Merenda Escolar e o Reflexo no Ensino-aprendizagem na Educação Infantil
Quézia Regina Costa Pereira[1]
Daniel Martins Pereira[2]
Resumo
O desempenho escolar, sobre tudo o insucesso e as suas consequências, tem vindo a preocupar os vários agentes envolvidos no processo de ensino/aprendizagem. Colocando-nos no campo pedagógico, desenvolvemos este estudo sobre a merenda escolar e o reflexo no ensino aprendizagem, com o objetivo de analisar este tema fez-se um estudo sobre a merenda escolar como sendo um fator atrativo dos alunos de baixa renda e influenciar no rendimento escolar, este trabalho será divido nas seguintes partes: A primeira e segundo item deste trabalho fala sobre a merenda escolar, fala também do histórico da alimentação escolar, na terceira refere-se à alimentação escolar e suas alternativas cognitivas, a quarta influência da merenda no processo ensino aprendizagem e a quinta o ensino aprendizado com possíveis fatores que levam o aluno a fracassar. Na problematização vai falar sobre a fome no Brasil e no mundo, levando os alunos a uma reflexão. No desenvolvimento terá as atividades do projeto passo a passo. O tempo de duração do projeto será de uma semana. A avaliação será continua no desenvolver de todo o projeto.
Palavras-chave: Merenda escolar. Desnutrição. Ensino/aprendizagem. Desempenho escolar.
Abstract
The academic performance of all the failure and its consequences, has been of concern to various stakeholders in the teaching / learning process. Putting us in the educational field, we developed this study on school lunches and the reflection on teaching and learning, with the aim of analyzing this issue became a study on school meals as an attractive factor for low-income students and influence school performance, this paper will be divided into the following parts: the first and second item of this work speaks about school lunches, also speaks of the history of school meals, the third refers to the school feeding and cognitive alternatives, the fourth influence of meals teaching and learning in the fifth teaching learning process with possible factors that lead students to fail. In questioning will talk about hunger in Brazil and worldwide, leading students to a reflection. In developing project activities will have step by step. The duration of the project will be a week. The evaluation will continue in developing the entire project.
Keywords: School lunch. Malnutrition. Teaching / learning. School performance.
Introdução
O projeto intitulado, merenda escolar como reflexo no ensino/aprendizado na educação infantil, visa desenvolver as capacidades de: percepção, socialização, conhecimentos dos tipos variados de frutas, movimentos, ritmos, degustações, entender e observar alimentos não saudáveis e aquisição de boas maneiras, durante as refeições, gerando uma alimentação saudável, levando em conta uma merenda escolar de qualidade, combatendo a desnutrição e o apatia escolar, na educação infantil, pelo qual este projeto está sendo dirigido, mostrando os procedimentos para resolução destes problemas.
Problemas estes, que vem causando uma serie de consequências para a criança no seu início de suas atividades escolar em relação a sua composição, qualidade e quantidade, no sentido de aproveitamento do ensino e aprendizagem que moldara sua personalidade, caráter e postura de uma criança estruturada para enfrentar os desafios futuros.
Alimentação saudável é o eixo norteador dessa relação entre ensino e aprendizado, uma família que se preocupa com a saúde alimentar de seus filhos quando crianças, esta será menos afetadas, porem existem mecanismos para este acompanhamento, cabe a escola incentivar campanhas que fortalecerá este processo de qualidades destes alimentos e sua importância no desenvolvimento da criança.
A responsabilidade é de todos no geral, governo federal estadual e municipal que são órgãos competentes e responsáveis, em destaque os pais , escola como mediadora desta relação, é o que destacarei no referido projeto em sua redação e discussão a respeito do desempenho escolar na educação infantil.
Apresentarei ao caro leitor deste projeto, a necessidade de enfrentar esta realidade existente na maioria dos estados brasileiros, mudanças, estas que podem ser lentas e gradativas, porém não perdendo o foco de que uma boa alimentação contribuirá e muito no desenvolvimento do ensino aprendizado, principalmente nas series inicias da educação infantil. Sendo os mais citados dentro do projeto para embasamento no referencial teórico, os seguintes autores: Vellozo, Spinelli e Arruda.
Revisão Bibliográfica
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é o maior programa de alimentação em atividade no Brasil. Diariamente mais de 37 milhões de refeições são servidas nas escolas públicas do País. Elas são enunciadas em parte pelo Governo Federal e complementadas com recursos das prefeituras e dos governos de estado.
Apenas o orçamento da União para o PNAE soma R$ 1 bilhão (dado de 2003). Esta quantidade polpuda de recursos, porém, não significa que os alunos das redes públicas de ensino tenham garantido o direito a uma alimentação escolar de qualidade. Pelo contrário. Nos últimos anos não faltam casos que comprovam a existência de uma situação frágil do Programa da merenda, seja por meio das recorrentes denúncias de desvio do dinheiro destinado à compra de alimentos, seja pela simples constatação da falta de comida nas escolas ao longo de meses ou, ainda, pelo fornecimento de uma merenda escassa e pobre em nutrientes.(FNDE, 2001).
A importância da merenda escolar segundo OLIVEIRA (1997 : 35) está comprovada em inúmeros estudos e pesquisas. Um trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado em 2003, revela que, para 50% dos alunos da região Nordeste, a merenda escolar é considerada a principal refeição do dia. Na região Norte, esse índice sobe para 56%. A má qualidade da alimentação nas escolas, portanto, é um dos principais fatores que comprometem a segurança alimentarem da população jovem brasileira.
Os mais recentes dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência (UNICEF) revelam que 45% das crianças de até 5 anos no país apresentam quadros de desnutrição.
Outros levantamentos apontam uma crescente incidência de casos de obesidade infantil, decorrente, em grande parte, da mudança dos hábitos alimentares dos jovens em direção ao consumo diário das chamadas fast-foods e dos produtos vendidos nas cantinas escolares, tais como refrigerantes, salgadinhos e frituras. (FNDE, 2003).
O Programa da merenda escolar é o maior programa de alimentação do Brasil. Serve mais de 37 milhões de refeições por dia: uma para cada aluno da educação infantil e ensino fundamental das escolas públicas do país.
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O governo federal gasta R$ 1 bilhão por ano com o programa da merenda. Estados e municípios têm obrigação de complementar esse dinheiro com recursos próprios.(PNDA, 2001).
Muitos nutricionistas afirmam que a expressão "merenda escolar" é incorreta, pois traduziria para o censo comum o sentido de alimentação reduzida, equivalente ao chamado "lanche". Eles defendem a adoção da expressão "alimentação escolar", que permite um entendimento mais próximo da refeição completa a qual os alunos têm direito. Este manual adota as duas expressões, pois entende que o importante neste momento é explicar - e se fazer entender - para o maior número de pessoas possível, o que deve ser servido à mesa das crianças nas escolas.(SPINELLI, 2002 : 105).
Bons níveis educacionais também são resultados de alunos bem alimentados e aptos a desenvolver todo o seu potencial de aprendizagem. Uma merenda saudável e nutritiva é, nesse sentido, base para o crescimento das gerações que construirão o futuro deste país.
O objetivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar e de suprir no mínimo 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos, contribuírem para a redução da evasão escolar, favorecer a formação de bons hábitos alimentares em crianças e adolescentes do país, tudo isso dentro do espírito de uma política de segurança alimentar e nutricional.
O número de beneficiários em todo o país vem crescendo ano a ano. Em 2003 foram atendidas 37,2 milhões de crianças e adolescentes da rede pública e de escolas filantrópicas, ou seja, cerca de 22% da população brasileira.(PNAE, 2001:23).
Pais e educadores têm se preocupado com o crescente índice de obesidade e anemia em crianças e adolescentes, provocados pelo consumo de alimentos pobres em vitaminas e sais minerais, e ricos em gorduras e açúcares, como os doces, os salgadinhos e os refrigerantes. As últimas conquistas da tecnologia possibilitaram a oferta de uma variedade muito grande de alimentos no mercado, atendendo aos mais diferentes desejos de consumo. Essa diversidade, porém, exige certo conhecimento na escolha do tipo e quantidade dos alimentos que serão consumidos, para que sejam adequados à preservação da saúde.
Conforme ARRUDA (2004) estima-se que 25% da população mundial estejam com deficiência de ferro, um nutriente presente nas carnes e cereais integrais e alguns vegetais, afetando 43% dos pré-escolares do mundo todo. A anemia causada pela deficiência de ferro foi identificada em quase 50% das crianças brasileiras matriculadas em creches e pré-escolas municipais, segundo estudo da UNIFESP, Universidade Federal do Estado de São Paulo.
A desnutrição, embora decrescente nos últimos anos, ainda atinge grande parte da população brasileira e é responsável por doenças carências, como as deficiências de Cálcio.
Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN). Grande parte dos problemas relacionados com a obesidade está na formação dos hábitos alimentares que cultivamos desde pequenos. Felizmente já se observa uma redução do problema em inquérito nacional feito recentemente, com crianças abaixo de cinco anos. A pesquisa mostrou que as mães com maior nível de instrução incorporam mais facilmente conhecimentos adequados sobre nutrição, transmitidos por profissionais de saúde e pela mídia, sendo que esses casos tiveram redução de 9,9% para 4,5% nos índices de obesidade. Além disso, 80% das crianças obesas pertencem a famílias obesas.
Esses dados justificam os recentes esforços que algumas escolas têm dedicado à divulgação de temas ligados à alimentação e nutrição, a pais e alunos.
Tais iniciativas são um complemento indispensável à obtenção de resultados duradouros na condição nutricional dos escolares.
A escola desempenha papel fundamental na formação dos hábitos de vida e da personalidade da criança, sendo que ocupa praticamente um terço da vida ativado escolar nos dias de semana, cerca de 200 dias ao ano. Apesar de a merenda ou o lanche escolar representar apenas 15% da ingestão diária muita controvérsias têm sido observadas em relação à sua composição, qualidade e quantidade. (VELLOZO, 2004).
A educação em saúde tem por função tornar o cidadão capaz de alterar seus hábitos e comportamentos e de estar em condições de reivindicar seus direitos, portanto, a prática educativa na área da saúde ajuda a construir um cidadão consciente de seu papel enquanto agente social.
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A educação para saúde só pode ser efetiva se promover mudança no comportamento da criança, tornando-a consciente do que é necessário à conservação da saúde. Os objetivos a serem atingidos são no sentido não somente de contribuir para que os alunos adquiram conhecimentos relacionados com saúde, mas, principalmente, no sentido de que eles sejam auxiliados a adquirirem, ou reforçarem hábitos, atitudes e conhecimentos relacionados com a prática específica de saúde.
Segundo VELLOZO (2002) mais do que representar apenas um dos períodos para alimentação, a escola é responsável por uma parcela importante do conteúdo educativo global, inclusive do ponto de vista nutricional. As escolas devem oferecer alimentação equilibrada e orientar seus alunos para a prática de bons hábitos de vida, pois o aluno bem alimentado apresenta maior aproveitamento escolar, tem o equilíbrio necessário para seu crescimento e desenvolvimento e mantém as defesas imunológicas adequadas.
As consequências principais da alimentação inadequada no período escolar podem ser caracterizadas como alterações do aprendizado e da atenção, carências nutricionais específicas ou decorrentes do excesso de alimentos (sobrepeso e obesidade).Em muitos países, o hábito de ingestão de refeições principais e lanches intermediários é bastante bem estabelecido. (VELLOZO, 2004).
No Brasil, a maioria da população infantil faz três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar. Mesmo assim, o café da manhã é saltado frequentemente ou a ingestão é parcial. O jantar pode ser substituído por lanches em muitas famílias. Assim, o lanche escolar é uma das poucas ocasiões em que as crianças podem sofrer algum grau de intervenção ou supervisão, com aumento do volume calórico, com sensível melhoria do aproveitamento escolar. Lanches adequados, com frutas, cereais, derivados lácteos e biscoitos, podem ser agradáveis e cumprir essa função na escola.
A agenda lotada de nossas crianças pode fazer com que o lanche em casa ou durante outras atividades não exista, ou seja, substituído por petiscos de baixo valor nutricional, ou que os alimentos sejam ingeridos em horários desencontrados. Daí a grande importância da refeição escolar. Muitas escolas têm formulado suas cantinas com o objetivo de melhorar os hábitos alimentares dos alunos.
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As crianças precisam voltar para casa como se tivessem sido alimentadas pelas suas próprias mães. Isso porque, atualmente, muitas famílias não conseguem desempenhar esse papel por vários motivos, e a escola precisa oferecer educação e alimentação balanceada. O fracasso escolar é, sem dúvida, um dos mais graves problemas com o qual a realidade educacional brasileira vem convivendo há muitos anos. Sabe-se que tal ocorrência se evidencia praticamente em todos os níveis de ensino do país. Todavia, incide com maior frequência nos primeiros anos da escolarização.
É nas tramas do fazer e do viver o pedagógico quotidianamente nas escolas, que se pode perceber as reais razões do fracasso escolar das crianças advindas de meios socioculturais mais pobres.
Quais são as crianças desnutridas que estão hoje frequentando nossas escolas? São aquelas portadoras de desnutrição leve, a chamada pelos especialistas de desnutrição de primeiro grau. Não estamos aqui afirmando que este tipo de desnutrição não tem importância, ela a tem tanto que constantemente é apontada como forte indicador da situação de penúria e miséria em que vive grande segmento de nossa população. É a fome a principal causa da incidência de desnutrição em crianças, e esta fome é consequência direta da má distribuição de renda existente em nossa sociedade, resultado direto do modelo econômico imposto ao País nos últimos anos.
SCHUFTAN (1974) e POLLITT (1984), que não conseguiram encontrar significância no resultado dessa relação e relatam ser impossível isolar a desnutrição da rede complexa de fatores sociais da qual faz parte, ou seja, do "complexo de doença social" que assola o meio no qual a criança escolar pobre está inserida.
Pensamos que colocar as causas desse mau rendimento nas crianças, individualmente, é uma forma de, até inconscientemente, se tentar minimizar ou mesmo ocultar a falha da escola, em particular, e de todo o sistema educacional em geral.
A nosso ver o fracasso escolar é uma dura realidade com a qual convivemos há muitas décadas, porém, é um mito, muito bem engendrado, o fato de não conseguirmos dar conta dele.
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É necessário que desmistifiquemos as "famosas" causas externas desse fracasso escolar, pela articulação destas àquelas existentes no próprio âmbito escolar, e que tenhamos clareza dos fatores que as determinam e as articulam.
Essa trajetória nos conduziria, por vezes, a relativizar e até mesmo a inverter muitas das formas de se compreender este fracasso, dentre as quais poderíamos exemplificar a atual caracterização do fracasso escolar como "problemas de aprendizagem" e que deveria, nesta perspectiva, se configurar também e talvez, principalmente, como "problemas de aprendizagem", que não se produzem exclusivamente dentro da sala de aula. Devemos continuar falando em fracasso escolar como até hoje se tem feito ou assumi-lo como problema social e politicamente produzido?
O problema da educação no Brasil passa em primeiro lugar pelo fracasso escolar, isto é, pelo número elevadíssimo de alunos que não aproveitam a escola, estando nela. A preocupação por ingressar na escola os que nela não estão tem ao menos que vir acompanhada, se não precedida, pela preocupação de que a escola ensine. Nós não vamos nem aventar a hipótese de escola-restaurante, ou escola-posto de saúde ou escola só para guarda da criança, porque isto nos rebaixaria tanto que não poderíamos aguentar a humilhação. Um país que não pode se ocupar senão das necessidades biológicas dos seus filhos, está reduzindo-os a irracionais e isso não podemos admitir. (GROSSI, 1991).
Nossas crianças, independentemente de classe social, são seres humanos dotados de necessidades físicas e materiais, sim, cuja fome de pão está indissociavelmente ligada à fome de beleza que, não pensada e não satisfeita, é um acinte à sua e à nossa dignidade.
Vamos falar, portanto, de escolaridade, vamos começar protestando que a escola esteja dentro de um projeto de atendimento. Denunciamos isso como um descalabro. Quem tem contato com nossas crianças de vilas populares mais pobres sabe que elas têm inteligência no mínimo equivalente à média; sabe que as que foram desnutridas gravemente, nos dois primeiros anos de vida, morreram antes de chegar aos sete anos. Portanto, as crianças brasileiras que estão na escola podem e têm direito de aprender. E o Brasil precisa que elas aprendam, sob pena de seu encaminhamento iminente ao Quarto Mundo.
A responsabilidade de acertar nessa tarefa é enorme, pois é toda uma vida que está em jogo. Há um ponto de partida, o nascimento e uma trilha a ser seguida, que é a evolução adquirida com os anos. As aptidões inatas da criança, que vão desde a habilidade em chutar bola até a capacidade de resolver um problema matemático, podem ou não ser desenvolvidas.
Depende da estimulação, que pode acontecer em casa ou na escola a partir de atitudes muito simples, mas que terão papel decisivo no seu desenvolvimento. “O desenvolvimento psíquico, que começa quando nascemos e termina na idade adulta, é comparável ao crescimento orgânico: como este, orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio” (PIAGET, 1980, p. 11).
Assim, percebemos que o comportamento dos seres vivos não é inato, ou de condicionamentos, ou seja, o comportamento é construído na interação entre o organismo e o meio: quanto mais complexa é esta interação, mais “inteligente” o homem poderá vir a ser. A estimulação tem de estar relacionada ao prazer e ao exercício da subjetividade da criança, permitindo-lhe a ela encontrar um sentido no que faz e tomar gosto pelo o que realiza. Faz-se também necessário, um comportamento que desenvolva a criança como ser social e individual que é. Uma rotina permeada por condutas criativas, e uma dedicação que atenda às exigências mínimas da sociedade, como por exemplo, o momento de realizar suas necessidades, sem a intervenção de um adulto na higiene pessoal, são atividades que adquirem um significado próprio para o infante.
Na atualidade, observa-se grande preocupação com o sobrepeso e a obesidade em crianças, justamente porque a carência nutricional pode interferir na disposição física e mental dos jovens, além do excesso de peso e de gordura corporal. Estes fatores podem aumentar o risco de adultos com essas características e a incidência de distúrbios metabólicos e funcionais (GUEDES e GUEDES, 1998). ).
A Portaria Interministerial nº 1.010 de 08 de maio de 2006 reforça a importância do consumo de frutas e hortaliças nas escolas. Entre seus objetivos estão ampliar o consumo de alimentos saudáveis e conscientizar os alunos a respeito da alimentação saudável, principalmente devido ao aumento da taxa de obesidade no Brasil. Esse quadro decorre do maior consumo de alimentos com altos níveis calóricos, ricos em açúcar e gordura animal, ao mesmo tempo em que diminui a ingestão de carboidratos complexos e fibras. Além de reforçar a importância de uma alimentação mais saudável no ambiente escolar, a Portaria recomenda disciplinas na grade curricular que conscientizem o aluno sobre a importância desses hábitos e também capacitação dos profissionais envolvidos na alimentação escolar.
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A família é a primeira e a mais direta influência no desenvolvimento de hábitos alimentares, seja pelos alimentos ou pelo ambiente que proporcionam durante as refeições, Gam Bardella ET al. (1999) dizem que “a família é a primeira instituição que tem ação direta sobre os hábitos do indivíduo à medida que se responsabiliza pela compra e preparo dos alimentos em casa, transmitindo dessa forma seus hábitos alimentares à criança”. Ao longo dos anos a família brasileira tem passado por grandes transformações e a falta de tempo tem substituído o alimento in natura pelos alimentos industrializados que na maioria das vezes tem um alto valor energético.
Segundo Marinardi (2005) ressalta essas transformações quando diz: Hoje, mesmo as famílias que têm condições financeiras razoáveis, nem sempre têm conhecimento suficientes ou tempo para dar orientação alimentar aos filhos. É comum prenderem-se a aspectos quantitativos dos alimentos, sem analisar, entretanto, a sua qualidade. Por outro lado, pode ocorrer o contrário: estar preocupados com a qualidade dos alimentos, esquecendo-se dos aspectos quantitativos, ingerindo-os em excesso. Faltam-lhes informações sobre o quê, quando e quanto é melhor ingerir, tem havido uso indevido de certos alimentos em detrimento de outros.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) entre 2002 e 2003, vem confirmar esta situação quando revela que o brasileiro mudou seu padrão alimentar. Verificou-se um largo predomínio de distúrbios nutricionais originados do consumo de alimentos com teor excessivo de açúcar nas dietas e o consumo insuficiente de frutas e alimentos saudáveis.
Tradicionalmente a família tem estado por trás do sucesso escolar e tem sido culpada pelo fracasso escolar. Quem não conhece o caso, comum no âmbito das famílias de classe média e das escolas publica, da mãe que acompanha assiduamente o aprendizado e o rendimento escolar do filho, filha ou filhos, que organiza seus horários de estudo, verifica o dever de casa diariamente, conhece a professora e frequenta as reuniões escolares. E quem não conhece o discurso, frequente no âmbito da escola pública que atende às famílias de baixa renda, da professora frustrada com as dificuldades de aprendizagem de seus alunos e que reclama da falta de cooperação dos pais? Com efeito, o sucesso escolar tem dependido, em grande parte, do apoio direto e sistemático da família que investe nos filhos, compensando tanto dificuldades individuais quanto deficiências escolares,
A família que está por trás do sucesso escolar, salvo exceções, ou conta com uma mãe em tempo integral – ou uma supermãe, no caso daquelas que trabalham muitas horas – exercendo o papel de professora dos filhos em casa, ou contratando professoras particulares para as chamadas aulas de reforço escolar e até mesmo psicólogas e psicopedagogas, nos casos mais difíceis.
As escolas têm contado com a contribuição acadêmica da família de duas maneiras:
(a) construindo o currículo (e o sucesso escolar) implicitamente com base no capital cultural similar herdado pelos alunos, isto é, com base no hábitos ou sistema de disposições cognitivas adquiridas na socialização primária ou educação doméstica, o que supõe afinidade cultural entre escola e família:
(b) enviando o dever de casa de modo a capitalizar explicitamente o investimento dos pais, o que requer certas condições materiais e simbólicas, isto é, tempo livre, recursos econômicos (para equipar o lar com livros, computadores, contratar professores particulares) e adesão ao papel parental de professor-coadjuvante, tradicionalmente assumido pela mãe.
Entretanto, por ser considerada natural expressão do amor e do dever dos pais, o apoio da família ao sucesso escolar ainda permanece mais implícito do que explícito na pesquisa e política educacional, bem como na prática escolar. Igualmente implícitas permanecem as relações de classe e, sobretudo, de gênero, que compõem os modelos de família que conduzem ao sucesso ou ao fracasso escolar.
De uma maneira geral, sobre a relação família e educação, afirma Néricio (1972): A educação deve orientar a formação do homem para ele poder ser o que é, da melhor forma possível, sem mistificações, sem deformações, em sentido de aceitação social. Assim, a ação educativa deve incidir sobre a realidade pessoal do educando, tendo em vista explicitar suas possibilidades, em função das autênticas necessidades das pessoas e da sociedade (...) A influência da Família, no entanto, é básica e fundamental no processo educativo do imaturo e nenhuma outra instituição está em condições de substituí-la. (...) A educação para ser autêntica, tem de descer à individualização, à apreensão da essência humana de cada educando, em busca de suas fraquezas e temores, de suas fortalezas e aspirações. (...) O processo educativo deve conduzir à responsabilidade, liberdade, crítica e participação. Educar, não como sinônimo de instruir, mas de formar, de ter consciência de seus próprios atos. “De modo geral, instruir é dizer o que uma coisa é, e educar e dar o sentido moral e social do uso desta coisa”. (p.12).
Portanto para que nossas crianças tenham um futuro brilhante e com muita saúde, os pais e educadores devem estar atentos à alimentação dos pequenos e cuidarem para que a merenda escolar seja uma aliada neste processo. A educação é um dever da família e da escola. Ambas devem interagir para garantir os direitos da criança nas questões referentes ao ensino, dando-lhes suporte e apoio para o pleno desenvolvimento da aprendizagem.
Processo de Desenvolvimento do Projeto
Tema e linha de pesquisa
Merenda escolar e o reflexo no ensino- aprendizagem baseado na linha educação infantil, que busca resgatar valores e hábitos alimentares saudáveis, por meio da ação continua da escola com a família, criando um vínculo entre a comunidade escolar, contribuindo para minha formação profissional a qual estarei me ingressando. Este projeto foi uma longa observação ao longa da minha caminhada dentro da escola trabalhando em contato direto com as crianças foi onde me despertou a curiosidade pelo tema escolhido.
Justificativa
Por meio, da ação continua e gradual deste projeto, pretendo fazer com que os alunos descubram o valor de uma alimentação saudável, explorando a verdadeira situação da realidade em que vivemos; O projeto tem o propósito de promover a alimentação saudável no espaço escolar de forma lúdica, atraente e educativa, por meio de ações de estímulo à adoção de hábitos alimentares saudáveis, durante o projeto serão realizadas atividades interdisciplinares, promovendo a construção do conhecimento crítico e estimulando a comunidade escolar a viver de maneira saudável.
Problematização
A fome será, provavelmente, o maior problema político e moral que as crianças deverão enfrentar como líderes de seus pais no futuro. No Brasil, a fome é uma questão para ser discutida na escola. E a discussão e começa pela situação de vida dos alunos e seus direitos e deveres como cidadãos. As crianças precisão conhecer a realidade da fome no Brasil e no mundo, e as consequências das más alimentações e suas precauções. Esse papel cabe aos educadores, que devem preparar seus alunos para a construção de uma sociedade mais igualitária, em que as pessoas tenham não apenas o direito, mais as condições necessárias para usufruir de uma alimentação equilibrada, qualitativa e quantitativa.
Objetivos
· Incentivar aos alunos os bons hábitos alimentares;
· Conscientizar os alunos sobre a importância e os motivos pelos quais nos alimentamos;
· Promover o consumo de alimentos saudáveis e a consciência de sua contribuição para a aprendizagem e aumento do rendimento escolar.
Conteúdos
· História por meios de teatros com fantoches sobre a alimentação e nutrição no Brasil;
· Aproveitamento total dos alimentos;
· Estratégias de promoção de uma alimentação saudável no ambiente escolar;
· Alimentação escolar e seus benefícios: fundamentos para a educação de qualidade,
· Higiene pessoal
Processo de desenvolvimento:
· Conversa em roda sobre a alimentação saudável, fazendo uma sondagem do que os educandos já trazem de conhecimentos e hábitos alimentares. Pedir aos alunos que façam cartazes recortando de revistas e jornais, frutas e alimentos saudáveis, e fazer um cartaz com a hora das refeições durante o dia.
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Pedir aos alunos para estar pintando somente as frutas e legumes , e estar ligando as frutas aos números conforme a quantidade . E pedir que os alunos confeccionem cartaz dos alimentos, e os horários das rotinas das refeições. Em seguida pedir aos alunos que confeccione as frutas que mais gosta com massa de modelar.
· Fazer uma roda de conversa para cantar músicas, contar histórias com fantoches e pedir que os alunos desenhem no caderno de desenho as frutas e legumes que eles mais gostam. Depois estar desenvolvendo mais uma atividade que está em anexo. E pedir aos alunos que traga uma fruta para a próxima aula para desenvolver uma atividade.
· Chamar os alunos para estar lavando as fruta para fazer uma salada de fruta. E estar explicando sobre cada uma das frutas trazidas, e sobre a higienização antes de fazer qualquer coisa pra comer, e explicar o que eles tem de vitamina para o nosso organismo. E por fim estar fazendo com eles a salada de frutas.
Fazer uma palestra de conscientização, com a nutricionista da escola, para todos os alunos, da educação infantil, com o tema alimentação saudável. Depois da palestra, levar os alunos em uma horta para que as crianças conheçam de onde vêm os legumes e as saladas de folhas.
Tempos para a realização do projeto
(1 Semana)
Cronograma
Datas |
Etapas do Projeto |
1° dia |
Abertura do projeto com uma conversa em roda instigando conhecimento prévio dos alunos quanto aos alimentos, pedir que eles tragam revistas jornais para confecções de cartaz. |
2° dia |
Realizar a apresentação do material coletado, pedir que os mesmos desenhe as frutas que eles mais gosta e em seguida explica-las sua funcionalidades. |
3° dia |
Apresentação por meios de músicas, teatros com fantoches e pedir aos alunos que cada um traga uma fruta para fazer salada de frutas. |
4° dia |
Explicar a higienização das frutas, preparo da salada de frutas, apresentar as vitaminas que cada fruta conte para nosso organismo e degustação da salada de fruta. |
5° dia |
Enceramento do projeto com a palestra da nutricionista com os alunos sobre alimentação saudável e visitar a horta da escola. |
Recursos humanos e materiais
Tesouras, DVD, cd, cola, papel a4, fantoches, lápis de cor, giz de cera, papel pardo, cartolina, revistas, aparelho de som, televisão, jornais, tinta guache, massa de modelar, etc.
Avaliação
A avaliação será contínua e diária, durante o decorrer do projeto através de observações, anotações pela professora, sendo que pelas conversas e questionamentos na hora da rodinha será possível verificar se houve êxito nos objetivos e também através da resolução das atividades propostas.
Respeitando em todos os momentos, os limites e as vontades das crianças para que esse projeto seja prazeroso e que obtenha grandes resultados.
Conclusão
Através do projeto alimentação poderá percebe uma contribuição de maneira significativa para aprendizagem dos alunos da educação infantil, compreendo e valorizando a questão da alimentação saudável em seus cotidianos.
A educação tem por finalidade fazer com que homem descubra suas potencialidades e qualidades e as encaminhe para a sua realização. O ensino se torna um instrumento para a obtenção deste resultado. Neste sentido que a
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educação brasileira está realmente sendo um instrumento de libertação e, portanto, de realização humana, voltada para o estado, ora para a sociedade.
Portanto este tema em apreço que escolhi, trouxe uma nova experiência para minha vida profissional, onde pude perceber que a pesquisas cientifica é o único meio pelo qual podemos nos aproximar das coisas ocultas, daquilo que só através de experimentação conseguimos alcança-las nossos objetivos, objetivos estes que nos servirá para o resto de nossa vida.
Quero agradecer primeiramente a Deus e toda equipe da UNOPAR desde tutora de sala professores, coordenadora Melina Klaus, a orientadora Okçana Batini, tutora eletrônica Polyana pela oportunidade que a mim me deram para avançar com firmeza neste projeto de pesquisa com todo apoio necessário para realização deste projeto; sinto-me realizada, e ao mesmo tempo preparada para exercer minha profissão de mediadora neste processo de ensino e aprendizado de todas as crianças do nosso Brasil, e trazer comigo a certeza de que tudo na vida só conseguiremos com fé e coragem e determinação, elementos que não faltou na minha caminhada com aluna da UNOPAR, que me mostrou o verdadeiro caminho do sucesso profissional.
Referências
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