ESTUDO COMPARATIVO DO IMC DE ADOLESCENTES ESCOLARES DE CUIABÁ
Angela Ribeiro Gama
Adriana de Oliveira Teodoro
Ketiulli Taciane Candido Semiguem
Gislaine Oliveira Carvalho
Paula Cristina Pereira
RESUMO
Este estudo teve como objetivo a comparação do IMC entre adolescentes de uma escola pública e outra privada de Cuiabá-MT. A amostra estudada foi constituída de 117 alunos da escola pública e 101 alunos da escola privada. A média de idade dos alunos foram de 15 anos, tendo como resultado global a incidência de 15% acima do peso considerado normal para a idade, com maior incidência entre adolescentes da escola pública (9% contra 6%). O protocolo utilizado foi o referencial de Hanes (apud Guedes & Guedes, 2003) para avaliação de composição corporal para jovens.
Palavras-chave: Adolescente, IMC (Índice de Massa Corporal), escolares.
- INTRODUÇÃO
A adolescência abrange um contingente numérico importante, cerca de 24% da população total está nesta faixa de 10 a 19 anos de idade (Marcondes et al, 2003). Essa consideração evidencia a necessidade de estimar e implantar programas de assistência ao adolescente, para eliminar ou atenuar as influências desfavoráveis sobre seu crescimento e de desenvolvimento.
A partir deste dado, avaliação da composição corporal é uma importante ferramenta utilizada na detecção, prevenção e no tratamento das diversas doenças crônicas, são problemas constantemente abordados por estudiosos e detectados por meio das técnicas de avaliação da composição corporal.
Nesta fase da vida, o corpo do adolescente está em constantes transformações e, a partir da avaliação do IMC, identificar se os mesmos apresentam riscos para alguma doença.
Esta pesquisa tem como objetivo averiguar o IMC de adolescentes de uma escola particular e pública de Cuiabá através do IMC (Índice de Massa Corporal), na faixa etária de 14 à 17 anos, de ambos os sexos.
- ADOLESCÊNCIA
A adolescência é uma fase de transição gradual entre a infância e o estado adulto, que se caracteriza por profundas transformações somáticas, psicológicas e sociais. Ela apresenta uma das fases mais importantes do ciclo vital, á medida que completa o período de crescimento e desenvolvimento.
Segundo D’Andrea, (apud Barros, 2010) a adolescência é dividida em três fases: a pré-puberdade, quando o desenvolvimento físico se acelera e busca maior proximidade com os adultos. O lado emocional é muito confuso, com oscilações de sentimentos como ódio e amor, na busca de identificar-se; a puberdade, que se inicia por volta dos treze anos, é marcada pela maturidade dos órgãos reprodutores e a pós-puberdade, entre os quinze e vinte anos, fase em que deve demonstrar responsabilidade diante das cobranças do meio social, como a escolha profissional, estruturar as relações com o sexo oposto e a formação da identidade, necessitando cada vez menos da ajuda intelectual dos adultos.
De acordo com Colli, 2008:
O critério físico e biológico, a adolescência abrange a fase de modificações anatômicas e fisiológicos que transformam a criança em adulto. Na prática corresponde ao período que vai desde o aparecimento de caracteres sexuais secundários e início da aceleração de crescimento até o individuo atingir o desenvolvimento físico completo (parada de crescimento e estabelecimento da função reprodutora). O termo puberdade é utilizado para designar todo o processo de maturação biológica inserido no período da adolescência.
Os incrementos anuais de altura e peso e, portanto, as velocidades de ganho estatural e ponderal durante a adolescência, observam-se para ambos os sexos as seguintes fases:
- Fase de crescimento estável, na qual os acréscimo de altura e peso são geralmente constantes, na ordem de 4 a 6 cm e 2 a 3kg por ano respectivamente.
- Fase de aceleração de crescimento, na qual a velocidade aumenta progressivamente até atingir um valor máximo (pico de velocidade de crescimento);
- Fase de desaceleração, na qual os incrementos diminuem gradativamente até a parada de crescimento.
Para Marcondes (2003, p. 661)
O estirão de crescimento é responsável aproximadamente por 20% da altura final do adulto e ocorre geralmente dois anos mais cedo e com menor magnitude no sexo feminino. A idade de ocorrência é variável de um indivíduo para o outro, mostrando alguns estudos seu início entre 9,5 e 14,5 anos nas meninas e entre 10,5 e 16 anos nos meninos com velocidade máxima de crescimento pode alcançar 10 cm por ano no sexo masculino e 8 a 9 cm no sexo feminino. Ultrapassando o pico de velocidade de crescimento do, segue-se desaceleração gradual do ganho estatural até a parada de crescimento ao redor de 15 e 16 anos para as meninas e de 17 ou 18 anos nos meninos.
A adolescência é um período de vida importante do ser humano, no qual todo esforço deve ser empreendido em termos de garantir condições de vida favorável para o crescimento e desenvolvimento do adolescente.
2.1 COMPOSIÇÃO CORPORAL
Para quem deseja eliminar, ganhar peso ou mesmo conhecer seu corpo, seja qual for o objetivo, fazer uma avaliação da composição corporal é fundamental.
De acordo com Pitanga, 2008. A composição corporal tem várias aplicações como: identificar os riscos a saúde dos clientes associados com valores muito altos ou muito baixos de gordura, estimar o peso corporal e monitorar crescimento, desenvolvimento maturação e modificações na composição corporal relacionados com a idade.
O estudo da composição corporal trata da quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano, dividindo- o em tecidos específicos que compõe a massa corporal total. Por meio de métodos diretos e/ou indiretos é possível quantificar os principais componentes do corpo, obtendo-se importantes informações sobre tamanho, forma e constituição, características influenciadas por fatores genéticos e ambientais. Basicamente os três maiores componentes do corpo em nível tecidual são: ossos, músculos e gordura. As diferenças na quantidade destes tecidos são responsáveis por amplas variações na massa corporal entre os indivíduos, considerando-se as particularidades entre os gêneros e faixas etárias (HEYMSFIELD et al, 2005; PETROSKI, 2007
Embora seja constituído por numerosos elementos, os cientistas para fins didáticos, dividem o corpo em quatro componentes. O peso corporal, dessa maneira passa a ser igual a soma da massa de gordura, da massa óssea, da massa muscular e da massa residual, sendo que no último componente estão incluídos os diversos órgãos do corpo e a pele. Para simplificar essa classificação em função da utilização de dados, é determinado o fracionamento do corpo em dois componentes: a massa de gordura e massa corporal magra (Petroski e Pires Neto, 1993).
Os valores de índice de massa corporal podem ser utilizados tanto para diagnosticar sobrepeso e obesidade, quanto para diagnosticar desnutrição energética crônica. (Anjos, 1992).
Para Barbosa (2006)
“As modificações na composição corporal de adolescentes são marcadores das alterações metabólicas que ocorrem durante o desenvolvimento pubertário. Estas, por sua vez, predizem o risco de ocorrência, na vida adulta, de doenças crônicas não-transmissíveis, destacando-se a doença cardiovascular, o diabetes, a osteoporose e a obesidade. Assim, cabe ressaltar que o conhecimento da associação entre desenvolvimento pubertário e composição corporal possibilita o planejamento e a prática de medidas de intervenção, no sentido de evitar tal desfecho.”
Demerath et al.(apud Barbosa et al 2006) evidenciaram que tais modificações são influenciadas por vários fatores e entre eles destacam-se os genéticos e ambientais, além do sexo e idade.
2.2 SOBREPESO E OBESIDADE EM ADOLESCENTES
A obesidade tem sido um dos problemas que vem crescendo tanto em países desenvolvido como os em desenvolvimento.
COSTA (2001, p.5) defini: “A obesidade compreende apenas valores excessivos de gordura corporal que estão fortemente associados ao aumento dos fatores de risco para a saúde, bem como índices de morbidade e mortalidade”. (OMS, 2004)
Segundo a OPAS (Organização Pan – Americana de Saúde) demonstra que a prevalência de obesidade infanto -juvenil no Brasil no Brasil cresceu 240% em 20 anos e que estes dados tão elevados são resultantes da mudança da nossa população no estilo de vida que consiste em pouca atividade física e hábitos alimentares que favorecem a obesidade
Para Batista Filho e Rissin, 2003:
“O crescente aumento da prevalência da obesidade infantil torna o assunto um dos principais problemas de Saúde Pública no Brasil e no mundo. Ao mesmo tempo em que declina a ocorrência de subnutrição em crianças e adultos num ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência de sobrepeso e obesidade na população brasileira. A projeção dos resultados dos estudos feitos nas últimas três décadas é indicativa de um comportamento claramente epidêmico do problema. Estabelece-se, assim, um antagonismo de tendências temporais entre subnutrição e obesidade, definindo uma das características marcantes do processo de transição nutricional do país.”
Esta doença cresce de forma epidêmica atingindo todas as faixas etárias iniciando-se na infância passando pela adolescência até a vida adulta. (GUEDES, et al., 2000) Dentre vários estudos realizados no Brasil, têm se percebido que existe um aumento crescente na população obesa do país, principalmente no tocante da população jovem.
Os adolescentes estão sendo os mais afetados pela obesidade devido ao novo estilo de vida, consequências da modernidade e a alta utilização de tecnologia, diminuindo o gasto calórico, aumento na ingestão de alimentos industrializados e em porções inadequadas e o sedentarismo.
Dietz, 1996; Gortmaker et al., 1996:
“O aumento do consumo de alimentos industrializados ricos em gorduras saturadas e colesterol e as situações de sedentarismo, cada vez mais freqüentes entre crianças e adolescentes, contribuem para as elevadas taxas de obesidade.”
(BARBOSA, 2004) afirma:
“O contexto escolar em que as crianças e adolescentes vivem hoje na sociedade, possuem grandes fatores que contribuem para um aumento significativo dos índices de obesidade nestas faixas etárias. Normalmente elas adquirem mais calorias com o consumo excessivo de produtos industrializados como refrigerantes, sorvetes, doces e etc. do que propriamente gastam em atividades físicas em geral tanto dentro como fora da escola”.
O ambiente escolar é o campo em que os adolescentes passam mais tempo e os altos níveis de obesidade vem crescendo progressivamente lugar adequado para obtenção de dados referente a esses tipos de epidemias e criação de programas relacionados à saúde.
Anjos (apud Ferreira 2006 et al)
“Somente nos últimos anos passou-se a dar atenção à avaliação nutricional de crianças e adolescentes, principalmente a partir da documentação da epidemia de sobrepeso e obesidade em adultos, em todo o mundo. Com o aumento da taxa de escolarização do ensino fundamental no Brasil, o espaço escolar tornou-se local privilegiado, factível e oportuno para a obtenção de informações sobre saúde e nutrição, pouco disponíveis para crianças maiores de cinco anos e adolescentes, até então”.
As aulas de Educação Física é uma oportunidade dos adolescentes participarem de atividades recreativas, lúdicas, esportivas e de condicionamento físico para desenvolverem atitudes favoráveis para obterem hábitos saudáveis como a prática de exercício para equilíbrio energético.
3- METODOLOGIA
O estudo de campo ora desenvolvido é de caráter transversal, descritivo de cunho quantitativo. De acordo com Pitanga (2004).
A amostra dada foi composta de 218 adolescentes, de ambos os sexos, sendo 118 do sexo feminino e 100 no sexo masculino na faixa etária de 14 a 17 anos matriculados em uma escola na rede de ensino público estadual e uma particular no município de Cuiabá/MT.
O critério de escolha foi um sorteio entre as oitavas séries até o terceiro ano do ensino Médio de cada escola.
O requisito básico para esta pesquisa foi os adolescentes estarem devidamente matriculados na escola pesquisada.
Mensuração de medida utilizada:
- Para Massa Corporal: balança digital da marca Sansung, graduada em gramas com o peso máximo 150 Kg.
- Estatura: estadiômetro.
O protocolo utilizado foi o referencial de Hanes (apud Guedes & Guedes, 2003) para avaliação de composição corporal para jovens e analise dos resultados estatísticos foi o programa Excel.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foram pesquisados 117 alunos da escola pública de um bairro periférico de Cuiabá e 101 alunos da escola privada localizada no centro da mesma cidade, com a média aproximada de 15 anos para ambos seguimentos.
Quadro 1 |
– Amostra estudada |
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Escola |
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N |
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N |
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N |
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Idade |
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Total |
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Feminino |
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Masculino |
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(média) |
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Pública |
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117 |
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76 |
|
41 |
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15,7 |
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Privada |
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101 |
|
42 |
|
59 |
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15,6 |
Na escola pública 82,05 % (96 alunos) se encontram com a composição corporal normal, 8,54 % com sobrepeso (10 adolescentes) e 9,40 % (11 alunos).
Na escola privada foram pesquisados 101 alunos, com 86,13 % (87 alunos) apresentaram composição corporal normal, 11,88% (12 adolescentes) com sobrepeso e 1,98 % (2 alunos) obesos.
Quadro 2- Composição Corporal de Ambos os sexos
Escola |
Peso Normal |
Sobrepeso |
Obesidade |
Pública |
82,05% |
8,54% |
9,40% |
Privada |
86,13% |
11,88% |
1,98% |
A obesidade se apresentou maior na população da escola pública, dado que contraria resultados de muitas outras pesquisas, como a da cidade de Santos-SP, onde a prevalência de obesidade foi maior nas escolas privadas com 18% e pública com 15,7% de obesos conforme a pesquisa da Prevalência de Sobrepeso e Obesidade da Cidade de Santos, (COSTA, 2006). No entanto, a confirmar dados encontrados em Cuiabá, encontra-se a pesquisa de Salles et al (apud, Campos et al, 2007) que, numa avaliação em 621 adolescentes das redes pública e privada, em Florianópolis mostrou uma prevalência de sobrepeso e obesidade nas escolas públicas de 13,1% e nas particulares de 7,6%. Estes dados demonstram a variabilidade de resultados, em função dos ambientes formativos sócio-culturais e não simplesmente da caracterização de se a escola é privada ou pública.
Verificou-se a prevalência de obesidade maior na escola pública, principalmente no sexo feminino. Foram pesquisadas 76 meninas e 80,26% (61) estavam com o peso normal, 7,89% (6) com sobrepeso e 11,84% (9) obesas.
Na escola privada foram pesquisadas 42 meninas , com os seguintes resultados: 88,09% (37), com peso normal, 7,14% (3) com sobrepeso e 4,76% (2) obesas.
Quadro 3- Composição Corporal feminina |
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Escola |
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n |
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Peso Normal |
|
Sobrepeso |
|
Obesidade |
Pública |
|
76 |
|
80,26% |
|
7,14% |
|
11,84% |
Privada |
|
42 |
|
88,09% |
|
7,89% |
|
4,76% |
De acordo com Guyton e Hall, 1997, essa quantia de gordura relativa maior nas meninas que nos meninos, pode ser explicado pela influência do hormônio sexual feminino, o estrogênio. Na infância os estrogênios são secretados em quantidades mínimas, mas, na puberdade, sob a influência dos hormônios gonatrópicos da hipófise, aumentam mais de vinte e seis vezes. Isto é comprovado na pesquisa de Pereira e Cols que avaliaram 491 adolescentes, em visitas domiciliares no município de Rio de Janeiro, encontrando 26,4 % de obesidade no sexo masculino e 30,3% do sexo feminino.
Para Guedes & Guedes( 2003, p. 246 e 247)
“Em estudos envolvendo amostragem estratificada aleatória, representativa da população escolar do município de Londrina – PR, contata-se que as prevalências de sobrepeso e obesidade são bastante similares encontradas na população jovem norte-americana, sobretudo na adolescência. Atendendo aos critérios de 20% a 30% do peso corporal como gordura para rapazes e moças, respectivamente, verifica-se que aproximadamente 20% das moças e 17% dos rapazes londrinenses entre 13 e 17 anos foram classificados como obesos . Com relação ao sobrepeso e obesos é significativamente maior nas idades mais avançadas particularmente nas moças, oferecendo indicações de que os fatores associados ao maior acúmulo de gordura e de peso corporal tendem a se agravar na adolescência.”
Para o sexo masculino os resultados mostraram que em geral não houve diferença significativa entre os níveis de normalidade e sobrepeso nas escolas pública e privada, encontrando obesidade apenas na escola pública pesquisada.
Foram pesquisados 41 adolescentes na escola pública e 59 na escola privada, sendo que 85,36% (35 alunos) da rede pública apresentaram normalidade 9,75% (4) sobrepeso e 4,87% (2) obesos. Na escola privada foram pesquisados 59 alunos sendo que 84,74% (50) estavam normais quanto ao peso e 15,26% (9) com sobrepeso e nenhum obeso.
Quadro 4- Composição Corporal do sexo masculino
Escola Peso Sobrepeso Obesidade
Normal
Pública |
85,36% |
9,75% |
4,87% |
Privada |
84,74% |
15,25% |
0 |
Vasconcelos e Silva (apud CAMPOS et al, 2007), analisando 316.925 adolescentes masculinos com 18 anos nos Estados do Nordeste do Brasil encontraram uma prevalência de sobrepeso e obesidade de 10,6%.
Para possibilitar análise com outras metodologias de pesquisas que utilizam apenas dados de normalidade e acima da normalidade, foi feita uma análise da amostra de 218 sujeitos, com a seguinte configuração:
Quadro 5- IMC acima do peso normal |
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||||
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|
IMC elevado |
|
IMC normal |
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Total |
Pública |
|
19 |
|
98 |
|
54% (117) |
Particular |
|
13 |
|
88 |
|
46% (101) |
Total |
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32 = 15% |
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186 = 85% |
|
218 = 100% |
Assim, constatou-se que 15% da população de adolescentes estudados, apresentaram IMC acima do peso normal.
Para verificar se havia diferença entre o IMC das escolas pública e privada foi aplicado o teste do Qui Quadrado, obtendo-se o valor de 0,6109, considerado insignificante, já que o índice esperado é de 2,425. As duas amostras se equivalem quanto ao IMC.
4- CONCLUSÃO
Na população adolescente pesquisada constatou-se 15% em nível elevado de peso acima do normal, com predominância entre as adolescentes do sexo feminino e que não existe diferença significativa entre os tipos de instituições de ensino quanto a composição corporal.
Constatou-se maior incidência de IMC acima de peso entre estudantes da escola pública (9%) contra (6%) da escola privada. Os obesos somaram 11 na escola pública (9 moças e 2 rapazes) e 2 obesas na escola privada (2 moças).
Como não se avaliou outros dados além do IMC, não se pode esclarecer sobre as diferenças encontradas entre os dois tipos de instituições de ensino. Pode se conjeturar que a melhoria dos níveis sócio-econômicos da população da periferia poderia estar levando a uma maior ingestão de alimentos altamente calóricos, o que resultaria inevitavelmente em aumento do peso corporal.
Este é um estudo futuro que poderia se realizado para elucidar esta questão.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, V. L. P. Prevenção da obesidade na Infância e na Adolescência.
Barueri: Manole, 2004.
BARROS J. Adolescência. Disponível em http://www.brasilescola.com/htm acesso 18 de Junho de 2010.
BATISTA FILHO, M; RISSIN A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, V19, 2003.
CAMPOS L de A. Prevalência de Sobrepeso e obesidade em adolescentes escolares do município de Fortaleza, Brasil. Rev. Brás. Saúde Matern. Infat.,
Recife, Abril/Junho 2007.
COSTA, R. F. Composição Corporal: teoria e prática da avaliação. Barueri:
Manole, 2001.
COSTA, R. F. Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Escolares da Cidade de Santos, SP. Arq. Bras. Endocrinol Metab vol 50 nº 1, São Paulo, 2006.
DIETZ W. H. The Role of lifestyle in health: the epidemology and consequences on inactivity. Proc Nutr. Soc. London, V.55, 1996.
FERREIRA, M. M. Excesso de peso, adiposidade abdominal e gordura subcutânea em crianças de duas escolas do município de Ribeirão Preto, SP.
Disponível em: http://www.nutricao.uerj.br/revista/v4n1Acesso: 25 de Setembro de 2009.
GUEDES, D. P. Composição Corporal: princípios técnicos e aplicações. Londrina.
Associação dos Professores de Educação Física, 1994.
GUEDES & GUEDES. Controle do Peso Corporal. Rio de Janeiro: Shape,2003.
MARCONDES E., VAZ F. A. C., RAMOS J. L. A. Pediatria Básica. São Paulo: Sarvier 2003.