IMPLICAÇÕES DA LEITURA NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM
ALMEIDA, Antônia Freitas da Silva
MENDES, Eliane Domingues Duarte
ALVES, Iara Liriam Valim
DELALIBERA, Maria Vanda B. Ribeiro
FERREIRA, Ticiane de Paula
RESUMO
Sabe-se que a leitura é de suma importância para o aprendizado, pois o mesmo é adquirido através de métodos e técnicas bem estruturadas levando o leitor ao conhecimento científico, que refletirá num sentido amplo. É também uma das maiores potências do vocabulário e expressão, envolvendo e informando o leitor com ideias, as quais lhe darão enfoques abrangentes para o conhecimento cultural do qual depende o seu progresso na vida. Sendo assim, o presente artigo buscou investigar quais são as implicações da leitura no processo de ensino-aprendizagem de séries iniciais e pesquisar sobre a necessidade e dificuldades da leitura dos alunos destas séries. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa, que utilizou como método de coleta de dados, a pesquisa de campo. Na pesquisa de campo foram feitas entrevistas com os alunos e professores da Escola Municipal Francisco Donizete de Lima que está situada no Bairro Nova Aliança em Sorriso MT. Os resultados obtidos foram de que a leitura é um dos instrumentos essenciais para que o indivíduo construa seu conhecimento e exerça a cidadania. Ela amplia nosso entendimento do mundo, propicia o acesso à informação com autonomia, permite o exercício da fantasia e da imaginação e estimula a reflexão crítica, o debate e a troca de ideias.
Palavras-Chave: Leitura – Ensino Aprendizagem – Personalidade – Aluno – Lúdico.
- INTRODUÇÃO
Entendemos que os problemas encontrados no processo de Ensino-Aprendizagem não podem ser atribuídos única e exclusivamente à professora, pois a falta de incentivo dos pais, o acesso restrito a materiais do mundo letrado por parte das crianças, e a falta de interação e apoio por parte da equipe técnica da escola são fatores que desfavorecem o êxito desse processo. A partir dessas questões fundamentais outros de igual relevância são manifestados:
- Será que a Escola anda unida com os pais?
- Como melhorar essa relação?
- Qual é a necessidade da leitura no ensino aprendizagem?
- Por que os alunos não leem espontaneamente?
- Qual é a dificuldade dos alunos em ter o hábito de ler?
- Compreendem a leitura como meio de formação e informação?
A partir destes questionamentos é que se propõe a pesquisar sobre a necessidade e dificuldades da leitura no ensino aprendizagem. Tendo como objetivo geral de identificar as concepções de alfabetização e letramento utilizadas pela professora.
A leitura é base de todo aprendizado, é através da leitura que se adquire tanto o conhecimento da língua como informações pertinentes a tudo que cerca o homem em sua sociedade e propicia uma visão mais crítica com relação ao mundo.
Sabe-se, que a leitura tem sido alvo de muitas discussões por motivo de haver muitas deficiências, tanto, da parte do professor, quanto por parte do aluno. Dessa forma, este nosso trabalho teve por objetivo apresentar algumas sugestões de como as dificuldades de leitura nas séries iniciais podem ser trabalhadas e superadas. Criando assim um ambiente propício, com condições, para que as atividades de leitura se efetivem de forma autêntica, libertadora e, sobretudo criativa, para que assim o aluno possa projetar-se como produtor e leitor de textos, e como cidadão transformador da sociedade.
Esse trabalho teve um papel primordial em relação à leitura, ele foi realizado através de levantamentos, referencial bibliográfico e desenvolvido por uma pesquisa descritiva, onde foi elaborado um questionário para alunos e outro para professores. Os dados obtidos têm por objetivos mostrar e comprovar a realidade de como é trabalhada a leitura na sala de aula.
Abordamos o desenvolvimento da linguagem, o desenvolvimento da leitura no espaço educativo escolar. Feita as observações o desenvolvimento do trabalho foi possível perceber como acontece à leitura dentro de uma determinada instituição escolar.
O estudo do desenvolvimento da linguagem é rico em explicações teóricas; em orientações bem diversas, senão até antagônicas.
Sabemos que nas orientações behavioristas, destacam-se as teorias de condicionamento, propostas por Skinner, Mowrer e Staats. Nssas teorias também estão incluídos os processos de mediação, que explicam a aquisição de significados e sintaxe. Mesmo havendo diferenças entre eles, uma coisa é certa, ambos consideram a psicologia como ciência natural. Já nas orientações racionalistas, destacam-se teoria que é chamada de psicolinguística, que está muito ligada ao naturalismo. Os teóricos baseiam-se na contribuição de Chomsky no campo da linguística.
Os estímulos internos, como os associados à fome ou sede também controlam o comportamento verbal. Os estímulos passam a atuar como catalisadores de respostas verbais quando forem reforçados por alimento e água. Assim sendo, os estímulos variados controlam muitas respostas verbais.
Quando a criança possui já algumas palavras reservadas, ela passa a ligá-las em grupo de duas palavras. Para Staats, este desenvolvimento de treinamento e que os pais fazem, expandindo as frases. E nesta fase, os pais já exigem mais de uma única palavra dos filhos, para que possa reforçá-lo, elogiá-lo é necessário das ou mais palavras. Por exemplo, não basta mais a criança dizer quer “comida” quando está com fome, precisa dizer “quero comida” ou “dá comida” para ser entendida.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Quando alguém nos dias de hoje se propõe a esquadrinhar o complexo universo da escolarização brasileira, vê-se diante de um tecido fragmentado, depara-se com diferentes tipos de análises, aglutinados pelo processo ensino-aprendizagem em pelo menos quatro recortes temáticos: as políticas públicas educacionais, as políticas de valorização dos profissionais da educação, as condições de trabalho dos professores e a Implicações da Leitura No Processo de Ensino-Aprendizagem. É exatamente sobre este último ponto que a pesquisa se debruça.
Estar alfabetizado, nessa perspectiva, envolve também o domínio da linguagem e a multiplicidade de funções da língua, onde produzir escrita não é apenas escrever. Para tal, é preciso pensar sobre a escrita, sobre o que ela realmente representa, é apropriar-se de aspectos essenciais nas práticas ligadas à escrita, é apropriar-se dela como objeto de conhecimento.
Todo educador sabe que o apoio da família é crucial no desempenho escolar. Pai que acompanha a lição de casa. Mãe que não falta a nenhuma reunião. Pais cooperativos e atentos ao desempenho escolar dos filhos na medida certa. Esse é o desejo de qualquer professor.
Sabemos que tudo o que se ensina na escola está diretamente ligado à leitura e depende dela para se manter e se desenvolver. Sendo assim, a leitura é a realização do objetivo de qualquer ensinamento proporcionado ao indivíduo.
A leitura amplia os conhecimentos do ser humano. É através dela ou mesmo pelo hábito de ler que o indivíduo se habilita a exercer os conhecimentos culturalmente construídos e dessa forma escala com maior facilidade os novos degraus do ensino, e em consequência atinge também sua realização profissional.
O ato de ler é função primordial da escola, e é esta que possibilita o educando a ler o mundo, de construir a sua própria história. É esse o papel da gestão escolar ao privilegiar na organização do trabalho pedagógico a prática da leitura e apropriação do conhecimento a partir de uma literatura.
Se observarmos a realidade que nos cerca, não existe outro caminho senão investir na educação para todos sem discriminação, há necessidade de que se ultrapasse a estrutura educacional atual. Colocada como base da educação, a leitura assume seu papel político democrático ou não, dependendo do grupo social a que está submetida.
Portanto se a escola pretende participar no processo democrático do país deve estimular a leitura nas séries iniciais, partindo em primeiro lugar de uma metodologia de ensino da aprendizagem.
Uma prática constante de leitura pressupõe o trabalho com a diversidade de objetivos, modalidades e textos que caracterizam as práticas de leitura de fato.
Formar um leitor competente é formar alguém que tenha iniciativa própria, capas de selecionar, que compreenda o que lê que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos, para que realmente o indivíduo assuma um papel crítico dentro da sociedade. Como afirma Kleiman.
A criança em fase de alfabetização lê vagarosamente, mas o que ela está fazendo é decodificar, um processo diferente da leitura, embora as habilidades necessárias para a decodificação (conhecimento da correspondência entre sons e letra) sejam necessárias para a leitura. O leitor adulto não decodifica; ele percebe as palavras globalmente e adivinha muitas outras, guiadas pelo seu conhecimento prévio e suas hipóteses de leitura. (KLEIMAN, 2002, p.13).
Através desse processo chegará à construção de uma visão de mundo crítico, embasada, capas de levar o cidadão a agir por si só, sem resquícios de uma sociedade dominadora e castradora de ideais. O indivíduo dito competente será dito um cidadão segundo o seu sentido denotativo.
Um trabalho quando é desenvolvido em parceria precisam dar-se as mãos, no caso, nesse trabalho, buscou-se desenvolver em parceria não apenas com as escolas envolvidas nessa empreitada, mas com a comunidade escolar, a família, principal parceira, a secretaria de educação e demais órgãos municipais que se interessou por essa questão.
Nosso trabalho foi desenvolvido através realização e a revisão bibliográfica referente ao tema abordado, aprenderam escrever cartinhas e bilhetes: A escrita de cartas como medição da leitura literária. O gênero carta na literatura para crianças e jovens. Leitura e produção de cartas literárias e não literárias. A correspondência com possibilidade de interação entre aluno-aluno e professor-aluno. Desenvolver literatura e vida cultural: A perceptiva é trabalhar as transformações do hábito de leitura.
Para os alunos não acostumados com a participação em atos de leitura, que não conhece o valor que possui, é fundamental ver seu professor envolvido com a leitura e com o que conquista por meio dela. “Ver alguém seduzido pelo o que faz pode despertar o desejo de fazer também” (PCNs, 2001, p. 58).
Com isso observou-se que não basta apenas dizer aos alunos faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço.
Desse modo, literatura e cultura são, nesse trabalho, consideradas não apenas como registro e representações da vida humana, mas também, e, sobretudo, como sistemas de significação cujas diferentes práticas perpassam toda sociedade. Produziram o jornal na escola, a leitura e a produção de textos jornalísticos, propiciaram aos alunos um trabalho com o gênio de relevância na sociedade, permitir a interação pela escrita, na escola.
Tradicionalmente, a leitura tem sido tomada na escola como cumprimento de uma finalidade, priorizando sons e letras, ou o simples processo de decodificação de palavras,
Segundo Silva que: “A leitura é sempre colocada como um evento desligado da esfera humana, caracterizada mais como um fenômeno físico que pode ser observado através de lentes de um microscópio. ” (SILVA, 1991, p. 54).
Construir uma postura crítica e reflexiva diante do jornalismo e do jornal brasileiro, aperfeiçoar as habilidades do aluno enquanto leitor e escritor de textos jornalísticos, sistematizar alguns pressupostos teóricos relacionados aos processos de leitura e de escrita, organizados em torno dos diversos componentes da língua, discursivo, semântico e gramatical, construir uma proposta interdisciplinar de leitura e de escrita que poderá vivenciar também na escola.
Praticar a leitura nos espaços escolares, discutir as possibilidades de leitura nos espaços escolares da sala de aula e da biblioteca. “Como” e “por que” fazer circular e dinamizar os gêneros da literatura na escola? Como se articula a biblioteca para desenvolver competências informacionais compatíveis com a complexidade do mundo letrado contemporâneo?
Essas perguntas orientam a discussão sobre as práticas, por meio de contato direto para crianças em oficinas de leitura e recontar história e de estratégias de organização e utilização da biblioteca. Assim estruturada, o deste trabalho pressupõe tanto a discussão teórica de textos sobre o tema, como a leitura de narrativas, poesias, dentre outros gêneros possibilitadores de experimentações leitoras.
É preciso, portanto, praticar a leitura buscando sempre um horizonte maior; é ler para ler o mundo... ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo... (ABRAMOVICH, 1991, P.14).
Leitura e interdisciplinaridade. Explicar as diversas concepções do aluno em relação ao ensino-aprendizagem da leitura e da escrita nas diversas disciplinas escolares e a partir dela, levar subsídios para a construção do projeto: Leitura, perceptiva interdisciplinares. Em segundo refletir sobre as estratégias de leitura e de produção de textos.
[...] muitas vezes, o discurso sobre a mudança e inovação não passa de mero discurso, ou seja, o educador diz que está trabalhando em prol da transformação da sociedade e da libertação do povo, porém, em termos de encaminhamento do ensino junto a seus alunos, ele se trai completamente acionando conteúdos estéreis, procedimentos retrógrados e avaliações autoritárias. Enfim, esse educador é democrático no dizer, mas autoritário no fazer, demonstrando incompetência para vincular o seu pensamento e os seus discursos à ação, à prática concreta. (SILVA, 1991, p. 78)
Foi trabalhado para fazer as adequações necessárias dos problemas formulados pelos alunos que mais interessam à comunidade leitores e escritores com os quais interage na sala de aula. É importante ressaltar que todo trabalho que foi realizado com os conhecimentos linguísticos estará estreitamente articulado à produção de discurso, explicitando, dessa forma, a concepção de que os conhecimentos linguísticos são não o foco central do trabalho didático no processo Ensino-Aprendizagem da língua materna, mas instrumento para ser usado de maneira competente em situações significativas no processo de comunicação garantindo, assim, um trabalho contextualizado dos conceitos linguísticos abordados.
O desenvolver na leitura aconteceu no decorrer do tempo, o homem pode se tornar um expert no ato de ler, entretanto isso não faz com que ele se sinta sem necessidade de ler, porque aprender a interpretar é decifrar os enigmas do seu mundo particular,
Segundo Paulo Freire
“Mas é importante dizer, a ‘leitura’ do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado, um racionalista de calças curtas... Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus. O chão foi o meu quadro negro; gravetos, o meu giz. ” (Pág. 15).
Não devemos fugir da realidade dos discentes, temos que ensinar para eles palavras, frases, textos, etc., que retratam o seu cotidiano e estão presentes na fala dos seus familiares, dos seus amigos, nas brincadeiras, nas músicas, etc.
Não podemos realizar um trabalho ao ensinar que o mundo onde os estudantes vivem é igual ao mundo cheio de glórias e sem restrições, porque nesse momento não devemos pensar no auge e sim na construção da sociedade a qual pertencemos, eles devem estar presentes de maneira coesa e decisiva nesta construção, para não se tornarem cidadãos utópicos e demagogos,
“É nesse sentido que a leitura crítica da realidade, dando-se num processo de alfabetização ou não é associada, sobretudo a certas práticas claramente políticas de mobilização e de organização, pode constituir-se num instrumento para que Gramsci chamasse de ação contra hegemônica”. (Pág. 21);
Temos que ensinar para os alunos que a sociedade necessita de seres críticos e que tenha coragem de lutar por seus ideais, enfim, sermos seres humanos ativos e não passivos, segundo Gramsci
“Viver ou encarar esta constatação evidente, enquanto educador ou educadora significa reconhecer-nos outros _ não importa se alfabetizados ou participantes de cursos universitários; se alunos de escolas do primeiro grau ou se membros de uma assembleia popular _ o direito de dizer a sua palavra”. (Idem pág. 26).
Adquirir a capacidade de ler significa, sobretudo, a condição de compreender um mundo que vai se mostrando cada vez maior e mais surpreendente. São nessas descobertas que alguns alunos apresentam mais dificuldades do que os outros.
O professor precisará embarcar no nível de conhecimento e no ritmo e maneira de compreender de seus alunos; de como seus alunos estão formulando suas hipóteses; sugestionar a criar, a desenvolver a capacidade e habilidades pessoais.
Tudo o que se ensina na escola está diretamente ligado à leitura e depende dela para se manter e se desenvolver. Sendo assim, a leitura é a realização do objetivo de qualquer ensinamento proporcionado ao indivíduo.
A leitura amplia os conhecimentos do ser humano. É através dela ou mesmo pelo hábito de ler que o indivíduo se habilita a exercer os conhecimentos culturalmente construídos e dessa forma escala com maior facilidade os novos degraus do ensino, e em consequência atinge também sua realização profissional.
O ato de ler é função primordial da escola, e é esta que possibilita o educando a ler o mundo, de construir a sua própria história. É esse o papel da gestão escolar ao privilegiar na organização do trabalho pedagógico a prática da leitura e apropriação do conhecimento a partir de uma literatura.
Se observarmos a realidade que nos cerca, não existe outro caminho senão investir na educação para todos sem discriminação, há necessidade de que se ultrapasse a estrutura educacional atual. Colocada como base da educação, a leitura assume seu papel político democrático ou não, dependendo do grupo social a que está submetida.
Portanto se a escola pretende participar no processo democrático do país deve estimular a leitura nas séries iniciais, partindo em primeiro lugar de uma metodologia de ensino da aprendizagem.
Uma prática constante de leitura pressupõe o trabalho com a diversidade de objetivos, modalidades e textos que caracterizam as práticas de leitura de fato.
Formar um leitor competente é formar alguém que tenha iniciativa própria, capas de selecionar, que compreenda o que lê que possa aprender a ler também o que não está escrito, identificando elementos, para que realmente o indivíduo assuma um papel crítico dentro da sociedade. Como afirma Kleiman.
A criança em fase de alfabetização lê vagarosamente, mas o que ela está fazendo é decodificar, um processo diferente da leitura, embora as habilidades necessárias para a decodificação (conhecimento da correspondência entre sons e letra) sejam necessárias para a leitura. O leitor adulto não decodifica; ele percebe as palavras globalmente e adivinha muitas outras, guiadas pelo seu conhecimento prévio e suas hipóteses de leitura. (KLEIMAN, 2002, p.13).
Através desse processo chegará à construção de uma visão de mundo crítico, embasada, capas de levar o cidadão a agir por si só, sem resquícios de uma sociedade dominadora e castradora de ideais. O indivíduo dito competente será dito um cidadão segundo o seu sentido denotativo.
Um trabalho quando é desenvolvido em parceria precisam dar-se as mãos, no caso, nesse trabalho, desenvolvemos em parceria não apenas com as escolas envolvidas nessa empreitada, mas com a comunidade escolar, a família, principal parceira, a secretaria de educação e demais órgãos municipais que se interessar por essa questão.
Nosso trabalho foi desenvolvido através de escrever cartas e bilhetes: A escrita de cartas como medição da leitura literária. O gênero carta na literatura para crianças e jovens. Leitura e produção de cartas literárias e não literárias. A correspondência com possibilidade de interação entre aluno-aluno e professor-aluno. Para desenvolver a literatura e vida cultural: A perceptiva é trabalhar as transformações do hábito de leitura.
Para os alunos não acostumados com a participação em atos de leitura, que não conhece o valor que possui, é fundamental ver seu professor envolvido com a leitura e com o que conquista por meio dela. “Ver alguém seduzido pelo o que faz pode despertar o desejo de fazer também” (PCNs, 2001, p. 58).
Com isso observa-se que não basta apenas dizer aos alunos faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço.
Desse modo, literatura e cultura são, nesse trabalho, consideradas não apenas como registro e representações da vida humana, mas também, e, sobretudo, como sistemas de significação cujas diferentes práticas perpassam toda sociedade. Produzir o jornal na escola, a leitura e a produção de textos jornalísticos, propiciarem aos alunos um trabalho com o gênio de relevância na sociedade, permitir a interação pela escrita, na escola.
Tradicionalmente, a leitura tem sido tomada na escola como cumprimento de uma finalidade, priorizando sons e letras, ou o simples processo de decodificação de palavras,
Segundo Silva que: “A leitura é sempre colocada como um evento desligado da esfera humana, caracterizada mais como um fenômeno físico que pode ser observado através de lentes de um microscópio. ” (SILVA, 1991, p. 54).
Construir uma postura crítica e reflexiva diante do jornalismo e do jornal brasileiro, aperfeiçoar as habilidades do aluno enquanto leitor e escritor de textos jornalísticos, sistematizar alguns pressupostos teóricos relacionados aos processos de leitura e de escrita, organizados em torno dos diversos componentes da língua, discursivo, semântico e gramatical, construir uma proposta interdisciplinar de leitura e de escrita que poderá vivenciar também na escola.
Praticar a leitura nos espaços escolares, discutir as possibilidades de leitura nos espaços escolares da sala de aula e da biblioteca. “Como” e “por que” fazer circular e dinamizar os gêneros da literatura na escola? Como se articula a biblioteca para desenvolver competências informacionais compatíveis com a complexidade do mundo letrado contemporâneo?
Essas perguntas orientam a discussão sobre as práticas, por meio de contato direto para crianças em oficinas de leitura e recontar história e de estratégias de organização e utilização da biblioteca. Assim estruturada, o deste trabalho pressupõe tanto a discussão teórica de textos sobre o tema, como a leitura de narrativas, poesias, dentre outros gêneros possibilitadores de experimentações leitoras.
É preciso, portanto, praticar a leitura buscando sempre um horizonte maior; é ler para ler o mundo... ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo... (ABRAMOVICH, 1991, P.14).
Leitura e interdisciplinaridade. Explicar as diversas concepções do aluno em relação ao ensino-aprendizagem da leitura e da escrita nas diversas disciplinas escolares e a partir dela, levar subsídios para a construção do projeto: Leitura, perceptiva interdisciplinares. Em segundo refletir sobre as estratégias de leitura e de produção de textos.
[...] muitas vezes, o discurso sobre a mudança e inovação não passa de mero discurso, ou seja, o educador diz que está trabalhando em prol da transformação da sociedade e da libertação do povo, porém, em termos de encaminhamento do ensino junto a seus alunos, ele se trai completamente acionados conteúdos estéreis, procedimentos retrógrados e avaliações autoritárias. Enfim, esse educador é democrático no dizer, mas autoritário no fazer, demonstrando incompetência para vincular o seu pensamento e os seus discursos à ação, à prática concreta. (SILVA, 1991, p. 78)
Trabalhamos para fazer as adequações necessárias dos problemas formulados pelos alunos que mais interessam à comunidade leitores e escritores com os quais interage na sala de aula. É importante ressaltar que todo trabalho que será realizado com os conhecimentos linguísticos estará estreitamente articulado à produção de discurso, explicitando, dessa forma, a concepção de que os conhecimentos linguísticos são não o foco central do trabalho didático no processo Ensino-Aprendizagem da língua materna, mas instrumento para ser usado de maneira competente em situações significativas no processo de comunicação garantindo, assim, um trabalho contextualizado dos conceitos linguísticos abordados.
O desenvolver na leitura acontecerá no decorrer do tempo, o homem pode se tornar um expert no ato de ler, entretanto isso não faz com que ele se sinta sem necessidade de ler, porque aprender a interpretar é decifrar os enigmas do seu mundo particular,
Segundo Paulo Freire,
“Mas é importante dizer, a ‘leitura’ do meu mundo, que me foi sempre fundamental, não fez de mim um menino antecipado, um racionalista de calças curtas... Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus. O chão foi o meu quadro negro; gravetos, o meu giz. ” (Pág. 15).
Não devemos fugir da realidade dos discentes, temos que ensinar para eles palavras, frases, textos, etc., que retratam o seu cotidiano e estão presentes na fala dos seus familiares, dos seus amigos, nas brincadeiras, nas músicas, etc.
Não podemos realizar um trabalho ao ensinar que o mundo onde os estudantes vivem é igual ao mundo cheio de glórias e sem restrições, porque nesse momento não devemos pensar no auge e sim na construção da sociedade a qual pertencemos, eles devem estar presentes de maneira coesa e decisiva nesta construção, para não se tornarem cidadãos utópicos e demagogos,
“É nesse sentido que a leitura crítica da realidade, dando-se num processo de alfabetização ou não é associada, sobretudo a certas práticas claramente políticas de mobilização e de organização, pode constituir-se num instrumento para que Gramsci chamasse de ação contra hegemônica”. (Pág. 21);
Temos que ensinar para os alunos que a sociedade necessita de seres críticos e que tenha coragem de lutar por seus ideais, enfim, sermos seres humanos ativos e não passivos, segundo Gramsci
“Viver ou encarar esta constatação evidente, enquanto educador ou educadora significa reconhecer-nos outros _ não importa se alfabetizados ou participantes de cursos universitários; se alunos de escolas do primeiro grau ou se membros de uma assembleia popular _ o direito de dizer a sua palavra”. (Idem pág. 26).
Adquirir a capacidade de ler significa, sobretudo, a condição de compreender um mundo que vai se mostrando cada vez maior e mais surpreendente. São nessas descobertas que alguns alunos apresentam mais dificuldades do que os outros.
O professor precisará embarcar no nível de conhecimento e no ritmo e maneira de compreender de seus alunos; de como seus alunos estão formulando suas hipóteses; sugestionar a criar, a desenvolver a capacidade e habilidades pessoais.
- METODOLOGIA
Para a formação do leitor ativo e consciente, quem ensina tem que se preocupar com a adequação dos textos, ao nível de escolaridade, ao nível do contexto social e do processo de organização cognitiva, do pensamento.
O empenho do educador estará sempre em estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir opiniões próprias sobre o assunto, fazê-los ligar os temas a coisas e eventos do cotidiano. A percepção sensível de objetos, fenômenos e processos da natureza e da sociedade é o tipo de conhecimento pelo qual se inicia o tratamento científico da realidade.
Na pesquisa de campo foi, feitas entrevistas com os alunos, e Professores da Escola Municipal Francisco Donizete de Lima que está situada no Bairro Nova Aliança em Sorriso MT, que foi fundamental para que possamos dar andamento ao nosso trabalho, pesquisa que trouxe várias questões como; trabalhar a compreensão de textos específicos (clássicos da literatura infantil), na disciplina de língua portuguesa, com alunos de séries iniciais que não tem familiaridade com o vocabulário?
No estudo do tema, foi fundamental o encaminhamento dos alunos no confronto entre as noções sobre os fatos e os fatos mesmos. Foi necessário descobrir os nexos sociais implicados nessas noções, pois o conhecimento tem sua origem e sua destinação na prática social, por quanto o aluno se reconhece nos conceitos que lhe são significativos.
Nossa pesquisa teve o objetivo de identificar as concepções de alfabetização e letramento utilizadas pela professora para que possa formar cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se defrontam, foi preciso organizar o trabalho educativo para que experimentem e aprendam isso na escola. Principalmente, quando os alunos não têm conhecimento sistemático com bons materiais de leitura e com adultos leitores, quando não participam de práticas onde ler é indispensável; a escola deve oferecer materiais de qualidade, propiciando a formação de leitores proficientes e práticas de leituras eficazes. É preciso, portanto, praticar a leitura buscando sempre um horizonte maior; é ler para ler o mundo... ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo... (ABRAMOVICH, 1991, P.14).
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do processo escolar, a leitura e a escrita sempre constituirá diferenças para o sucesso do educando, pois tudo o que está relacionado com o seu mundo, tem impressões das formas escritas, que para interagir com autonomia com este mundo, ele precisa saber ler, escrever e interpretar para melhor construir seu conhecimento.
A construção do conhecimento constitui-se antes da escolarização através do contato com o mundo exterior. O ambiente possui várias impressões que nos colocam em constante interação com a leitura, e, com os aspectos da linguagem, da cultura, da crença e valores, resultando em experiências da vida, no qual percebemos sobre a realidade. Significa que começamos a ler desde os primeiros contatos com o mundo.
Para Freire (1994, p. 45), “A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele”. Atribuir significados leva a construção de conhecimentos através das experiências, então, as experiências e confrontos com nós mesmos e com o mundo são os primeiros passos (1990, p. 52) enfocam a alfabetização como “a relação entre o educando e mundo, mediada pela prática transformadora deste mundo”. As experiências que forem significativas para o aluno, levam-no a construir questionamentos e respostas, elaboradas a partir do que se tem contato, do que é a escrita, e como se apresenta.
Saber o que é leitura e a sua importância para aprender a escrever, é fundamental para que o professor impulsione o seu aluno a gostar de ler, saber que é essencial para sua vivência, para o seu próprio mérito. Isso só será possível se o educador tiver consciência de seu papel nesse processo, de que ele é mediador para que o aluno construa a sua turma de aprender, relacionando o que já o novo conhecimento, interagindo com o seu meio, e tendo contato com as variedades fontes escritas.
O professor que busca subsídios para conhecer e entender os processos que o aluno tem que superar, estará proporcionando da melhor maneira o pleno domínio e apropriação da leitura e da escrita. Esses subsídios envolvem o conhecimento de que a linguagem oral e a linguagem escrita devem ser tratadas da forma simultânea conforme as nossas reflexões, proporcionar as regras da língua de forma que os alunos internalizem falando, ouvindo, escrevendo, e em contato com os textos, de forma significativa, desafiadora, levar o aluno a construir seu ambiente alfabetizador.
Vimos que conhecer os processos e as características de construção das escritas as hipóteses que as crianças elaboram nessa construção, é uma garantia para que o ensino continue a caminhar na perspectiva interacional. Derrubando as barreiras que se criou na visão tradicionalista, que o aluno ao ingressar na escola vai receber uma instrução que nada tem a ver com a sua bagagem de mundo. E, apontar novos referenciais, de modo que a alfabetização seja concebida como aquisição de um novo conhecimento.
Rever a prática, refletir sobre o papel do educador, saber que se almeja para o educando, é o ponto de partida para o professor, principalmente das series iniciais superar as dificuldades no ensino da leitura e da escrita. Dando uma nova visão de ensinar ativo, de autoconstrução e de reflexão crítica.
Concluindo percebe-se que as questões mais intrigantes que se desenvolveu nesse artigo, como apresentar formas atraentes de leitura e por meio destas formar alunos críticos, é na verdade, uma questão de projeto político sustentável e socializado nas instituições de ensino, onde o objetivo deve ser trabalhado por todos. Quando há essas práxis, há simultaneamente a transformação humana, social e política. Isso não é mágica, nem tão pouca utopia, é tão somente consciência e trabalho em pró da vida de qualidade. Ler é uma prática básica, essencial para aprender. Nada substitui a leitura, mesmo numa época de proliferação dos recursos audiovisuais e da Informática. A leitura é parte essencial do trabalho, do empenho, de perseverança, da dedicação em aprender. O hábito de ler é decorrente do exercício e nem sempre se constitui um ato prazeroso, porém, sempre necessário. Por este motivo, deve-se recorrer a estímulos para introduzir o hábito de leitura em nossos alunos.
- REFERÊNCIAS
ABRAMOVICK, Tanny, ed. Scipicione. Literatura Infantil, Gostosuras e bobices. 2. edição São Paulo,1991.
CARVALHO, Maria Eulália p. de. Relações entre família e escola e suas implicações de gênero. Dissertação de Mestrado. Fundação Carlos Chagas,2006 In revista Nova Escola. Ed. 179 - jan-fev/2005.
COELHO, B, Contar historia uma arte sem idade. São Paulo: Ática. 2002.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 5. ed., São Paulo: Cortez e Autores Associados, 1989.
KLEIMAM, Ângela, Textos e Leitor, Campinas, SP. 8ª edição. Pontes, 2002.
Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais / Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental.- 3ª. Ed.- Brasília: A Secretaria, 2001.
Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa / Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental.- 3ª. Ed.- Brasília: A Secretaria, 2001.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. O professor e o combate a alienação imposta. 2 ed., São Paulo: Cortez e Autores Associados, 1991.