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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR

Flávia Liranço da Silva

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É pelo trampolim do riso e não pela lição de moral que se chega ao coração das crianças.” José Paulo Paes.

Agradeço primeiramente a Deus pela força e persistência que concedeu nos momentos mais difíceis e pela oportunidade de trilhar caminhos imagináveis. Às nossas famílias pela compreensão e apoio prestado.


RESUMO

A proposta desse artigo concentra – se no estudo da presença do lúdico no cotidiano escolar. Pois, a importância do lúdico no contexto educacional é hoje um tema que desperta o interesse de educadores, pais e estudiosos de diferentes áreas de conhecimento e espaços. Pensar o lúdico e a brincadeira no espaço da educação da criança consiste em um trabalho de múltiplas compreensões. As diferentes formas de manifestações lúdicas e de brincadeiras se fazem presentes no espaço da escola. Diante disso, a ludicidade pode se efetivar como uma prática importante na educação da criança uma vez que brincando ela experimenta, descobre, inventa, aprende e aprimora habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, também possibilita o aprimoramento de vários aspectos do seu desenvolvimento. As crianças fazem das brincadeiras uma ponte para o seu mundo, mundo este que está em processo de organização. As pesquisas indicam que a maioria dos profissionais da educação, entende que o brincar na escola para as crianças é permitido e muitas vezes justificado como necessário pelo fato de “a criança gostar de brincar”. Porém de forma mais frágil, o brincar para as crianças maiores é substituído por um trabalho sistematicamente organizado, em que o prazer do brincar parece não ser mais algo que pertence ao mundo dela. Também foi abordado nesse estudo sobre as necessidades das atividades lúdicas estarem presentes nas fases do desenvolvimento da aprendizagem dos seres humanos, tornando-se especial a sua existência de modo que o lúdico se faça presente e acrescente um instrumento indispensável no relacionamento entre as pessoas, possibilitando assim, que a criatividade se aflore.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Infantil, Lúdico, Conhecimento, Criança.

 

INTRODUÇÃO

 

Fez-se o trabalho com o tema “A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO ESPAÇO ESCOLAR”, pensando-se na situação da Educação nos primeiros anos do ensino fundamental, tendo em vista a aprovação da Lei 11.274/2006, onde se institui o ensino fundamental de nove anos de duração com a inclusão das crianças de seis anos de idade. O lúdico é uma estratégia insubstituível para ser usada como estímulo na construção do conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma importante ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais. Tendo em vista que é grande a responsabilidade do educador para alcançar a aprendizagem dos educandos fazendo-se a integração dos conteúdos curriculares propostos com o lúdico (jogos, brinquedos e brincadeiras), onde todos têm o direito de aprender e aprender com prazer o resultado será bem melhor.

Pois a compreensão do lúdico na área escolar infantil não se realiza apenas como uma atividade recreativa, e sim a partir do reconhecimento de seu potencial como recurso pedagógico para o processo de aprendizado. Sendo assim, é muito importante que os educadores da educação infantil entendam que, no brincar, as crianças se desenvolvem além e aprender.

É de grande valia resgatar o lúdico no ambiente escolar de maneira que o mesmo desperte a vontade de aprender, brincar, a socializar-se, a conviver, a perder e a ganhar, por isso, a utilização da ludicidade em sala de aula a partir dos brinquedos, brincadeiras e jogos conduzem as crianças a novas descobertas e experiências, enriquecendo assim o processo de ensino-aprendizagem das mesmas.

O desenvolvimento infantil é realizado através da experiência social da criança, onde a imitação de situações cotidianas dos adultos cria um aprendizado pleno. Vale ressaltar ainda que, o mundo lúdico está se desenvolvendo juntamente com a sociedade, o brinquedo, a brincadeira e o jogo, que são instrumentos modeladores das características íntimas de cada educando além de propiciar aos mesmos uma atividade prazerosa, corriqueiramente própria da infância. Todavia, o brincar deve ser uma atividade livre, repleta de fantasia, momentos de se conhecer e de oportunizar a conhecer o outro, por isso, cada vez mais o lúdico vem exercendo uma influência positiva em todas as fases do desenvolvimento infantil, inclusive na escola.

1 - FALANDO UM POUCO SOBRE O LÚDICO

1.1 A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR COM O LÚDICO.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1988, p. 27), “a brincadeira é uma linguagem infantil que mantém vínculo essencial com aquilo que é o não brincar”. A brincadeira em si, nada mais é do que o uso da imaginação. A criança usa uma linguagem simbólica para separar mundo imaginário do mundo real.

Torna-se ainda mais significativo o brincar quando está envolvido no chamado faz de conta. O faz de conta e a brincadeira são importantíssimos aliados ao desenvolvimento da linguagem. Ao imaginar a criança se comunica, constrói suas próprias histórias e expressa suas vontades e desejos. Contudo, o brincar não é apenas passatempo, deve ser visto como atividade fundamental para o dia a dia de qualquer criança.

É preciso transformar o brincar em trabalho pedagógico, dinamizar as atividades lúdicas na escola e saber entrar no mundo imaginário da criança, no seu sonho, no seu jogo e aprender a jogar com ela.

Brincar é coisa séria, também por que na brincadeira não há trapaça, há sinceridade, engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos, reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que acriança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece a expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares (VIGOTSKY, 1994, p. 67).

    1. O BRINCAR E A CRIATIVIDADE.

Criatividade e imaginação são desenvolvidas pelas crianças no momento da brincadeira, porém são habilidades que precisam ser estimuladas e trabalhadas. Segundo Oliveira (2000, p.36).

A criatividade deve se fazer presente em todo ambiente escolar. No que seria uma experiência gratificante na história de vida das crianças, nas brincadeiras realizadas, nas disciplinas aplicadas, enfim, uma criança criativa raciocina melhor e inventa meios de resolver suas próprias dificuldades sem medo, por isso é preciso motivá-las e deixar que as coisas fluam livremente.

Para Wechsler (2001, 2002), um professor criativo é aquele que está aberto a novas experiências e, assim sendo, é ousado, curioso, tem confiança em si próprio, além de ser apaixonado pelo que faz. Trabalha com idealismo e prazer, adotando uma postura de facilitador e quebrando paradigmas da educação tradicional. Algumas atitudes do professor que possibilitam o desenvolvimento da criatividade em sala de aula são: ouvir ideias diferentes das suas, encorajar os alunos a realizar seus próprios projetos; estimular o questionamento, dando-lhes tempo para pensar e para testarem hipóteses; estimular a curiosidade; criar um ambiente sem pressões, amigo, seguro; usar a crítica com cautela; e buscar descobrir o potencial de cada aluno.

Há inúmeras estratégias que levam à criação de um ambiente propício à criatividade, ambiente este que dê chances ao aluno de ter experiências e vivências criativas, porém, a atitude do professor em sala de aula é fundamental para isso.

 

1.3 OS JOGOS NA INFÂNCIA.

O jogo possibilita no momento do brincar a aprendizagem, desenvolvendo a criatividade, o pensar, a raciocinar, descobrir, persistir, interagir, socializar, criar e recriar. Através de jogos é possível que a criança tenha uma dimensão de tempo, quantidade e compreensão da sequência. O jogo serve como forma de equilíbrio entre a criança e o mundo.

O professor trabalhando com os jogos poderá enriquecer suas aulas, pois, quando bem trabalhados, os jogos podem proporcionar o desenvolvimento intelectual da criança. Jogar pode trazer prazer e diversão, mais deverá estar totalmente envolvido com a aprendizagem.

A introdução de jogos como recurso didático nas aulas de matemática podem diminuir os bloqueios apresentados por alguns alunos. Segundo Kishimoto (2000, p.75), “para o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático, o mediador deve organizar jogos voltados para classificação, seriação, sequência, espaço, tempo e medidas”.

A criança deve ser compreendida como um ser em pleno desenvolvimento, é muito importante que as escolas e os educadores, incentivem a prática do jogo como forma de aperfeiçoar esse desenvolvimento infantil.

De uma forma geral o lúdico vem a influenciar no desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança aprende a agir, há um estímulo da curiosidade, a criança adquire iniciativa e demonstra autoconfiança, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração” (VIGOTSKY,1994, p. 81).

 

2- ENFOCANDO A LUDICIDADE COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM.

2.1. O PAPEL DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL.

A vida infantil é constituída pelo mundo do brinquedo, o mundo criado pelas crianças, onde ela mesma se auto cria. Esse caráter lúdico da vida infantil deve ser preservado. Desde muito cedo, a criança comunica-se por meio de gestos, sons e mais tarde busca representar determinado papel na brincadeira fazendo com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação.

O lúdico é um adjetivo masculino com sua origem no latim ludos; que após vários estudos e pesquisas voltados para essa prática a palavra em si se evoluiu, passou a levar em consideração as pesquisas em psicomotricidade, de modo que deixou de ser considerado apenas o sentido do jogo, pois quando utilizado de forma correta, o lúdico proporciona conhecimentos imensuráveis, sendo que com as brincadeiras a criança sente grande interesse e, até mesmo sem perceber, ela está passando por um processo de troca contínua de aprendizado.

Provocar e estimular a criança ao brincar é significativamente importante. De acordo com Dallabona, Mendes (2004, p.02): O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino quer na qualificação ou formação crítica do educando quer para redefinir valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade.

 

2.2 O DIREITO DE BRINCAR.

O direito de brincar também está proposto pelo ECA (Estatuto da Criança e do adolescente), Lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990, ao regulamentar o art. 227 da Constituição Federal, garantindo à criança seus direitos como sujeito que necessita de condições e direitos peculiares. O ECA, em seu livro I, Parte Geral, égide I, em relação às disposições preliminares no art. 4° que faz relação com o brincar, afirma o seguinte: Art. 4° É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com os quais brincam” (RCNEI, 1998, p.27). Nesses momentos a criança tem suas capacidades estimuladas, muitas vezes sem que haja sua própria percepção, o que torna ainda mais significativo as brincadeiras e a própria aprendizagem. A brincadeira é utilizada como instrumento para desenvolver o lúdico, principalmente na Educação Infantil, busca propiciar situações novas, de dinâmicas, momentos prazerosos, ampliando suas experiências, percepções, imaginações.

A DCNEI salienta em quase toda sua estrutura o ato brincar, ou seja, é contemplado o lúdico do início ao fim em relação à Educação Infantil. O lúdico ainda é especificado com um dos direitos das instituições e das crianças, “Construindo novas formas de sociabilidade e de subjetividade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a sustentabilidade do planeta e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico racial, de gênero, regional, linguística e religiosa” (DCNEI, 2010 p.17).

Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.

Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento e assimile os conteúdos pois o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem.

2.3 BRINCAR, MEDIAÇÃO E APRENDIZAGEM.

Entendendo melhor o fenômeno do brincar percebemos a importância dessa atividade para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, e, consequentemente, para as instituições de educação infantil.

Para Klein (1970), o professor pode se apropriar do brincar para descobrir as fantasias inconscientes existentes ali, no simbolismo dos atos realizados. A criança reproduz seu mundo interior no universo da brincadeira, deixando fluir aspectos muito íntimos e importantes no trabalho com sua mente, limitações e dificuldades. Além disso, o brincar é um facilitador da atividade cognitiva, pois permite que a criança tenha um maior interesse pelo desenvolvimento de seu aprendizado.

A zona de desenvolvimento proximal é um conceito importante da teoria de Vygotsky (2007). O autor determina dois níveis de desenvolvimento: o real, representando o que a criança já consegue realizar sozinha, e o potencial, que significa aquelas atividades que a criança tem capacidade de realizar, mas ainda não o faz. Para definir a brincadeira infantil, ressaltamos a importância do brincar para o desenvolvimento integral do ser humano nos aspectos físico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo.

Brincar é uma importante forma de comunicação e, por meio dela, que a criança pode reproduzir o seu cotidiano. A brincadeira na Educação Infantil é uma atividade essencial para as crianças, onde a mesma não tem um valor de passatempo, mas de criar recursos para enfrentar o mundo com seus desafios.

 

3 - Organização do trabalho pedagógico no ambiente infantil.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2010, p.18) descrevem que a proposta pedagógica “deve ter como objetivo garantir à criança o acesso a processos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens [...].” Deste modo, o professor precisa estar em constante reflexão diante de seu trabalho. A rotina necessita de uma consciência crítica do professor em compreender que a mesma é responsável pela organização e cumprimento das metas do dia-a-dia escolar, visando o desenvolvimento integral da criança.

A rotina é uma categoria pedagógica cujo desafio é o desenvolvimento do trabalho cotidiano nas instituições de Educação Infantil, sua organização e atendimento à criança, exercendo a função de organizar o trabalho do educador, exigindo ser um momento único, mágico e de desenvolvimento pleno. Uma rotina adequada é um instrumento construtivo para a criança, pois permite que ela estruture sua independência e autonomia, além de estimular a sua socialização.

A rotina necessita de uma consciência crítica do professor em compreender que a mesma é responsável pela organização e cumprimento das metas do dia-a-dia escolar, visando o desenvolvimento integral da criança.

3.1 O processo de ensino-aprendizagem com auxílio do lúdico na educação infantil.

O lúdico deve ser visto como uma ferramenta didática para o educador, como forma de tornar a aprendizagem mais prazerosa, agradável e eficaz.

Carvalho (1992, p.14) afirma que:

[...] desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.

Dessa forma o educador torna-se peça fundamental nesse processo. Educar não é apenas repassar informações ou apenas mostrar um caminho, mas é algo muito mais amplo é ajudar ela a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade.

Segundo Kishimoto (2002), o educando que brinca sempre, acaba se esquecendo sua fadiga física e isso certamente fara com que torna-se um ser determinado, capaz de auto sacrifício para a promoção do seu bem e de outros. Pois o brincar é essencial, por que ela revela-se de diversas formas buscando maneiras, objetos, movimentos, atividades que irá trabalhar diversas habilidades.

Assim as atividades lúdicas podem propiciar uma vivência plena, integrando desta maneira a ação, o pensamento e o sentimento. Essas atividades podem ser um jogo, uma brincadeira ou alguma outra atividade relação coletiva ou que o sensibilize, tais como: um trabalho de recorte e colagem, jogos, teatros dramáticos, exercícios de relaxamento e respiração, movimentos significativos, atividades rítmicas, entre outras tantas possibilidades.

Na educação infantil, por meio das atividades lúdicas a criança brinca, joga e se diverte, ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve, por isso é que as atividades lúdicas são consideradas tarefas do dia a adia na educação infantil.  Pois, na dimensão atitudinal, em um sentido amplo, o aluno aprende sobre seu potencial e limitação, adquire atitudes de perseverança, assume riscos e reconhece que as limitações podem ser melhoradas, nesse processo. Além disso, ao se engajar nas relações de mutualidade com outros, baseados em valores democráticos, o aluno deve estabelecer comparações e aprender a respeitar as capacidades e limitações dos outros. Portanto, obedecer a uma série de normas, caso contrário, o jogo não acontece. Todos os conteúdos selecionados englobam três dimensões, mas, é importante esclarecer que essas dimensões propostas não possuem o mesmo peso em todos os conteúdos, ou seja, alguns apresentam maior relevância conceitual, outros atitudinal ou procedimental (RODRIGUES, 2008).

   Consideramos que a ludicidade é de fundamental importância para o desenvolvimento das habilidades motoras em crianças, pois através dos jogos e brincadeiras a criança se sente estimulada. Assim também a experiência da aprendizagem tende a se constituir um processo vivenciado prazerosamente. A escola ao valorizar as atividades lúdicas, ajuda a criança a formar um bom conceito positivo de mundo, ajudando no seu crescimento e contribuindo para um bom desenvolvimento de suas habilidades motoras.

A criança tem direito de brincar, entendê-la como sujeito de direitos é proporcionar um brincar de qualidade para ela. Isso inclui tempo, espaço, materiais, formação de professores e, principalmente, incentivo. Brincar é uma importante forma de comunicação e é por meio dela, que a criança pode reproduzir o seu cotidiano, pois a brincadeira na Educação Infantil é uma atividade essencial onde a mesma não tem um valor de passatempo, mas de criar recursos para enfrentar o mundo com seus desafios.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A partir de pesquisa bibliográfica vemos que a criança aprende enquanto brinca. De alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas.  Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.

A criança tem direito de brincar, entendê-la como sujeito de direitos e proporcionar um brincar de qualidade para ela. Isso inclui tempo, espaço, materiais, formação de professores e, principalmente, incentivo. Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam, são fundamentais como mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem. Brincando e jogando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de concentrar-se, dentre outras habilidades.

Nessa perspectiva, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir de forma significativa para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas do aluno. Pois as atividades lúdicas auxiliam na descoberta da criatividade de modo que a criança se expresse, analise, critique e transforme a realidade à sua volta.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

CARVALHO, 1992.

 

Constituição Federal. 1987.

 

DALLABONA, Mendes ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n° 8069/ 1990.

 

DCNs Educação Infantil 2010.

 

KISHIMOTO, Tizuko Morchida, 2000. Pg 75

 

OLIVEIRA; WECHSLER, 2001 – 2002

 

Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, 1988. Brasília: MEC/SEF, 1998.

 

RODRIGUES. 2008.

 

VIGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.