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A Importância dos Jogos e Materiais Didáticos como Recursos Facilitadores da Aprendizagem

Renata Sbaraine Mancini[1]

 

Resumo

A preocupação básica deste estudo é refletir sobre o papel da importância dos jogos didáticos diante relação professor/aluno/aprendizagem, em questões pedagógicas intrínsecas ao uso dos materiais e equipamentos didáticos, que estão para além da organização do espaço físico da sala de aula, e do ligar e desligar de aparelhos, mas, sobretudo, dizem respeito à constituição de uma identidade educativa voltada às preocupações com uso adequado e qualitativo desses recursos. Este artigo tem como objetivo analisar ensino-aprendizagem Conhecer os materiais e os equipamentos didáticos em uso nas escolas brasileiras. Desenvolver habilidades básicas necessárias à conservação, à manutenção e ao emprego desses equipamentos no ambiente escolar, por meio de reflexões sobre um contexto educacional criativo, inclusivo e de qualidade, com vistas ao desenvolvimento de um perfil profissional técnico, gestor e educador. Conclui-se Contudo, em uma acepção mais ampla e democrática da educação.

Palavras-chave: Aluno. Jogos e Materiais Didáticos. Ensino-aprendizagem

 

Abstract

The primary concern of this study is to reflect on the importance of the role of educational games on the teacher / student / learning inherent in the use of teaching materials and equipment pedagogical issues that are beyond the organization of the physical space of the classroom, and the switching on and off of appliances, but mainly concern the establishment of an educational identity facing concerns about adequate and qualitative use of these resources. This article aims to analyze teaching-learning materials, and Knowing the didactic equipment used in Brazilian schools. Develop basic skills necessary for the preservation, maintenance and use of such equipment in the school environment, through reflections on a creative, inclusive and quality education context, with a view to developing a professional technician, manager and educator profile. However it is concluded, in a broader sense and democratic education.

Keywords: Student. Games and Instructional Materials. Teaching-learning

 

Introdução

O presente trabalho tem como tema o papel do ensino-aprendizagem através do avanço da tecnologia em jogos didáticos em relação aos novos alunos do século XXI, principalmente nos avanços da tecnologia e a rapidez de aprendizagem do aluno e professor.

Os jogos podem ser considerados educativos se desenvolverem habilidades cognitivas importantes para o processo de aprendizagem – resolução de problemas, percepção, criatividade, raciocínio rápido, dentre outras habilidades. Se o jogo, desde seu planejamento, for elaborado com o objetivo de atingir conteúdos específicos e para ser utilizado no âmbito escolar denominamos tal jogo de didático. Por outro lado, se o jogo não possui r objetivos pedagógicos explícitos e sim ênfase ao entretenimento, então os caracterizamos de entretenimento (ZANON et al, 2008, p. 73.)                       

Assim, para Campos et al (2002, p. 48), consideramos que a apropriação e a aprendizagem significativa de conhecimentos são facilitadas quando tomam a forma aparente de atividade lúdica, pois os alunos ficam entusiasmados quando recebem a proposta de aprender de uma forma mais interativa e divertida, resultando em um aprendizado significativo.

Neste sentido, segundo Campos et al (2002, p. 48), o jogo ganha um espaço como a                              ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno, desenvolve níveis diferentes de experiência pessoal e social , ajuda a construir suas novas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade, e simboliza um instrumento pedagógico que leva o professor à condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem. Ele pode ser utilizado como promotor de aprendizagem das práticas escolares, possibilitando a aproximação dos alunos ao conhecimento científico, levando os a ter uma vivência, mesmo que virtual, de solução de problemas que são muitas vezes muito próximas da real idade que o homem enfrenta ou enfrentou.

O jogo didático constitui-se em um importante recurso para o professor ao desenvolver a habilidade de resolução de problemas, favorecer a apropriação de conceitos e atender as características da adolescência (RIBEIRO,1997).

Contudo, em uma acepção mais ampla e democrática da educação, sabemos que a elevação da qualidade do ensino depende, necessariamente, da construção de parcerias entre todos os segmentos da comunidade escolar, sobretudo no que diz respeito aos objetivos da proposta pedagógica e às atividades que a concretizam. Nesse sentido, um vínculo forte professor–funcionário pode traçar, definitivamente, uma trajetória educacional bem-sucedida para os alunos.

Conceitos básicos de didática e metodologias do ensino na educação básica. Equipamentos e materiais de creches e pré-escolas. Equipamentos e materiais nos processos de alfabetização. Equipamentos e materiais no ensino fundamental e médio: do quadro de giz aos recursos específicos modernos. Equipamentos e recursos específicos para portadores de necessidades educacionais especiais. Papel do técnico em sua relação com professores e estudantes.

 

Desenvolvimento

A escola é um espaço de trabalho, e de construção do conhecimento onde as chances de sucesso ou fracasso dependem muito da qualidade da relação entre educador e educando. Na escola, o conhecimento é estruturado na interação do sujeito com o meio, do sujeito com o objeto de conhecimento e principalmente do sujeito com outros sujeitos.

Nesta perspectiva, constata-se que a relação estabelecida entre professores e alunos constitui a essência do processo pedagógico.

O processo de aprendizagem ocorre em decorrência de interações sucessivas entre as pessoas, a partir de uma relação vincular, [...] e é através do outro que o indivíduo adquire novas formas de pensar e agir e, dessa forma apropria-se (ou constrói) novos conhecimentos (TASSONI, 2010, p.6)

Segundo MELLO, 2004, obviamente, o professor é influenciador imediato do aluno em sala de aula. Muitos dos problemas enfrentados em nossas escolas provêm de várias situações sócio afetivas não resolvidas e da debilitação que muitas crianças passam a ter, causando, muitas vezes, consequências irreversíveis na escola.

Na escola, através dos relacionamentos estabelecidos, o aluno tem oportunidade de ampliar as referências para o seu desenvolvimento emocional, intelectual, social, e é o professor quem interage intensamente com ela( PAULO FREIRE, 1996).

Ao iniciarmos nossos estudos sobre materiais e equipamentos didáticos é muito importante que você compreenda o contexto pedagógico no qual eles estão inseridos. Em geral, os funcionários manuseiam e até mesmo “consertam” estes equipamentos. Mas está na hora desses materiais, velhos conhecidos de quem convive no ambiente escolar, serem compreendidos em todas as suas dimensões. Quem não conhece o quadro de giz, o mimeógrafo, as copiadoras e impressoras, os livros, didáticos e paradidáticos? Esses materiais e equipamentos, alguns mais prosaicos, como as carteiras da sala de aula e outros usados em nossas escolas, dependendo de sua concepção, de suas especificações, podem ser e podem não ser didáticos, podem ser ou não ser educativos.

O conhecimento mais aprofundado sobre equipamentos e materiais didáticos torna-se tão indispensável quanto à própria manutenção do espaço escolar e o desenvolvimento de uma consciência técnica, gestora e educadora. (FONSECA, 2004).

O termo “didática” encontra duas definições distintas, bastante usuais. A primeira, que situa a didática como uma das disciplinas da Pedagogia, estuda os componentes do processo: conteúdos, ensino e aprendizagem. Outra definição, que vai embasar nossos estudos, é a que considera a didática como o conjunto de princípios e técnicas que se aplicam ao ensino de qualquer componente curricular, estabelecendo normas gerais para o trabalho docente, a fim de conduzir a aprendizagem.

Por exemplo, costuma-se dizer que o professor que, em vez de dialogar com os estudantes, vive aos berros com a turma na tentativa de impor sua autoridade, não é didático ou não tem didática, pois não atende a algumas normas gerais do ensino que orientam o não-constrangimento do aprendiz. Já o uso de materiais concretos para o ensino da matemática (material dourado, ábaco, quadro de pregas) ou de recursos visuais (fotos, filmes, slides, etc.) para trabalhar conhecimentos sobre a realidade sociocultural do aluno constitui uma ação didática, pois atende a normas gerais determinantes da prática docente, que todo professor precisa implementar.

Basicamente, a didática está relacionada ao “como ensinar”, orientando elementos que vão desde a postura do docente até os meios empregados para promover o ensino e garantir a aprendizagem.

Sendo a educação uma das fontes mais importantes do desenvolvimento e agregação de valores na espécie humana, e a escola a instituição responsável pela transmissão formal e sistemática dos conhecimentos acumulados, as interações se fazem presente também nesta organização.

As relações de interação e influências acontecem em todos os momentos, no âmbito da educação sistemática, e a forma como se dão as interações na escola são de suma importância para o bom êxito dos processos educativos, afinal a escola é um ambiente que propicia as mais variadas vivências e conflitos.

Fernandez, (1991, p. 1311) comenta que “são as relações sociais, com efeito as que marcam a vida humana, conferindo ao conjunto da realidade que forma seu contexto (coisas, lugares, situações, etc.), em um sentido afetivo”.

Basicamente, a didática está relacionada ao “como ensinar”, orientando elementos que vão desde a postura do docente até os meios empregados para promover o ensino e garantir a aprendizagem.

O emprego dos recursos, materiais ou equipamentos didáticos, como sua própria experiência profissional indica, é historicamente planejado, elaborado e implementado pelo professor. Contudo, as práticas educacionais cotidianas permitem constatar a necessidade urgente de um novo olhar sobre os suportes didáticos.

Em tempos de gestão democrática, de educação para a inclusão escolar e social, sugere-se a participação de todos, em todas as instâncias e em todos os espaços da escola. Inclui-se aí a efetiva participação dos funcionários nas instâncias pedagógicas, como gestores e educadores que reúnem as habilidades necessárias ao desenvolvimento de ações que envolvam o apoio didático às aulas planejadas pela equipe docente.

E para que você desempenhe tais atividades com competência e profissionalismo, é fundamental o desenvolvimento de algumas habilidades básicas, como também o exercício da soma do conhecimento prévio acumulado com o conhecimento teórico, que levam à autonomia e à capacidade de gestão. Porém, a característica essencial e que precede às outras é, sem dúvida, a constituição da identidade, a percepção de si como agente educacional e como sujeito que aprende. Em outras palavras, a assimilação do sentimento de pertencimento ao ambiente educacional.

Dessa forma, o professor, por deter o conhecimento do conteúdo que irá ensinar, por superestimar a capacidade de abstração dos alunos ou por considerar trabalhosa a administração de uma atividade com recursos diferentes do livro e do quadro de giz, dentre outros motivos, dispensa o uso de materiais que poderiam enriquecer e mediar a construção do saber, optando por aulas apenas expositivas ou com poucos recursos (ALBANO, 2004).

 

Conclusão

Diante do exposto, conclui-se que, é indiscutível o papel do material didático como recurso incentivador da aprendizagem, uma vez que as mensagens que o estudante recebe por meio dele não são somente verbais; abarcam sons, cores, formas, sensações.

Só pela sua presença, os materiais didáticos já cumprem a função de estabelecer contato na comunicação entre professor e aluno, alterando a monotonia das aulas exclusivamente verbais. Esses materiais ainda podem substituir, em grande parte, a simples memorização, contribuindo para o desenvolvimento de operações de análise e síntese, generalização e abstração, a partir de elementos concretos.

Uma aula bem planejada, preparada com recursos didáticos adequados, começa com uma organização funcional e harmônica do espaço onde ela vai ocorrer.

Dessa forma, ampliam o campo de experiências do estudante, ao fazê-lo defrontar com elementos que, de outro modo, permaneceriam distantes no tempo e no espaço.

No contexto educacional, pode ser um grande aliado em todas as áreas do ensino. Relacionada aos conteúdos curriculares, pode favorecer a assimilação do conhecimento, de maneira lúdica, prazerosa; auxilia, ainda, na leitura e na interpretação de textos, enriquece o vocabulário, estimula a criatividade e o raciocínio lógico. Além disso, uma música bem selecionada, tocando em volume baixo, durante uma aula ou a realização de uma atividade, favorece a concentração e acalma o ambiente, mantendo o equilíbrio e a harmonia.

Embora também possam assumir um caráter meramente recreativo ou de lazer, em determinadas situações os filmes devem, sempre, ser pensados como recursos didáticos, ou seja, como mediadores do processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, a escolha deve recair sobre filmes de curta duração, que realmente auxiliem na compreensão da área do currículo que se propõe abordar, sendo adequados ao assunto e à faixa etária.

 

 

 

 

Bibliografia

FONSECA e col. Projeto de Ensino Fundamental de Educação de Jovens e Adultos: desafios e possibilidades na adoção de perspectiva transdisciplinar. In: Anaisdo 7

O Encontro de Extensão da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2004.

FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Medicas, 1991.

TASSONI, Elvira Cristina Martins. Afetividade e aprendizagem: a relação professor-aluno.

ZANONN, Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 2008.

ALBANO, A. A. Artes visuais: estética e expressão. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2004>.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: sobre os saberes necessários à prática educativa. 29. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

MELLO, R. M. Tecnologia educacional. Paraná: CRTE Telêmaco Borba, 2004.

 

Campos et al (2002, p. 48). Fundamentos básicos Didaticos.

 

RIBEIRO, V. M. M. (Coord.). Educação de jovens e adultos: proposta curricular para o primeiro segmento do ensino fundamental. São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 1997.



[1] Formada em Ciências Biológicas. Atua na Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida no município de Santa Carmem/MT. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.