Buscar artigo ou registro:

 

O USO DO LÚDICO NO ENSINO APRENDIZAGEM

Rosimeire da Silva dos Santos


RESUMO

A finalidade deste trabalho é mostrar a importância do lúdico no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil e tem como objetivo conhecer o significado do ato de brincar onde a criança se comunica consigo mesma e com o mundo estabelecendo relações sociais e construindo conhecimentos se desenvolvendo integralmente através das brincadeiras dos jogos e brinquedos, seja cognitivo social motor e afetiva, Além de encontrar prazer e satisfação, jogando a criança se socializa e aprende, além de poder reproduzir sua realidade através da imaginação, expressando assim suas angústias, dificuldades, que por meio das palavras seria difícil. O lúdico torna-se primordial para a educação infantil, os jogos e brincadeira como proposta pedagógica, e a importância da brinquedoteca no ambiente escolar como instrumento mediador de aprendizagem. É através dos jogos e brincadeiras que as crianças têm a oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo das crianças e dos adultos, onde ela estabelece seu controle interior, sua alta estima e desenvolve relações de confiança consigo mesma e com os outros. Utilizar jogos e brincadeiras na educação infantil significa transportar para o ensino aprendizagem condições para a construção do conhecimento, as brincadeiras e jogos não podem ser vistos apenas como forma de divertimento, mas como meios que contribuem e enriquecem a aprendizagem. As crianças aprendem muito de matemática com os jogos e brincadeiras, existem muitas maneiras de conceber e trabalhar com a matemática na educação infantil, ela esta presente nas brincadeiras, nos jogos infantis, na arte, na musica, em historias, na forma como a criança organiza o pensamento etc. A pesquisa tem como ponto de partida o lúdico na aprendizagem como uma necessidade da criança para viver, como uma ferramenta para o desenvolvimento cognitivo, físico, emocional, cultural e social da criança principalmente em idade pré-escolar. Os pais em muitas situações não compreendem essa importância e julgam ser apenas um passatempo. O papel do professor como mediador frente às atividades lúdicas, livres ou dirigidas. A escola e a família precisam ter um relacionamento de parceria para que a educação aconteça de fato. A ludicidade é um grande laboratório para o desenvolvimento integral da criança, que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é através das brincadeiras que a criança descobre a si mesmo e o outro, além de ser um elemento significativo e indispensável para que a criança possa aprender com prazer, funcionando como exercícios úteis e necessários à vida.

Palavras-chave: Atividades Lúdicas. Jogos e Brinquedos. Aprendizagem. Desenvolvimento Infantil.


1 INTRODUÇÃO

A ludicidade é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança, brincar é uma importante forma de comunicação, é por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano, o ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, estabelecendo, desta forma, uma relação estreita entre jogo e aprendizagem.

Os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta intercalam-se, o olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância.

A criança ao brincar e jogar se envolve tanto com a brincadeira, que coloca em ação seu sentimento e emoção, pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental. 

Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos, brincar é um impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se mais fácil à obtenção do aprender devido à espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total. 

O mundo infantil difere de uma maneira qualitativamente do mundo adulto, nele há fantasia, faz de conta, sonhar e o descobrir e por meio das brincadeiras, ação mais comum da infância, que a criança terá oportunidade de se conhecer e constituir-se socialmente, através da espontaneidade do brincar que a criança poderá explicitar as diferentes percepções concebidas dentro do seu contexto familiar e social.

As crianças, desde o nascimento, estão imersas em um universo do qual os conhecimentos lúdicos são partes integrante, o ensino-aprendizagem vem sofrendo mudanças no decorrer dos anos na metodologia de ensino buscando formas que facilitem o trabalho do professor no processo de aprendizagem. As mudanças referentes aos recursos didáticos, principalmente os pedagógicos, incluem os jogos, brincadeiras e brinquedos que quando usados adequadamente tornam a aprendizagem menos mecânica e mais significativa e prazerosa para a criança.

O jogo possui uma característica integradora, pois à medida que a criança joga ela vai se conhecendo melhor, e ao mesmo tempo, interage com outras crianças e com os adultos. É na brincadeira que as crianças aprendem como os outros pensam e agem, descobrindo assim uma forma mais rápida para a troca de ideias e o respeito pelo outro, enquanto aprendem brincando também ensinam algo de sua vivência, resultando na interação do aprender e ensinar.

As brincadeiras tradicionais vêm perdendo espaço, sendo trocados pela tecnologia como, jogos eletrônicos, videogames, televisão, às vezes as modernidades atrapalham o desenvolvimento escolar, pois a criança se preocupa com o jogo que irá jogar depois da aula com o colega.

Nos tempos atuais ainda existem muitas escolas que funcionam no sistema tradicional de ensino, limitando a ação educativa do educando, deixando de incluir no planejamento educacional, atividades que priorizem os movimentos livres e espontâneos do educando, outras, embora usando métodos tecnológicos modernos, também inibem o lado criativo do educando, causando muitas vezes prejuízo na aprendizagem.

Sabe-se, porém que, os jogos além de proporcionar prazer e alegria exercem também papel importante no desenvolvimento intelectual do aluno quando aplicado adequadamente, à medida que a escola dá oportunidade à criança de experimentar o concreto utilizando os jogos, brinquedos e brincadeiras de maneira pedagógica, faz com que as experiências acumuladas lhe proporcionem a formação de conceitos como, semelhanças e diferenças, classificação, e a partir desses conceitos tem condições de descrever, comparar e representar graficamente.

É por meio das brincadeiras que a criança satisfaz em grande parte seus interesses, necessidades e desejos, pois expressa a maneira como a criança organiza, constroem e desconstrói seu mundo, o brincar faz parte do mundo da criança, e através de jogos e brincadeiras eles aprendem melhor se socializam com facilidade, aprendem a trabalhar em grupo, tomar decisões e percebem melhor o mundo dos adultos, sabe-se que a criança possui necessidades e características peculiares e a escola desempenha um importante papel neste aspecto que é oferecer um espaço favorável às brincadeiras associada a situações de aprendizagem que sejam significativas, contribuindo para o desenvolvimento de forma agradável e saudável.

Brincar significa uma reorganização da pratica pedagógica que o professor procura desempenhar, e é o instrumento principal para o desenvolvimento da criança, e através do jogo e a maneira que o professor dirige as brincadeiras desenvolveram o intelectual, emocional, psicológico, coordenação motora e o social das crianças, hoje as brincadeiras e os jogos são imprescindíveis na educação infantil.

Atualmente em nossa sociedade capitalista onde o poder da comunicação influencia a todos inclusive as crianças, principalmente a televisão e o computador, uma das alternativas para mudar essa influencia está no lúdico, onde de uma forma geral as crianças trabalham o corpo e a interação com o outro, entrando no mundo dos sonhos das fábulas que é uma ponte entre as brincadeiras, e quando as crianças brincam se expressam mostrando seu intimo, seus sentimentos e sua efetividade.

A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem, o afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade em parceria com professor-aluno, ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. E quando o educador dá ênfase às metodologias que alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando.

Assim, o lúdico tem conquistado um espaço na educação infantil., o brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.

Santos (2002, p. 12) relata sobre a ludicidade como sendo:

(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento.”

Ao assumir a função lúdica e educativa, a brincadeira propicia diversão, prazer, potencializa a exploração e a construção do conhecimento, brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, principalmente para as crianças da Educação Infantil.

De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz de conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz de conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento.

A criança se torna menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato, passando a dirigir seu comportamento também por meio do significado dessa situação.

Vygotsky (1998, p.127) relata que.

No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.” No brincar, a criança consegue separar pensamento, ou seja, significado de uma palavra de objetos, e a ação surge das ideias, não das coisas.

Porque ela transfere para o mesmo sua imaginação e, além disso, cria seu imaginário do mundo de faz de conta, portanto, cabe ao educador criar um ambiente que reúna os elementos de motivação para as crianças. Criar atividades que proporcionam conceitos que preparam para a leitura, para os números, conceitos de lógica que envolve classificação, ordenação, dentre outros.

Para Piaget (1978) os jogos não são apenas para fins de entretenimento, também contribuem para o desenvolvimento intelectual, físico e mental dos indivíduos, fazendo com que os mesmos assimilem o que percebem da realidade. Na teoria do autor os jogos são classificados em três estruturas quanto ao aspecto da evolução do individuo: exercício, simbólico e regras, a primeira tem como finalidade a satisfação, a segunda o indivíduo começa a utilizar a simbologia e a última desenvolve a delimitação do espaço e tempo.

Segundo Piaget, o desenvolvimento do indivíduo se faz ao longo de um processo gradual, dinâmico e contínuo, de forma integrada com os aspectos cognitivo, afetivo, físico-motor, moral, linguístico e social.

Para este autor, o que possibilita o desenvolvimento é a interação do sujeito com o seu meio. “... A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, por isso é indispensável a pratica educativa”. (Jean Piaget)

O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial.

Enfim, estar ao lado do aluno, acompanhando seu desenvolvimento, para levantar problemas que o leve a formular hipóteses. Brinquedos adequados para idade, com objetivo de proporcionar o desenvolvimento infantil e a aquisição de conhecimentos em todos os aspectos. A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim, temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância que deve ser dada à experiência da educação infantil.

Os espaços lúdicos e as brincadeiras são ambientes férteis para a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, pois proporcionam momentos agradáveis dando espaço a criatividade, portanto devemos buscar o bem estar dos pequenos durante o processo de ensino e aprendizagem, resgatando assim o lúdico como instrumento de construção do saber. É importante perceber e incentivar a capacidade criadora das crianças, pois esta se constitui numa das formas de relacionamento e recriação do mundo, na perspectiva da lógica infantil.

Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento. Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno. E muitos educadores têm a concepção que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre e interessante, fazendo com que os alunos mantenham distantes, perdendo com isso a afetividade e o carinho que são necessários para a educação.


2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na educação de modo geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar é um potente veículo de aprendizagem, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. O lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, pensamento e o sentido, entretanto, compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o brincar proporciona.

Portanto, o brincar utilizado como recurso pedagógico não deve ser dissociado da atividade lúdica que o compõe, sob o risco de descaracterizar-se, afinal, a vida escolar regida por normas e tempos determinados, por si só já favorece este mesmo processo, fazendo do brincar na escola um brincar diferente das outras ocasiões.

A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos para as crianças. Estudiosos contemporâneos como Piaget, Vygotsky, e muitos outros deram um destaque especial aos jogos, brincadeiras, brinquedos atribuindo como um papel decisivo na evolução dos processos de desenvolvimento humano.

Para Vygotsky no brincar a criança esta sempre de sua idade, nas brincadeiras as crianças manifestam certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade, à promoção de atividades que favorece o envolvimento da criança em brincadeiras principalmente aquelas que promovem a criação de situações imaginarias tem nítida função pedagógica, para ele imaginação em ação ou brinquedos e a primeira possibilidade de ação da criança numa esfera cognitiva que lhe permite ultrapassar a dimensão perceptiva motora do comportamento.

O brinquedo concede as estruturas básicas necessárias para as mudanças das necessidades e da consciência infantil vivenciando uma experiência, no ato de brincar como se fosse bem maior do que realmente é.

Segundo VYGOTSKY apud REGO (1995: 82- 83) o mesmo comenta:

No brinquedo a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário: no brinquedo é como se ela fosse maior do que na realidade é.

Tanto pela criação de situações imaginárias como pela apropriação de regras específicas o brinquedo irá interferir na zona de desenvolvimento proximal da criança, uma vez que na medida em que a criança desempenha nas suas brincadeiras papéis e situações para os quais ainda não estão preparadas na vida real.

Ainda segundo Vygotsky, a brincadeira possui três características a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, sejam elas tradicionais, de faz- de- conta ou de regra e podem aparecer também no desenho, considerado enquanto atividade lúdica, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu  nível básico de ação real  e moralidade. (Vygotsky, 1989).

Para Piaget em relação ao jogo acredita que ele é essencial na vida da criança, pois a criança assimila no jogo o que percebe da realidade e o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança.

PIAGET

"Quando a criança se diverte em fazer perguntas pelo prazer de perguntar ou em inventar uma narrativa que ela sabe ser falsa pelo prazer de contar, a pergunta ou a imaginação constituem os conteúdos do jogo e o exercício a sua forma; pode-se dizer então que a interrogação ou a imaginação são exercidas pelo jogo. Quando, pelo contrário, a criança metamorfoseia um objeto num outro ou atribui a sua boneca ações análogas às suas" - exemplo da menina com uma irmã recém-nascida que brinca com duas bonecas e diz que uma deve viajar para bem longe - “a imaginação simbólica constitui o” instrumento ou a forma do jogo e não mais o seu conteúdo; este é, então, o conjunto dos seres ou eventos representados pelo símbolo; por outras palavras, é o objeto das próprias atividades da criança e, em particular, da sua vida afetiva, as quais são evocadas e pensadas graças ao símbolo.

É brincando também que a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu relacionamento social, por meio da ludicidade a criança começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, compartilhando sua alegria de brincar.


2.1 LEIS DE DIRETRIZES E BASES NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

  • Art. 29 – A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade;

  • Art.  30   –  A educação infantil será oferecida em;

  • 1- Creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;

  • 2- Pré-escolas para as crianças de quatro a seis anos de idade;

  • Art.  31  –  Na educação infantil a avaliação se fará mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

Ao que se refere da Constituição Federal de 1988, no artigo 208, inciso IV, diz o seguinte:

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

  • atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade”.

Com isto a Constituição toma a Educação infantil como um direito da criança e uma opção da família, que por consequência obrigou o Estado a criar novas políticas públicas para assegurar-lhes seu direito.

O Estatuto da Criança e Adolescente – (ECA) foi um resultante disto, promulgado em 1990, lei n° 8069 em seu artigo 227, coloca a criança e o adolescente como prioridade nacional, onde reconhecem como pessoas em condições peculiares de desenvolvimento, também estabelecem um sistema de elaboração e fiscalização de políticas públicas voltadas para a infância, tentando com isso impedir desmandos, desvios de verbas e violações dos direitos das crianças.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - (LDB), promulgada em 1996, n°9394 estabelece em seu artigo 21 a composição da Educação Escolar: I – educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio; II – educação superior; trazendo em seu artigo 29 a finalidade da Educação Infantil, o desenvolvimento integral das crianças até seis anos de idade, em seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Dentre esta nova legislação a Educação Infantil traz desafios também para os municípios, que integram a política estadual e nacional, buscando juntar esforços para as ações do governo, organizando os Fóruns de Educação Infantil em vários estados brasileiros, que se constituem de um espaço de socialização das leis vigentes, regulamentação e integração, financiamento e formação dos Profissionais.


2.2 A HISTORIA DO BRINCAR


O brincar é natural na vida das crianças, é algo que faz parte do seu cotidiano e se define como espontâneo, prazeroso e sem comprometimento. As brincadeiras são universais, estão na história da humanidade ao longo dos tempos, fazem parte da cultura de um país, de um povo, o ato de brincar faz parte da vida do ser humano desde o ventre de sua mãe.

No princípio, a relação acontece como se o bebê fosse o brinquedo de sua mãe e ao interagir com ele diariamente, a criança vai aprendendo a linguagem do brincar e se apropriando dela, nessa relação contínua, o bebê vai se diferenciando de sua mãe e começa a criar outros parceiros, que são os outros adultos com quem ela irá interagir. Esses parceiros precisam lhe propiciar um ambiente que permita a criança ser criança e desenvolver-se utilizando o corpo e os seus sentidos, sentindo-se livre para criar o seu brincar.

Dessa forma, a criança se desenvolve através das interações que estabelece com os adultos desde muito cedo, a sua experiência sócio-histórica se inicia nessa interação entre ela, os adultos e o mundo criado por eles, e quando os pais estimulam seus filhos durante a brincadeira, se tornam mediadores do processo de construção do conhecimento, fazendo com que seus filhos passem de um estágio de desenvolvimento para outro.

A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividade lúdica considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças. As brincadeiras são linguagens não verbais, nas quais a criança expressa e passa mensagens, mostrando como ela interpreta e enxerga o mundo. Brincar é um direito de todas as crianças, garantido no Princípio VII da Declaração Universal dos Direitos da Criança da UNICEF.


2.3 O ATO DE BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.

Vygotsky (1998), um dos representantes mais importantes da psicologia histórico-cultural, partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, que são mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. Nesta perspectiva, a brincadeira infantil assume uma posição privilegiada para a análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com a visão tradicional de que ela é uma atividade natural de satisfação de instintos infantis. Ainda, o autor refere-se à brincadeira como uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos.

A capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos surge, nas crianças, através do brincar. A criança por intermédio da brincadeira, das atividades lúdicas, atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes situações vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):

O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.

Assim, destacamos que quando a criança brinca, parece mais madura, pois entra, mesmo que de forma simbólica, no mundo adulto que cada vez se abre para que ela lide com as diversas situações.

Portanto, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. Nas situações em que a criança é estimulada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento.


2.4 ENSINO APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO LÚDICO NA INFÂNCIA

A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo, o lúdico promove o rendimento escolar além do conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido, contudo, compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico proporciona.

Portanto, o brincar utilizado como recurso pedagógico não deve ser dissociado da atividade lúdica que o compõe, sob o risco de descaracterizar-se, afinal, a vida escolar regida por normas e tempos determinados, por si só já favorece este mesmo processo, fazendo do brincar na escola um brincar diferente das outras ocasiões, a incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica, podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos tanto para crianças como para os jovens.

Para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto.

Oliveira (1997, p. 57) acrescenta o fato que a:

Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos fatores inatos (a capacidade de digestão, por exemplo, que já nasce com o indivíduo) e dos processos de maturação do organismo, independentes da informação do ambiente (a maturação sexual, por exemplo). Em Vygotsky, justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a ideia de aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo. (...) o conceito em Vygotsky tem um significado mais abrangente, sempre envolvendo interação social.

Com isso, é possível entender que o brincar auxilia a criança no processo de aprendizagem, ele vai proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá no desenvolvimento cognitivo e facilitando a interação com pessoas, as quais contribuirão para um acréscimo de conhecimento.

Associar a ideia do brincar como prática pedagógica, sendo um recurso que pode contribuir não só para o desenvolvimento infantil, como também para o cultural, brincar não é apenas ter um momento reservado para deixar a criança à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e sim um momento que podemos ensinar e aprender muito com elas, a atividade lúdica permite que a criança se prepare para a vida, entre o mundo físico e social.

Observamos, deste modo que a vida da criança gira em torno do brincar, é por essa razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação, por ser uma peça importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento.

Gonzaga (2009, p. 39), aponta:

(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua prática pedagógica.

Importante para o desenvolvimento, físico, intelectual e social, o jogo vem ampliando sua importância deixando de ser um simples divertimento e tornando-se ponte entre a infância e a vida adulta. Vygotsky (1998) afirma que o jogo infantil transforma a criança, graças à imaginação, os objetivos produzidos socialmente. Assim, seu uso é favorecido pelo contexto lúdico, oferecendo à criança a oportunidade de utilizar a criatividade, o domínio de si, à firmação da personalidade, e o imprevisível, o jogo mobiliza esquemas mentais, e estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço, integra várias dimensões da personalidade, afetiva, social, motora e cognitiva.

O desenvolvimento da criança e seu consequente aprendizado ocorrem quando participa ativamente, seja discutindo as regras do jogo, seja propondo soluções para resolvê-los. É de extrema importância que o professor também participe e que proponha desafios em busca de uma solução e de participação coletiva, o papel do educador neste caso será de incentivador da atividade. A intervenção do professor é necessária e conveniente no processo de ensino-aprendizagem, além da interação social, ser indispensável para o desenvolvimento do conhecimento.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01):

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial, educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.

Educar é acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento, neste processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno. Existe educadores que têm a concepção que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre e interessante, fazendo com que os alunos mantenham distantes, perdendo com isso a afetividade e o carinho que são necessários para a educação.

A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem, o afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito e a ludicidade em parceria com professor e aluno, ajudando a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, e quando o educador dá ênfase às metodologias que alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior encantamento do aluno, pois se aprende brincando.

Assim, a ludicidade tem conquistado um espaço na educação infantil. O brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades.

Santos (2002, p. 12) relata sobre a ludicidade como sendo:

(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento.”

Ao assumir a função lúdica e educativa, a brincadeira propicia diversão, prazer, potencializa a exploração e a construção do conhecimento. Brincar é uma experiência fundamental para qualquer idade, principalmente para as crianças da Educação Infantil.

Dessa forma, a brincadeira já não deve ser mais atividade utilizada pelo professor apenas para recrear as crianças, mas como atividade em si mesma, que faça parte do plano de aula da escola. Pois, de acordo com Vygotsky (1998) é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva. Porque ela transfere para o mesmo sua imaginação e, além disso, cria seu imaginário do mundo de faz de conta.

Portanto, cabe ao educador criar um ambiente que reúna os elementos de motivação para as crianças, criando atividades que proporcionam conceitos que preparam para a leitura, para os números, conceitos de lógica que envolve classificação, ordenação, dentre outros. Motivar os alunos a trabalhar em equipe na resolução de problemas, aprendendo assim expressar seus próprios pontos de vista em relação ao outro.

O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento e potencial.

Enfim, estar ao lado do aluno, acompanhando seu desenvolvimento, para levantar problemas que o leve a formular hipóteses. Brinquedos adequados para idade, com objetivo de proporcionar o desenvolvimento infantil e a aquisição de conhecimentos em todos os aspectos.

A partir da leitura desses autores podemos verificar que a ludicidade, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos são meios que a criança utiliza para se relacionar com o ambiente físico e social de onde vive, despertando sua curiosidade e ampliando seus conhecimentos e suas habilidades, nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo, e assim, temos os fundamentos teóricos para deduzirmos a importância que deve ser dada à experiência da educação infantil.


2.5 AS BRINCADEIRAS E OS BRINQUEDOS NO ENSINO APRENDIZAGEM


A criança necessita brincar da mesma maneira que precisamos respirar, faz parte do seu “eu”. Quando falam de brincar, não estou valorizando o fato de existir um brinquedo propriamente dito, a criança brinca sem necessariamente usar um brinquedo, é muito mais que isso, ela usa sua imaginação, ela pode brincar a qualquer hora, dentro ou fora de casa, sozinha, com crianças grande, pequenas, ou adultas, ela cria situações para que a brincadeira aconteça ela brinca pelo prazer que isso lhe proporciona.

A importância do brincar tem sido cada vez mais ressaltada como mediadora na aprendizagem, mas do que organizar espaço de brincar em si, a nossa proposta tem uma estratégia maior, que transcende o espaço físico. Processa-se na transformação do individuo que utiliza o lúdico como elemento da cultura infantil, como facilitador das relações sociais entre crianças e adultos, como portador de conhecimentos e valores que favorecem as relações interpessoais, e as dinâmicas de trabalho.

Ao proporcionar um jogo ou uma brincadeira para nosso aluno, permitindo que ele vivencie a sua autonomia, o entretenimento, o prazer e o convívio com fatores externos, através das atividades lúdicas a criança desenvolve seu senso de companheirismo, aprende viver em grupo, aprende a ganhar ou perder, respeitar regras, esperar sua vez, aceita o resultado, lidar com frustrações, viver personagens diferentes, ampliar a sua compreensão sobre os diferentes papeis e relacionamentos humanos e, sobre tudo se preparar para lidar com a realidade.

Proporcionar um brinquedo a uma criança é dar a ele um objeto para que ele se se utilize do mesmo para desenvolver a brincadeira, mas nem sempre precisamos de um brinquedo para termos uma brincadeira. Brinquedo e brincadeira andam quase sempre juntas, mas separadas cada uma tem a sua importância dentro da educação infantil.

Vygotsky (1998) relata sobre o papel do brinquedo, sendo um suporte da brincadeira e ainda o brinquedo tendo uma grande influência no desenvolvimento da criança, pois o brinquedo promove uma situação de transição entre a ação da criança com objeto concreto e suas ações com significados, assim veremos ao longo do artigo.


2.6 APRENDENDO MATEMÁTICA ATRAVÉS DO LÚDICO

 

A alfabetização matemática, por sua vez, ocorre em paralelo ao processo de letramento, pois a criança possui, na atualidade, varias formas de entretenimentos lúdicos: jogos, brinquedos, desenhos animados, livros de historias, jogos on-line e outros. a educação infantil, historicamente, configurou-se como o espaço natural do jogo e da brincadeira, o que favoreceu a ideia de que a aprendizagem de conteúdos matemáticos se dá prioritariamente por meio dessas atividades. a participação ativa da criança e a natureza lúdica e prazerosa inerentes a diferentes tipos de jogos têm servido de argumento para fortalecer essa concepção, segundo a qual se aprende matemática brincando.

A alfabetização matemática começa a ocorrer antes mesmo da escolarização formal, através da interação social e do contato com o universo lúdico infantil, as crianças adquirem noções matemáticas que subsidiarão a aprendizagem formal nas instituições de educação infantil, existem muitas maneiras de conceber e trabalhar com a matemática na educação infantil, a matemática esta presente nas brincadeiras, nos jogos infantis, na arte, na musica, em historias, na forma como a criança organiza o pensamento etc.

Uma criança aprende muito de matemática, sem que o adulto precise ensina-lo, onde dentre os conceitos elencados estão conceitos sobre coisas iguais e diferentes, organização, classificação, e criação de conjuntos, estabelecerem relações entre os números e o que eles representam observar o tamanho das coisas, brincam com as formas, ocupando um espaço e assim, vivem e descobrem a matemática através de atividades lúdicas sejam elas coletivas ou individualmente.

O professor deve mediar às crianças neste processo, buscando questionar, desafiar e promover situações de incentivo às manifestações de autonomia, e criatividade do educando através de jogos, brinquedos e brincadeiras.

Nas brincadeiras as crianças aprendem a perceber, quantidades, peso, formas geométricas, etc, associando-as a objetos. O conteúdo deve ser bem escolhido, com a finalidade de mostrar às crianças que tudo à nossa volta tem uma forma, e que esta forma pode ser um triângulo, círculo, retângulo ou quadrado, e que é a partir das formas geométricas que são iniciadas as primeiras construções matemáticas, onde a criança começa a desenvolver o seu raciocínio lógico.

 

2.7 ESPAÇOS PARA O LÚDICO

A fantasia do brincar caracteriza a didática a ser desenvolvido para faixa de idade da educação infantil, o que determina focar o espaço para o lúdico. Certamente, todos os professores  que atuam em classes iniciais, creche, jardim de infância e mesmo as primeiras séries do ensino fundamental já terão passado pela experiência de observar os seus alunos em atitudes, no mínimo, curiosas, conversam com brinquedos e objetos  como se vida  tivessem brincar é um ato tão espontâneo e natural para a criança quanto comer andar dormir, ou falar. Basta observar um bebê nas diferentes fases de seu crescimento para confirmar tal fato.

É  brincando que a criança conhece a si e ao mundo, quando  mexe com as mãos e os pés, segura a chupeta ou um brinquedo, seja levando-os à boca, sacudindo ou atirando-os longe, vai descobrindo suas próprias possibilidades  e conhecendo os elementos do mundo exterior através da comparação de suas características.

OLIVEIRA, (1998).

A pesquisa busca categorizar o lugar do brincar na aprendizagem. Brincar é um espaço privilegiado, proporciona à criança, como sujeito, a oportunidade de viver entre o princípio do prazer e o princípio da realidade. Brincando a criança vai, lentamente, estabelecendo vínculos, brincando com os objetos externos e internos num processo de trocas intensas com a realidade e com a fantasia.

 

2.8 A IMPORTÂNCIA DOS PAIS NO ENSINO APRENDIZAGEM

A educação infantil é a base para o desenvolvimento cognitivo e social da criança, e a etapa onde as fantasias estão afloradas, em que o lúdico está presente, nas mais diversas atividades contribuindo para o ensino aprendizagem, a família é muito importante na vida escolar do educando, podendo inibir ou despertar a vontade de aprender, e cabe a ela, junto com a escola incentivar, participar e se envolver para contribuir efetivamente com o processo de aprendizagem dos seus filhos. A educação não acontece sozinha, precisa de recursos, uma equipe com profissionais capacitados e principalmente a participação dos pais.

A participação dos pais na escola é importante para o crescimento integral da criança, mas o que pode ser observado dentro das instituições são pais descompromissados e sem tempo, colocam seus filhos em todas as aulas extras possíveis durante a semana, dando à criança uma carga horária muito grande de atividades, quando é solicitado para uma reunião com a equipe pedagógica, para tratar dos assuntos referentes ao educando, não comparece, deste modo à educação deixa a desejar, onde o maior prejudicado é o aluno.

A escola precisa criar projetos para a conscientização dos pais, com palestras, reuniões focadas no ensino, incentivando e motivando a participação dos pais.

Os pais precisam conhecer o método da escola para que haja um entendimento das atividades propostas pelos professores em sala de aula, saber os objetivos da proposta pedagógica e os meios para atingi-los, para isto é necessário uma relação dialógica entre família e escola. As reuniões, palestras, oficinas organizadas pela escola deveriam ser consultadas aos pais sobre seus interesses, não adianta promover eventos internos para as famílias se não forem assuntos de interesse por parte deles, e horários adequados, o resultado serão salas com cadeiras vazias.

É importante a escola ouvir os pais e não intimidá-los, ouvindo suas queixas e sugestões para que assim se desenvolva um relacionamento de cumplicidade, quando a criança percebe que existe esta aliança entre a escola e os pais, consequentemente se sente mais segura.

É papel de a escola criar movimentos que despertem interesse dos pais e alunos, como por ex, as festas e as comemorações, feiras culturais, e etc. Uma das melhores formas de se atingir a família é através dos próprios filhos, daí a relevância da escola desenvolver um trabalho participativo.

Os pais precisam fazer parte do processo educacional dos seus filhos. A escola tem o dever de influenciar positivamente seus alunos e família para uma interação e colaboração no ambiente escolar.


2.9 ATUAÇÃO DO PROFESSOR

O brincar é considerado uma atividade social e cultural, este espaço deve ser construído para e pela criança. É importante que o brincar esteja inserido em um projeto pedagógico mais amplo da escola. Que a instituição valorize o brincar como uma maneira de ensinar e não como um “passatempo”. A escola deve disponibilizar de um espaço adequado para que as crianças possam ter autonomia no brincar, como por exemplo, estantes baixas com brinquedos coloridos, de encaixe, fantoches, livros de pano, e etc. Esse ambiente precisa ter bastantes cores que estimulem o aprendizado da criança.

As instituições devem oferecer as condições necessárias para florescer o lúdico, pois o brincar é uma forma adequada e que colabora para perceber a criança e estimular o que ela precisa aprender e desenvolver.

É necessário que o professor conheça as fases do desenvolvimento do aluno para verificar o que a criança já sabe e quais são as suas necessidades, a fim de sugerir atividades e elaborar perguntas no momento certo. O que as crianças dizem e fazem podem contar muito ao professor a respeito do seu pensamento e sua inteligência. O que não fazem ou não conseguem fazer, também pode contar muito a respeito de suas capacidades.

Segundo PIAGET (1994), em determinada fase da vida a criança passa por situações que muitas vezes não tem condições ainda de assimilar uma realidade por não possuir nesse momento estruturas mental plenamente desenvolvida, ela aplica os esquemas de que dispõe, reconstruindo o universo próximo, com o qual convive.

JEAN PIAGET

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe."

Para PIAGET (1994), os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se desenvolve, pois a partir da livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir objetos, reinventar as coisas o que já exige uma adaptação, mais completa. Para Piaget essa adaptação que deve ser realizada na infância consiste em uma síntese progressiva da assimilação com a acomodação, e por isso que pela própria evolução interna os jogos das crianças se transformam pouco a pouco em construções adaptadas exigindo sempre mais do trabalho afetivo.

Para muitas escolas e professoras ainda hoje o jogo não é reconhecido como instrumento de contribuição e enriquecimento para o desenvolvimento do aluno; é usado isoladamente e desvinculado de objetivos, vários fatores interferem na não utilização dos jogos, como a falta de conhecimento dos aspectos pedagógicos; o medo que o professor tem de errar, a falta de criatividade, questões sociais, políticas que interferem diretamente na vida das pessoas.

ALMEIDA, (1987, p.195).

A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si de do mundo e que seja capaz de dar - lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor”.

A partir disto é importante que o professor saiba agir e coordenar este local. Este profissional precisa estar capacitado para direcionar as atividades, deve considerar as múltiplas possibilidades educativas. Isto significa que o educador tem a responsabilidade de proporcionar momentos e condições necessárias, contribuindo ao máximo para desenvolvimento da criança. Ele precisa conscientizar-se que brincando as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade interativa e imaginativa.

O professor necessita de um suporte teórico e, acima de tudo, acreditar que a brincadeira se constitui em ferramentas indispensáveis no processo de desenvolvimento das qualidades psíquicas, o que possibilitará a aquisição de conhecimentos de forma prazerosa e adequada ao nível de desenvolvimento dessa etapa da vida.

O brincar se divide em livre e dirigido.

Brincar livre tem como principal meio de aprendizagem o lúdico, a fantasia, a brincadeira. E dentro do ambiente escolar pode-se observar que em alguns momentos estas brincadeiras são livres, ou seja, o professor não dita uma regra ou objetivos a serem cumpridos. E isto se dá propositalmente, pois é através do brincar livre que é possível saber algumas preferências da criança, se ela comanda o grupo, se gosta de liderar, ou se é mais tímida.

A brincadeira livre estimula a capacidade individual da criança, de acordo com a sua maturidade, faz com que ela busque o porquê das coisas, é o momento de descobertas, explorar o espaço que ela está inserida. O brincar livre leva a criança a se desenvolver socialmente por meio da interação, a maneira como a criança brinca e desenha reflete de maneira implícita na forma como esta lida com a realidade.

Ao mesmo tempo em que se diverte, constrói laços de amizade, compartilha o funcionamento de um grupo, aprende a respeitar limites e a ceder para que o outro também se satisfaça. Sabe-se que a criança através da brincadeira se expressa, conhece o mundo, desenvolvendo capacidades e habilidades, mas o que se observa é que o brincar livremente vem diminuindo por conta de uma sociedade conturbada, em que a mídia vem substituindo esse espaço da fantasia e do lúdico.

Diante deste quadro, algumas instituições de ensino procuram não deixar que momentos importantes como o da brincadeira se percam. Isto porque alguns educadores considera o brincar essencial para o desenvolvimento social, motor, psicológico e cultural da criança.

"A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa." (PIAGET apud AZEVEDO, p. 12).

Na Educação Infantil a prática pedagógica e a brincadeira precisam caminhar juntas, só assim o aprendizado terá um significado para a criança.

O brincar dirigido: sempre terá uma regra, um ponto de partida. É uma ferramenta pedagógica que irá proporcionar uma troca de conhecimento entre educadores e educando. Pode-se observar através de uma atividade dirigida se a criança tem a capacidade de organizar seu pensamento, o nível de concentração, e se dentro das regras impostas consegue resolver situações problemas. Com isto estará desenvolvendo seu raciocínio lógico, a memorização e a capacidade de observação.

Brincar é muito importante, pois enquanto estimula o desenvolvimento intelectual da criança, também ensina, sem que ela perceba, os hábitos necessários ao seu crescimento” (BETTELHEIM apud MALUF, 2003, p. 19). O brincar dirigido é importante tanto quanto o brincar livre. Através dele a criança desenvolve habilidades específicas ex: percepção, atenção, concentração, identificar a voz de comando, etc.

Dirigir uma atividade é colocar condições e regras para serem cumpridas, e dentro de cada brincadeira existem conteúdos e objetivos a serem alcançados. Por meio do brincar dirigidas as crianças têm outra dimensão e uma nova variedade de possibilidades.

No ambiente escolar os educadores tem dificuldade em ensinar através de uma brincadeira dirigida, isto porque falta conhecimento por parte dos professores quanto aos objetivos para aquela faixa etária e um planejamento de aula. Ensinar através das atividades dirigidas requer comprometimento e dedicação do corpo docente.

Quando há interesse, há aprendizado. Mas é necessário que o professor busque alternativas e estratégias que estimulem a criança. A brincadeira infantil em algumas situações precisa da participação do educador para ouvir, observar, perguntar enfim atuar como facilitador da aprendizagem. O brincar dirigido proporciona para Educação Infantil uma das maneiras de avaliar a criança e ao professor um suporte para o processo aprendizagem.


2.10 BRINQUEDOTECA

A brinquedoteca conceitua como um espaço destinado às crianças para brincar, resgatar brincadeiras e que propicia que as crianças compartilhem uns com os outros momentos de alegria, a brinquedoteca permite a todas as crianças o livre acesso aos brinquedos e possibilita socializar o seu uso bem como oferecer a criança o retorno de seu direito de ser criança. A brincadeira é uma atividade voluntária e consciente, é uma forma de atividade social infantil onde a característica é a imaginação os e diversos significados da vida, favorece uma ocasião educativa única para a criança.

Neste sentido a brinquedoteca assume uma grande responsabilidade, pois é um espaço onde a criança passa a vivenciar situações do seu cotidiano e a criar e desenvolver sua própria personalidade, valores, ética e atitudes diante de outras crianças.

Cunha (2001, p. 15 e 16) afirma que,

[...] a brinquedoteca é um espaço criado para favorecer a brincadeira, [“...] aonde a criança (e os adultos) vão para brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de potencialidades e necessidades lúdicas”. E ainda, “muitos brinquedos, jogos variados e diversos materiais que permitem expressão da criatividade”. Desta forma, a autora disserta que a brinquedoteca propicia a construção do saber, sendo uma “deliciosa aventura, na qual a busca pelo saber é espontânea e prazerosa”.

Se a criança também aprende brincando então é fundamental que todas as crianças, possam ter oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem na construção do conhecimento e interação com os outros.

Segundo Maluf;

As crianças têm um interesse natural em descobrir as coisas Curiosas, são capazes de passar um bom tempo observando tudo e vivem fazendo perguntas sobre o que percebem e vivenciam, Na Educação Infantil, a criança não deve somente absorver conteúdo, mas desenvolver habilidades, atitudes, formas de expressão e de relacionamento. Ela deve ser estimulada não só observar, mas também a agir sobre o meio em que vive, investigando, experimentando, refletindo, redescobrindo e desenvolvendo a capacidade de pensar, comparar e concluir. (2009 s/n.).

O fato de a educação infantil ser uma fase onde se aprende brincando, não quer dizer que seja um simples “passatempo”. O lúdico, as brincadeiras, o brinquedo e os jogos atuam como facilitadores da aprendizagem.

A brinquedoteca tem como objetivo:

  • Oferecer um espaço de brincadeira onde a criança possa realizar suas atividades, livremente, longe das imposições dos adultos;

  • Favorecer o desenvolvimento psicomotor, sócio-cognitivo e afetivo das crianças;

  • Desenvolver a autonomia, a criatividade e a cooperação entre as crianças;

  • Auxiliar no processo de representação e, consequentemente, nas várias formas de comunicação;

  • Estimular o relacionamento entre as crianças;

  • Estimular o relacionamento entre as crianças e suas famílias;

A missão da brinquedoteca e através da disponibilidade de muitos brinquedos, ensinar como se trabalha com os jogos, a criança deve frequentar a brinquedoteca espontaneamente, ou seja, por vontade própria, só pelo prazer de jogar e brincar.


3 MATERIAL E MÉTODOS

Primeiramente recorri à internet como ferramenta para buscar o embasamento teórico, à cerca do meu tema (O USO DO LUDICO NO ENSINO-APRENDIZAGEM) a fim de melhorar meus conhecimentos e dar suporte ao meu trabalho de graduação (TG), também fiz pesquisas em cadernos de estudos, enciclopédia, alem disso usei CD, DVD, brinquedos diversos (brinquedoteca), atividades pedagógicas de acordo com o planejamento das aulas, jogos e brincadeiras para trabalhar em sala com as crianças.


4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Ao analisar, a pesquisa feita com os professores, percebi que todos acreditam que o lúdico é primordial para a educação infantil, os jogos e brincadeira como proposta pedagógica, e a importância da brinquedoteca no ambiente escolar como instrumento mediador de aprendizagem.

O ensino-aprendizagem vem sofrendo mudanças no decorrer dos anos na metodologia de ensino buscando formas que facilitem o trabalho do professor no processo de aprendizagem, as mudanças referentes aos recursos didáticos, principalmente os pedagógicos, incluem os jogos, brincadeiras e brinquedos que quando usados adequadamente tornam a aprendizagem menos mecânica e mais significativa e prazerosa para a criança.

 

5 CONCLUSÃO

 

Através desta pesquisa entendemos que o brincar envolve inúmeros aspectos de desenvolvimento do educando, sendo ele físico, afetivo, cognitivo e social, de alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas, assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança se envolve no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.

Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem, veem que o lúdico é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação integral da criança.

Portanto, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influencia que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem, neste sentido é fundamental que a escola, pais e professores estejam comprometidos com a educação, nesta etapa a criança tem necessidade de atenção, carinho e segurança são quando começam a ter contato com o mundo que a cerca.

Por essa maneira leva-se a razão de refletir no contexto da formação inicial da criança, e na importância do pedagogo buscar métodos que possa ajuda-las em sua descoberta de identidade no âmbito social. O resgate lúdico deve ser visto como uma abordagem metodológica que propicia na criança o processo de construção de conhecimentos, através do que lhe é real do que ela julga melhor para si e para seu grupo, e aliado as suas experiências, torna-se sujeito ativo de sua aprendizagem experimentando o prazer de aprender com prazer.

A escola enquanto instituição de formação deve ajustar sua proposta pedagógica voltada às diversas alternativas de ensinar de modo a auxiliar os alunos a desenvolverem suas capacidades e habilidades auxiliando-os na adequação às varias vivências a que são expostas em seu universo cultural, potencializando o desenvolvimento de todas as capacidades do aluno, tornando o ensino mais digno e humano.

Diante da pesquisa e do embasamento teórico utilizado, pode-se concluir que o lúdico é uma ferramenta de trabalho muito proveitosa para o educador, pois através dele o professor pode introduzir os conteúdos de forma diferenciada e bastante ativa. Com uma simples brincadeira o professor poderá proporcionar apreensão de conteúdos de maneira agradável e o aluno nem perceberá que está aprendendo.


REFERÊNCIAS


ALMEIDA, M. T. P. Jogos divertidos e brinquedos criativos. Petrópolis: Vozes, 2004.

BRASIL. Lei no 9.394, de 23 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, 1996.

BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Trad. Ernani F. da Fonseca Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de

CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura:viajando pelo Brasil que brinca.São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.

CARVALHO, R. E. A. Nova LDB e a Educação Especial. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.

http://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-de-brincar-na-educacao-infantil/11903/

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar na Escola.  Disponível na Internet via: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=270. Arquivo capturado 31 de maio 2009.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1998. 

PIAGET, J. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho. Rio de Janeiro : Zanar, 1978.

REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed.  Vozes, Petrópolis, 2002.

SANTOS, B. S. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidadeSão Paulo: Cortez, 1996.

TAFNER, Elisabeth Penzlien: Everaldo. Metodologia do trabalho acadêmico. Indaial: ASSELVI, 2008.

UNIASSELVI­-Diretrizes e Regulamento de Estagio e Trabalho de Graduação Cursos de Licenciatura 2009/2. Editora Uniasselvi, 2010.

VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins Fontes Editora LTDA, 1998.

VYGOTSKY, L.S; LURIA, A.R. & LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo, 1998. 

VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente . São Paulo : Martins Fontes, 1989.