Buscar artigo ou registro:

 

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Sandra Sackser Antunes da Silva

Leonice Eduardo Martins

Cleonice Eduardo Martins

 

 

Resumo

Este trabalho tem como objetivo de mostrar o quanto o lúdico é importante na educação infantil para aprendizagem dos alunos .As atividade lúdica são expressadas por meio de brincadeiras e jogos. o ato de brincar pode ser conduzido independentemente de tempo, espaço, ou de objetos proporcionado até mesmo por cada criança que crie, recrie, invente e use sua imaginação, tornando o espaço escolar atrativo. objetivo geral teve como princípio de refletir sobre a importância dos jogos e das brincadeiras, numa perspectiva lúdica, no processo de ensino aprendizagem do aluno da educação infantil. São as brincadeiras que tende de melhorar convívio entre as crianças, fazendo com que vivam situações de colaboração, trabalho em equipes e respeito. É preciso também conceituar o papel do educador nesse processo lúdico e ainda os benefícios que o brincar proporciona. Dessa forma, espera-se oferecer uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida da criança.

 

Palavras – chave: Lúdico, Jogos, e Brincadeiras, Educação Infantil

 

1 INTRODUÇÃO

Através do trabalho apresentado obtivemos o resgate das brincadeiras como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar a brincadeira não se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a serem apresentados à criança, pois as atividades com o uso das brincadeiras são indispensáveis e têm conquistado espaço no panorama nacional, principalmente na educação infantil, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permiti um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento, é uma atividade natural da criança, que não implica em compromissos, planejamento e seriedade e que envolve comportamentos espontâneos e geradores de prazer. Brincando a criança se diverte e aprende a conviver com seus colegas. Na área prática, o brincar precisa deixar de ser um processo inconsciente, para ser trazido à consciência, como linguagem simbólica, essencial ao desenvolvimento do ser humano, criança quando brinca, mergulha na imaginação e recria através da brincadeira a realidade, principalmente coisas que ela não poderia resolver na sua condição de criança, ou seja, as crianças que brincam com a imaginação são capazes de fazer qualquer coisa com a sua fantasia. Educar é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, da sociedade e dos outros, indo além da transformação de informação. Entende- se que a brincadeira seja um dos recursos que possibilitem a utilização ao mesmo tempo de diferentes tipos de linguagem e, por esse e outros aspectos, facilite a apropriação de significações e conceitos por parte da criança. Tomar a brincadeira como recurso pedagógico requer que o educador se debruce frente ás diversas brincadeiras infantis e ás suas relações com o porte teórico, objetivos e elabore espaços e ambientes que favoreçam as ações educativas e recreativas. É necessário entender que a utilização das brincadeiras como recurso pedagógico na sala de aula pode aparecer como um caminho possível para ir ao encontro da formação integral das crianças e do atendimento de suas necessidades. Ao pensar em atividades significativas que respondam ás necessidades das crianças de forma integrada, articula-se a realidade sociocultural do educando ao processo de construção de conhecimento, valorizando-se o acesso aos conhecimentos do mundo físico e social.

É por meio das brincadeiras que os professores podem observar e constituir uma visão dos processos do desenvolvimento das crianças registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. A brincadeira aplicada na situação escolar também tem a função explicita de dar prazer ao ato de aprender, permitindo ao aluno descobrir neste processo motivos intrínsecos, significativos para sua aprendizagem.

 

2.1 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM

 

A Infância é a idade das brincadeiras. Acredita-se que por meio delas as crianças satisfazem, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos particulares do corpo e da mente, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois elas expressam, tanto em atitudes corporais, sentimentais ou temporais, a maneira como refletem, ordenam, desorganizam, destroem e reconstroem o mundo que as cercam. Segundo Lowen (1984, p. 30):

O corpo de uma pessoa nos conta muito sobre sua personalidade. Dependendo muito de sua postura, do brilho nos olhos, do tom de voz, a posição do maxilar e dos ombros, a facilidade em se movimentar e a espontaneidade dos gestos ficamos sabendo não só que ela é, mas também, se esta aproveitando a vida ou esta triste ou constrangida. “

 

A Educação Infantil é a etapa na qual o ser humano começa a se conhecer, conhecer sua própria capacidade, seus limites, seu corpo, sua inteligência, enfim, é o momento no qual descobre o valor que ela tem para si e para a sociedade.

Assim, ao apontar que o brincar tem profundos significados para a criança, pressupõe-se que as atividades lúdicas permitem o estabelecimento de relações entre objetos culturais e a natureza, concebendo o brincar como atividade livre, espontânea e criativa, responsável pelo desenvolvimento integral da criança.

A brincadeira é saudável. Brincar facilita o crescimento e, portanto a saúde; conduzindo aos relacionamentos grupais, é uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros. Desenvolvendo a criatividade e sua personalidade, descobrindo o seu “eu”. Sendo fundamental para o desenvolvimento cognitivo e motor, para sua socialização e auto percepção na infância.

O brincar motiva e é, por isso que proporciona clima especial para aprendizagem. No mundo contemporâneo, as propostas de Educação Infantil se dividem entre as que reproduzem a escola elementar, com ênfase na escolarização, e as que buscam introduzir a brincadeira, valorizando a socialização e a recriação de experiências. É preciso, no entanto, que o educador tenha um olhar perspectivo para compreender que a educação é um ato intencional. Requer orientação por parte do professor, cujos caminhos podem ser viabilizados por instrumentos e materiais que podem ser utilizados para facilitar a construção do conhecimento por parte da criança.

Havendo a necessidade de oferecer condições, como materiais pedagógicos destinados às brincadeiras e espaços adequados com o objetivo de proporcionar o brincar livre e dirigido, dispondo de alternativas que ofereçam possibilidades de estimular o imaginário infantil, contribuindo para a construção da autonomia. É necessária uma reflexão por parte dos educadores da infância sobre a frequência em que deve acontecer o brincar, até a escolha dos materiais lúdicos para determinadas situações de aprendizagem. As experiências lúdicas possibilitam ao educador mediar, conhecer e compreender melhor o desenvolvimento da criança. É uma forma de acesso ás fixações e experiências mais profundamente recalcadas da criança. O que auxilia a atuação do professor no sentido de reorientar as ações pedagógicas em favor de um desenvolvimento cada vez mais saudável.

É por meio da brincadeira que a criança envolve-se com o jogo sentido a necessidade de partilhar com o outro. Mesmo que em postura de adversário, a parceria passa a ser um estabelecimento de relações.

 

 

2.2 SIGNIFICADOS DO BRINCAR E SUAS ESTRUTURAS

 

A brincadeira é um sistema de interação social para as crianças. Na maioria das vezes, são transmitidas de uma geração a outra ou são aprendidas em grupos de crianças, na escola, nos parques, na rua, festas e diversos outros locais onde possam se unir e compartilhar atitudes e interesses. Isso deve acontecer de maneira espontânea, sendo que, as próprias crianças devem criar ou apropriarem-se de regras, tradições, costumes, formas diferentes de pensar, interesses e necessidades. É preciso que elas identifiquem o significado de cada brincadeira e sintam a verdadeira importância que ela gera para seu aprendizado e seu desenvolvimento pessoal.

Várias brincadeiras tradicionais como, por exemplo, a amarelinha, podem se estruturar de formas diferentes, porém, transmitem os mesmos objetivos e significados, buscando despertar na criança o desejo de viver feliz, interagindo, construindo, criando, mudando e se apaixonando pela ideia de aprender cada dia mais.

Os objetos e /ou brinquedos com os quais a criança brinca podem ser, desde simples elementos da natureza, até sofisticados brinquedos. Esses objetos aparecem em diversos contextos no cotidiano infantil, na família, nas instituições educacionais, no contexto tecnológico. Em casa um deles, um brinquedo pode ser visto como objeto potencial de solidão e consolação; como objeto que estimula a autonomia ou a associação do coletivo; como objeto de realização, cooperação e progresso; como novidade, objeto de distração ou informativo. Os brinquedos têm um impacto próprio e são, ao mesmo tempo, meios para brincar e veículos da inteligência e da atividade lúdica. Eles constituem um “eco” dos padrões culturais dos diferentes contextos socioeconômicos.

Tanto dentro da escola como fora dela, o brincar tem sofrido várias transformações. Dentro da escola, a brincadeira integra um espaço de trabalho. A brincadeira livre passa a ser considerada como uma atividade não produtiva. Fora da escola, nos diferentes contextos, a tendência é similar. A situação difere de um ponto ao outro do país, de uma grande cidade para o interior, de um contexto mais pobre para um mais desenvolvido. Mas a modernização chega a quase todos os pontos do país, através dos meios de comunicação, mesmo que o acesso a eles não seja garantido para todos.

Tais transformações, com suas vantagens e desvantagens, não podem ser negadas. Deve-se, pois, pensar em como é possível atuar para falta de tempo, enfim, a falta de oportunidades de brincar.

 

 

2.3 OS JOGOS E AS BRINCADEIRAS

Nos últimos tempos, os conceitos sobre a Educação Infantil vêm se fundamentando na necessidade de se desenvolver os jogos as brincadeiras nas práticas pedagógicas de forma mais significativa, onde contribuirá no desenvolvimento do processo /ensino aprendizagem. O brincar possibilita a construção de autonomia, de reflexão, e das criatividades das crianças.

De acordo com o referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v 01).

O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente a realidade de maneira não- literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando- se de objetos substitutos.”

 

Portanto, no brincar a criança prepara- se para um contato com o meio social de forma concreta. Isso é fundamental no desenvolvimento intelectual e social de criança na medida em que ela pode produzir e transformar novos significados, expressando seu caráter ativo. Carvalho (1992, p 28) afirma que:

(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo.

 

Os jogos e as brincadeiras é um ponto de partidas para o desenvolvimento do potencial e de capacidade da aprendizagem, ou seja, estabelecer o que a criança é capaz de realizar por si mesma. Pois é brincando que ela aprende a cumprir regras, respeitar a si e aos outros no convívio social, como também a ouvir, discutir, respeitar e expressar sua opinião.

Vygotsky (1998, p 137) afirma que “A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”.

O jogo pode ser considerado uma atividade muito importante, pois é através dele que a criança cria uma zona de desenvolvimento proximal, e se torna menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato, conseguindo separar pensamento, ou seja, significado de uma palavra de objetos, e a ação surge das ideias, e não das coisas. Portanto Oliveira (2000, p19) afirma que:

O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser mãe boa, forte e confiável.

 

Nesse caso pode se afirmar que a brincadeira favorece o desenvolvimento individual da criança, ajudando a eternizar as normas sociais e a assumir comportamento mais avançados, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida.

Com isso associamos ideias com nossas convicções sobre o brincar como pratica pedagógica, assim não sendo só um recurso que pode contribuir para o seu desenvolvimento infantil, como também para o cultural. Nessa perspectiva, mostra que a brincadeira infantil possibilita à criança a imitações de diferentes papéis, comumente de seu cotidiano, ação que facilita a expressão de sentimentos e relações que estabelece com as pessoas do seu meio. Tornando as um elemento que garante experimentar atitudes que, se fossem realizadas de forma verdadeira, organizando assim os seus pensamentos e elaborando regras, o que facilita a transposição do mundo adulto para o seu universo. (VYGOTSKY), continua afirmando que:

A brincadeira cria para as crianças uma “Zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. (1984, p 97).”

 

Essas atividades reproduzem situações do cotidiano da criança, uma vez que ela se brinca desenvolve habilidades para cada tipo de conhecimento, esses conceitos concretiza a verdadeira aprendizagem, gerando espaço para refletir e ampliar o raciocínio lógico, que também favorece a superação do egocentrismo e adquirir nas atitudes de compartilhamento de espaços e objetos com o outro.

 

 

2.4 O PROFESSOR COMO MEDIADOR ENTRE BRINCAR E APRENDER

 

A criança se desenvolve através da participação ativa nas atividades, sejam regras de jogos ou resoluções de pequenos desafios. O professor deve proporcionar resoluções coletivas, estimulando a pensamentos críticos e reflexivos.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional de Educação infantil (BRASIL, 1998, p.23, v.01):

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que posam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.”

 

Isso reforça a importância do papel do educador nesse processo. Pois educar não é apenas transmissão de informações, mas de oferecer vários caminhos compatíveis com cada escolha e permitir a construção de novas experiências culturais facilitando o crescimento dos relacionamentos com os outros e consigo próprio.

Ressaltando que o lúdico vem cada vez menos valorizado no mundo infantil, acelerando precocemente o seu amadurecimento, e assim atribuindo-as novas atividades como as de artes: Pintura, dança ginástica etc.

Tudo isso reduzindo o momento de lazer, de liberdade e de interação com o outro e com o seu mundo de fantasia. Nessa perspectiva, segundo Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (BRASIL, 1998, p.30, v.01).

O professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagem que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano. Na instituição de educação infantil o professor constitui-se, portanto, no parceiro mais experiente, por excelência, cuja função é propiciar e garantir um ambiente rico, prazeroso, saudável e não discriminatório de experiências educativas e sociais variadas.”

 

Segundo essa afirmação, educar consiste através das relações de afeto e outros sentimentos para a construção do saber, pois a criança necessita se envolver emocionalmente nas fantasias para enriquecer de maneira eficaz o seu processo ensino aprendizagem, assim a criança, dentro do encantamento se aprende brincando.

Dessa forma a ludicidade na Educação infantil permite ações pedagógicas que facilita a produção de conhecimento da criança. Por isso as brincadeiras devem fazer parte do planejamento escolar e do cotidiano das crianças. Portanto o educador deve criar situações e ambientes de estimulação, e motivar as crianças, a desenvolver a criatividades que os levem a adquirir conceitos lógicos e saber conviver e trabalhar em equipe, expressando seus próprios sentimentos e respeitos os dos colegas.

A atuação do professor incide sobre a valorização das características e das possibilidades dos brinquedos sobre possíveis estratégias de exploração. O professor pode oferecer informações sobre diferentes formas de utilização dos brinquedos, ampliando o referencial infantil.

É necessário entendermos a utilização do lúdico como recursos pedagógicos na sala de aula, podendo aparecer caminhos possíveis para uma formação integral das crianças e do atendimento de suas necessidades. Dessa forma articula-se a realidade sociocultural do educando ao processo de construção de conhecimentos, valorizando-se o acesso ao conhecimento do mundo físico e social. ALMEIDA (1997, p 61) afirma que:

[...] A implicação dessa concepção de Vygotsky para o ensino escolar é imediata. Se o aprendizado impulsiona o desenvolvimento, então a escola tem um papel essencial na construção do ser psicológico adulto dos indivíduos que vivem em sociedades escolarizadas. Mas o desempenho desse papel só se dará adequadamente quando, conhecendo o nível de desenvolvimento doa alunos, a escola dirigir o ensino não para as etapas de desenvolvimentos ainda não incorporadas pelos alunos, funcionando realmente como um motor de novas conquistas psicológicas. Para a criança que frequenta a escola, o aprendizado escolar é elemento central no seu desenvolvimento. [...]

 

Nas escolas de hoje o processo de ensino aprendizagem deve ser construído através do ponto de vista do desenvolvimento real da criança, e com essa relação um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo de crianças.

A utilização do lúdico como recurso pedagógico direcionado as áreas de desenvolvimento e aprendizagem supõe que, para uma adequada intervenção pedagógica, fazem- se necessários conhecimentos sobre as áreas de desenvolvimento e aprendizagem, como a afetiva, a social e a da linguagem. Diante desse processo de desenvolvimento infantil, a linguagem em forma de representação verbal é fundamental ser utilizada. Ressaltamos ainda que a linguagem é o meio básico de comunicação social do sujeito, porém até que as crianças a desenvolva, por meio do jogo que ela vai expressar melhor seus pensamentos e sentimentos.

Contudo, compreender a relevância do brincar possibilita aos professores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico proporciona. As diferentes formas de jogos e brinquedos na pratica pedagógica, podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação de diferentes significados tanto para as crianças como para os jovens. OLIVEIRA (1997, p.57) acrescenta o fato que:

Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a partir do seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos fatores inatos (a capacidade de digestão, por exemplo, que já nasce com o indivíduo) e dos processos de maturação do organismo, independentes da informação do ambiente (a maturação sexual, por exemplo).”

 

É possível entendermos que o brincar auxilia no processo de aprendizagem, e proporcionar situações imaginarias em que ocorrerá no desenvolvimento cognitivo e facilitando a interação com as pessoas, as quais contribuirão para um acréscimo de conhecimento, não só para o desenvolvimento infantil, como também para o cultural.

A atividade lúdica nos permite mostrar as crianças que as mesmas podem se preparar para a vida, entre o mundo físico e social, observamos assim que o modo de vida da criança gira em torno do brincar, é por essa razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação, por ser uma peça importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento.

Destacamos que o brincar não é apenas ter um momento reservado para deixar a criança à vontade em um espaço com ou sem brinquedos e sim um momento que podemos ensinar e aprender com elas. Gonzaga (2009, p.39), aponta:

 

(...) a essência do bom professor está na habilidade de planejar metas para aprendizagem das crianças, mediar suas experiências, auxiliar no uso das diferentes linguagens, realizar intervenções e mudar a rota quando necessário. Talvez, os bons professores sejam os que respeitam as crianças e por isso levam qualidade lúdica para a sua pratica pedagógica. Gonzaga (2009, p.39)

 

Destacamos a importância para o desenvolvimento, físico, intelectual e social, o jogo vem ampliando sua importância deixando de ser um simples divertimento e tornando-se ponte entre a infância e a vida adulta. Afirmamos assim que o jogo transforma a criança, por que é através do jogo que vem a imaginação, os objetivos produzidos socialmente.

Oferecendo a criança a oportunidade de utilizar a criatividade, o domínio de si, à firmação da personalidade, e o imprevisível. O jogo é considerado uma atividade lúdica que tem valor educacional, a utilização do mesmo no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem.

Nos educadores temos que estar bem atentos sobre o mundo de hoje das crianças, devido às crianças estarem mentalmente estimulada pela agitação da era tecnológica, que em decorrência dessa realidade, surgem contradições que se revelam nas discussões sobre as brincadeiras na vida da criança. Apesar da maioria dos professores concordarem com os avanços tecnológicos, os mesmos ficam com precauções diante de tantos jogos e brinquedos eletrônicos como parte integrante dos interesses das crianças de hoje.

Por outro lado, não podemos deixar de destacar que diante das ausências dos jogos e das brincadeiras tradicionais na vida cotidiana escolar e familiar faz com que muitas crianças apresentem dificuldades motoras, afetivas e sociais. Diante das colocações acima cabe ao educador as possíveis intervenções no processo ensino- aprendizagem dos alunos, por muitas vezes os alunos ficam divididos no que diz respeito às ações pedagógicas que proporcionam aos educandos a oportunidade de um pleno desenvolvimento e às reais necessidades da criança.

 

A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos. (ROSAMILHA 1979, p. 77).”

 

A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução dos problemas que as rodeiam. A literatura especializada no crescimento e no desenvolvimento infantil considera que o ato de brincar é mais que a simples satisfação de desejos. O brincar é fazer em si, um fazer que requeira tempo e espaços próprios: um fazer que se constitua de experiências culturais.

As crianças estão brincando cada vez menos brincando, pois no mundo em que vivemos hoje, o lúdico está sendo extraído do universo cultural, e com todas essas mudanças que nos rodeiam as crianças estão com um amadurecimento precoce, e outra é a redução violenta do espaço físico e do tempo de brincar, ou seja, o excesso de atividades atribuídas, tais como escola, natação, inglês, computação, ginástica, dança, pintura, etc. Tudo isso toma o tempo das crianças e, na hora de brincar, muitas vezes os mesmos preferem ficarem horas em frente da televisão se divertindo com jogos, e rodeados de brinquedos eletrônicos, onde a interação social e a liberdade de agir ficam determinadas pelo próprio brinquedo.

 

A ludicidade poderia ser a ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar-se sobre sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator importante de qualquer tipo de aula”. CAMPOS (1986, p. 10).

 

No entanto para que isso aconteça é necessário que ele busque resgatar a ludicidade, os momentos lúdicos que com certeza permearam seu caminhar. Todos os educadores afirmam que o jogo é importante para a educação, pois todos reconhecem mesmo aqueles que habitualmente não lidam com crianças, que o brincar é parte integrante do dia-a-dia delas.

O jogo caracteriza a atividade lúdica do homem com uma certa superioridade indo além de uma simples necessidade biológica, ou seja, a brincadeira infantil constitui-se em uma atividade em que as crianças sozinhas ou em grupos procuram compreender o mundo e as ações humanas nas quais se inserem cotidianamente.”

Portanto podemos afirmar que o jogo este presente na vida da criança, observamos que quando a criança saudável joga ela estimula diferente papeis e experimentando diferentes situações motrizes. Essa vivência motriz quando diversificada, prepara o corpo com uma tonalidade para o ato técnico, estando em fase inicial e diretamente relaciona com os interesses lúdicos de todas as crianças, as quais se diferenciam entre meninos e meninas. Só assim o desenvolvimento do brinquedo surge para a criança em seu verdadeiro conteúdo interior.

Embora com diferentes ênfases, toda a teoria do jogo e das brincadeiras desde as clássicas até as mais recentes aponta para a importância do lúdico como meio privilegiado de expressão e de aprendizagem infantil, reconhecendo não haver nada significativo na estruturação e no desenvolvimento de uma criança que passe pelo brincar.

O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantindo se o educador estiver preparado para realiza-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante. (ALMEIDA, 2000, p. 63).”

 

Encontra-se nos dias de hoje, lugares que ainda não colocaram em seu cotidiano, atividades lúdicas para enriquecer as ferramentas para o processo de ensino aprendizagem. A educação lúdica sempre teve presente em todas as épocas, e ainda desvalorizado em algumas instituições defasando o processo de construção de conhecimento.

É no jogo que as crianças começam a desenvolver seus fatores intelectuais. E por isso que a proposta de incluir as atividades lúdicas na educação infantil vem sendo discutida por muitos pensadores e educadores, que a formação do educador seja de total responsabilidade pela permanência do aluno na escola, para adquirir valores, melhorar os relacionamentos entre colegas na sociedade que é um direito de todos. Com três anos de idade a crianças está na fase de imitação, em uma fase de construção continua e o seu pensamento se torna mais solido e cada novo conhecimento. Devido a essa fase trabalhamos mais com regras, as crianças se interessam por jogos de caráter simbólico permitindo a ela, aprender a resolver conflitos organização e os educadores vai influenciando o compreender o mundo de adulto de forma objetiva.

 

3 METODOLOGIA

Os estudos realizados durante esta pesquisa permitiram o aperfeiçoamento da ideia de que o brincar é importantíssimo para que a criança construa e compreenda seus conhecimentos e seus comportamentos, podendo se tornar cidadãos dignos e responsáveis. Além disso, com o brincar a criança exercita o corpo e a mente, desenvolvendo sua imaginação, criatividade e coordenação motora. Deste modo, das pesquisas realizadas percebeu-se claramente que o brincar é importância no desenvolvimento e aprendizagem infantil.

O lugar que a Educação Infantil ocupa na vida de uma criança é muito importante, percebeu-se que apesar de tantas transformações pela qual a escola e o ensino passaram a prática pedagógica ainda necessita ser melhorada. Este processo requer mudanças de pensamentos e atitudes e isto não acontece de forma automática, necessita aprender e mudar sua ação educativa a favor das crianças, com objetivo no seu desenvolvimento e aprendizagem. Faz-se necessário resgatar o verdadeiro sentido do prazer de estudar, da vontade de querer aprender. As crianças estão inseridas em uma sociedade com estímulos diversos, no qual atrai sua atenção. Por está razão, ao desenvolver brincadeiras o docente poderá propiciar aos alunos sentimentos de alegria, diversão, entusiasmo, um encontro consigo mesmo que consequentemente consegue-se um aprendizado significativo.

Considerando-se, como base nas pesquisas sobre a importância do brincar na educação infantil, pode se obter um resultado positivo na busca por uma identidade infantil de qualidade, além de proporcionar um grande aprendizado sobre o assunto abordado, foi uma superação pessoal enquanto professora da educação infantil.

 

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Este trabalho abordou a importância do brincar para o desenvolvimento infantil, um fator indispensável e fundamental ao desenvolvimento de aspectos físico-motor, intelectual, afetivo-emocional, e social da criança, procurando verificar o papel da família e também dos educadores no processo de inclusão do brincar na vida do mesmo e apresentar as influências e vantagens que essas brincadeiras proporcionam para que tal desenvolvimento ocorra de maneira adequada.

Sendo assim a observação me possibilitou um “confronto com a realidade”. Para tanto, a análise e conclusão do presente trabalho a observação foi importante fonte para obtenção de dados que me proporcionaram parcialmente respostas para a minha problemática.

Os estudos realizados durante esta pesquisa permitiram o aperfeiçoamento da ideia de que o lúdico é importantíssimo para que a criança construa e compreenda seus conhecimentos e seus comportamentos, podendo se tornar cidadãos dignos e responsáveis para atuar neste mundo. Além disso, com o lúdico a criança exercita o corpo e a mente, desenvolvendo sua imaginação, criatividade e coordenação motora.

Portanto, diante das pesquisas realizadas percebeu-se claramente que o lúdico é de extrema importância no desenvolvimento e aprendizagem infantil. Um enriquecimento permanente, a motivação e o interesse aceso, integrando-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria de conhecimento e objetivos prévios a serem alcançados. Pôde-se então chegar às seguintes considerações; deve-se aproveitar a grande oportunidade de observar uma criança quando está brincando, pois será possível lidar com suas emoções e como educadora ajudá-la no seu processo de desenvolvimento cognitivo. O lugar que a Educação Infantil ocupa na vida de uma criança é muito importante, sendo preciso ver com outros olhos a importância que o brincar compete, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos, todos são de suma importância para a criança.

Percebeu-se que apesar de tantas transformações pela qual a escola e o ensino passaram a prática pedagógica ainda necessita ser melhorada, pois, ação prática da ludicidade ainda não acontece efetivamente nas escolas. Se o lúdico é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento da prática do docente, requer que seja mais utilizada em sala de aula para que a aprendizagem das crianças seja prazerosa e significativa. Este processo requer mudanças de pensamentos e atitudes e isto não acontece de forma automática, são necessárias vivências pessoais e a incorporação de um espírito lúdico para assim, descobrir a atividade lúdica como fonte de desenvolvimento e aprendizagem.

Faz-se necessário resgatar o verdadeiro sentido do prazer de estudar, da vontade de querer aprender. As crianças estão inseridas em uma sociedade com estímulos diversos, no qual atrai sua atenção, e muitas vezes estas mesmas crianças não encontram na sala de aula, este motivo para ação. Por esta razão, ao desenvolver vivências lúdicas o docente poderá propiciar aos alunos sentimentos de alegria, diversão, entusiasmo, um encontro consigo mesmo que consequentemente consegue-se um aprendizado significativ.

 

REFERÊNCIAS

 

ALMEIDA, Paulo Nunes, Educação Lúdica, Técnicas e jogos Pedagógicos. São Paulo: Loyola, 1995.

CARVALHO, A. M. C. ET AL. (Org.) Brincadeira e cultura: Viajando pelo Brasil que Brinca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.

 

LOWEN, Alexander. Narcisismo: negação do verdadeiro “self”. São Paulo: Círculo do Livro, 1984.

 

OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O Brincar e a Criança do Nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

 

OLIVEIRA, Marta Kohl de. VYGOTSKY: Aprendizado e Desenvolvimento um

Processo Sócio Histórico. 4. Ed. São Paulo: Scipione, 1997.