A Luta Contra o Preconceito com os Portadores de Necessidades Especiais
Miriam Souza Simão Ribeiro[1]
Resumo
Este TCC objetiva sensibilizar as crianças, os professores e a população para o problema do preconceito dos especiais na escola. Por isso vem através de vários teóricos, buscar fundamentos para que possa esclarecer o motivo e o problema que tanto prejudica nossas crianças. Porque elas dependem muito de nossa compreensão para poder exercer e promover a cidadania. E propor mudança de comportamento tanto dos profissionais da educação, também das políticas educacionais que tem o dever de proporcionar as mudanças nos ideais de todos e inserir os especiais em nosso meio. Sabendo que o desafio é grande e não é fácil, de se encaixar os especiais em nosso meio. Porque mexer com os considerados normais já não é fácil, imagina promover um equilíbrio entre o especial e o considerado normal.
Palavras-chave: Especial. Preconceito. Cidadania. Educação. Alunos.
Abstract
This objective tcc sensitize children, teachers and the public to the problem of prejudice in the special school. So come across several theorists seek fundamentals so you can clear up the problem and the reason that both harms our children. Because they rely heavily on our understanding to exercise and promote good citizenship. And propose changing behavior both professional educators, educational policies that also have a duty to provide the changes in the ideals of everyone and insert special in our midst. Knowing that the challenge is great and it is not easy to fit the special among us. Why mess with those considered normal is no longer easy, imagine promote a balance between the particular and considered normal.
Keywords: Special. Prejudice. Citizenship. Education. Students.
Introdução
Devido estar presenciando problemas relacionados ao preconceito das crianças portadoras de necessidades especiais. Optei desenvolver um trabalho que pudesse esclarecer as razões para que as crianças portadoras de deficiências não sofressem mais do que já sofrem. Objetivando identificar os fatores que provoca o preconceito e apontar solução para diminuir o preconceito e assim melhorar o convívio dos mesmos. Sendo assim o trabalho será desenvolvido nos seguintes itens: História do Brasil, planejamento familiar, convivência familiar, participação na sociedade e na escola.
Desenvolvimento
Sabemos que o ser humano tem várias atitudes preconceituosas. Porém tudo isso tem a ver com a nossa própria história do nosso passado, onde o negro era escravizado e tudo era passado e visto como natural. Principalmente após o descobrimento do Brasil onde o negro era visto como um animal de mão de obra. E esse momento da história pendurou por muitos anos. Onde ficou impossível não ter contaminado as mentes dos brasileiros.
É preciso desenvolver nas mentalidades das pessoas que todos são iguais e que temos que respeitar do jeito que elas são. E não pela sua cor ou algum tipo de deficiência física ou mental. Na igreja oficial, ainda encontramos cientistas, padres e outros que impõem seu modo de pensar e sentir como norma a todos. Por exemplo: rir dos outros ou ficar com dó. Isso atrapalha o processo da inclusão na escola.
E preciso entender as manifestações religiosas e populares. Para convivermos em harmonia com sociedade em que se relacionamos. Em certos momentos parecem que o preconceito é inofensivo, más preconceitos inofensivos não existem, todos os preconceitos machucam.
Devemos estar atentos permanentemente: filmes de cinema, novelas de TV, reportagens em todos os meios de comunicação. E denunciar o cometimento de ações preconceituosas e discriminatórias. Mas também ensinar, educar o público, mostrando como e onde os preconceitos e discriminações se apresentam. Não é fácil trabalhar para mudar as atitudes da sociedade, mas vale a pena o trabalho de conscientizar a sociedade. Todas as vezes que interviemos, fizemos à diferença: a cada intervenção, acrescentamos um tijolo na construção de uma sociedade inclusiva.
As sociedades geralmente estabelecem uma série de divisão entre as pessoas, e dão os critérios para que essa divisão possa ser feita: sexo, cor da pele, cor dos cabelos, altura, religião, classe social etc. Além disso, as sociedades definem a possibilidade de deparar cada uma destas categorias nos diversos ambientes sociais, e que relacionamento entre elas é possível acontecer.
Sabendo que a sociedade em geral também não perdoa, então temos que estar preparados para buscar solução para trabalhar com as pessoas portadoras de necessidades especiais e dando oportunidades para que todos possam exercer a cidadania.
Nós não estamos acostumados com o anormal e por isso que a nossa visão nos faz com que possamos ter certos tipos de preconceitos. E a sociedade nos passa que qualquer pessoa que não caiba nas qualificações previstas ou que não esteja no lugar pré-determinado torna-se problemática e pode vir a ser socialmente marcada. Assim um deficiente físico não é portador nato de uma marca. É o fato daquele tipo de corpo, de "diferença física", não ser aceito socialmente como normal que torna o seu portador uma pessoa marcada. Em outros termos, o que é visto como problema e estigmatiza numa sociedade, pode não ter o mesmo sentido nem estigmatizar em outra.
Qualquer que seja a forma pela qual o indivíduo tenha adquirido a deficiência, ela tem profundas implicações psicológicas. Desde a rejeição pura e simples até a dificuldade de elaborar a própria diferença em relação aos outros.
O aspecto social, juntamente com o psicológico e o biológico forma um tripé sobre o qual se apoia a experiência vivida de cada pessoa, deficiente ou não. Deve-se mencionar que o deficiente não precisa administrar o estigma no mesmo nível o tempo todo. Fundamentalmente, o trato com o estigma que gera os maiores problemas acontece na vida pública, no relacionamento com pessoas estranhas ou meras conhecidas.
O deficiente pode se confrontar com sua identidade de diferente no momento em que lhe é negado um emprego (nem sempre por causa de sua deficiência, é claro, mas isto será sempre uma interrogação, como nos demais fracassos) ou acesso a determinado cargo, área do conhecimento ou durante as relações amorosas.
No Brasil, o direito à igualdade já está previsto no artigo 5º da Constituição da República Federativa, de 1988, em diversos outros tratados, acordos, convenções internacionais e também nas leis brasileiras que têm que refletir a determinação constitucional, pelo sistema jurídico aqui adotado.
Sabemos que a lei deve ser obedecida mas antes de tudo temos que trabalhar as mentes das pessoas para que possamos fazer com que as famílias possam interessar por trabalhar melhor as crianças.
IÇAMI TIBA (2002) nos diz que a gravidez é uma ótima oportunidade de trabalhar as questões educativas, pois é um momento de transformação. A mulher e o homem se reestruturam para ser mãe e pai, o próprio casal se reestrutura para a inclusão de um filho.
O preconceito se inicia desde quando o casal não se planeja o nascimento de uma criança. Por exemplo: quando a mamãe sente suas emoções, felicidades, tristeza ou raiva e a mesma está gestante. O bebê em seu ventre se gesticula. Está ai o primeiro sinal de comunicação. Porque o bebê está interagindo com a mamãe e esse momento que já se pode haver preconceito entre o bebê e mamãe.
Desde o momento que a mamãe não desejaria ter essa criança já se criou um estigma para essa criatura. Então essa criança já nasce num mundo que não queria sua presença e isso gera vários estigmas na vida da criança.
Depois que a criança nasce ai vem à convivência familiar que junta vários problemas como: dificuldades financeiras, convívio familiar e a educação.
ICAMI TIBA (2002) nos diz que os filhos se sentem amados pelo interesse que os pais demonstram mesmo não estando com eles o dia inteiro. E seguros quando os pais tomam atitudes repreensivas ou aprovativas, porque nelas encontram Porem há uma espécie de preconceito espontâneo em relação no que é diferente ou referências.
Baseado nessa teoria pode se dizer que temos que estar atentos para trabalhar nossos filhos para repreender quando for necessário e aprovar quando eles fizerem boas atitudes também isto serve para as crianças especiais. Porque muitas vezes por ter um problema. Os pais deixam de repreender ou aprovar as atitudes boas e assim as crianças crescem sem limites e isso gera sérios problemas para as famílias, a escola e a sociedade em geral.
Se a própria família não tiver a capacidade de amar, como vai querer que os outros respeitem a pessoa com deficiência? Hoje o deparamos nas escolas crianças com problemas que precisam ser tratadas para depois ser educadas. Mas as famílias que tem crianças com problemas especiais não querem encarar essa realidade. Por isso não procuram a assistência médica para ajudar a trabalhar esse problema. E isso sobra para nós professores que temos que buscar solucionar essas questões, para depois trabalhar a questão de aprendizagem.
No artigo 53 Estatuto da Criança e do Adolescente diz que: “A criança e o adolescente tem direito a educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, direito de ser respeitados por seus educadores “.
Essa conquista deve ser respeitada, por toda a sociedade em geral, e que a sociedade exija que lei seja cumprida, para o bem de nossas crianças.
Sabemos que a falta de preparo da sociedade para lidar com as diferenças é uma forma de preconceito. Mas sociedade tem que estar preparada para conviver com as diferenças. Por que já foi o tempo que os especiais eram tratados como se não existissem e isso fazia com que essas pessoas ficassem à margem de tudo de bom que tinha na terra.
Se a sociedade não respeitar a dificuldade de aprendizado também é discriminação. Porque mesmos os alunos considerados normais também tem dificuldades e temos que buscar alternativas para superar essas dificuldades então o que dizer dos especiais que terão de ser ainda mais respeitados para poderem conseguir superarem suas dificuldades de aprendizagens.
Primeiro a família depois a sociedade não acredita na capacidade de quem tem deficiência. A família tem que acreditar na capacidade do especial para poder investir em sua cidadania porque eles merecem esse trabalho. A escola tem que estar atentos e acreditar na boa vontade do especial e estar desenvolvendo métodos para trabalhar essa característica de cada um e assim descobrir o que cada um tem de especial para trabalhar.
A falta de contato que promove o preconceito se a sociedade não promover a socialização das pessoas especiais elas não vão nunca conseguir essa cidadania que eles tanto precisam temos sim que fazer com que essas crianças se interajam com as outras crianças para diminuir as barreiras entre as pessoas do nosso meio.
Para o professor Paulo Freire (1983) “a educação é o fator mais importante para se alcançar a felicidade’’ Porque a aprendizagem na tira da margem e nos faz verdadeiros cidadãos capas de brigar por justiça para todos.
A escola é o lugar ideal para que essa interação seja feita porque é ali que se tem vivência de boa parte do tempo das crianças, e o contato com outras crianças gera confiança em fazer aquilo que os especiais viam como barreiras em suas vidas.
Às vezes as pessoas falam que não gostam da pessoa com deficiência, mas nunca conviveu com ela então precisamos realizar esse desafio para depois ver que o que pensamos não era tudo isso.
E a extensão dessa inclusão deve ocorrer na escola, que precisa estar preparada para receber este aluno. A falta de preparo para trabalhar a diversidade dentro das escolas mostra que a educação precisa de reforma. As instituições trabalham e educam da mesma maneira há décadas e é necessário buscar meios para atender as necessidades da sociedade como um todo.
Sabemos que existem várias formas de ensinar, além do emprego obrigatório do livro e da prova escrita. Porém, a maioria dos professores não procura adaptar o currículo como forma de atender a diversidade.
As organizações governamentais terão que fazer as modificações dos espaços nas escolas para que realmente possa acontecer a inclusão e que as crianças possam circular livremente nos corredores sem ter estar pedindo ajuda as outras pessoas. Porque isso é humilhante e ninguém gosta desse tipo de ajuda.
O currículo também deve ser modificado para poder atender as várias diferenças na sala de aula. Porque não podemos considerar que todos são iguais em suas atitudes temos que respeitar as diversidades. E trabalhar principalmente o que os alunos trazem de casa em suas bagagens. Isso já e um meio de se promover a inclusão social...
A metodologia deve ser de forma individual, mas que aconteça junto com as outras crianças consideradas normais. Para que haja a interação das outras crianças com as crianças especiais.
Conclusão
Após o termino desse trabalho espera-se que as pessoas que fizerem a leitura do mesmo busquem sensibilizar para as mudanças que deve haver. Com os nossos alunos especiais para que eles possam viver com mais dignidade. E sabemos que o desafio é difícil, mas temos que encarar com entusiasmo para poder mudar essa realidade. Mas para poder mudar é preciso botar a mão na massa e lutar para a transformação da inclusão social.
Referências
A Bengala Legal - Preconceito Racial e com Pessoas com Deficiência. 6 Jul. 2009 ... Artigo sobre preconceito racial e com pessoas com deficiência. A cultura do racismo e da exclusão das pessoas com deficiência.
www.bengalalegal.com/preconceitos. Php - Em cache - Similares desconhecidos.
Tiba, Içami – Quem ama educa! Içami Tiba – São Paulo: Editora Gente, 2002.
Bibliografia. ISBN: 85-7312-382-6
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLECENTE - Presidência da República Federativa do Brasil. Secretaria Especial dos direitos Humanos - Ministério da educação Brasília 2005
FREIRE, Paulo. Educação como pratica de liberdade; 18 edições; Rio de Janeiro; Ed. Paz e terra; 1983.
[1] Pedagoga. Pós-graduada em Neuropsicopedagogia pela Universidade Cândido Mendes. Atua na Rede Pública de Ensino.