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LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Silvana Pereira Rocha dos santos

 

RESUMO

A análise deste artigo é refletir sobre a prática do letramento e alfabetização nos primeiros anos da educação fundamental diante da relação professor\aluno. Através uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como MAGDA SOARES (2009), LUCIANA PICOLI (2009). Enfatizando a importância do letramento e alfabetização no Ensino Fundamental. Conclui-se a importância do letramento e a alfabetização no Ensino Fundamental é uma grande responsabilidade sobre o desenvolvimento das crianças ao construir conhecimentos que dão lugar aos novos saberem como a leitura e a escrita.

Palavra-chave: Ensino Fundamental. Letramento. Alfabetização. Professor\Aluno.


ABSTRACT

The analysis of this article is to reflect on the practice of literacy and literacy in the first years of fundamental education in relation to the teacher / student relationship. Through a bibliographical research considering the contributions of authors such as MAGDA SOARES (2009), LUCIANA PICOLI (2009). Emphasizing the importance of literacy and literacy in Elementary School. The importance of literacy is concluded and literacy in primary education is a major responsibility for the development of children by building knowledge that gives rise to new knowledge such as reading and writing.

Keywords: Elementary School. Literature. Literacy. Teacher Student.


INTRODUÇÃO

Este ensaio e de cunho bibliográfico, pretendo analisar o presente trabalho com o tema letramento e alfabetização no âmbito do Ensino Fundamental, frente ao processo ensino e aprendizagem, professor/aluno.

Entende-se por letramento o processo em que o indivíduo e visto em atividade desenvolvendo suas habilidades de escrita e leitura, um indivíduo letrado e capaz de associar diversos assuntos distintos.

Segundo Soares 2003, letramento e o estado ou a condição que adquire um grupo social ou individuo com consequência de ter-se apropriado da escrita, ou seja, o indivíduo que após algum tempo de aquisição da escrita e da leitura (alfabetização) obtiver maior experiência para desenvolver as práticas de uso das letras.

A alfabetização habilita o indivíduo a desenvolver diferentes métodos de aprendizagem da sua língua podendo então compreender com mais facilidade e também se comunicar e expressar com maior clareza, proporcionando maior interação social em que o correrá uma transmissão de diferente conhecimento e cultura de acordo com cada indivíduo. Ser alfabetizado significa ser um cidadão ativo no crescimento social em todos os aspectos.


Desenvolvimento

A alfabetização nos primeiros anos da educação Fundamental é atualmente um dos assuntos relevante, pois em uma sociedade caracterizada pelo conhecimento, pelas constantes mudanças, pelas tecnologias e suas modernidades. Vem destacando-se qual é o papel do os primeiros anos da educação Fundamental, nas series inicial a alfabetização. O primeiro já é conhecido e praticado, o segundo ainda falta entendimento. Na aprendizagem “inicial”, ou seja, os primeiros anos da educação Fundamental, as práticas utilizadas são geralmente, baseadas na junção de silabas simples, mecanização, memorização, codificação e copias. Normalmente os professores utilizam o método sintético e método analítico.

O método sintético preserva a correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a grafia, ou seja, processo que consiste em partir das partes do todo, já o método analítico insiste no reconhecimento global das palavras ou orações. (Ferreiro & Teberosky).

Com o tempo, ocorreu o método misto, ou seja, misturavam estratégias dos métodos sintético e analítico.

O letramento está muito presente nos dias de hoje, os primeiros anos da educação fundamental . Vivemos em uma sociedade letrada ou uma sociedade grafocêntrica, ou seja, a escrita como centro de tudo e para mantermos as relações sociais há necessidade de cada vez mais estreitar a escrita como o principal vetor, e para que isto ocorra no processo do ensino/aprendizagem deve aparecer desde as atividades do cotidiano do discente, passando pelas relações socioculturais e ambientais e do seu convívio familiar. Para Soares (2001, p. 24):

[...]letramento é que um indivíduo pode não saber ler e escrever, isto é, se analfabeto, mas ser, de certa forma,letrado(atribuindo a este adjetivo sentido vinculado aletramento).

Assim, um adulto pode ser analfabeto, porque marginalizado social e economicamente, mas, se vive em um meio em que a leitura e a escrita têm presença forte, se interessa em ouvir a leitura de jornais feita por um alfabetizado, se recebe cartas que outros leem para ele, se dita cartas para que um alfabetizado as escreva (e é significativo que, em geral, dita usando vocabulário e estruturas próprios da língua escrita), se pede a alguém que lhe leia avisos ou indicações afixados em algum lugar, esse analfabeto é, de certa forma, letrado, porque faz uso da escrita, envolve-se em práticas sociais de leitura e de escrita.

Da mesma forma, a criança que ainda não se alfabetizou, mas já folheia livros, finge lê-los, brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas, está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, essa criança é ainda “analfabeta”, porque não aprendeu a ler e a escrever, mas já penetrou no mundo do letramento, já é de certa forma,letrada. (Grifo do original). Alfabetizar não é somente a aquisição do sistema alfabético de escrita.

Quando as crianças brincam com a sonoridade das palavras, reconhecem as diferenças das letras, manuseiam livros infantis e ouvem histórias estão se preparando para ler, formular conceitos, ampliar a linguagem e gradativamente produzir textos.

Os primeiros anos da educação Fundamental tem uma grande responsabilidade sobre o desenvolvimento das crianças ao construir conhecimentos que dão lugar aos novos saberes como a leitura e a escrita.

A criança aprende a ler e a escrever da mesma forma que aprende a falar, dependendo da influência e motivação do meio ambiente. A prontidão para a alfabetização vai se desenvolvendo desde o nascimento. Desde que a criança forma suas primeiras concepções a respeito da leitura e da grafia, percebe a relação entre a fala e a escrita.

Quando reconhece seu nome, o nome dos seus colegas, algumas palavras de propaganda e imitam os adultos com rabiscos, ela está iniciando o seu processo de leitura. A criança descobre a escrita através do contato com o material escrito, jornais, revistas, embalagens, placas indicativas, televisão, computador e, especialmente, através da escrita do seu nome.

O professor Luiz Percival Leme de Brito nos ajuda muito nessa reflexão. Diz ele que, os primeiros anos da educação Fundamental, o nosso desafio é: construir bases para que as crianças possam participar criticamente da cultura escrita, conviver com essa organização do discurso escrito e experimentar de diferentes formas os modos de pensar escrito.

Antecipar o ensino de letras sem trazer o debate da cultura escrita para o cotidiano é desrespeitar o tempo da infância e sustentar uma educação tecnicista. O que se pode dizer é que o trabalho com a língua escrita com crianças   pequenas não pode decididamente ser uma pratica desprovida de sentido e centrada na decodificação do escrito.

Segundo o autor: o desafio dos primeiros anos da educação fundamental não é de ensinar a desenhar e juntar letras, e sim o de oferecer condições para que as crianças possam se desenvolver como pessoas plenas e de direito e, dessa maneira poder participar criticamente da sociedade de cultura escrita.

A alfabetização e o letramento devem ter sua presença fundamental no os primeiros anos da educação fundamental , de acordo com Magda Soares (2009), os pequenos no ensino fundamental devem ter acesso tanto a atividades de introdução ao sistema alfabético e suas convenções, a alfabetização, como também pratica sociais de uso da leitura e da escrita, o letramento.

Vale lembrar que muito recentemente, existia o pressuposto de que a alfabetização era vista simplesmente como decodificar o código escrito.

Desta forma, muitos educadores acreditam que se trabalharmos desta forma no ensino fundamental nas series inicial, acontecera a perca do lúdico, ou seja, as crianças deixam de brincar mais cedo, o que poderia acarretar problemas em séries posteriores. Nessa perspectiva as crianças, só estariam prontas para se alfabetizar depois dos sete anos, sendo prematuro estarem inseridos neste processo na escola.

Porém, temos outros estudiosos que percebem a alfabetização de outra forma: reforço que ‘’O acesso inicial a língua escrita, não se reduz ao aprender a ler e escrever no sentido de grafar e decodificar e sim a aprender a fazer uso da leitura’’ (Soares, 2009, p.1).

Em seu trabalho de pesquisa, Picoli (2009), nos mostra que muitos educadores, desde a década de 80 até hoje, vem fazendo uma leitura errada da alfabetização e do letramento. Eles abandonaram os métodos sintéticos, de repetição, memorização, decodificação de signos; para usarem somente as práticas de letramento, como se isso bastasse.

Este estudo vem ao encontro do que Soares (2009), diz em um artigo para a Revista Pátio, que no ensino fundamental nas series iniciais, deve estar presentes tanto atividade de introdução da criança ao sistema alfabético e suas convenções, a alfabetização, como pratica de uso social da leitura e da escrita, o letramento. As duas práticas como colocaram anteriormente, distinta, porem que se completam.

O desafio que se coloca para os primeiros anos da educação fundamental é o de conciliar esses dois processos, assegurando aos alunos a apropriação do sistema alfabético-ortográfico e condições que possibilitem o uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita.


REFERÊNCIAS

Educação Infantil- Ano VII- n/20 Jul/Out2009.


PICCOLI, Luciana. Pratica Pedagógica nos processos de alfabetização e de letramento; analises a partir dos campos da sociologia da linguagem (manuscrita)


SOARES, Magda. Oralidade, alfabetização e letramento. Revista Pátio