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AFETIVIDADE ENTRE PROFESSOR E ALUNO

 

Antônia Dejanira do Espírito Santo Morais
Netânia Sales Pavan

 

 

RESUMO

A afetividade em sala de aula é um dos temas de muita importância, pois através do convívio entre professor e aluno é que podemos ter uma afetividade tanto de saber como de uma convivência melhor. Convém ressaltar que a busca na compreensão dos motivos e compreensão que levam o aluno a ter diversas atitudes em diferentes momentos desafiar o professor a pesquisar intervenções eficaz que contribuam na formação de sua personalidade e de sua aprendizagem.

 

Palavras-chave: Afetividade, Aprendizagem, Professor, Aluno.

 

 

INTRODUÇÃO

 

A sala de aula é um ambiente onde o professor se depara com muitos conflitos, emoções e desafios. E nesse ambiente há diversos comportamentos e atitudes que se não bem trabalhadas e compreendidas podem comprometer o relacionamento entre professor e o aluno, e por consequência, o processo de ensino aprendizagem.

A escola deve proporcionar espaço sobre a vida do aluno, como um todo, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e transparente. A importância da afetividade na relação professor-aluno, sabemos que o afeto é um ingrediente primordial em qualquer relação humana, ao analisar essas relações, percebemos que á um distanciamento entre professor e aluno.

Precisamos conhecer o aluno, saber quem ele é disposto a ajudar, valorizá-lo, daí a aprendizagem pode se tornar mais prazeroso.

Ao professor é dada a responsabilidade de esclarecer um momento com o grupo e com cada aluno individualmente, uma vez que cada pessoa seja único e diferenciado dos demais. Essa relação deve ser tanto a nível cognitivo como afetivo, o professor precisa dá oportunidades aos alunos situações em que eles possam demostrar seus sentimentos na escola, não apenas sua inteligência ou sua capacidade de aprender.

 

DESENVOLVIMENTO

 

Falar sobre a afetividade na sala de aula, onde o professor é o principal mediador das atividades que propiciam a aprendizagem dos alunos. Demonstrar que através desse relacionamento estabelecido, pode-se desenvolver um grande progresso na aprendizagem dos mesmos, pois ambos ceram beneficiados.

Paulo Freire (1996, p 89). Destaca que, “como professor preciso estar disposto de querer bem aos educando e a própria parte que participo”. Essa abertura de querer bem não significa, verdade, que, porque professor, me, obrigo a querer bem todos os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não me assusta, que tenho que autenticamente selar o meu compromisso com os educando, numa pratica especifica do ser humano. Na verdade preciso destacar como falsa a separação radical entre “seriedade” e “afetividade”.

Não é certo sobre tudo do ponto de vista democrático quer serei tão melhor professor quanto mais severo, mais frio mais distante e “cinzento” me ponho com as minhas relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscíveis que devo ensinar. A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade. O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade.

Cabe ao professor a responsabilidade de estabelecer um relacionamento com cada aluno individual. Essa relação deve ser a nível cognitivo e afetivo. Saltine (2008, p89) defende que “o professor precisa oportunizar aos alunos situações em que ela evidenciem seus sentimentos na escola, não apenas sua inteligência ou sua capacidade”.

Outras características necessárias a um educador afetivo são a seriedade e a paciência, muitas vezes, em situações difíceis do cotidiano escolar, que são muitas, como brigas, conflitos, onde cabe ao professor resolver com muita sabedoria e paciência.

É relevante compreender que as crianças desde de pequenas devem procurar relacionar-se com outras crianças a fim de interagir e dar e dar espaço ao desenvolvimento da afetividade e aprendizagem. Assim, dá-se início a evolução da personalidade sempre lembrando que as emoções estão associadas a este processo. Segundo Wallon (2007,p 124).

É no grupo familiar que a criança começa a vivenciar suas primeiras experiências afetivas, mais é no ambiente escolar que este processo torna rico e significativo. Tudo isso devido ás oportunidades que a escola pode proporcionar. As crianças em idade escolar estão em intenso progresso no campo intelectual que, segundo Wallon (1968), a afetividade possibilita tal avanço, pois “são os motivos, necessidades, desejos, que dirigem o interesse da criança para o conhecimento e conquista do exterior”, sendo importante observar e descrever como o professor utiliza-se na relação com o outro, com seu par. A relação educativa é permeada pela afetividade.

Todos os seres humanos desde seu nascimento tem a necessidade de afeto, para esse momento ela conta com o afeto familiar que é de vital importância para seu desenvolvimento, visto que é através do mesmo que a criança pode viver num processo favorável de socialização e integração familiar.

Nesse sentido podemos observar, que uma convivência amorosa, a atenção dada a essa criança, o conversar, o brincar estimula o desenvolvimentos infantil. A convivência com outros, a dependência de um adulto estimula seu aprendizado, o falar, o andar, o pegar são processos indissociáveis no desenvolvimento infantil e que será melhor desenvolvimento se bem estimulado.

É relevante compreender que as crianças desde pequenas devem procurar relacionar-se com outras crianças a fim de interagir e dar espaço ao desenvolvimento da aprendizagem. Assim, dá-se início a evolução da personalidade sempre lembrando que as emoções estão associadas a este processo. Segundo Wallon (2007, p124):

A emoção compete o papel de unir os indivíduos entre si por suas relações mais organizadas, e mais íntimas, e essa confusão deve ter consequência ulterior ás oposições e os desdobramentos dos quais poderão gradualmente surgir ás estruturas das consequências.

É através das trocas no ambiente em que vivem que vão fazer os sentimentos se diferenciam. Os sujeitos vão se construindo através da interação com outros, o contato com outras culturas.

Para Piaget (1976, apud Turati, Pessolado e Silva,2011),

O afeto pode acelera ou relatar o desenvolvimento das estruturas cognitivas. O afeto acelera o desenvolvimento das estruturas, no caso de interesse e necessidade, e retarda quando a situação afetiva é obstáculo para o desenvolvimento intelectual. A afetividade não explica a construção da inteligência, mas as construção tem um aspecto cognitivo e um afetivo, e um não funciona sem o outro.

Chalita (2001, p.232-233) ressaltou que o grande pilar da educação é, sem dúvida, a habilidade emocional.

Não é possível desenvolver a habilidade cognitiva e a social sem que a emoção seja trabalhada. A emoção trabalha com libertação da pessoa humana. A emoção é a busca do foco interior e exterior, de uma relação do ser humano com ele mesmo, e o passaporte para a conquista da autonomia e da felicidade.

 

A afetividade é indispensável à produção do conhecimento e ao desenvolvimento cognitivo, pois a vivencia entre as pessoas oferece inúmeros conhecimento, já que as pessoas pensam, sentem, e agem de forma diferente. Além disso, é através dos relacionamentos que o indivíduo constrói a sua identidade e autoestima, muito importante no processo de ensino aprendizagem.

Ribeiro (2010) relata sobre a importância da afetividade para o desenvolvimento cognitivo:

A afetividade, portanto, é de suma importância para a vida, tanto quanto a formação cognitiva ou o processo de conhecimento. A afetividade e a inteligência são dois aspectos inseparáveis no desenvolvimento e se apresentam de forma antagônica e complementar, pois se a criança tem algum problema no desenvolvimento afetivo isso acabará comprometendo seu desempenho cognitivo. O afeto é o estimulante, o que excita a ação e o pensamento, é o fruto da ação.

 

Os laços de carinho e amizade entre professores e alunos são estímulos atuais, portanto não podem, em hipótese alguma, deixar na sala. Quem é que não tem prazer em frequentar um ambiente onde é acolhido e bem tratado e conviver com pessoas que gosta e admira? Se o educando não sentir-se bem na escola, ele dificilmente e o saber como algo interessante e frequentá-lo será apenas uma desagradável obrigação e estudar um dever.

Para a prática pedagógica, o conhecimento da afetividade, quer seja através das emoções, da força motora das ações ou do desejo e da transferência, para o melhor desenvolvimento da aprendizagem do aluno consequentemente, para uma melhor relação entre este e o professor.

Ao refletir a afetividade no processo de ensino aprendizagem, percebemos muitas vezes, que esse tema muitas vezes não vem sendo levado em consideração por um número razoável de educadores. A questão é que muitos professores pensam que o conhecimento, é o que mais importa deixando assim de lado a questão afetiva.

As consequências dessa prática, especialmente na educação infantil, período em que vivenciam as maiores experiências de interação e trocas entre as pessoas que os cercam, podem ser prejudiciais para o desenvolvimento das crianças, pois o professor deve compreender acima de tudo que a afetividade é fundamental para o desenvolvimento cognitivo. Sendo assim é de suma importância que o professor planeje bem suas aulas, para que assim possa proporcionar aos seus alunos atividades e brincadeiras estimulantes e os mesmo sintam alegria em participar e interesse em aprender. Paulo Freire (1996, p.159), faz uma abordagem que expressa bem á postura de um professor afetivo:

Como professor preciso estar aberto ao gosto de querer bem aos educando e a própria pratica educativa que participo. Esta abertura de querer bem não significa, na verdade, que, porque como professor, me obrigo a querer bem a todos os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não me assusta que tenho de autenticamente selar o meu compromisso com os educando, numa prática especifica do ser humano. Na verdade, preciso destacar como falsa a separação radical entre “seriedade docente” e “afetividade”. Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei tão melhor professor quanto mais severo, mais frio, mais distante e “cinzento” me ponha nas minhas relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscíveis. A afetividade não se acha excluída da cognoscibilidade. O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exército de minha autoridade.

Vemos que o professor com uma postura afetiva deve preocupar-se com bem estar dos alunos, pois a criança, especialmente na educação infantil, deseja e necessita ser acolhida e amada e assim aos poucos irá suscitar a sua curiosidade para o aprendizado.

O educador que tem um olhar sensível, é o que em sua prática pedagógica, avalia seus alunos e trabalha com eles de forma atenciosa, é capaz de compreender, contextualizado seus valores, em da realidade dos alunos para melhor aprendizado.

A sensibilidade do professor torna-o capaz de entender os estágios de desenvolvimento da criança, fazendo- o vivenciar um mundo de imaginação, sonhos, alegrias e etc. O professor precisa conhecer bem a criança, para usar de estratégias que produzam resultados satisfatórios, concordar que o aluno tem papel que produzam resultados satisfatórios, concordar que o aluno tem um papel importante no uso da didática adotada pelo professor. Para Saltine (2008, p. 100):

A inter-relação da professor com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou no pátio, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o fio condutor o suporte afetivo do conhecimento.


Para o referido autor, a relação exercida entre professor e aluno permite grande aquisição de conhecimentos, cada momento que é compartilhado pelos mesmos enriquece o aprendizado.

De acordo com Saltini ( 2008, 70), “ o educador seve de continente para a criança”. Isso significa dizer que o continente nada mais é senão o espaço onde são depositadas as pequenas construções e onde elas tornam um significado, isto é um sentido. É necessário afirmar também que papel do professor é bem diferenciado do papel do aluno. É claro que ambos contribuem e interagem num processo onde se mesclam experiências afetivas e cognitivas, mas cada qual com sua função, isto é, cabe ao professor preparar e organizar o ambiente onde as crianças vão buscar seus interesses. Nesse sentido tudo serve para aprendizagem, cada situação problema, cada cantinho da sala de aula, a rotina e inclusive o pátio também é um lugar onde se faz educação. No entanto. Saltine (2008, p. 101) afirma que para isso “é necessário que o educador seja antes de tudo um curioso, um pesquisador, possibilitando assim, a criança descobrir verdades, ao invés de impor conteúdos”.

Piaget (1972, Discurso), certa vez disse:

O papel do mestre deve ser o de iniciar a pesquisar e de fazer tomar consciência dos problemas, e não ditar a verdade: compreender é inventar ou reinventar, e dar uma lição prematura é impedir as crianças de encontrar ou redescobrir as soluções por si mesmas.


Ao professor é dada a responsabilidade de estabelecer uma relação com o grupo todo e com cada aluno individual, uma vez que cada ser é único e se diferencia dos demais. Essa relação deve ser tanto a nível cognitivo e afetivo, Saltini (2008, p. 89) defende que “o professor precisa oportunizar aos alunos situações em que elas evidenciem na escola seus sentimentos na escola, não apenas sua inteligência ou sua capacidade de aprender.

O processo de educar vai além de simples repensar de conteúdos que o professor muitas vezes julga ser correto, o professor é o personagem principal no processo de aquisição do conhecimento da criança, cabe a eles se preparar, tirar experiência de cada processo vivido para que assim possa enriquecer cada vez mais sua prática pedagógica.

Para haver assim um processo educativo de relevância, se faz necessário que algo mais permeie a relação professor x aluno. Afetividade que aproxima mais o educador do educando. Em relação a isso Arruda e Borges (2011) descreveram:

A aprendizagem e a afetividade na relação entre a criança e o professor deve caminhar juntas, pois é a partir da afetividade que a criança passa a ter confiança no professor e com isso algumas barreiras são superadas como, por exemplo a dificuldade da criança em aprender a determinados conteúdos, bem como desenvolver determinada atividade. É com dialogo, carinho que o professor constrói caminho para chegar ao universo da criança a fim de ajudá-la a superar suas dificuldades.

O educador deve procurar estar bem consigo mesmo, tentar livra-se de problemas que possam interferir no seu desempenho profissional.

D’Andreia (2000 p.77) ressalta que:

O professor ideal seria aquele que além dos conhecimentos intelectuais, tenha uma personalidade sem muitos conflitos, uma vida familiar satisfatória e que seja capaz de orientar seus alunos em outros assuntos além dos relacionados ás matérias que ensinam, pois infelizmente, não é raro as crianças encontrarem mestres desajustados, infelizes, mais preocupados com suas situações econômica ou social do que com os alunos.

Não quero afirmar que o professor deva ser banido de problemas e viva uma vida perfeita livre de situações, mas quero colocar que se espera desse profissional que ele tenha um mínimo de empatia, que goste realmente do que faz que esteja disposto a olhar além, que enxergue as diversidades possibilidades em cada aluno, que procure conhecer, aceitar as diversidades e buscar aproveitá-las para transmissão de conhecimento. Deve-se lembrar de que o ato de educar também é um ato social.

Quando o professor demostra real interesse pelo educando, a aprendizagem torna-se verdadeiramente efetiva.

Assim, Malom e Santos (2008) acreditam que:

O professor ao estabelecer um clima de confiança e uma atividade de respeito com o aluno passa a ser um grande mediador das aprendizagens deste. Uma das fontes motivacionais do ensino e da aprendizagem está no vínculo estabelecido entre educador e educando. A afetividade é um foto que precisa ser fortalecido nas relações educacionais dentro e fora da escola.

Para que a afetividade aconteça de forma significativa no cotidiano da sala de aula o educador deve estar preparado. Deve ser conhecedor dando a devida importância para o bom relacionamento afetivo entre professor e aluno. Lembrando que cabe a ele também uma função social, já que acriança depende da interação com o meio social em que está inserido, para assim haja um desenvolvimento integral.

Nesse sentido Ribeiro (2010) afirma:

Perceber-se que há uma eminente necessidade, principal por parte dos educadores, de buscar conhecimento que trate sobre o tema da afetividade, pois este tema colabora para o seu desenvolvimento humano, visto que é na escola que a criança passa boa parte do seu tempo. O educador precisa entender a necessidade e ficar atento ás atitudes das crianças para assim colaborar para o sucesso escolar e da vida do educando.

Vimos que o educador tem de estar aberto na escola da aquisição de mais conhecimento sobre a questão afetiva, para assim trabalhar em prol de um bom desenvolvimento em sala, pois quanto mais aberto o educador estiver para auxiliar o aluno no processo de ensino aprendizagem, melhor será seu êxito.

Segundo Freire, não existe educação sem amor “ama-se na medida em que se busca comunicação, integração, a partir da comunicação com os demais. (...)”.

Sendo assim a educação afetiva engloba a escola como um todo a partir do respeito, da aceitabilidade, da compreensão moral e da autonomia de ideias. Porque a afetividade não se resume somente em troca de carinho, mas é através dela que se prepara o caminho para o desenvolvimento cognitivo. O ambiente escolar pode influenciar de maneira positiva ou negativa esse processo de autovalorização, dependendo do tipo de relações que a criança estabelece com seus pares e com os adultos nesse ambiente.

A escola, portanto deve volta-se para a qualidade das suas reações, valorizando o desenvolvimento fundamentais da criança como um todo. Saltine (2008p.15) ressalta que:

As escolas deveriam entender mais os seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demais para a construção e neuróticos por não entender de amor, sonhos e fantasia, de símbolos e dores.

O professor precisa dessa forma, promover que estimule o sentimento de amizade e auxilio mutuo entre as crianças, o sentimento de importância uns para com os outros. Amizade e simpatia se desenvolvem através das trocas, do compartilhar, interagir, do conhecer um ao outro. Se o ambiente escolar não permitir esse tipo de relacionar-se, torna-se impossível afetivo.

De Paula e Farias, (2010) diz que:

Para haver aprendizagem de haver troca, essa troca deve ser permeada de afeto com o outro, isso se dá através do afeto e da afetividade. Para isso precisamos da família e do lúdico, pois é através do lúdico que podemos ensinar com afeto.

Precisamos conhecer o aluno, saber quem ele é, está disposto a ajudar, valorizá-lo, daí a prensagem pode se torna mais prazerosa.

Saltine (2008, p.63) afirma que:

O professor (educador) precisa obviamente ouvir a criança. Deve conhece-la não apenas na sua estrutura biofisicológica e psicossocial mas também na sua interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sofre e busca constantemente compreender o mundo que o cerca, bem como o que ela faz na escola.

O autor nos mostra a necessidade de buscarmos desenvolver um vínculo afetivo com nosso aluno, precisamos entender aceitar que as crianças também são dotadas de necessidades e sentimentos que precisam ser respeitados e trabalhados de maneira a estreitar os vínculos afetivos.

Em fim para se estabelecer uma postura afetiva, o professor precisa antes de tudo, tratar a todos os alunos com igualdade, sem demostrar maior ou menor sentimento um pelo outro. Da mesma forma, manter o diálogo com todos os alunos envolvidos, fazendo com que a vida na escola seja algo vibrante, alegre e de interesse dos alunos.

Piaget (1976, aud, Pessolado e Silva, (2011),

O afeto pode acelera ou retardar o desenvolvimento das estruturas cognitivas. O afeto acelera o desenvolvimento das estruturas, no caso de interesse e necessidade, e retarda quando a situação afetiva é obstáculo para o desenvolvimento intelequitual. A afetividade não explica a construção da inteligência, mas as contusões mentais são permeadas pelo aspecto funcional sem o outro.


A afetividade é indispensável à produção do conhecimento e ao desenvolvimento cognitivo, pois a vivencia entre as pessoas oferece inúmeros conhecimentos, já que as pessoas pensam, sentem e agem de forma diferente. Além disso é através dos relacionamentos que o indivíduo constrói a sua identidade e autoestima, muito importante no processo de ensino aprendizagem.

Ribeiro (2010) relata sobre a importância da afetividade para o desenvolvimento cognitivo:

A afetividade, portanto, é de suma importância para a vida, tanto quando a formação cognitiva ou o processo de conhecimento. A afetividade e a inteligência são dois aspecto inseparáveis no desenvolvimento e se apresentam de forma antagônica e complementar, pois se a criança tem algum problema no desenvolvimento afetivo isso acabará comprometendo seu desenvolvimento cognitivo. O afeto é o estimulante, o que excita a ação e o pensamento, é o fruto da ação.

Os laços de carinhos e amizade entre professor e alunos são estímulos naturais, portanto não tem prazer não podem, em hipótese alguma, deixar de existir na sala. Quando é que não tem prazer em frequentar um ambiente onde é acolhido e bem tratado e conviver com pessoas que gosta e admira? Se o educando não sentir-se bem na escola, ele dificilmente verá o conhecimento e o saber como algo interessante e frequentá-la será apenas uma desagradável obrigação e estudar um dever.

Para a pratica pedagógica, o conhecimento da afetividade, quer seja através das emoções, da forca motora das ações ou do desejo e da transferência, para o melhor desenrolamento da aprendizagem do aluno consequentemente, para uma melhor relação entre este e o professor.

Ao refletir a afetividade no processo de ensino aprendizagem, percebemos muitas vezes, que esse tema muitas vezes vem sendo levado em consideração por um razoável de educadores. A questão é que muitos professores pensam que o conhecimento, é o que mais importa deixando assim de lado a questão afetiva.

As consequências dessa prática, especialmente na educação infantil, período em que vivenciam as maiores experiências de interação e trocas entre as pessoas que os cercam, podem ser prejudiciais para o desenvolvimento das crianças, pois o professor deve compreender acima de tudo que a afetividade é fundamental para o desenvolvimento cognitivo. Sendo assim é de suma importância que o professor planeje bem suas aulas, para que assim possa proporcionar aos seus alunos atividades e brincadeiras estimulantes e os mesmos sintam alegria em participar e interesse e interesse em aprender. Paulo Freire (1996, p.159), faz uma abordagem que expressa bem à importância de um professor ativo:

Como professor preciso estar aberto ao gosto de querer bem aos educando e a própria prática que participo. Esta abertura de querer bem não significa, na verdade, que porque como professor, me obrigo a querer bem a todos os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não me assusta que tenho de autenticamente selar o meu compromisso com os educando, numa prática específica do ser humano. Na docente” e “afetividade e”. Não é certo, sobretudo do ponto de vista democrático, que serei tão melhor professor quanto mais frio, mais distante e “cinzento” me ponha nas minhas relações com os alunos, no trato dos objetos cognoscibilidade. O que não posso obviamente permitir é que minha afetividade interfira no cumprimento ético de meu dever de professor no exercício de minha autoridade.

Vemos que o professor com uma postura afetiva deve preocupar-se com o bem estar dos alunos, pois a criança, especialmente na educação infantil, deseja e necessita ser acolhida e amada e assim aos poucos irá suscitar a sua curiosidade para o aprendizado.

O educador que tem um olhar sensível, é o que em sua prática pedagógica, avalia seus alunos e trabalha com eles de forma atenciosa, é capaz de compreender, contextualizando seus valores, em cima da realidade dos alunos para melhor aprendizagem.

A sensibilidade do professor torna-se capaz de entender os estágios de desenvolvimento da criança e etc. O professor precisa conhecer bem a criança, para usar de estratégias que produzam resultados satisfatórios, concordar que o aluno tem um papel importante no uso da didática adotada pelo professor. Para Saltine (2008, p.100):

A inter-relação da professora com o grupo de alunos e com cada um em particular é constante, se dá o tempo todo, seja na sala ou o pátio, e é em particular é constante, se dá a interação com os objetivos e a construção de um conhecimento altamente envolvente. Essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento.

Para o referido autor, a relação exercida entre o professor e o aluno permite grande aquisição de conhecimentos, cada momento que é compartilhado pelos mesmos enriquece o aprendizado.

Para que todos tenha um melhor aprendizado, é necessário que aja tanto a afetividade, como o interesse de ter um bom conhecimento.

 

CONCLUSÃO

Através dessa pesquisa bibliográfica e de campo pude perceber o quanto é importante a afetividade entre professor e o aluno, pois o aluno passara a desenvolver um pensamento positivo tanto em sala de aula quanto no meio familiar e na sociedade, é muito importante que o professor saiba como lidar com tudo isso porque através da pesquisa vejo que poucos profissionais da educação dão valor a esse assunto pois acham que ter afetividade pode tirar a sua autoridade, mas se o professor souber definir entre o que ser respeitado e o que é ser afetivo com seus alunos isso mudara o conceito da educação.

O professor é responsável a dispor uma habilidade e conhecimento para saber lidar com esse assunto, sabemos que o aluno na maioria das vezes agem de acordo com os meios que os cercam, se o professor o trata com respeito e carinho eles iram reagir positivamente.

A afetividade ela estar na família, nos amigos em todos os lugares, e porque não na escola? Aonde é um lugar que será formado cidadãos de bem tanto pro meio social como para tantos outros. O aluno além de saber que tem pessoas que respeitam também se sentira melhor no meio escolar, sendo assim uma pessoa que se desenvolvera positivamente.

Portanto cabe ao professor sabe lidar com cada aluno respeitando o seu jeito de ser, sua cultura e acima tudo ensinado aos alunos de um modo prazeroso e sabendo definir o que é trabalhar com afetividade e ao mesmo tempo sendo respeitado.

 

REFERÊNCIAS

ARRUDA, D.E.P; BORGES, S.N.O Aprenzagem no momento com o bricar.IV EDIPE-Encotro Estadual de Didática e Pratica de Ensino, 2011.

CHALITA, G.G.B.I Educação: A solução está no afeto. 7 ed. São Paulo: Gente,2001.

D, ANDREIA, F.F Desenvolvimento da Personalidade: Disponível em http://www. facsaoroqe.br>. (Acesso em: 17 mar.20017).

DE PAULA, Sandra. R. FARIA, Moaci. A. Afetividade e aprendizagem.Disponivel em <http://facsaoroque.br>. (Acesso em:17 mar,20017).

FREIRE, Paulo. Afetividade da Autonomia. Saberes necessários á pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GIL. Pesquisa Bibliográfica, 1999, p.65.

MOLON, K.S.; SANTOS, B.S. O papel do professor para o desenvolvimento afetivo emocional do aluno. III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação PUCRS. 2008.

PNO, A. Afetividade na Educação Infantil: a formação cognitiva e a moral do sujeito autônomo. Monografia. Faculdade Alfredo Nasser, Instituto Superior de Educação. Aparecida de Goiânia.27p;2010.

RIBEIRO, L.P.L Afetividade na Educação Infantil: a formação cognitiva e a moral do sujeito autônomo, Monografia. Faculdade Alfredo Nascer, Instituto Superior de Educação. Aparecida de Goiânia.27p;2010.

SALTINI, Cláudio J. P. Afetividade e inteligência: a emoção. Rio de Janeiro: Wak, 2008.