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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA VISÃO DO PAULO FREIRE

José Sousa Ribeiro Junior
Elisangela Bosi Dalla Costa Moreira
Juliani Aparecida Bosi
Ana Paula Bezerra Contte
Silvana da Silva Cunico

 

RESUMO

A educação de jovens e adultos passou por momento difícil de muitos conflitos no Brasil, muitas pessoas eram consideradas analfabetas devidas falta de escolaridade por não ter oportunidade ou não tinha tempo de estuda. Esta pesquisa é focada na visão do Paulo freire sobre o método da concepção bancária na sociedade, e o método de alfabetização que possibilitara o professor ensinar em diferentes maneiras diversificadas. A alfabetização mostra a importância de promover a conscientização do cotidiano do educando, e a compreensão da realidade social, compreendo as metodologias e os recursos didáticos que são utilizados no EJA. O educador deve embasar teoricamente para poder identificar métodos mais adequado que despertem no jovem e adulto o interesse a conscientização e a criatividade. Através do material do didático os professores podem construir debates entre os alunos com objetivo de levantar o conhecimento do educando, podendo perceber o vocabulário que faz parte da comunicação entre eles, e o objetivo geral do estudo é compreender como acontecer esse processo de alfabetização na educação de jovens e adultos. Esta pesquisa descrever especificamente como aconteceu alfabetização que tem como bases em Paulo freire para analise dos objetivos foram embasadas pela metodologia teórica bibliográfica, tendo como base também no autor da metodologia Pedro demo sobre “educação e alfabetização científica”.

 

Palavra - chave: Educação de jovens e adultos. Alfabetização. Métodos e práticas.










  1. INTRODUÇÃO

 

A alfabetização de jovens e adultos é um tema de referencia para a educação brasileira. Dentre as diversas práticas vivenciadas com este público, nos preocupamos, com o ato de ensinar e com as convicções de que este ato mobiliza e promove o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos da EJA. Baseamos nossa produção nas ideias de Paulo Freire.

Neste sentido, essa produção analisou os fundamentos da alfabetização na visão de Paulo Freire que sempre acreditou em uma educação melhor para jovens e adultos através da cultura é do cotidiano, ao alfabetizando e visando promover na educação a conscientização da importância de despertar o interesse do aluno na aprendizagem. Podemos conhecer os métodos e a práticas educativas do Paulo Freire onde precisamos ter mais trocas de experiências com educando podendo compreender o desafio de ensinar além das cartilhas.

Foi desenvolvido este tema pretendendo descrever o que acontece na Alfabetização da educação de jovens e adultos, tendo toda essa base no mestre Paulo Freire que mostra o método da concepção bancária de educação, que é caracterizada como Instrumento de Opressão como uma problematização da sociedade existindo a desigualdade social. Freire, (1987.p.33) comenta que:

Na visão bancária da educação, o saber é uma doação dos que se julgam Sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro.

As pesquisas estão sendo constituídas teóricas e as fontes básicas para elaboração do trabalho foi o autor Álvaro Viera Pinto onde há diversas passagens da importância na obra do filósofo, sempre vinculado às leituras de Paulo Freire onde discutir o problema da alfabetização no livro “Sete lições sobre educação de adultos” tendo como procedimento da metodologia científica no livro “ciência e existência: problemas filosóficos da pesquisa científica”. E a através do artigo A concepção de educação de Paulo Freire para “jovens e adultos” do Joger Elissander Novato Balbino a pesquisa realizada é bibliográfica.

Educando como portador de um conhecimento na sua concepção de alfabetização, o livro “Pedagogia do Oprimido” onde diferencia da educação bancária da educação dialógica, buscando o levantamento sobre o assunto no artigo “A concepção de educação do Paulo Freire para jovens e adultos”. Álvaro Vieira Pinto (1991) “em obra de importância, garante que não se pode aceitar o pressuposto de que o analfabeto seja “tabula rasa” como se não fosse possuidor de desejo, paixão, angústia, e capaz de explicitar carências, bem como suas lutas cotidianas e coletivas”. A pesquisa cientifica foi embasada no autor Pedro demo em seu livro “Educação e alfabetização científica” que fala sobre a realidade da alfabetização apresentando a qualidade dos professores é a aprendizagem na educação mostrando escolaridade mais menos quantitativa, analisando o nível do alfabetismo no Brasil.

  1. A ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: A VISÃO DE PAULO FREIRE

A educação de jovens e adultos na visão do Paulo freire teve como uma proposta de mostra nos seus métodos a capacidades do educando, para desenvolver aprendizagem na forma de pensar sem repetição baseados no seu cotidiano, construindo palavras que são formadas assim facilitando o entendimento dos alunos. 

Nós educadores devemos está sempre buscando conhecimento teoricamente apontando os melhores métodos, que despertem o interesse no jovem e nos adultos a conscientização do querer saber mais sempre.

O educador Paulo freire não é a favor das cartinhas que faz existir um distanciamento da realidade dos educandos no processo de alfabetização, afirmando que as palavras devem ser criadas e não “doadas” como também o alfabetizando é o sujeito e não objeto da alfabetização, há décadas que buscam até hoje e métodos e prática adequada para o aprendizado de jovens e adultos. Freire, (1979, p.72) comenta que: 

A alfabetização não pode se fazer de cima para baixo, nem de fora para dentro, como uma doação ou uma exposição, mas de dentro para fora pelo próprio analfabeto, somente ajustado pelo educador. Esta é a razão pela qual procuramos um método que fosse capaz de fazer instrumento também do educando e não só do educador.



Que a alfabetização dentro das suas atividades de ensino se apresentava dentro do contexto escolar desmotivastes onde não existia a reflexão sobre assunto, pois trazia suas respostas prontas, essas práticas estavam desvinculadas da realidade de seus educandos.

Paulo Freire afirmar durante suas pesquisas de campos a confirmação de que as metodologias e os materiais didáticos utilizados tornavam ainda mais a desmotivação dos alunos que acabava desistindo dos estudos. Após perceber a falta da motivação tendo a sua conclusão Freire elaborou o seu método partindo para o desafio de alfabetizar além das cartinhas, que não apoiava o processo de ensinar através repetição de palavras soltas ou frases criadas de forma forçada na linguagem da cartinha. Freire relata que:

[...] seria impossível engajar-me num trabalho de memorização mecânica dos ba-bebi- bo-bu, dos la-le-li-lo-lu. Daí que também não pudesse reduzir a alfabetização ao ensino puro da palavra, das sílabas ou das letras. Ensino em cujo processo o alfabetizador fosse “enchendo” com suas palavras as cabeças supostamente “vazias” dos alfabetizados. Pelo contrário, enquanto ato de conhecimento e ato criador, o processo da alfabetização tem, no alfabetizando, o seu sujeito. O fato de ele necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer relação pedagógica, não significa dever a ajuda do educador anular a sua criatividade e a sua responsabilidade na construção de sua linguagem escrita e na leitura desta linguagem. Na verdade, tanto o alfabetizador quanto o alfabetizando, ao pegarem, por exemplo, um objeto, como laço agora com o que tenho entre os dedos, sentem o objeto, percebem o objeto sentido e são capazes de expressar verbalmente o objeto sentido e percebido. [...] A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Esta montagem não pode ser feita pelo educador para ou sobre o alfabetizando. Aí tem ele um momento de sua tarefa criadora.

 

O educador deve está envolvido com a realidade do educando saber ouvi-lo sua experiência cotidiana facilitando o planejamento da aula, na forma mais homogênea possível apresentando materiais que apresentem o sentido para a vida dos alfabetizados, assim proporcionando momentos de reflexão que possibilite a liberdade do aprender na forma mais motivadora de alfabetiza. Ainda segundo Freire (1987) a concepção bancaria de educação na sua visão é uma crítica à educação que existe no sistema capitalista. Nessa concepção Freire (1987, p.34) comenta que: 

O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição; o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam; o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos se acomodam a ele; o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os

Educandos, meros objetos.

A educação bancária tinha o seu princípio de dominação, através do educador para o aluno do conhecimento transmitindo e imposto, alienado nessa concepção é algo que vai ser passando passivamente: Freire (1987.p.33) comenta que:

Na visão bancária da educação, o saber é uma doação dos que se julgam Sábios aos que julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão - a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre no outro.

 

Essa concepção bancária da educação que se fundamenta no antidiálogo, Freire (1987) apresenta característica que servem de opressão. (1987, pg.78-79-83-86-) elas são caracterizadas como: 

Conquista: A necessidade de conquista se dá desde as mais duras às mais sutis; das mais repressivas às mais adocicadas, como o paternalismo.

Divisão: Na medida em que as minorias, submetendo as maiorias a seu domínio, as oprimem dividi-las e mantê-las divididas são condições indispensáveis à continuidade de seu poder.

Manipulação: Através da manipulação, as elites dominadoras vão tentando

Conformar as massas populares a seus objetivos. E quanto mais imaturas

Politicamente estejam, tanto mais facilmente se deixam manipular pelas elites dominadoras que não podem querer que se esgote seu poder.

Invasão cultural: a invasão cultural é a penetração que fazem os invasores no contexto cultural dos invadidos, impondo a estes sua visão de mundo, enquanto lhes freia a criatividade, ao inibirem sua expansão.

 

A concepção bancária não exige a consciência crítica do educador e do educando negando a dialogicidade nas relações entre o sujeito e a realidade, é totalmente diferente da educação libertadora segundo freire a libertação dessa concepção e o conhecimento da realidade do homem este reconhecem o seu caráter histórico e transformador, assim tendo a necessidade de entender a sua vocação ontológica como ponto de partida para uma consciência libertadora.

Esse comprometimento com a transformação social é a premissa da educação libertadora e a real ponto de partida do Paulo Freire na visão de uma realidade onde o homem já não era sujeito de si próprio, se referindo no sentido de sua vocação, deixando de ser o sujeito de seu agir e de sua própria história. A educação libertadora nos mostra característica para que essa educação aconteça. Freire (1987pg. 96; 99; 102; 104) relata seguintes:

Co-laboração: a ação dialógica só se dá coletivamente, entre sujeitos, ainda que tenham níveis distintos de função, portanto de responsabilidade, somente pode realizar-se na comunicação.

União: a classe popular tem de estar unida e não dividida, pois significa a uniãosolidária entre si, implica esta união, indiscutivelmente, numa consciência de classe.

Organização: é o momento altamente pedagógico, em que a liderança e o povo fazem juntos os aprendizados da autoridade e da liberdade verdadeiros que ambos, como um só corpo, busca instaurar, com a transformação da realidade que os mediatiza.

Síntese cultural: consiste na ação histórica, se apresenta como instrumento de superação da própria cultura alienada e alienante faz da realidade objeto de sua análise critica. 

 

A educação proposta pelo Paulo Freire tem muita diferença da tradicional que trata o aluno como um objeto a modelar por tempo determinado, existindo o processo transmissão do saber do professor para o aluno abominando dentro de outras coisas a dependência dominadora.

A ação educativa libertadora existe sempre a troca horizontal entre educador e educando exigindo nesta troca de conhecimento atitudes de transformação da realidade que passa a conhecer dentro e fora do contexto escolar, e por isso que a educação libertadora estar à cima de tudo, uma educação conscientizadora na medida em que busca conhecer a realidade do aluno.

 Para poder intervir no sentido de quanto mais ter diálogo do conhecimento frente ao mundo, os educandos sentirão desafiados à busca respostas levados ao estado de consciência crítica e transformadora de frente da sua realidade. 

O Freire crítica a educação bancária que considera o aluno como uma “tabula rasa”, ele propõe uma educação que fosse instrumento de transformações sociais, que levasse a pessoa a conscientização.

A preocupação do Paulo Freire na educação jovem e adulta e o analfabetismo que para ele o pior analfabeto era aquele que não ler o mundo. Destacando isso no livro “A importância do ato de ler”. Sempre a educação freireana seja aqui no Brasil ou em outros países está voltado para a conscientização em vencer primeiro o analfabetismo político, depois ensinar ler o seu mundo próximo da sua realidade tendo como partida a sua experiência do seu meio.

Na educação e alfabetização científica o autor Pedro demo buscou fundamentar nas concepções das práticas do alfabetismo podendo deixa vigente à ciência, de que precisamos trabalhar o lado da alfabetização dentro do contexto escolar e na universidade, incluído os alunos no mundo do conhecimento científico.

 Podemos perceber no decorrer do seu livro em que o Demo relata a nossa realidade educativa sobre a alfabetização se referindo tanto quanto a qualidade do professor e a aprendizagem do nosso país, questionado a “progressão automática” que muito usada dentro do desenvolvimento da aprendizagem das crianças tendo como a tese de não reprovar tornado mais para enfrente o problema da falta de ensino podendo encontra ainda analfabeto. Classificando o alfabetismo em vários níveis que podem ser encontrados no educando. Demo (2010, pg.39)

Alfabetismo- nível rudimentar corresponde à capacidade de localizar informação explicita em textos curtos e familiares (como anúncio ou pequena carta), ler e escrever números usuais e realizar operações simples, com manusear dinheiro para pagamento de pequenas quantias ou fazer medidas de comprimento usando fita métrica. Alfabetismo - nível básico: pessoas podem ser consideradas funcionalmente alfabetizadas, pois já leem e compreendem textos de média extensão, localizam informações mesmo que seja necessário realizar pequenas inferências, leem números na casa dos milhões, resolvem problemas envolvendo sequência simples de operações e têm noção de proporcionalidade. Mostram, porém, limitações quando as operações requeridas envolvem maior número de elementos, etapas ou relações. Alfabetismo nível pleno: pessoas cujas habilidades não mais impõem restrições para compreender e interpretar textos em situações usuais: leem textos mais longos, analisando e relacionando suas partes, comparam e avaliam informações, distinguem fato de opinião, realizam inferências e sínteses.              

São usados esses níveis para mapear e buscar mais clareza na hora de saber das habilidades é praticas de leitura do alfabetismo, podemos perceber na citação do Demo que o educando tem vários saberes que existem certas limitações na sua aprendizagem e as medidas de seus cotidianos que é usado durante as suas vidas em plena sociedade capitalista focando sobre “capacidade de acessar e processar informações escritas como ferramenta para enfrentar as demandas cotidianas”. 

Cada vez mais o aumento da cifra do alfabetismo básico e o pleno tem certa queda no índice do resultado que é mostrada na tabela da escolaridade brasileira, a educação vem se colocado na visão onde não existe mais a produtividade da escola, e a assim sendo tratada como improdutiva devida da falta de qualidade educativa.

1.2 O MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO DO PAULO FREIRE

Os métodos de alfabetiza do Paulo freire sempre foram o grande referencial nos últimos 30 anos onde para ele deve existe o sujeito do próprio conhecimento que é o educando adulto e não como objeto. Entender que os jovens e adultos são portadores de um conhecimento na sua cultura e experiências, palavras que são geradoras são extraídas do seu universo vocabulário são temas de discussão nos círculos de cultura.

O método Paulo freire e baseado nas palavras geradoras que é o ponto principal para alfabetiza, levantando dentro do universo dos alunos o vocabulário do seu cotidiano. Freire (1987, p.6)

Estas palavras são chamadas geradoras porque, através da combinação de seus elementos básicos, propiciam a formação de outras. Como palavras do universo vocabular do alfabetizando, são significações constituídas ou re-constituídas em comportamentos seus, que configuram situações existenciais ou, dentro delas, se configuram. Representativos das respectivas situações, que, da experiência vivida do alfabetizando, passam para o mundo dos objetos. O alfabetizando ganha distância para ver sua experiência: “ad-mirar”. Nesse instante, começa a descodificar.

 

Quando tem a tronca de vocabulário através educador com educando dentro de uma conversa informal, assim podemos seleciona as palavras mais usadas na comunidade que servirão de base para as lições. Juntado todas essas palavras geradoras elas são apresentadas em cartazes com imagens.

No circulo de cultura e discutido na realidade de cada turma o significado com isso o professor pode passar para etapas seguintes do aprendizado que consiste em a leitura da realidade social que se vive e a da palavra escrita que se traduz.  

O principal objetivo da alfabetização de adultos se resume três palavras é promover a conscientização, a compreensão do mundo e o conhecimento da realidade social. 

Freire propôs a nós educadores o uso das palavras geradoras na alfabetização em EJA. Freire (1987, p.6) nos mostra que através dessas palavras.

 

[...] surge à comunicação, o diálogo que criticista e promove os participantes do círculo. Assim, juntos, re-criam criticamente o seu mundo: o que antes os absorvia, agora pode ver ao revés. No círculo de cultura, a rigor, não se ensina, aprende-se em “reciprocidade de consciências”; não há professor, há um coordenador, que tem por função dar as informações solicitadas pelos respectivos participantes e propiciar condições favoráveis à dinâmica do grupo, reduzindo ao mínimo sua intervenção direta no curso do diálogo.

 

Esse processo da leitura da realidade dos educandos jovens e adultos é fundamental para seleção das palavras que facilitara a aprendizagem da leitura e da escrita, os pressupostos dessa teoria freiriana envolvem em três etapas.

. A primeira e investigar e conhecer o universo vocabular dos educandos, freire (1987, p.6) relata que “essas palavras, oriundas do próprio universo vocabular do alfabetizando, uma vez transfiguradas pela crítica, a ele retornam em ação transformadora do mundo”. 

Podemos perceber que o diálogo é importante para o surgimento de temas ou palavras geradoras que proporcione a discussão do problema que a comunidade está passando assim problematizando na forma crítica, participativa em sala de aula. As etapas do método Paulo freire eram segundo Freire (2000, p.32): 

 

Etapa de investigação: em que a busca era conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive.

Etapa de tematização: que era o momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.

Etapa de problematização: momento em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.

 

A etapa seguinte separar do tema gerador discutido as palavras que possam ser utilizadas como palavras geradoras, cria-se um conceito para o surgimento de vários temas que possam aborda dentro do universo do educando usando diversos conhecimentos onde está inserido no seu meio social facilitando aprendizagem. Freire valoriza o meio do educando, a sua história cotidiana, cultura, a sua experiência interior do aluno, sendo um ponto positivo da aprendizagem. Freire (1987, p.6) pontua:

 

As palavras geradoras: palavras geradoras em seu contexto existencial ele a redescobre num mundo expressado em seu comportamento. Conscientiza a palavra como significação que se constitui em sua intenção significante, coincidente com intenções de outros que significam o mesmo mundo. Este – o mundo – é o lugar do encontro de cada um consigo mesmo e os demais.

 

As palavras geradoras devem está em uma sequência lógica, as silabas trabalhadas em sala de aula devem ser registradas na ficha ou no próprio caderno dos alfabetizados, depois deverão ser incentivados a construir novas palavras assim descobrindo as semelhanças ou diferenças entres elas.

O uso do alfabeto móvel e do quadro e excelente para formação de novas palavras nesse processo que devem ocorrer à leitura e a escrita, para que o aluno possa perceber a relação oral das vogais e das consoantes nos fonemas possibilitando o reconhecimento sonoro das letras e das sílabas. 

Todas as palavras por mais simples que apareça pode ser problematizada conforme Freire afirma (1987, p.57): “Assim é que, no processo de busca da temática significativa, já deve estar presente à preocupação pela problematização dos próprios temas, por suas vinculações com outros por seu envolvimento histórico-cultural”.

Alfabetizar não é aprender a repetir palavras mais está construindo a sua própria cultura, os “círculos de cultura” oferecem a oportunidade de debate, de problematização, de conscientização.

 O método de alfabetização do Paulo freire integra a leitura da palavra á leitura do mundo identificando e alfabetizando como sujeito da aprendizagem, portando o conhecimento que ocorre através das experiências, do diálogo, e da construção de significados.

      Segundo Brandão (2001, p.54) O método quer dizer caminho. "Um método serve para dizer como é que a gente pode sair de um lugar e caminhar, com as palavras e com as ideias, para chegar a outro lugar".

Cada desenvolvimento de um método diferentes dentro da sala de aula pode deixa como educador uma livre liberdade de escolha, desafiando o interesse apagado por constante opressão que nem percebemos na hora de trabalha certo conteúdo, viver mais essa troca diálogos, abrindo novos caminhos gerados pelas palavras na maneira que podemos conhecer o universo vocabular dos educandos.

Segundo o freire o verdadeiro educador é aquele que não ri do seu educando não ri da sua ingenuidade, o professor tem que superar junto ao aluno a dificuldade de alfabetiza criando um lanço que podem levar até suas limitações de ensinar no jeito mais libertador possível, para facilitar aprendizagem no decorre da sua problematização.

O método do Paulo freire sempre é baseado no levantamento das palavras geradoras dentro do universo do adulto e jovem através de conversas informais, o educador tem que observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade assim seleciona as palavras que serviram como base para lições. Conforme explica Freire (1987, p.50).

  [...] nos parece que a constatação do tema gerador, como uma concretização, é algo a que chamamos através, não só da própria experiência existencial, mas também de uma reflexão crítica sobre as relações entre homens-comuns e homens-homens.

 

Essa firmação do freire mostra a constante reflexão crítica sobre as relações entre educador e educandos que pode existi um compromisso na forma de concretização da maneira mais adequada para alfabetizar “homens-comuns e homens-homens”.

1.3 A IMPORTÂNCIA DA NECESSIDADE DA PREPARAÇÃO DO PROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 

E muito importante que o docente com o seu trabalho de alfabetizar na educação de jovens e adultos deve está comprometido com a sociedade, cuja responsabilidade é preparar os alunos para tornarem-se cidadãos ativos, críticos e participante dentro do mundo de trabalho da cultura e da política, Por isso que o educador é importantíssimo na educação por que contribui para a construção da conscientização humana.

A maior responsabilidade do professor quando falamos de ensino que é destinado a jovens e adultos, levando em considerações uma série de fatores que causa esses alunos ir atrás dessa modalidade de ensino o Eja. Em sua maioria vêm para escola após uma jornada cansativa de trabalho, são pessoas que tem diversos problemas sejam familiares profissionais ou sociais.

O educador que atua na área da educação de jovens e adultos deve estar preparado para atender esses alunos em todas as suas especificidades.

 Ele deve conhecer mais afundo o seu aluno, na forma de relaciona o seu conteúdo a ser ministrado, com o cotidiano e a realidade social de cada um considerando seus sonhos por melhores condições de vida na satisfação familiar e pessoal. O profissional educador deve está embasado teoricamente para adquirir o conhecimento apontado em métodos que despertem no jovem e nos adultos, a conscientização, a criatividade e o interesse em querer saber sempre mais. Para que tudo isso contribua na aprendizagem desses alunos e necessário que o material didático utilizado pelo educador, seja construindo debates entre ele e os educandos com o principal objetivo de fazer um levantamento dos conhecimentos dos alunos até mesmo no vocabulário no universo de comunicação educativa. 

O freire afirma (1998, p.72): “A pratica docente, especificamente humana é profundamente formadora e por isso ética”, ou seja, o educador tem uma grande responsabilidade em suas mãos, pois a sua prática e formadora a maneira como conduz ou ensina os seus alunos para formação de jovens e adultos.      

 Hoje na atualidade estamos em mundo onde a globalização exige cada vez mais dos profissionais, o processo da desigualdade social vem crescendo constantemente as classes educacionais têm sido prejudicadas pela ausência do processo de alfabetização, gerando alienação social ao sistema capitalista opressor.

Para que o educador seja capaz na contribuição nas mudanças educacional e social é preciso estar atento a esta realidade os problemas para poder ser capaz de atuar na realidade transforma-la provocando mudanças sabemos que não nasce no dia para outro, como diz Freire (1992, p. 22) “[...] Ele é construído a partir de sua atuação como compromisso político visando mudanças e partindo de experiências vivenciadas no cotidiano das relações é possível chegar a conhecer a realidade”.

As classes populares em sua realidade se encontram desconhecida dentro do conhecimento do educador que não levam em consideração esta realidade no processo de ensinar e aprender. 

Todos nós educadores devemos conhecer a realidade que essas classes populares enfrentam existindo levando a liberdade de autonomia, como diz Freire (1998, p. 121): “Autonomia enquanto amadurecimento do ser para si, é processo, é vir a ser, não ocorre em data marcada, é neste sentido que uma pedagogia da autonomia tem de estar centrado em experiências respeitosas da liberdade”.  

   Na educação Freire coloca o ser humano levando a ser mais dentro do seu contexto em que ele vive a suas relações cotidianas na intenção de reflexões no processo educativo. Devemos saber que vivemos numa sociedade opressora, que busca inibir todo tipo de ação de uma pedagogia libertadora no sentido que impeça construir a sua liberdade a ser tornarem mais críticos.

 Podemos perceber que esta realidade, vimos que a educação deve ser desenvolvida na maneira mais dinâmica na qual os educadores podem trabalha em conjunto no processo de ensino- aprendizagem interagindo de forma construtiva e coletiva fazendo que educandos participem conjuntamente, respeitando as suas dificuldades e culturas. 

As instituições e os educadores dever ter uma visão transformadora da educação para torná-la uma educação libertadora, tendo objetivos claros e bem traçados para desenvolver atividades planejadas, conteúdos bem organizados, métodos e recursos de ensino atrativos e interessantes assim os alunos vai ter um melhor entendimento no que é ensinado facilitando aprendizagem. Na alfabetização exige um referencial teórico onde a prática já é uma teoria adequada segundo Paulo Freire o projeto histórico e a conquista de uma nova hegemonia, a educação tem a função política de contribuir nas condições necessárias na hegemonia popular. 

A formação do educador de jovens e adultos requer a valorização da profissão no sentido de oferecer melhores condições de trabalho e remuneração, no quadro educacional brasileiro nos dias atuais exigir cada vez mais qualificação do educador as condições de trabalho fortemente marcado pela globalização vem sendo o problema que trás diferentes maneiras de ver a realidade educacional Geraldi (1998, p. 92) fala que: “O estado oferece ao professor condições mínimas de trabalho e remuneração, mais exige desta dedicação, desenvolvimento e motivação máximo dentro de um projeto político nem sempre explícito.”.

O quadro desvalorização do educador coloca o magistério como uma criação de subemprego dentro do contexto do mundo que é marcado pela globalização requer o alcance de melhorias profissional do educador de jovens e adultos construindo formação que oferecer-lhe a oportunidade de ampliar os seus conhecimentos diante desta realidade.

Hoje nos dias atuais, a formação do educador vem sendo aprimorada por meio de processos de formação continuada como grupo de estudos, cursos de especialização aos poucos a educação ampliam-se os espaços de debate entre educadores havendo muito por se fazer, devindo as condições precárias de trabalho e de salário.

Freire diz “Ninguém educa ninguém e ninguém aprende sozinho” quando nós educadores planeja o ensino que realizado coletivamente podem render boa concepção emancipatória de educação. O espaço educativo existir o conhecimento que permitem repensar a prática e a teoria, fazendo que os alfabetizadores possam contribuir para os debates criados nos cotidianos dos alunos aproveitando a suas experiências sendo aproveitada no desenvolvimento da escrita e da leitura crítica.

 Ensinar exige de nós educadores muita paciência, pesquisa, saber escutar, dialogar, respeitar, ter disposição para mudar constantemente para aprender mais a maneira de buscar através da pesquisa os métodos adequados para cada formação que atuamos na educação. 


















  1. METODOLOGIA

O estudo proposto para investigação do processo da educação jovens e adultos na visão do Paulo freire, sugere o uso da abordagem qualitativa da pesquisa possibilitando compreender, analisar, interpretar o processo da alfabetização, de acordo com o autor científico Pedro demo o crescimento do alfabetismo vem crescendo por causa de falta de qualidade educacional. 

O autor Álvaro Viera Pinto onde há diversas passagens da importância na obra do filósofo, sempre vinculado às leituras de Paulo Freire onde discutir o problema da alfabetização. Álvaro Vieira Pinto (1991) “em obra de importância, garante que não se pode aceitar o pressuposto de que o analfabeto seja “tabula rasa” como se não fosse possuidor de desejo, paixão, angústia, e capaz de explicitar carências, bem como suas lutas cotidianas e coletivas”.

Objetivos foram embasados nas ideias do Paulo freire e o questionamento no o artigo da à concepção de educação de Paulo Freire para “jovens e adultos” do Joger Elissander Novato Balbino que a pesquisa realizada bibliográfica assim se aprofundando na pedagogia socrática que é reflexão sobre a natureza e o sentido da educação com objetivos de alcançar em torno da formação desses jovens e adultos.

Na visão bancária era considerada como instrumento de opressão a forma de torna algo absoluto da ignorância, podendo ter toda reflexão do problema que o capitalismo pode trazer, percebendo as causas que a concepção bancária se impõe para seus educando nesta distorcida visão educativa, negando a busca do conhecimento sendo fichadores das coisas que receber e arquiva, através da sua memorização dos conteúdos deixam de lado a vivencia de suas experiências cotidiana que possibilitaram várias maneiras diferente de aprendizagem. Na metodologia científica da pesquisa o autor Pedro Demo do livro “Educação e alfabetização científica” têm como resposta mostrar a realidade do alfabetismo do Brasil analisando-se o nível de escolaridade é a evolução da alfabetização que é alvo mais questionável durante o trabalho junto com a visão bancária na educação.

 Devemos buscar métodos é praticas que possam despertar o interesse de aprender havendo diálogo onde possa abrir vários meios entre educando assim podendo desenvolver sua aprendizagem educativa é possibilitando uma educação com mais diversidade possível dentro da sala de aula.

 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os educadores deverão está sempre envolvido com mundo do educando para que possa proporcionar diversas maneiras diferentes de desenvolver uma leitura e temas o que mais atraem, possibilitando a esses leitores a busca da importância do conhecimento para suas vidas, podem existir a descoberta de assunto que tenha mais a proximidade da sua realidade, onde estão inseridos dependendo do seu contexto social e faixa etária. 

O professor tem que abrir espaço em seu contexto escolar em uma forma de possibilitar a existência da sua interação e a participação de todos que possam expressar suas ideias, suas experiências e dificuldades durante a prática da aprendizagem educativa. O EJA passou por vários desafios e transformações na educação até conseguir um lugar em nossa sociedade, garantindo aos jovens adultos o ensino de qualidade e o reconhecimento da sua importância no alfabetismo. 

Para Paulo Freire, (1987, p. 39) “ninguém ensina nada a ninguém e ninguém aprende nada sozinho”, ele diz que somos capazes como educador aprender uns com outros é ensinar para diferentes faixas etárias de idade, sendo um professor que desempenha buscar sempre o novo aprender todos os dias, tornando o seu saber sem acha que sabe de tudo. Segundo Freire o bom professor vai ser aquele que junto com educando procura buscar superar as dificuldades do seu lado, existindo a cumplicidade do não saber, ensinando na maneira que tenha uma relação de trocas ideias desenvolvendo aprendizagem, é necessário elaborar conhecimentos através de situações desafiadoras. A educação bancária na visão do Paulo freire não bem vista devido a sua forma de ver o educador um sujeito que não tem capacidade de aprender não possibilitando existir novos conhecimentos.

O ato de educar é um ato de criação e recriação é um ato político, não podemos deixa de lado o dialogo que é fundamental no desenvolvimento do sujeito, para estrutura social de transformação e de conscientização dentro da sociedade, o alfabetizar não é só por repetições de palavras, mais criar e recriar palavras novas através da sua própria cultura. 

 

REFERÊNCIAS

 BRANDÃO, C. R. História do menino que lia o mundo. 2.ed. Veranópolis, RS: ITERRA,2001.

 

Ciência e Existência: problemas filosóficos da pesquisa científica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

 

Demo, Pedro. Educação e alfabetização científica/Pedro Demo. –Campinas, SP: Papirus, 2010. – (coleção Papirus Educação).

 

DREYER, Loiva – FAPI. Alfabetização: O olhar de Paulo Freire. X congresso nacional de educação-Educere. Curitiba: 2011. 

 

Freire, Paulo Régis Neves. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez Editora, 1982.

 

Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

 

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