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A MÚSICA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO, ESTÍMULO E SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA

 

Andréia Santos Gomes

 

RESUMO

 

 

Este trabalho tem por finalidade apresentar as contribuições, o uso e a influencia da música no processo de alfabetização das crianças do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, muitas vezes introduzida de maneira lúdica e espontânea, estimulando a aprendizagem da linguagem escrita auxiliando a interpretação através de parlendas e cantigas de roda. Apresentará também a importância da música no desenvolvimento social, contribuindo para a interação, socialização, estímulo e no processo de ensino aprendizagem, baseando-se em fundamentação teórica, propondo reflexão sobre as metodologias adotada em sala para melhorar a qualidades de ensino e o rendimento na aprendizagem e mostrar que a música estimula a aprendizagem da criança, ajuda na comunicação com outro e torna as aulas prazerosas divertidas e dinâmicas.

 

Palavras-chave: Música. Socialização. Estímulo. Alfabetização.

 

1.INTRODUÇÃO

 

 

Os alunos nas séries iniciais encontram se em uma faze de curiosidade aguçada aonde visam o descobrimento de novos horizontes riquíssimo de imaginação no mundo irreal do faz de conta, sendo essa fase favorável à aprendizagem e ao uso de materiais lúdicos, brincadeiras, onde a sua bagagem não seja descartada, mas aproveitada para seu desenvolvimento e assim construir o saber aprender de maneira prazerosa.

Os alunos ao saírem da Educação Infantil vêm ainda fantasiosos, com muita vontade de frequentar a escola, de estudar e ao ingressarem no primeiro ano do Ensino Fundamental necessitam continuar em um ambiente receptivo acolhedor, dinâmico e alegre e que alfabetize de forma lúdica utilizando, desde cantigas de rodas, música regionais, ou parlendas.

É importante observar e compreender como se desenvolve o ensino em sala de aula na educação infantil e no ensino fundamental, e de que maneira o docente conduz a aprendizagem, bem como acontece o processo de aquisição do conhecimento pela criança.

O objetivo desse artigo é contribuir para uma análise e reflexão sobre processo de alfabetização e letramento dos alunos através de atividades lúdicas que estimule e alimentem o imaginário infantil e contribuam para socialização e para o desenvolvimento da leitura e escrita.

A criança precisa ter prazer em estudar e ver a escola como ambiente acolhedor contribuindo com isso na construção da identidade, formação de indivíduos, capacidade de se comunicar, reproduzindo seu cotidiano e caracterizando o processo de aprendizagem. Sendo assim notou-se que a música, o lúdico em si deixa muito de existir quando se ingressa no Ensino Fundamental.

Partindo dessa observação ao longo do tempo e analisando as metodologias dos professores nas séries iniciais, principalmente no primeiro ano, e analisando os momentos alfabetizadores onde o lúdico, a música, pode ser usada como estratégia de ensino aprendizagem estimulando o desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional, ou seja, desenvolvimento global da criança é que foi feita essa pesquisa.

O estudo está voltado para mostrar como a música beneficia na socialização, estímulo e no processo de ensino aprendizagem, baseando-se em fundamentação teórica, propondo reflexão sobre as metodologias adotada em sala para melhorar a qualidades de ensino e o rendimento na aprendizagem e mostrar que a música estimula a aprendizagem da criança, ajuda na comunicação com outro e torna as aulas prazerosas divertidas e dinâmicas.

 

 

 

 

 

 

 

 

2.DESENVOLVIMENTO

 

 

As crianças têm muita facilidade em memorizar as letras de músicas, expressando-a com muita simplicidade, espontaneidade sendo sincera simples, e natural, por isso que nos primeiros anos de escolarização é importante o uso de música como facilitadora da socialização e da aprendizagem de forma divertida.

Sabe-se como é importante desde o nascimento o uso da música como método estimulador da aprendizagem e da interação com o outro e com o mundo que o cerca. Diante dessa realidade educativa a qual foi observado, faz-se fundamental buscar novas alternativas metodológicas que possibilitem ao professor o desenvolvimento de habilidades e competências para trabalhar com a linguagem e a criatividade e o bem-estar.

Para Bréscia (2003),

 

a musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento de vários aspectos, como: sensibilidade, criatividade, senso rítmico, prazer de ouvir música, imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, respeito ao próximo, socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação”.

 

 

Nota-se que trabalhar com música em sala de aula, a criança aprenderá regras para convivência e integração social, pois, são atividades que se realizada em conjunto deve haver harmonia, cooperação e respeito ao próximo além de se aprender a ouvir se concentrar desenvolvendo a sua memória e sua expressão corporal, tirando-a muitas vezes de situações difíceis de inibição, falta de concentração, socialização.

Cantar, gesticular, brincar usando a música como metodologia educativa facilita a aprendizagem e desperta o gosto de estudar, porém, este hábito não acontece com frequência desejada.

Não podemos deixar perder o ritmo da criança, pois ainda precisam brincar e não ter a sala de aula como obrigação, desprazer e se sentir aprisionada em um ambiente desestimulador correndo o risco de se revoltar e se tornar rebeldes, deprimidos ou desanimados prejudicando com isso o seu aprendizado.

A expressão musical desempenha importante papel na vida recreativa de toda criança, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, remove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética (STABILE, 1988, p. 122).

 

A música pode contribuir muito com a aprendizagem, e quanto se aprende brincando favorece o desenvolvimento intelectual da criança, porém poucos professores a utiliza com a finalidade de alfabetizar e sim com distração apenas.

Segundo Brito (2003),

 

encontramos nas escolas atualmente um uso excessivo da prática do cantar, mas que é introduzido de modo inconsciente e mecânico, restringindo-se a reproduções do que se veicula na mídia ou as músicas ditas pedagógicas. As usam sempre para apresentar-se em datas comemorativas ou como recreação fora da sala de aula ou como atividade extracurricular. Precisa-se destacar a música como algo que traga estímulos, bem-estar, equilíbrio, algo prazeroso que relaxa e facilitadora da aprendizagem para a criança”.

 

 

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) baseados no Conselho Nacional e Educação trazem orientações para cada área do conhecimento que compõe obrigatoriamente o ensino (Língua Portuguesa, Matemática, Conhecimentos Históricos e Geográficos, Ciências, Língua Estrangeira, Educação Física e Artes, nas linguagens: Música, Teatro, Dança e Artes Visuais). Portanto nos mostra a música como metodologia de ensino. PCN – (Brasil 1998, 80), é destacado que:

 

Aprender a sentir, expressar e pensar a realidade sonora ao redor do ser humano, que constantemente se modifica nessa rede em que se encontra, auxilia o jovem e o adulto em fase de escolarização básica a desenvolver capacidades, habilidades e competências em música.”

 

 

Vigotsky (1998, p. 76), afirma: “A separação dos aspectos intelectuais dos afetivos é um dos defeitos da psicologia tradicional. Diz que o pensamento tem sua origem na motivação”. Muitas vezes deixa-se de ensinar brincando, pois se entende que aprender é coisa séria e utiliza-se métodos tradicionais que não atraem a atenção dos alunos. É preciso despertar a magia, o prazer e o encantamento pelas aulas e por aquilo que ainda aprendeu desestimulando o descobrir de algo novo e a música pode contribuir para tornar esses ambientes mais alegres e favoráveis à aprendizagem, afinal como Snyders (1994, 14), destaca:

 

propiciar uma alegria que seja vivida no presente é a dimensão essencial da pedagogia, e é preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados, compensados e recompensados por uma alegria que possa ser vivida no momento presente”.

 

 

 

Muitos profissionais deixam de utilizar a música em sala de aula por se disseram desafinados e não ter a habilidade de cantar, privando a criança desses momentos. Há tantas formas e recursos hoje em dia que facilita essa prática que o simples ato de levar um aparelho de som, um CD para sala de aula já desperta a alegria da criançada por saber que naquele momento a aula será divertida.

De acordo com Avelar (1995 apud PRADO; FIGUEIREDO, 2005), é correto afirmar que a música é um excelente recurso estimulador para o desenvolvimento da leitura de textos e das hipóteses de escrita.

As cantigas de rodas, as músicas regionais e as parlendas pode fazer parte do conteúdo ministrado pois com elas as aulas ficam mais prazerosas, interessantes e envolve as crianças no brincar, interagir e aprender, estimulando-a a aprender despertando mais interesse através do envolvimento afetivo uma vez que a música exerce um papel extremamente afetivo e lúdico.

Barreto (2000, p.45), apresenta que:

 

Ligar a música e o movimento, utilizando a dança ou a expressão corporal, pode contribuir para que algumas crianças, em situação difícil na escola, possam se adaptar (inibição psicomotora, debilidade psicomotora, instabilidade psicomotora, etc.). Por isso é tão importante a escola se tornar

um ambiente alegre, favorável ao desenvolvimento.”

 

Desenvolver atividades través da música pode servir, também, de estímulo para crianças com dificuldades de aprendizagem e como forma de inclusão no espaço escolar, se trabalhar a música em grupo e contribui muito para tornar a criança mais desinibida, onde o importante é o fazer e participar, sem a cobrança, pois a socialização, interação e a alegria são requisitos importantes para alfabetização e aprendizagem de certas crianças além de trabalhar a coordenação motora e a atenção, a capacidade de reflexão, imaginação, descontração, ao cantar ou imitar sons, descobre capacidades e estabelece relações com o ambiente em que vive.

Beineke apud Chiarelli (2010) afirma que:

 

o professor deve procurar conhecer todos os tipos de músicas envolvidas no meio social dos alunos, bem como as representações utilizadas por eles, observando os objetivos da educação para a compreensão da cultura musical e buscando encontrar a ideia-chave que sirva para que os alunos estabeleçam correspondência com outros conhecimentos e com sua própria vida”.

 

A criança já tem contato com a música desde quando nasce através das cantigas de ninar. Quando vão crescendo utiliza-se das cantigas de roda e as parlendas, também consideradas como quadrinhas populares, acompanha as musiquinhas infantis do momento como forma de distração, seja apenas cantarolando, seja utilizando-a para brincar.

A música também causa efeitos na maturação social e individual da criança. Ao brincar, a criança aprende a conviver e a seguir regras de forma lúdica, convive socialmente, aprende ganhar e a perder a ter suas próprias escolhas e se equilibrar quando se tem as decepções as dúvidas, vivenciando através do lúdico todas as situações através das cantigas de roda.

Essas cantigas que são passadas através das gerações, tratam de temas que a criança enfrentará no futuro, falam de amor, disputa, trabalho, tristezas, etc. São experiências que os brinquedos eletrônicos não podem proporcionar, pois hoje em dia, devido ao acesso aos meios de comunicação e às tecnologias modernas, infelizmente, as famílias têm perdido esse momento de construção lúdica. Nos momentos livres, as crianças se distraem com programas de televisão (algumas vezes, nada construtivos), computadores e vídeos games, portanto, a escola também pode resgatar essa cultura um pouco esquecida ou talvez substituída.

Portanto, é preciso intermediar a leitura e a escrita, por meio de cantigas, parlendas, textos, embalagem, escritas no chão, ou seja, todos os gêneros e textos desde que estejam dentro da realidade do aluno para que favoreçam uma aprendizagem e a criança se torna o sujeito do seu processo de aprendizagem.

Daí a necessidade da contextualização, seja feita por meio da música, da poesia, das parlendas. O importante é que essa criança tenha capacidade de se corresponder com o mundo que está inserido. Uma vez resgatado esses sentimentos, a mesma poderá vivenciar os conteúdos de maneira mais alegre, divertido, ou até emocionada, mas sempre de maneira lúdica e fácil.

Aprender de forma lúdica facilita o aprendizado tornando-o mais rápido e dificilmente será esquecido, pois se faz com prazer, diversão e faz com que a criança se sinta motivada a frequentar a aula, a gostar de estudar e também a gostar do professor, pois a afetividade influencia muito no aprendizado. É uma forma inovada de se ensinar e não se torna cansativo.

Nesse sentido, pode-se observar que, desenvolver atividades relacionadas com música pode servir, também, de estímulo para crianças com dificuldades de aprendizagem e, ainda, contribuir sua inclusão no espaço escolar, pois, agiriam aos movimentos específicos e contribuindo na organização do pensamento.

Trabalhando a música em grupo favorece a cooperação e a comunicação, envolvendo a todos numa perspectiva onde o importante é o fazer e participar, sem a cobrança e, realizando individualmente, sua expressão é respeitada e valorizada desenvolvendo, assim, sua autoestima.

 

Beineke (2001). Gainza (1988), ainda procurou afirmar em seus estudos, que desenvolver atividades musicais na escola pode ter objetivos preventivos nos aspectos:

  • Físico ao oferecer atividades capazes de promover o alívio de tensões devidas à instabilidade emocional e fadiga;

  • Psíquico ao promover processos de expressão, comunicação e descarga emocional através do estímulo musical e sonoro;

  • Mental ao proporcionar situações que possam contribuir para estimular e desenvolver o sentido da ordem, harmonia, organização e compreensão.

A música, além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, pode ser utilizada para criar uma atmosfera mais receptiva na chegada dos alunos, a um momento mais relaxante direcionando a um efeito calmante, após atividades que exigiram mais agitação e movimentos. Também, apresenta sua função na redução de tensão em momentos de avaliação e pode, e deve ser usada como um recurso no aprendizado de diversas disciplinas, principalmente na alfabetização o momento de interagir o lúdico o abstrato e o concreto.

Nesse contexto, trabalhar as cantigas de rodas e parlendas, também consideradas como quadrinhas populares, nos outros momentos de suas vidas, seja apenas cantarolando, seja utilizando-a para brincar que são fontes ricas de regionalismos, histórias e ludicidade, resgatam o contexto em que a criança vive e destaca o valor da história social e sua função dentro dela.

Quando bem direcionadas, apresentam-se como recurso para a leitura lúdica no processo de introdução da criança no mundo da leitura. Com suas construções fáceis, poéticas e ricas em rimas, facilitam a compreensão do código linguístico.

As parlendas, com suas propriedades regionais, folclóricas, históricas, contêm um enunciado lúdico pedagógico pela sua forma e ritmo, desenvolvendo o aspecto psicossocial da criança, pois, possui uma linguagem simples e atraente; a criança poderá dar os primeiros passos para a comunicação verbal.

Acredita-se que a música poderá influenciar positivamente no desenvolvimento da escrita, aproximando o sujeito de seu objeto de conhecimento, de maneira diversa da situação formal de alfabetização escolar (Avellar,1995).

Sobre a escrita, ferreiro e Teberosky (1999) afirmam que aprender a escrever não é apenas um processo cognitivo, mas também uma atividade social e cultural, essencial para a criação de vínculos entre cultura e conhecimento.

A música extravasa as emoções, através do dançar, cantar, pular, gesticular, rimar, parodiar, ouvir, brincar de roda. Portanto, conforme o tema em pesquisa de revisão bibliográfica é notável que a música venha exercendo ao longo da história da aprendizagem das crianças um papel importantíssimo, pois, ela proporciona aprendizagem através de momentos lúdicos que se tornam prazerosos, assim a aprendizagem vai acontecendo naturalmente.

A música é capaz de sensibilizar todas as gerações e, no caso da criança, quando vem acompanhada de uma brincadeira, pode tornar-se um excelente veículo de aprendizagem. AS canções podem ser utilizadas tanto na apresentação do conteúdo, quanto para sua fixação.

Mesmo quando a criança tem dificuldades motoras, intelectuais ou emocionais, com a utilização da música em sala de aula é possível que aconteça a comunicação e a interação através das cantigas de roda, brincadeiras, danças entre outros. Assim o professor ensina e a criança aprende (cada qual no seu tempo) num clima harmonioso e seguro.

As crianças precisam sentir-se motivadas ao conhecimento, por isso a música é entendida como o melhor caminho. Por meio dela é possível desenvolver diversas atividades, e cada qual com um teor diferenciado causando sempre um novo impacto para manter a motivação.

A criança que brinca será mais equilibrada emocionalmente e fisicamente e terá mais condições de resolver e suportar os problemas futuros com determinação. Na criança a falta de criatividade lúdica pode deixar marcas profundas e muito dos problemas apresentados nos consultórios médicos psicológicos surgiram pela privação desse trabalho infantil (OLIVEIRA, 2002, p. 82)

 

3. METODOLOGIA

 

A pesquisa iniciou-se mediante a observação, análise e hipótese levantada sobre alguns comportamentos e atitudes por falta de motivação e interesse de alguns alunos em frequentar a aula. Considerando as palavras-chave como música, socialização, estímulo e alfabetização e partindo da necessidade de reviver a prática da música na escola, realizou-se esse estudo bibliográfico, leitura de teorias de alguns pensadores sobre a música no processo de alfabetização, estímulo e socialização da criança.

Este trabalho foi realizado por meio de revisão de literatura e, para tanto, foram feitos levantamento bibliográfico em livros e periódicos que tratam sobre o tema e também na legislação pertinente ao que se refere ao ensino da música no Ensino Fundamental.

Primeiramente partiu de uma análise comportamental das crianças desde a educação infantil até os três primeiros anos do Ensino Fundamental em relação ao gosto pelos estudos. Em seguida foi mostrado embasamento teórico de alguns estudiosos que falam sobre a importância da musica na alfabetização estímulo e socialização das crianças. Para finalizar apresento as considerações finais, a referência bibliográfica às quais me baseei para escrever esse artigo.

 

4.CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Pensando então no processo de alfabetização pelo qual todo indivíduo deve

passar e considerando o tema em pesquisa, percebe-se o quanto à música tem sido favorável ao desenvolvimento da sociedade como um todo. Não dá pra imaginar o mundo sem música, sem melodias, sons, canções e emoções.

Esta pesquisa nos leva a um estudo mais aprofundado e uma análise mais crítica sobre as formas e metodologias adotadas pelos professores em sala de aula.

No início da pesquisa, o lúdico através da música seria apenas uma forma divertida de se ensinar, porém pudemos analisar que além de aprender brincando aumenta o interesse e a vontade de frequentar a escola e a curiosidade em saber o que se vai aprender e o que de diferente se vai fazer no outro dia aumentando a curiosidade e a alegria de estudar.

Procurou-se evidenciar através deste estudo que, a música influencia e cria novas estimulações, relações e atitudes diante do desenvolvimento da criança em fase escolar, no processo de ensino-aprendizagem, além de desenvolver diversas áreas do conhecimento. De acordo com esta perspectiva, é necessário que a música, aqui evidenciada nas cantigas de rodas e parlendas, além de suas propriedades que estão intrínsecas a todo gênero musical, seja concebida e trabalhada como um universo que mescla expressão de sentimentos, ideias, valores culturais e facilita a comunicação do indivíduo consigo mesmo e com o meio em que vive.

Portanto, incluí-la no cotidiano escolar, certamente trará benefícios tanto pros professores quanto para alunos. A partir do momento em que, os educadores encontram nela mais uma ferramenta pedagógica, os alunos se sentirão motivados, sendo alvos de um processo de construção de conhecimento mais lúdico e prazeroso.

De acordo com o que foi apresentado, a música ajuda a equilibrar as energias, desenvolve a criatividade, a memória, a concentração, autodisciplina, socialização, além de contribuir para a higiene mental, reduzindo a ansiedade e promovendo vínculos (BARRETO e SILVA, 2004).

As atividades de musicalização também favorecem a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais. Pelo seu caráter lúdico e de livre expressão, não apresentam pressões nem cobranças de resultados, são uma forma de aliviar e relaxar a criança, auxiliando na desinibição, contribuindo para o envolvimento social, despertando noções de respeito e consideração pelo outro, e abrindo espaço para outras aprendizagens.

Porém os educadores precisam se sensibilizar e conscientizar de que tudo que se faz com alegria traz o bem-estar e desenvolve cada vez mais o potencial dos alunos pois trabalha corpo, mente e emoção utilizando-se da música

Sendo assim é importante utilizar-se da música como instrumento facilitador da alfabetização sendo que ela está em todos os momentos de sua vida, desde seu nascimento, nos ambientes que o cerca, enraizada em suas culturas através das canções, quadrinhas, parlendas, etc.

Conclui-se então, que a presença da música na educação auxilia na socialização e estimulam sentimentos, memória e a inteligência, relacionando-as ainda com ao desenvolver do próprio educando, favorece a construção de um cidadão mais consciente de si e de seu papel no mundo, mais humano, mais participativo.

O professor deve direcionar as atividades pedagógicas que envolvem de forma crítica que faça com que os alunos se sensibilizem e que essas ações faça com que o aluno reflita, sinta expresse e pense em tudo à sua volta desenvolvendo capacidades, habilidades e competências; Dê condições para que o aluno através da comunicação e expressão desenvolvendo a dimensão sensível que a música traz ao ser humano através da fantasia e da imaginação. Assim, saber utilizar a música como metodologia será um atrativo para as aulas, sem perder a propriedade pedagógica e desenvolver métodos de aulas mais significativos e eficientes.

Portanto, os espaços precisam ser concebidos como componentes ativos do processo educacional e neles estão refletidas as concepções de educação assumidas pelo educador e pela escola, dessa forma, a escola é um espaço de trocas e de construções coletivas definidas na filosofia, nos princípios educativos implícitos no projeto pedagógico assumido pela equipe escolar.

 

6. REFERÊNCIAS

 

BARRETO, Sidirley de Jesus; CHIARELLI, Ligia. Karina M.A importância da musicalização na educação infantil e no ensino fundamental – A música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser. Blumenau: Acadêmica, 2004.

 

BRÉSCIA , V. L. P.Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003.

BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação musical: bases psicológicas e ação preventiva.São Paulo: Átomo, 2003.

 

BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação musical: bases psicológicas e ação preventiva.São Paulo: Átomo, 2003.

 

BRITO, T. A.de. Música na Educação Infantil. São Paulo: Petrópolis, 2003.32CORREIA, M. A.A função didático-pedagógica da linguagem musical: uma possibilidade na educação. Educar em Revista, Curitiba, n.36, 2010. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-0602010000100010&script=sci_arttext>. Acesso em:11 jun. 2011

 

FIGUEIREDO, S. L. A Legislação Brasileira para a Educação Musical nos anos iniciais da Escola. Comunicação In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM MÚSICA (ANPPOM). 17. 2007. São Paulo: NESP, 2007.

 

FERREIRO, Emília. Reflexões sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2002.

 

Lei de Diretrizes e Bases da Educação, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica , Brasília, DF, 18 de ago. de 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11769.htm>. Acesso em: 22 nov. 2011.

PRADO, A. M. V. B.; FIGUEIREDO, E. Análise da Influência da Música no Processo de Desenvolvimento a Escrita. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM MÚSICA (ANPPOM). 15. 2005. Rio de Janeiro: UFG, 2005. Disponível em: <http://www.unirio.br/mpb/textos/AnaisANPPOM/anppom%202005/sessao2/adriana_prado_eliane_figueiredo.pdf>. Acesso em: 05 out. 2011.

 

SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música? 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.

 

SOARES, M. Letramento e alfabetização: As muitas facetas. Revista Brasileira de Educação, Minas Gerais, n. 25, Jan./Abr. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf>. Acesso em: 29 abr.2011.

 

STABILE, Rosa Maria. A Expressão Artística na Pré-Escola. São Paulo: FTD, 1988.