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O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES COMO UMA AMEAÇA À BIODIVERSIDADE

 

Vania dos Santos Silva1

Joachim Graf Neto2

 

 

RESUMO

O tráfico de animais silvestres é reconhecido como uma atividade ilegal no país, tendo em vista que todos esses animais exercem grande importância ecológica. Quando capturados e retirados de seu habitat natural, causam um grande desequilíbrio biológico na natureza. As aves integram o grupo mais procurado pelos criadores, por apresentar beleza por suas cores vibrantes e canto exuberante. O presente estudo tem por objetivo avaliar as principais amaças sofridas por esses animais, que por sua vez estão ficando com suas espécies altamente ameaçadas de extinção, bem como averiguar a participação direta do homem, considerado o principal causador deste terrível comércio negro, pelo qual esses animais são submetidos diariamente. Todas as informações foram obtidas através de pesquisas realizadas em sites, e livros, que apresentaram questões acerca decaptura, comercialização, transporte, e destinação final. Infelizmente as autoridades não conseguem combater a este terrível crime pelo qual a fauna vem sendo assolada, pois os traficantes de animais fazem uso das mais variadas formas de transporte, que afetam diretamente a saúde destes animais, sendo eles pássaros, araras, maritacas, papagaios, e macacos, escondidos em suas bagagens, sem ar e comida adequada, levando muitas vezes a sua morte. A única forma de combater ao tráfico de animais silvestres seria a denúncia da população, e a não compra destes animais, o que é muito difícil, uma vez que, todo animal capturado já tem destino certo quando chegam nas cidades.

 

Palavras chave:Tráfico. Fauna. Biodiversidade. Animais.

 

 

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos países considerados mais ricos em biodiversidade, uma vez que, possui em seu território biomas importantes, como, Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica, onde são encontradas as mais variadas espécies de animais silvestres do mundo. (Suçuarana, 2017).

O tráfico de animais no Brasil, apesar de apresentar números considerados altos de retirada de animais da natureza, é uma atividade comum, e fonte de renda para muitas famílias, que, com as dificuldades do dia a dia veem o tráfico de animais como uma prática facilitada, uma vez que, quando vão para as matas em busca de capturá-los já tem uma certeza de sua revenda. Os principais locais de captura de animais estão situados nos estados da Bahia, Pernambuco, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, pois há uma grande diversidade de fauna em suas ricas florestas, e as principais ferramentas de captura é a rede e o alçapão. (RIBEIRO e SILVA 2007).

O comércio ilegal de animais silvestres é um tipo de negócio que movimenta uma alta rentabilidade, principalmente no comércio exterior, chegando a movimentar de 10 a 20 bilhões de dólares no mundo. No brasil boa parte dos animais traficados são revendidos em feiras livres, indústrias farmacêuticas, centros de pesquisas, pet shop, e colecionadores.As aves lideram o grupo de espécies mais procuradas dentro deste mercado ilícito, e o Brasil chega a ter uma participação de 5% a 15% na retirada destas aves de seu habitat natural ao ano, o equivalente entre 12 e 38 milhões de animais silvestres retirados das matas brasileiras.(RIBEIRO e SILVA 2007).

A caça predatória também é tida como um composto dentro das ameaças a biodiversidade, sendo que estes animais como a capivara o caititu, a queixada, e os jacarés, além de ter sua carne muito apreciada, também tem o couro muito procurado para a confecção de artigos como bolsas, sapatos, e carteiras, que é vendido por um valor muito significativo tanto no Brasil, como no exterior.(FILHO e NOGUEIRA, 2000).

 

2 OBJETIVOS

O objetivo dessa pesquisa é realizar um levantamento de informações sobre o tráfico de animais silvestres, e promover a conscientização ambiental da sociedade para este impacto ambiental.

 

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Em se tratando de tráfico de animais silvestres no Brasil, fez-se um levantamento com várias pesquisas na internet, no qual foi observado as principais causas que levam as pessoas a traficar animais, foi observado os principais animais que chamam a atenção de seus consumidores, forma de captura, transporte e principais estados onde são encontrados a maior diversidade de espécies, a caça predatória, que também forma um composto dentro das ameaças a biodiversidade, principais biomas onde são capturadas as aves, e seu destino final.

 

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O Brasil é um dos países considerado o mais rico em biodiversidade no mundo, devido a sua grande extensão territorial e presença de muitas florestas, tais como o Pantanal, riquíssimo em biodiversidade, embora seja considerado o menor bioma brasileiro, estando entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, encontrado também no Paraguai e na Bolívia, sendo a maior bacia inundável do mundo; Floresta Amazônica, e Mata Atlântica embora este cenário venha sendo modificado em alguns anos, devido à grande exploração humana que estas florestas tem sofrido. (Suçuarana, 2017).

Atualmente o meio ambiente vem sendo acometido por diversos fatores que se incluem dentro das ameaças à biodiversidade, tais como, desmatamentos, queimadas, poluição, que pode ser no solo, no ar, e na água, o comércio ilegal de flora, o tráfico de animais silvestres, caça predatória, dentre outros. Todas essas adversidades biológicas sofrem influência do homem, que por sua vez não sabe usufruir dos recursos naturais de maneira adequada, querendo cada vez mais, extrair da natureza além do que ela pode nos oferecer. São as atividades humanas que resultam nas maiores ameaças à diversidade biológica, através da destruição dos espaços naturais e, consequentemente, a perda do habitat. (ALVES, BRANDT e ALVES 2013).

O Brasil é um dos países que mais perde seus recursos naturais para outros países, um exemplo disso é o grande fluxo de animais silvestres que são transportados para fora do país, há uma estimativa de que 4 bilhões de aves por ano sejam comercializadas ilegalmente, destas, 70% são destinadas ao comércio interno e cerca de 30% sãoexportadas. Do totalde aves comercializadas, poucas são apreendidas e um número muito menor possui condições de ser devolvida à natureza. (Crédito: Melissa G. Silva).

Muitas campanhas e projetos de preservação e conservação à natureza são lançados diariamente, principalmente em comunidades carentes, tendo em vista que a prática deste comércio ilícito de animais e plantas, é uma atividade corriqueira, devido às más condições financeiras destas pessoas que optam pelo trabalho com o tráfico de animais. (RIBEIRO e SILVA 2007).

 

4.1 TRÁFICO DE ANIMAIS

Muitos animais são retirados da natureza ainda quando são recém-nascidos, o que causa um terrível impacto sobre eles, que ainda não tem resistência suficiente para que possam ser transportados, com isso acabam morrendo antes de chegarem ao seu destino final, devido as péssimas condições, que vão desde, captura e manutenção, até o seu transporte. Conforme a ONG (Organização Não Governamental) Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, “no Brasil, cerca de 38 milhões de animais são retirados de seus habitats naturais anualmente, sendo aproximadamente 12 milhões de espécimes distintas”. (FRANCISCO, 2017).

O tráfico de animais silvestres no Brasil, é muito comum, sendo que, em sua maioria são capturados e transportados ilegalmente, já com compradores que os aguardam para uma possível revenda. Seus principais consumidores se encontram nas regiões Sul e Sudeste do país. (RIBEIRO e SILVA; 2007).

O tráfico de animais silvestres constitui o terceiro maior comércio ilícito do mundo, perdendo apenas para o tráfico de narcóticos e armas. Estima-se que o comércio deva girar em torno de US$ 10 a 20 bilhões/ano e a participação do Brasil seria de aproximadamente 5% a 15% deste total, correspondendo a retirada, por ano, entre 12 a 38 milhões de animais silvestres das matas brasileiras. Os principais locais de captura dos animais estão nos estados da Bahia, Pernambuco, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, sendo escoados para as regiões do Sul e Sudeste, onde se encontram os principais consumidores. (RIBEIRO e SILVA, 2007 p. 4).

Geralmente, todos os animais capturados, em sua maioria sendo pássaros, periquitos, papagaios e araras, são aguardados nas cidades, e seus principais consumidores são indústrias farmacêuticas, centros de pesquisa, universidades, colecionadores, pets shops, e feiras. Sendo que as aves, são classificadas como o principal grupo de comercialização, mais procurado, em relação aos demais animais, talvez pelo seu canto ou suas cores vibrantes, se tornam mais atrativas ao gosto do consumidor.(RIBEIRO e SILVA 2007).

Papagaios, araras, maritacas, periquitos, curiós, dentre outros pássaros são capturados através de armadilhas como o alçapão e levados para serem vendidas no comercio exterior, onde seu valor é ainda maior. Com a captura excessiva o maior impacto gerado é a redução das espécies, que por sua vez acabam perdendo seus parceiros ficando difícil sua reprodução. (RIBEIRO e SILVA 2007).

Dentre os impactos mais significativos gerados pelo tráfico de animais destaca-se a redução da abundância de determinadas populações, visto que a captura excessiva é a segunda principal causa da redução populacional de várias espécies, perdendo apenas para a degradação e a redução dos habitats provocadas pelo desmatamento. Como consequência, os ecossistemas sofrem modificações nas estruturas das comunidades que, com suas populações reduzidas podem não mais desempenhar sua função ecológica. (RIBEIRO, SILVA. 2007).

Infelizmente isso é o que mais tem acontecido nos últimos tempos, muitos animais têm sofrido essa dolorosa saída de seu habitat natural, sendo transportados ilegalmente para as cidades, com a saída destes animais da natureza tem gerado um impacto significativo, no qual pode se destacar a redução de abundância das espécies. (RIBEIRO e SILVA; 2007).

O Brasil possui um número estimado em 1.796 espécies, sendo 191 endêmicas segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Apreensões do Ibama em todo o Brasil, durante os anos de 1999 a 2000, mostraram que 82% dos animais comercializados naquela época eram aves. Isto se deve principalmente à beleza de cores das plumagens e à melodia de seus cantos, aliado à ampla distribuição geográfica e alta diversidade. (RIBEIRO e SILVA; 2007).

Diariamente agentes do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, resgatam animais em tráfego sendo levados para outras cidades e até mesmo países. Para tornar os trabalhos desses agentes mais efetivo é preciso que sejam feitas denúncias, o que gera receio da população, por medo de ameaças dos traficantes de animais. (IBAMA 2017).

Agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgataram 219 animais silvestres comercializados ilegalmente em feiras livres nos municípios de Salgado, Estância, Itaporanga d'Ajuda, Lagarto e Simão Dias, em Sergipe; e em Paripiranga, na Bahia. Foram recolhidas 194 aves e 25 jabutis, réptil listado no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites), que estabelece controle mais rigoroso para importação e exportação. As multas aplicadas totalizam cerca de R$ 185 mil. (IBAMA, 2017).

Todos os animais que são resgatados pelos agentes e que estão com boa saúde são devolvidos a natureza, e os que estão com a saúde debilitada são levados para recuperação e posteriormente também são devolvidos a natureza, como o caso ocorrido nos municípios de Salgado, Estância, Iporanga d’Ajuda, lagarto e Simão Dias, em Sergipe, e em Paripiranga na Bahia, onde todos os animais resgatados voltaram a natureza. (IBAMA, 2017).

De acordo com a legislação ambiental, não é permitido criar animais silvestres sem autorização dos órgãos competentes. O infrator está sujeito a multa de R$ 500 por animal. Se a espécie estiver ameaçada de extinção, o valor sobe para R$ 5 mil. (IBAMA, 2017).

 

Foto: Papagaio-do-mangue: uma das aves mais procuradas como animais de estimação. Crédito: Melissa G. Silva

 

A figura acima representada por uma ave por nome cientifico Amazona amazonica, popularmente conhecido por papagaio-do-mangue ou curica, facilmente encontrado em matas e manguezais, pode representar bem um grupo de aves comumente traficadas no Brasil. Este tipo de ave desperta interesse por colecionadores, devido a sua probabilidade de desenvolver a fala, semelhante a do ser humano. (RIBEIRO e SILVA 2007).

O tráfico de animais silvestres, representa um grande desequilibrio biológico, uma vez que cada grupo de espécies exerce um papel fundamental na natureza, sua retirada é como se fosse deixado uma lacuna, ou seja, um espaço em aberto, sendo que cada animal é único representando seu papel de maneira ecológica, mesmo embora, havendo muitos outros de total semelhança.(SERAFINI &SUBIRA, 2017).

O Brasil é um dos países, que vêm perdendo seus recursos naturais de maneira desenfreada, visto que existem muitas dificuldades na operação no combate ao tráfico de animais silvestres.(RIBEIRO e SILVA; 2007).

Alguns fatores impossibilitam a total eficiência das ações de combate ao tráfico, como as dificuldades operacionais associadas à vasta extensão territorial, a baixa severidade das penalidades previstas na legislação ambiental e a miséria em que vive grande parte da população. (RIBEIRO e SILVA, 2007).

 

4.2 CAÇA PREDATÓRIA

A caça predatória é comum no estado do Mato Grosso e Pará, devido a ter uma vasta região de matas fechadas ricas em animais silvestres que chama a atenção dos caçadores, seja por esporte, ou para consumo da carne muito apreciada. Há também a caça a mando de fazendeiros a fim de proteger seus rebanhos contra os ataques de animais, como é o caso da onça pintada. (MMA, 2016).

Quando um animal é abatido na natureza de forma brutal, causa um grande desequilíbrio para a fauna brasileira, muitos caçadores abatem animais que possuem filhotes, causando um forte impacto para estes animais órfãos, que acabam morrendo por falta de proteção e alimentação de sua mãe. Drumond, chefe da Floresta Nacional (Flona) aponta um impacto significativo quanto a perca de um animal como a onça pintada.

Quando um animal como a onça-pintada é retirada da natureza dessa forma, há um impacto muito negativo, pois é um animal que já tem população reduzida. Embora exista a fiscalização, a proteção é insuficiente para combater as inúmeras ações de predar os recursos da floresta.

É preciso que o trabalho de fiscalização contra o tráfico de animais seja reforçado, aumentando a qualidade e a eficiência nos trabalhos de proteção à biodiversidade sendo que há uma possibilidade grande da onça pintada ser extinta em pouco tempo, haja visto que em algumas regiões ela já é pouco encontrada. (MMA, 2016).

Já na América Latina,outros animais sofrem com uma forte demanda ao tráfico de suas carnes, pelos quaispode-se citar, o caititu, a queixada e a capivara, que além de sua carne ser muito apreciada, ainda há um forte interesse pelo couro, como nos mostra (FILHO e NOGUEIRA, 2000, apud Redford & Robinson, 1991; Moreira & Macdonald, 1997) sobre a caça desses animais:

Na América Latina o caititu, Tayassutajacu, o queixada, Tayassu pecari, e a capivara, Hydrochoerushydrochaeris, estão atualmente entre as espécies mais caçadas (Redford & Robinson, 1991; Moreira & Macdonald, 1997) porque, além da carne, existe grande interesse em seus couros, para os quais há uma grande demanda no mercado internacional. Os principais países importadores do couro de caititu e queixada são a Itália, a Alemanha e a França. Nestes países, ele é industrializado na forma de artigos de luxo como calçados finos, luvas, casacos, carteiras e cintos, que por sua vez são exportados principalmente para os EUA e Japão.

A caça de animais sempre foi utilizada pelo homem desde os seus antepassados, porém há muitos anos atrás, o seu principal interesse era somente como fonte de alimentação, causa diferente dos dias atuais, em que a caça tem aumentado a cada dia, sendo seu principal interesse, a extração do couro para a venda no mercado ilícito, para a fabricação de objetos pessoais; com isso, animais são mortos diariamente de maneira cruel, e sua carne não chega a ser aproveitada para o sustento de nenhuma família. (FILHO e NOGUEIRA 2000).

 

4.3CUIDADOS ESPECIAIS COM ANIMAIS SILVESTRES

Todo animal silvestre retirado da natureza precisa de cuidados especiais que garantam a sua sobrevivência fora de seu habitat natural. Primeiramente é preciso que tenham documentação certificada pelo IBAMA, órgão responsável pela fiscalização, e combate ao tráfico de animais. Após toda a regularização este animal pode ser levado para a criação particular, e toda esta regulamentação vale para todo e qualquer animal silvestre podendo ser aves, jabutis, cobras e macacos. Caso contrário a pessoa que mantêm esse animal em casa sem nenhuma certificação do IBAMA está cometendo um crime e enaltecendo o tráfico de animais. (ARAÚJO, 2017).

O animal que é capturado e levado para longe de seus ancestrais, vive em total solidão, presos em gaiolas, ou cercados que não são compatíveis com a sua necessidade de espaço, tem dificuldades de alimentação, reprodução e sofrem transtornos comportamentais, principalmente as aves. Como nos mostra (SERAFINI & SUBIRA, 2014)

O bem-estar do animal silvestre não depende apenas do cuidado, carinho e boas intenções do comprador. Um animal silvestre criado como doméstico além de sofrer com a solidão, tem dificuldades para se reproduzir. Pode sofrer por ficar preso em espaço físico reduzido e comer alimentos inapropriados. Isso expõe as espécies a doenças que em seres humanos podem não ser tão graves, como a gripe, mas que para eles são fatais.Todo animal retirado da natureza sofre por maus tratos, mesmo que seu criador tente fazer o que há de melhor para que ele se sinta bem, porém o simples fato de estar longe de sua espécie já é um grande maltrato para este animal. (SERAFINI & SUBIRA, 2014).

Animais que vivem presos em cativeiros dificilmente chegarão a se reproduzir em algum momento de sua vida, e os que conseguem se reproduzir, em alguns casos, seus filhotes morrem nos primeiros dias de vida, devido as condições de alimentação ser muito restrita em locais fechados. Por mais que haja dedicação do seu criador sua reprodução acaba sem êxito, sendo que impossibilita que sua mãe busque alimentos necessários para a nutrição deste filhote, em livre demanda na natureza. Com isso acaba que os animais, em especial as aves, tenha sua vida reprodutiva desfavorecida (SERAFINI & SUBIRA, 2014)

Não só o tráfico de animais silvestres é considerado crime, como manter esses animais em casa, sendo criados como animais domésticos se destaca como crime ambiental,amparado por lei, segundo SERAFINI& SUBIRA (2014); “ter animais silvestres como bichos de estimação é crime ambiental, segundo a Lei nº 9.605/98, que proíbe a utilização, perseguição, destruição e caça de animais silvestres. Para os infratores, a lei prevê prisão de seis meses a um ano, além de multa”.

SERAFINI & SUBIRA (2014) afirmam que é preciso que haja conscientização da população sobre as terríveis ameaças a biodiversidade, sendo que muitas espécies já chegaram a desaparecer da natureza devido a sua extração ilegal, com isso a natureza e todos que nela habitam estão perdendo o seu maior patrimônio, sem que, sequer seja notado, por uma questão simples, dizendo não a compra de animais silvestres.O mesmo autor diz que se todos tivessem consciência do grande mal que estão fazendo a natureza adquirindo este tipo de animal, o mercado negro de animais não existiria, ou pelo menos se extinguiria, a medida em que os consumidores parassem de adquirir estes animais.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização do presente trabalho conclui-se que, somente com uma mudança de pensamento, será possível que haja uma transformação em relação ao homem e a natureza, sendo que é preciso que se obtenha conhecimento do grande mal que a retirada de animais traz para a natureza.

Na maioria das vezes são atitudes impensadas e em atos de desesperança, que levam os seres humanos a cometerem atitudes de tamanha crueldade com animais indefesos, que caem em suas armadilhas e acabam tendo um destino cruel, sendo retirado de seu habitat natural.

A questão da preservação ambiental deve ser abordada desde cedo na vida do ser humano, ainda em fase escolar, tendo em vista que é neste momento que suas opiniões estão sendo formadas acerca de diversos assuntos, pelos quais a preservação/conservação da natureza não é tida como foco, pois pouco se trata de Educação Ambiental, ficando tal assunto deixado de lado.

Como os seres humanos são os principais destruidores da natureza, que interferem diretamente na evolução e no equilíbrio natural dos ecossistemas, somente com uma boa conscientização é que será possível minimizar os efeitos de suas ações.

 

REFERÊNCIAS

 

ALVES, I. BRANDT, Cláudia Sabrine. ALVES, Edna Maria. Ecologia e Biodiversidade. Indaial: Uniasselvi,2013.

 

ARAÚJO, L. Animais Silvestres: Cuidados Necessários e Regulamentação no IBAMA Disponível em: http://revistavidanatural.com.br/vida-so/cial/animais-silvestres-cuidados-necessarios-e-regulamentacao-no-ibama/2681/# acesso 08 de mar. 2017.

 

Ministério do Meio Ambiente (MMA);Agentes desmontam esquema de caça ilegal e venda de animais no Pará. Disponível em http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2016/09/agentes-desmontam-esquema-de-caca-ilegal-e-venda-de-animais-no-para> acesso em 26 de abr. 2017.

 

FRANCISCO, W. de C.; "Tráfico de Animais "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/trafico-animais.htm>. Acesso em 06 de abril de 2017.

 

RIBEIRO, L. B. S., Melissa Gogliath. O comercio ilegal põe em risco a diversidade das aves no Brasil <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252007000400002&script=sci_arttext> Cienc.Cult.vol.59 no. 4 São Paulo 2007. Acesso em 18 de fev. 2017.

 

NOGUEIRA, S. S. da C.;NOGUEIRA FILHO, S. L. G.;Criação Comercial de Animais Silvestres: Produção e Comercialização da Carne e de Subprodutos na Região Sudeste do Brasil<www.researchgate.net/profile/Sergio_Nogueira-Filho/publication/237364649_Criacao_Comercial_de_Animais_Silvestres_Producao_e_Comercializacao_da_Carne_e_de_Subprodutos_na_Regiao_Sudeste_do_Brasil/links/547dea150cf285ad5b08b01a.pdf> acesso em 13/02/2017. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, volume 31, n. 2 p.188-195 abr. jun. 2000. Acesso em 18 de fev. 2017.

 

SERAFINI; P., SUBIRA; R.Tráfico de animais contribui para extinção de espéciesdisponível em:http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/07/trafico-de-animais-contribui-para-extincao-de-especies> Acesso: 14 de fev. 2017.

 

SUÇUARANA, M. da S.PANTANAL; infoescola. Disponível em <http://www.infoescola.com/biomas/pantanal/> acesso em 26 de abr. 2017.

1 Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas- UNIASSELVI. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

2Professor Orientador, Engenheiro Florestal; MSc. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.