A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Angela Borba de Oliveira Prates da Silva
Cristiane Dias Sabóia Almeida da Silva
Hosiane de Oliveira Bragia de Sousa
Maria José Nunes Mota Gomes
Valdirene Aparecida dos Santos Alves
RESUMO:
Esta pesquisa traz uma discussão sobre a música, de como utilizá-la, e pensar a mesma numa forma de ferramenta pedagógica na educação infantil, e para esse assunto teve como problema uma questão a ser entendida e estudada sobre: qual o prestígio da música no progresso e aprendizado enquanto Educação Infantil, e buscar formas de interação que trabalhando com música possa assim incorporar os demais eixos de trabalho, ou melhor, repensar a música como auxílio nas demais atividades pedagógicas na então educação infantil. Este documento traz como objetivo geral; investigar como a música influência no desenvolvimento e aprendizado da criança na educação infantil. Como objetivo específico; conhecer a historia da música, mostrar como a música contribui na aprendizagem, desenvolvendo um importante papel e esforço para o cognitivo / linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança, verificar qual a melhor maneira para ter um desenvolvimento do poder criativo e a capacidade de sentir da criança, bem como o encorajar a sua concentração e novos hábitos e pensamentos, analisar que contribuição desenvolve ao ensinar música na educação infantil. Para a elaboração desta, usa-se a técnica de pesquisa; documentação indireta – pesquisa bibliográfica: livros, artigos e outros recursos de informações (revistas, boletins, jornais), onde são encontrados em: bibliotecas, sites da internet entre outros autores.
Palavras – chave: Música. Educação. História.
1-INTRODUÇÃO:
Este documento vem com a intenção de aprimorar a importância da música na educação das crianças. Esclarecendo qual o prestígio da música no aprendizado enquanto Educação Infantil. Compartilhando experiências e informações, incitando à reflexão em um tema de grande valor e significado.
Verificando qual o melhor trabalho para um desenvolvimento lúdico, e de que maneira podemos mostrar para a criança sua capacidade de concentração e possibilidades para uma melhor compreensão da influência da música na vida escolar durante a infância escolar. Pois sabemos que a música faz parte do nosso cotidiano, ela é presente em todas as culturas, nas mais diversas situações podendo expressar e comunicar sensações, pensamentos e sentimentos. As crianças desde a gestação é continuamente envolta nos estímulos sonoros como: seu cordão umbilical, os batimentos cardíacos da mãe e ruídos do ambiente social, elas vivem as diferentes fases e desenvolvimentos desde que nascem e é através de seu próprio corpo apropriando-se os aspectos sensíveis, cognitivos, afetivos e estéticos através de experiências onde envolvam vivencia, reflexão, percepção, e o conhecimento.
Analisando que contribuições desenvolvem ao ensinar música na educação infantil, ou seja, o que pode ser pensado mediante uma atividade pedagógica que envolva o fazer musical, pois tem que trabalhar uma forma de expressão e comunicação em que se contemple o reconhecimento e a utilização expressiva de diferentes características geradas pelo silêncio e pelos sons, a diferenciação ou a variação de velocidade e densidade, chamar a atenção na participação em danças, jogos, brincadeiras e até canções.
Sabe-se que há varias maneiras de trabalhar a música com crianças, e de acordo com a idade, buscando um argumento variável de construção que envolve o “perceber, o sentir, o experimentar, o imitar, o criar e refletir”. Portanto, a música tem de ser acessível a todas as crianças independente do se estágio de crescimento.
Além de cantar devemos brincar com voz, explorando possibilidades sonoras diversas imitar vozes de animais, ruídos, o som das vogais e das consoantes (com a preocupação de enfatizar a formação labial), entoar movimentos sonoros (do grave para o agudo e do agudo para o grave), pequenos desenhos melódicos etc. (Teca A. de Brito. 2003, p, 89).
Nos nossos dias sabemos que o acesso à tecnologia, permite a nós ouvir, cantar e assistir vídeos musicais com muita facilidade. Pois o fazer musical é uma forma de expressão e também de comunicação que admire o reconhecimento com a utilização expressiva de diferentes características formadas pelo silêncio e pelos sons, a participação em danças, jogos, brincadeiras e canções.
Como diz Bernadete Zagonel. 2011, p.17) que o “gesto corporal pode ser um elemento importante para a emissão do som. A partir dele é que se chega a fazer música, sempre considerando a capacidade criativa e a espontaneidade da pessoa, incitando a invenção sonora e gráfica por meio da expressão de seus gestos”.
Como a apreciação musical leva ao incentivo à interação e a audição de diversas músicas é então desenvolvida expressões e movimentos que favorecem a escuta de obras musicais em vários estilos, gêneros, épocas e culturas. Com música junto das crianças, vai ser contagiante compartilhar os conhecimentos sobre o mundo, onde contribuirão também na criatividade, sensibilidade, e disponibilidade ao desenvolver talentos.
O procedimento é organizado sendo indutivas nas verdades mais particulares as leis e teorias gerais para os acontecimentos relativos ou que se baseiam nos fatos.
Esta pesquisa é uma documentação indireta – pesquisa bibliográfica: livros, artigos e outros recursos de informações (revista, boletins, jornais), onde pode ser encontrados em bibliotecas, sites da internet entre outros autores.
2 – MÚSICA:
Mediante a tantas definições de o que é música, será bastante imprescindível colocar aqui que a maioria delas traz duas palavras em comum: “arte e som”. Portanto música é a arte dos sons. De maneira simples é uma arte musical, assim como toda a ciência, tem que ser estudada, esta arte revela nossos sentimentos por intermédio do som, e a ciência através da física e da matemática, ou seja, a física explicando de que modo o som é produzido, e a matemática por sua vez explica como que o som acontece dentro dos tempos.
“Existem muitas teorias sobre a origem e a presença da música na cultura humana. A linguagem tem sido interpretada, entendida e definida de várias maneiras, em cada época e cultura, em sintonia com o modo de pensar, com os valores e as concepções estéticas vigentes” (Teca Alencar de Brito. 2003, p. 25).
Pode se dizer que a música é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o som, sendo esta por meio da voz humana ou instrumentos musicais.
(Teca Alencar de Brito. 2003,p.25), nos lembra de que as épocas remotas que demarcaram a presença do que viria a ser música apontam para uma consciência magica, rítmica, responsável pela transformação dos sons em música e seres humanos em seres musicais, produtores de significados sonoros. Os tantos mitos e lendas relacionando vida, mundo, sons e silêncios, conferindo poder e magia aos sons e, consequentemente aos instrumentos musicais expressam essa condição.
Este elemento chamado música representa uma fonte importantíssima em se falar de estímulos, felicidades e equilíbrio para a criança. E está ligada no Brasil em diversas classes sociais expressando e comunicando sensações, pensamentos e sentimentos. A música por natureza própria tem um poder fantástico de acalmar, disciplinar e ainda facilita no aprendizado sendo formal, ou no âmbito familiar.
Bernadete, ao chegar o mais perto possível de uma definição da música nos deixa a dica, ou seja, a sugestão para que se ouça muita música, de todos os gêneros, tipos e de todas as épocas, buscando sempre abrir os ouvidos para uma audição sem preconceitos e é obvio que música e som andam juntos.
(Sandro Aloisio) nos afirma que: “A nossa música é muito baseada no trabalho com sons. E os mesmos são organizados de maneira que possibilita uma forma prática e descomplicada. E estes diferentes sons que receberam o nome de notas musicais. São elas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si. A esses nomes hoje originais, se deve a Europa do século dezessete e a importância da igreja na formação da cultura e do pensamento intelectual e artístico da época”.
A música sempre foi e continuará sendo um dos estímulos potentes ao cérebro, e ainda no raciocínio lógico matemático, além de contribuir na compreensão da linguagem e no desenvolvimento da comunicação. E ainda baseando-se nesse assunto é bom lembrarmos que o mundo atual que vivemos é recheado de formas simbólicas criadas pelo ser humano. Essas formas contem signos artísticos que podem ser sonoros (tons, ruídos, silêncios, rítmicos...).
A história mostra que o ser humano sempre sentiu necessidades de documentar e, de alguma forma, eternizar suas criações artísticas para que elas pudessem ser reproduzidas e apreciadas por muitos em qualquer tempo. Assim, ao longo dos anos, foi-se desenvolvendo uma maneira apropriada de se escrever música. “A grafia musical, no Ocidente, estabeleceu-se como um sistema de notação musical clara e precisa durante a Idade Média”. (Bernadete Zagonel, 2011. p. 21). Os primeiros sinais escritos buscavam orientar o interprete quanto ao movimento sonoro e a duração das notas, mas de maneira ainda muito relativa. Aos poucos, foram sendo encontrados sinais que pudessem dar visão cada vez mais detalhada e precisa da escrita das notas, até se chegar a definição de pauta de cinco linhas sobre a qual são colocadas as notas de alturas e ritmos diferentes, sistema usado até hoje.
Para somente complementar sobre “Pauta” propriamente dita pela autora. A pauta ou pentagrama musical é uma reunião de cinco linhas e quatro espaços, sendo estes contados sempre de baixo para cima quando as notas estiverem na mesma, e a partir da mesma também quando formos colocar notas agudas ou graves.
(Teca Alencar de Brito. 2003, p,153), ressalta que: “A discussão sobre sentido e significado musical é questão de grande importância e objeto de muitos estudos e teorias estéticas e da informação: o que a música comunica, o modo como os seres humanos se relacionam com os diferentes eventos sonoros e a sua organização em linguagem tem sido objeto de análises e pesquisas”.
Desde pequenos as crianças já entendem que quando a professora coloca uma música para tocar sabem que é preciso dançar. É incrível, mas a criança consegue emitir com seu modo de perceber, expressar e comunicar transporta sons e música para seu mundo da imaginação e do faz de conta.
Nós professores ou futuros professores, temos que respeitar o processo de desenvolvimento da expressão musical infantil, não pode confundir com a ausência de intervenções educativas. Devemos atuar como um professor amigo, animando, ativando, provendo informações e dedicações, com toda certeza isso irá enriquecer e produzir o experimento e o conhecimento das crianças. Traduzindo um assunto de (Teca A. de Brito, p. 41). “Não apenas do ponto de vista musical, mas integralmente, o que deve ser o objetivo prioritário de toda proposta pedagógica, especialmente na etapa da educação infantil”.
Aqui no nosso país a música teve sua formação graças aos europeus, africanos e indígenas, implantada também pelos colonizadores portugueses, escravos e ainda os padres jesuítas que em cultos religiosos usavam para adquirir a fé cristã. Por exemplo, na Grécia, a música era cantada e os instrumentos para acompanhamento era as flautas que é um instrumento de sopro, instrumentos de percussão, que são os instrumentos de produção sonora como os tambores, pratos e triângulos esses são de maior parte. Quando tocamos ou cantamos uma obra somos interpretes, e se assim o fazemos podemos também improvisar que é criar instantaneamente, lançar ideias, textos ou frases. Pode não ser registradas, mas transforma recria podendo ser trabalhadas e amadurecidas.
Ainda com base em: (Teca A. de Brito 2003 p.153)
“Por isso, a sua improvisação é também jogo simbólico. E enquanto improvisam, transformando em trotar de cavalos o timbre dos cocos ou dos woodblocks, em leões ferozes os tambores, as crianças desenvolvem e estabelecem relações com a linguagem musical, aprendendo a produzir, escutar e reconhecer sons e silencio, com suas qualidades e características próprias, ordenados de modo a criar formas sonoras. Assim encaminham a experiência musical para níveis mais elaborados, adquirindo fluência e conhecimento”.
As crianças também improvisam brincando num modo de comunicar-se musicalmente, traduzindo em sons seus gestos, sentidos, sensações e pensamentos, simbolizando e sonorizando, explorando e experimentando, fazendo música, historia, faz de conta ou jogo.
Para Hans- Joachim Koellreutter, a improvisação deve ser o principal condutor das atividades pedagógico-musicais. Ele adverte porem, que “nada deve ser tão preparado como uma improvisação”, alertando para a confusão entre improvisar e “fazer qualquer coisa” (o que ele chama de“vale-tudismo”). Koellreutter salienta também a ideia de que toda improvisação, no contexto da educação, deve atender a objetivos musicais e humanos, especialmente porque, para ele, o grande objetivo da educação musical tem de ser a formação da personalidade do aluno.
Dá-se a entender que as improvisações ajudam no desenvolvimento dos ritmos, ajudará também na capacidade dos humanos na concentração, no trabalho em equipe, na autonomia, no ser capaz, na memoria, entre varias questões. Em se falar de desenvolvimento nas creches e pré – escolas a linguagem musical contempla atividades como: ‘ interpretação e criação de canções; trabalho vocal; brinquedos cantados e rítmicos’; jogos que tenham som dança e movimento, dentre as varias atividades inclusive a de construir instrumentos e objetos musicais.
Gainza destaca que; o fato de que toda improvisação supõe um ato expressivo de comunicação, ainda que não conduza necessariamente a um produto sonoro coerentemente estruturado, ou seja, uma composição. Na improvisação existem distintos graus de intenção ou de consciência que nem sempre condicionam a qualidade do produto, já que uma improvisação - livre ou dirigida – pode ser criativa ou pobre, bem ou mal estruturada.
Nesse ponto teremos uma função de orientar em suas ações para que desenvolvam nos seus processos, pois desde os oito meses de idade a criança pode estar em contato com diferentes instrumentos rítmicos, como os que já existem, ou ainda assim pra ficar mais dinâmico construir os brinquedos juntos com eles.
A criança é curiosa por natureza e se interessa pelos sons de maneira geral. Ela sempre quer pesquisar, descobrir novas sonoridades produzidas por um mesmo objeto e interagir com eles. Isso faz parte de suas brincadeiras e ajuda a conhecer o mundo em que vive. “Bernadete Zagonel”
Nossas crianças estão contidas num mundo puro, mágico e inocente, em que a música sempre esta presente, por isso não deve ser excluída do dia a dia, pois a própria natureza pede isso. Ao cantar com nossas crianças, não devemos usar técnicas vocais, mas sim fazer com que a voz sai do coração e descendo pela garganta com muita emoção, então assim ir conduzindo a criança num mundo magico.
2-1 MUSICALIZAÇÃO:
Para Brescia (2003) a musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memoria, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.
Com as atividades de musicalização torna-se possível que a criança conheça melhor a si mesma, fazendo crescer sua noção de esquema corporal, e também torna possível a comunicação com o outro.
Weigel (1988) e Barreto (2000) afirmam que atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento cognitivo/ linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança, da seguinte forma:
Desenvolvimento cognitivo/ linguístico:
As crianças tem um potencial de conhecimento muito grande que são as situações que ela tem oportunidade de usar em seu dia a dia. Dessa maneira, quanto maior a riqueza de estímulos que ela receber facilitara seu desenvolvimento intelectual. Sendo assim, num momento que precisarem participar de alguma atividade que exija experiências rítmicas musicais terão uma participação ativa (vendo, ouvindo, tocando) oportunizando para um melhor desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalharmos com os sons a criança desenvolve a acuidade auditiva; quando acompanhar gestos ou dançar com ela estaremos despertando e trabalhando a coordenação motora e a atenção; e também quando cantarmos ou imitarmos sons a criança estará descobrindo seu potencial e poderá então estabelecer relações com o ambiente onde vive.
Desenvolvimento psicomotor:
As atividades e exercícios musicais oferecem muitíssimas oportunidades onde a criança irá aprimorar sua habilidade motora, aprendendo os devidos controles para seus músculos e movendo-se com desenvoltura. O ritmo tem uma função importantíssima na formação e no equilíbrio do sistema nervoso. Pois isto se dá porque toda expressão da musica ativa sobremaneira sobre a mente, onde favorece também a descarga emocional, aliviando as tensões e areação motora. Todo o movimento trabalhado com um ritmo resulta num conjunto completo (e complexo) de atividades para boas coordenações. Em resultado disso as atividades de cantar fazendo gestos, dançar, bater palmas, pés, são experiências importantes para a criança, pois permitem o desenvolvimento ao senso rítmico, a coordenação motora, fatores importantíssimo na aquisição da leitura e da escrita.
Desenvolvimento sócio afetivo:
A criança aos poucos forma sua identidade, percebendo que é diferente dos outros e no mesmo tempo busca interagir-se com os outros. Nesse ponto sua autoestima e seu modo de auto realização desempenha um importante papel. Por meio do desenvolvimento e de sua autoestima a mesma aprende aceitar-se como é e com suas limitações e as suas capacidades. Ao optarmos para as atividades musicais coletivas iremos então favorecer o desenvolvimento para a socialização, ativando a compreensão, a cooperação e a participação. Através disso desabrochamos na criança um desenvolvimento de conceito de grupo. E ainda tem mais, quando a criança expressar-se musicalmente nas atividades de que gostarem ou lhe derem prazer, demonstrará seus sentimentos, liberando suas emoções, e desempenhado sentimentos de auto realização e segurança.
A música sempre foi e ainda continuará sendo um dos estímulos potentes ao cérebro, e ainda ajuda no raciocínio lógico matemático, além de contribuir na compreensão da linguagem e no desenvolvimento da comunicação. Por isso, é fundamental fazer uso de atividades de musicalização que descubram o universo sonoro, incentivando as crianças a ouvir com atenção, e buscando identificar as diferentes fontes sonoras. Sendo assim isso irá desenvolver a capacidade auditiva, irá exercitar a atenção, a concentração e a capacidade de diferenciar e selecionar os sons.
E ainda baseando – se nesse assunto é bom lembrarmos que o mundo atual que vivemos é recheado de formas simbólicas criadas pelo ser humano. Essas formas contem signos artísticos que podem ser sonoros (tons, ruídos, silêncios, ritmos...), visuais (linhas, cores, luzes, formas...) ou corporais (gestos, movimentos, flexões, tensões...). Signos estes que são matéria – prima, na criação artística que se apresenta na forma de música, cinema, dança teatro, pintura, escultura, desenho, canto, entre muito mais. De acordo com estudos tem se chegado num resultado que ao usar música na educação infantil se torna um elemento – chave no desenvolvimento dos pequenos em seus primeiros anos de vida.
2.2 A MÚSICA ESTA INSERIDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O RCNEI da um destaque especial à presença da musica na educação infantil, quando que no documento consta orientações, objetivos e conteúdos a serem trabalhados pelos professores. No documento vêm concepções, ou seja, ideias adotadas que compreende a música como linguagem e área de conhecimento, considerando que esta tem estruturas e características próprias, devendo ser considerada como: produção, apreciação e reflexão (RCNEI, 1998).
No documento mostra também orientações que se baseiam aos conteúdos musicais, estes se encontram organizados por dois blocos: “O fazer musical compreendido como improvisação (RCNEI, 1998, p.57), interpretação e composição e o de “Apreciação musical”, os dois relativos com as questões da reflexão musical”. A proposta do RCNEI é uma disputa sobre praticas de ensino pedagógico exclusivo a de música, e não cobrir, ou seja, tapar com gesso nos modelos pré-definidos.
Assim, refletir nas práticas do ensino da música para a educação infantil, leva-nos ao dia a dia de uma escola e as programações dos professores e seus alunos, de que modo a musica aparece e suas particularidades, suas linguagens e também possibilidades. Sabendo ainda que é necessário refletir sobre novas possibilidades de trabalhar a música na educação infantil.
No que diz respeito à relação com os materiais sonoros é importante notar que, nessa fase, as crianças conferem importância e equivalência a toda e qualquer fonte sonora e assim explorar as teclas de um piano é tal e qual percutir uma caixa ou um cestinho, por exemplo. Interessam-se pelos modos de ação e produção dos sons, sendo que sacudir e bater é seus primeiros modos de ação. Estão sempre atentas às características dos sons ouvidos ou produzidos, se gerados por um instrumento musical, pela voz ou qualquer objeto, descobrindo possibilidades sonoras com todo material acessível. (RCNEI, 1998, p. 51).
A criança que se envolve com música desde quando ainda pequenos, terão um bom conhecimento, um vocabulário admirador e uma facilidade ao se socializar com outras crianças, além também de uma autonomia aceita e bem desenvolvida.
Leis e normas que movimentam a educação infantil mostram de forma bem clara como a criança foi tratada em nossa educação. Apenas com a nova LDBEN (Brasil, 1996) instituída como lei n° 9. 394 se contemplaria o ensino de artes no seu Art.26, da seguinte maneira: “componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma que promova desenvolvimento cultural dos alunos”. A partir disso a música torna-se uma linguagem poderosa na educação infantil por então fazer parte da educação básica.
O caminho de uma possibilidade da música nas escolas, em especial na educação infantil refere-se pelo uso duma arte para sua reflexão assim como as práticas para que se faça um uso adequado da música, trabalhar com diversidade e a situação do aluno, cultivando sua potencialidade. A música como uma atividade e todas as outras artes, juntas num jogo recreativo, forma então um forte pilar na educação infantil. Em respeito desses assuntos, Brito (2003, p.46) deixa claro que;
[...] importa, prioritariamente, a criança, o sujeito da experiência, e não a música, como muitas situações de ensino musical consideram. A educação musical não deve visar à formação de possíveis músicos do amanha, mas sim à formação integral de hoje.
A música usada como uma prática de ensino deve-se ter uma urgente atenção, pois ao falar em ensino de música ou musicalizar é então o mesmo que educar pela música, incorporar na formação do ser humano, como um todo, oferecendo oportunidade para emergir num imenso universo cultural, dando assim riqueza através de sua sensibilidade musical.
Ainda baseando-se em Brito, veremos os materiais adequados ao trabalho na etapa da educação infantil: “o trabalho na área de música pode (e deve) reunir grande variedade de fontes sonoras. Podem-se confeccionar objetos sonoros com as crianças, introduzir brinquedos sonoros populares, instrumentos étnicos, materiais aproveitados do cotidiano etc., com o cuidado de adequar materiais que disponham de boa qualidade sonora e não apresentem nenhum risco à segurança de bebes e crianças”.
É de suma importância valorizar brinquedos populares, como a matraca, o rói - rói ou barra- boi, os piões sonoros, e ainda os tradicionais chocalhos de bebes, alguns dos quais com timbres muito especiais. Piados de pássarinhos, sinos de vários tamanhos, brinquedos que imitam os engraçados sons de animais, entre muitos outros, todos são materiais maravilhosos que podem ser aproveitados e trabalhados nas atividades musicais. Os pequenos idiofones têm suas características magnificas, e são instrumentos bastante adequados no o início de atividades musicais com crianças, balançar um chocalho, ganzá ou guizo, raspar um reco-reco, percutir um par de clavas, um triangulo ou coco são ótimos movimentos motores que serão realizados desde cedo.
É importante misturar instrumentos de madeira, metal outros materiais, explorando as diferenças entre os sons produzidos por eles assim como os diversos modos de ação para tocar cada um: um par de clavas, por exemplo, permite percutir ou raspar uma na outra, percutir ou rolar no chão etc. vale lembrar, mais uma vez, que o mais importante é permitir e estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo, em principio correto, de tocar cada instrumento. (Brito, 2003. p, 64)
- METODOLOGIA
Este trabalho dá-se a compreender alguns aspectos que favoreçam o ensino de música proporcionando às crianças da educação infantil, e também verificar o quanto a música é importante para as crianças pequenas, verificando a excelência de seu aprendizado e a melhor contribuição no meio social das crianças e procurar a entender ou perceber maneiras de interação por meio deste e vários outros trabalhos. Analisar qual melhor maneira dê-se trabalhar em sala na educação infantil e procurar de maneira significante o quanto a música é gratificante, ou seja, a música é uma ferramenta para ser trabalhada com as crianças e aqui neste trabalho foi bem destacada. Verificou-se mediante desta pesquisa o quanto a música é rica e traz um desenvolvimento extraordinário na infância, ajuda em todo o desenvolver da criança. Por esta questão é imprescindível debater uma formação para professor para que insiram o uso da música na educação infantil aprofundando esse conhecimento num período de graduação. Este trabalho não tem a intenção de substituir formações de profissionais na área, mas sim sugerir uma revisão e uma complementação de alguns conceitos que podem ser repensados na ideia de novos modelos educacionais e musicais. É importante pensar nas seguintes questões. “O que é música?”, “Quais possibilidades posso considerar importante com a presença de música na educação infantil. Por que”?”,“ Esse trabalho vem sendo realizado nas escolas?” Deve-se somente respeitar o desenvolvimento da criança, reconhecendo a mesma como agente de sua aprendizagem, as atividades sugeridas ativam a imaginação a autonomia também a cooperação e a criatividade. Foi citadas maneiras de como as brincadeiras favorecem no aprendizado ou na alfabetização na Pré-Escola para que se transforme em experiências vivas, enriquecedoras e agradáveis.
O procedimento deste trabalho foi organizado, sendo indutivas nas verdades mais particulares as leis e teorias gerais, para os acontecimentos relativos ou que se baseiam nos fatos, sendo esta pesquisa uma documentação indireta – pesquisa bibliográfica: livros, artigos e outros recursos de informações (revista, boletins, jornais), onde pode ser encontrados em bibliotecas, sites da internet entre outros autores. Segundo Demo (2003):
Por questionamento, compreende-se a referência à formação do sujeito competente, no sentido de ser capaz de, tomando consciência crítica, formular e executar projeto de vida no contexto histórico [...] Por reconstrução, compreende a instrumentação mais competente da cidadania, que é o conhecimento inovador e sempre renovado. Oferece ao mesmo tempo, a base da consciência crítica e a alavanca da intervenção inovadora, desde que não seja mera reprodução de cópia e imitação. Não precisa ser conhecimento totalmente novo, coisa rara, aliás. Deve, no entanto, ser reconstrutivo, o que significa dizer que inclui interpretação própria, formulação pessoal, elaboração trabalhada, saber pensar, aprender a aprender (DEMO, 2003, p. 10).
3.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Na missão de efetivar esse trabalho num tema maravilhoso, deu para comtemplar várias funções e demonstração do ato motor, onde se observa de perto aspectos específicos da motricidade da criança. Investigar como a música influência no desenvolvimento e aprendizado da criança na educação infantil. Com uma breve história do tema estudado, este artigo mostra que desde nossos antepassados os gestos e os ritmos já existiam, e que usar essa prática hoje vale muitíssimo, no ensino-aprendizagem, pois uma criança que já está alfabetizada pode entrar numa escola musical, porque nessa fase ela irá aprender em primeiro momento o que é música, os diferentes sons; pois existe o som musical e o som não musical / o som natural e o som produzido. Sendo também necessário mostrar diferentes instrumentos musicais através de fotos e vídeos ou até mesmo se ter algum instrumento musical porque não manuseá-lo, pois criança é curiosa e prestativa, ama ver algo diferente, e como existem vários instrumentos, uns pequenos outros grandes elas ficam encantadas diante de tal arte. Nisso a criança entenderá os movimentos, a altura, o ritmo etc., sendo assim, no caso de a criança estudar a música em particular. Mas na escola de educação infantil, também não é tão diferente, pois o educador pode animar até crianças com idade de berçário com musicas, desde que os sons não sejam agressores ao ouvidinho dos bebes, sendo assim isso pode ser feito e essa didática traz resultados satisfatórios. Como está no longo desta pesquisa usam-se inúmeras maneiras para trabalhar com os pequenos inclusive como já foi citado sobre o uso de instrumentos fabricados entre eles mesmos, porque valoriza suas próprias artes e os deixa entusiasmados também. É muito importante que a escola tenha esse material disponível ou que o professor por livre arbítrio compre alguns podendo deixar na escola, para aquele momento em que for usar numa aula bem dinâmica e rítmica possa estar em fácil acesso. Com isso a criança desenvolverá um profundo interesse em participar das atividades desenvolvendo seus movimentos intelectos e motores e ainda o convívio com seus colegas. Este documento leva a analise de como essa área é ainda pouco explorada em vários lugares, questão que deve ser levada em consideração e questionada, e mais, colocada em prática e incluída nos currículos escolares, com a pretensão de propor uma ação pedagógica a começar por estudo e reflexão de vários conceitos.
REFERÊNCIAS
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BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.
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BARRETO, Siderlei de Jesus; Silva, Carlos Alberto da. Contato: sentir os sentidos e a alma: saúde e lazer para o dia a dia. Blumenau. Acadêmica, 2004.
FRANÇA, Eurico Nogueira. A Música no Brasil. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1953.
GAINZA, V.H. La improvisacion musical. Buenos Aires: Ricordi Americana, 1983.
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WEIGEL, Anna Maria Gonçalves. Brincando de musica: Experiências com sons, ritmos, música e movimentos na pré-escola. Porto Alegre: Kuarup, 1998.
ZAGONEL, Bernadete. Brincando com música na sala de aula: Jogos de criação musical usando a voz, o corpo e o movimento/ Bernadete Zagonel. – Curitiba: Ibpex, 2011. (Serie Educação musical).