo em vista a atitude do leitor, em diversas instâncias, o que quer dizer que entre outros aspectos entra o  trabalho e incentivo do educador que tem um papel fundamental no âmbito e de intermediação do sujeito no ato de ler. A leitura e uma atividade individual que exige atitude, capacidade, força de vontade envolvendo todo um contexto social , onde a partir da mesma flui a compreensão , decodificação e interpretação de textos desde os anos iniciais ate os anos finais ou seja de um cidadão em qualquer fase de sua vida . cabe ainda ressaltar  que no docente haja a criação de estratégias , e colocar em pratica projetos que vem incentivar o discente sentir desejo pela leitura , entrar nesse mundo como ser critico , viajar na imaginação e ao mesmo tempo utilizar se desta pratica pra um desempenho melhor nas atividades como escrita , compreendendo tanto os conteúdos propostos como o mundo a sua volta. Levando em conta o ato de que a leitura não é somente obrigação da escola, mas uma pratica sócio cultural e da família ,  onde conclui se que em suma todos são responsáveis pelo incentivo a uma leitura de qualidade.












PALAVRAS- CHAVE: Leitura. Incentivo. Projeto. Escola

 

Introdução

 

   A leitura é a principal matéria prima para o conhecimento e, um instrumento valioso para produção escrita, interpretação, analise da realidade. A leitura é enfim, a porta para a compreensão da vida, do mundo. Ler é necessário para  que em todas as fases da vida do ser humano, pois a mesma proporciona compreensão relativa ao mundo exterior. Assim, na concepção de Cagliari (2010) a atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação humana do ser é a leitura. E muito mais importante saber ler do que saber escrever. 

   Ler é algo imprescindível ao ser humano, pois através da leitura é que se pode observar o mundo, o seu redor de uma forma mais crítica, com possibilidades de novos conhecimentos, habilidades, com sentimentos e emoções. A leitura é grande instrumento facilitador da aprendizagem e precisa ganhar lugar de destaque nas escolas. Os anos iniciais escolares deixam marcas profundas nos estudantes, pois Paulo Freire (1989) em “A importância do ato de ler” trabalha a temática da leitura, discutindo sua importância, explicitando a compreensão crítica da alfabetização, reforçando que a alfabetização demanda esforços no sentido de compreensão da palavra escrita, da linguagem, das relações do contexto de quem fala, lê e escreve, a relação entre leitura de mundo e leitura de palavra. 

    A leitura nos anos iniciais escolares permite o refletir sobre como as crianças nas escolas têm sido apresentadas a esse tão importante instrumento de inserção social e de descoberta do mundo. 

   Segundo Dutra (2011), ler é uma das competências mais importantes a serem trabalhadas com o aluno, principalmente após recentes pesquisas que apontam ser esta uma das principais deficiências do estudante brasileiro. Uma leitura de qualidade representa a oportunidade de ampliar a visão do mundo. Através do hábito da leitura o homem pode tomar consciência das suas necessidades, promovendo assim a sua transformação e a do mundo. 

   Neste sentido, o melhor que uma a escola tem a oferecer aos estudantes é buscar formas atrativas e alternativas que despertem o gosto pela leitura, pois se um estudante não se sair bem em outras atividades, mas for um bom leitor significa que a escola cumpriu em grande parte de sua função. 

   A leitura aprimora e amplia o vocabulário, contribuindo para o desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo, pois possibilita o contato com diferentes ideias e experiências de leitura, tornando os estudantes capazes de compreender diferentes gêneros textuais que circulam na sociedade, contribuindo deste modo para a interação dos estudantes com a mesma. É importante que toda a comunidade escolar esteja voltada a leitura, desde os profissionais, a comunidade e as famílias dos estudantes. 

   O objetivo principal deste artigo é despertar nas crianças , adolescentes e  estudantes de outras faias etárias o prazer pela leitura com ênfase na apropriação do conhecimento, ao mesmo tempo com o proposito e ampliação do vocabulário, do conhecimento para a vida, para o mundo, bem como aprimorar as formas ortográficas necessárias a prática da escrita. Além disso, visa possibilitar aos estudantes o acesso aos diversos tipos de leitura, estimulando a imaginação e possibilitando a produção textual oral e escrita numa perspectiva da leitura crítica e reflexiva (GONÇAVES, 2013).

Este documento foi escrito com base nos autores CAGLIARI,(2010), DUTRA,(2011),

 

Desenvolvimento

 

    Ler e escrever são indispensáveis na formação do ser humano, pois tanto o mercado de trabalho, quanto a satisfação pessoal do ser, tem forte relação com o conhecimento. 

   A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a compreender o mundo à nossa volta. A preocupação com a leitura esteve sempre muito presente por se tratar de um instrumento essencial em nossa sociedade. 

   A leitura está presente em nossas vidas de forma muito intensa, ela está relacionada a muitas de nossas atividades, no trabalho, lazer ou mesmo em nossa rotina, como fazer compras ou ler um bilhete. Lemos jornais para nos informar sobre o mundo a nossa volta, rótulos de produtos para identificar seus ingredientes e prazos de validade, lemos manuais para poder saber utilizar algum produto, lemos e-mails para interagir com as pessoas, lemos romances e conto para nos distrair (GONÇAVES, 2013). 

   A leitura é um dos meios mais importantes para a construção de novas aprendizagens, possibilita o fortalecimento de ideias e ações, permite ampliar conhecimentos e adquirir 

novos conhecimentos gerais e específicos, possibilitando a ascensão de quem lê a níveis mais elevados de desempenho cognitivo, como a aplicação de conhecimentos a novas situações, a análise e a crítica de textos e a síntese de estudos realizados. É algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através da leitura que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Com a leitura, o leitor desperta para novos aspectos da vida em que ainda não tinha pensado desperta para o mundo real e para o entendimento do outro ser. 

   Diante do contexto apresentado é importante que a escola busque resgatar os valores de se saber ler e escrever de forma prazerosa. A leitura nunca se fez tão necessária nos bancos escolares. É através da leitura que o ser humano consegue transportar-se, voar na imaginação, decifrar um mundo de sentimentos e emoções que os cercam possibilitando que experiências se solidifiquem em conhecimentos significativos de aprendizagem. 

De acordo com Freire (1996), 

   Toda a leitura da palavra pressupõe uma leitura anterior do mundo,           e toda a leitura da palavra implica as voltas sobre a leitura do mundo.

Na Educação, o ler e escrever deve ter relação com vivenciado do estudante, de tal maneira que „ler o   mundo‟ e „ler palavras‟ se constituam num movimento em que não há rupturas, em que a pessoa vai e volta. E „ler mundo‟ é ler palavras no fundo e, isso implica em reescrever o mundo. „Reescrever‟ com aspas, quer dizer, transformar (FREIRE, 1996).

Se a criança não é uma página em branco ao ingressar na escola, é importante que a instituição de ensino juntamente com os educadores releve os conhecimentos já aprendidos e relaciona-os com o mundo já vivenciado. É importante que a escola proponha projetos, ou alternativas de leitura que proporcione e aproveite as experiências da criança, necessárias a satisfação de conhecer o mundo através do livro. Segundo Naspoline (2009), o homem é um ser social e histórico, transforma o meio e por ele transformado, estabelece relações com o mundo servindo se de mediações presentes nele e no seu grupo sociocultural, constrói a sua individualidade a partir da interação com o outro. 

Gomez (2011) faz uma reflexão didática intercultural, onde a sala de aula é um espaço de múltiplas narrativas que se confrontam em múltiplas relações pertinentes. Assim, é necessário assumir uma perspectiva dialógica não apenas na metodologia, mas também nos níveis epistemológico e pedagógico. Neste contexto, a sala de aula é entendida, portanto como um espaço privilegiado de cruzamento de culturas. 

Deste modo a leitura  contribui não só no âmbito escolar da criança, mas também eleva seus valores no futuro, transformando o indivíduo que pode a partir dele ter uma reflexão ampla e um maior discernimento sobre o que quer para o futuro. Sonia Kramer lembra que no Brasil muitas crianças e jovens das camadas populares permanecem anos na escola sem se tornarem leitores, sem adquirir familiaridade com os processos de escrita. De acordo com Silva (1987), a leitura, enquanto um processo que atende a diferentes propósitos necessita ser claramente “mostrado” às crianças em função das aprendizagens que ocorrem por imitação da pessoa adulta. Muitos dos hábitos das crianças são em decorrência da imitação dos hábitos dos adultos. Por isso mesmo, pode-se ler e discutir um livro, jornais, revistas, mostrando, concretamente, que o professor convive com materiais escritos. 

O educador tem um grande papel na formação de leitores, a importância do hábito de leitura precisa a todo tempo ser evidenciada pelo educador em 

sala de aula, fazendo assim, com que seu aluno desperte para o quão necessário se torna a leitura em seu dia a dia. 

O período de iniciação escolar é fundamental na percepção que a criança irá ter ao longo de sua trajetória escolar pelos livros. O trabalho com a leitura precisa ser visto, principalmente com alunos dos anos iniciais, os quais estão construindo o gosto pelo ato de ler, como algo de extrema importância. 

Incentivar o gosto e a paixão dos alunos para que possam tirar proveito  pessoal da leitura precisa ser objetivo de toda a escola. É muito importante que a escola contribua para a preparação de alunos capazes de participar como sujeitos do processo de desenvolvimento da aprendizagem.



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Conclusão

 

     A leitura deve garantir a compreensão do texto ,dando clareza de ideia sobre o conteúdo em que esta lendo , permitindo lhe o conhecimento prévio, com um pensamento reflexivo a partir da informação adquirida. 

O mediador do processo deve ser o professor ,que encaminha o aluno e direciona , provocando a interação e estimulando o prazer e o gosto pela leitura no discente.

   De maneira que o aluno a partir de boas leituras tenha uma relação melhor com o cotidiano e com a sociedade em que vive pois quanto mais se lê mais conhecimento se adquire.

Desta forma cabe ao mesmo dar continuidade ao processo, conduzindo o aluno para que o mesmo  seja um ser leitor ,observador e tenha uma visão e um conhecimento ampliado a partir dessa pratica não só lendo o livro , o papel mas sendo capaz de ler o mundo a sua volta adquirindo um conhecimento prévio que possa contribuir para a vida no cotidiano e também  uma preparação para o futuro do estudante. A leitura como prática sociocultural, deve estar inserida em um conjunto de ações sociais e culturais e não exclusivamente escolarizadas, entendida como prática restrita ao ambiente escolar. Portanto, pensar políticas de leitura extrapola o âmbito da escola- como lócus e como função, - mas sem dúvida não pode prescindir dela, inclusive por ser a instituição pública das mais democratizadas pela qual quase todos recentemente conseguem chegar e passar- ainda que, em muitos casos, descontinuamente e sem sucesso.

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Referência



CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. Ed. Scipione, 2010. 

DUTRA, Vânia L. R. Abordagem funcional da gramática na Escola Básica. Anais do VII Congresso Internacional da Abralin. Curitiba, 2011. Disponível em: 

www.abralin.org. Acesso em abril de 2016. 

FREIRE, Paulo.; BETO, Frei. Essa Escola Chama Vida. Depoimento ao Repórter, Kotcho. São Paulo, 1996. 

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. 23ª Ed. São Paulo: Cortez, 1989. 

GONÇALVES, Debora Souza Neves. A Importância da Leitura nos Anos Iniciais Escolares. 2013. Disponível em: http://www.ffp.uerj.br/arquivos/dedu/monografias/dsng.pdf. Acesso em abril de 2016. 

KRAMER, Sonia. Alfabetização Leitura e Escrita. E.A, 2010. 

NASPOLINI, Ana Tereza. Práticas de Ensino da Língua Portuguesa. F.D.T., São Paulo. 1ª edição, 2009. 

PEREZ, Goméz A.I.A. Cultura Escolar Na Sociedade Neoliberal. Porto Alegre. ARTMED, 2001. 

SILVA, Ezequiel Theodoro da. O Ato de Ler. 4 ed. São Paulo: Cortez, 1987.