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DEVANEIO POÉTICO DE BACHELARD: UMA ANÁLISE FENOMENOLÓGICA DE

ENCANTO DAS ÁGUAS DE MARLI WALKER

 

 

Rosilda Vaz de Souza [1]

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Elizete Alves Ferreira [2]

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Luciana Maria Warmling [3]

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RESUMO: Este artigo busca apresentar uma análise fenomenológica da imaginação poética sobre a obra ‘Águas de Encantação’ da poetisa Marli Walker, especificamente da poesia ‘Encanto das águas’ com recortes discursivos de trechos do poema com fundamentação teórica baseada nas obras do filósofo francês Gaston Bachelard, Bataille, entre outros autores, cujas teorias harmonizam com o poema de Walker.

Palavras-chave: Imaginação. Encanto das águas. Bachelard.

 

Introdução

Pretende-se, com a análise do poema ‘Encanto das Águas’ da poetisa Marli Walker, manifestar os elementos fenomenológicos, os quais são considerados materiais de devaneios, imaginações poéticas direcionadas ao leitor. O corpus que será analisado fenomenologicamente volta-se para o objeto “água” bem como a topoanálise do ambiente: concha, pérola, espelho d’ água.

A pesquisa ampara-se em nível bibliográfico. Para a definição e conceituação de fenomenologia baseou-se nos teóricos Eagleton (2006) e Zolin e Bonnici (2005). Para as análises do poema, dos objetos utilizou-se o Dicionário de Símbolos de Chevalier (2016), Bachelard, Georges Bataille entre outros. Os dados da pesquisa, bem como os objetos analisados fenomenologicamente, confirmam que a concha lugar da intimidade, como espaço do devaneio. A fenomenologia preza pela estrutura profunda da mente e a manifestação interpretativa sobre determinado objeto materializado.

Costuma-se dizer que, cada leitor, sente um poema de um modo particular, sob o mesmo ponto de vista trata-se de uma análise poética baseada nos teóricos já citados e de acordo com minha compreensão em todas as parcialidades da imaginação percebidas no poema ‘Encanto das Águas’.

Pensando no conjunto de informações e com o intuito de explorar a arte poética revelada, a abordagem metodológica deste trabalho divide-se em cinco tópicos:

No primeiro abordará um breve o conceito de fenomenologia de acordo com Husserl e Eagleton;

No segundo tópico apresenta-se a biografia da poetisa Marli Walker. As informações registradas foram feitas através pesquisas na internet (Google) e na própria obra ‘Águas de Encantação’.

É registrado no terceiro tópico uma descrição do livro da autora Walker e a relação harmônica dos devaneios poéticos com as obras de Bachelard.

O poema apresenta “lugares/objetos” considerados, segundo Bachelard, fenômenos de inúmeros devaneios. Portanto, neste quarto tópico, são relacionados esses “lugares/objetos” e suas simbologias baseado em pesquisas eletrônicas e no livro de Imagens e Símbolos de Eliade (1979).

Já na quinta parte apresenta-se a análise fenomenológica do poema ‘Encanto das águas’ da poetisa Walker. A análise deu-se com recortes discursivos de trechos do poema, cujos comentários foram acrescidos com aportes teóricos de Bachelard, Bataille e entre outros autores.

 

  1. Conceituando fenomenologia

 

Fenomenologia (do grego phainesthai - aquilo que se apresenta ou que mostra - e logos explicação, estudo). Surgiu no começo do século XX, pelo alemão Edmund Husserl (1859-1938).

A fenomenologia é a ciência dos fenômenos puros. O próprio texto é reduzido a uma pura materialização da consciência do autor: todos os seus aspectos estilísticos e semânticos são percebidos como partes orgânicas de um todo complexo, do qual a essência unificadora é a mente do autor. (EAGLETON, 2006, p. 90).

 

  1. Biografia da poetisa mato-grossense Marli Walker

 

Marli Walker nasceu e viveu a infância e adolescência em Santa Catarina na pequena Vila de Bom Jesus D’Oeste. Aos dezoito anos veio para Mato Grosso. Morou em Santa Carmem, Vera, Cláudia e fixou residência em Sinop ainda na década de 1980. Amadureceu e cresceu junto com a cidade, em relação a qual desenvolveu um profundo sentimento de pertença e, por isso, considera este o seu lugar no mundo. Mestre em estudos literários e culturais e doutora em Literatura e Práticas Sociais pela Universidade Federal de Mato Grosso lecionou no Ensino Médio da CNEC/ Escola Cenecista Santa Elisabete e do Ensino Superior, curso de Letras, na UNEMAT/ Sinop, campus pelo qual se graduou e especializou. Atualmente dirige a FACENOP, Faculdade Cenecista de Sinop. A poetisa é sócia fundadora da ASCL Academia Sinopense de Ciências e Letras onde ocupa a vice-presidência.

 

  1. Descrição da obra ‘Águas de Encantação’

 

Segundo Mattos (2009) a obra poética apresenta uma lírica afirmativa, feminina, erótica, ao mesmo tempo maleável e poderosa, encantadora e desafiadora.

A obra é ilustrada pela artista plástica Mari Bueno. As imagens são incorporadas com cores e formas que harmonizam e dialogam com cada poema expressando um encantamento ao leitor/observador.

Águas de Encantação’ é composta por cinquenta e quatro poemas, distribuídos em cento e cinquenta e três páginas e publicado no ano de dois mil e nove (2009), todos marcantes por vozes femininas. Em dezoito poemas o elemento água é explícito e faz uma relação harmoniosa com as teorias do filósofo francês Gaston Bachelard que prima o conceito de imaginação através dos elementos da natureza como fontes poéticas inesgotáveis. No caso desta obra, o elemento água irá fluir e refluir entre a subjetividade da autora e a natureza sensorial que a envolve, impregnada de seu desejo e de seu dizer desse desejo.

Na obra poética Águas de Encantação, assim como na obra A Água e os Sonhos de Bachelard a simbologia do elemento água apresenta várias interpretações exprimindo muitos sentimentos, desejos e imaginações criadoras de devaneios poéticos. Em conformidade, Mattos (2009) afirma que os signos marcantes da voz feminina: a água, os sonhos, a química das minúcias, a consciência da mutabilidade com seus ciclos de cheias e vazantes. E as águas como é descrita desta obra a ser analisada continuam fluindo nos poemas, cujos alguns são curtos considerados enxutos, mas líquidos, segundo a poetisa Marli Walker.

 

  1. Simbologia dos objetos identificados no poema

 

Conforme Bachelard, a fantasia artística, que é imaginação formal combinada com a imaginação material, desdobra ao nosso olhar atributos próprios da matéria viva, inconsciente, corpórea. Sob o mesmo ponto de vista estudar o objeto “espelho” para Bachelard (1989) é preciso compreender a utilidade psicológica do espelho das águas: a água serve para naturalizar a nossa imagem, para devolver um pouco de inocência e de naturalidade ao orgulho da nossa contemplação íntima.

Os espelhos são objetos demasiado civilizados, demasiado manejáveis, demasiado geométricos; são instrumentos de sonho evidentes demais para adaptar-se por si mesmos à vida onírica rica e densa que é um alimento inesgotável para a imaginação material.

Na topoanálise da concha, Bachelard discorre sobre a imaginação, trabalha também, além da dialética do pequeno e do grande, a dialética do ser livre e do ser acorrentado: e o que não se pode esperar de um ser libertado!

No dicionário de símbolos, (CHEVALIER 1906) a concha é considerada um dos oito emblemas de boa sorte do budismo chinês a concha é utilizada nas alegorias da realeza e como signo de viagem próspera. Este sentido favorável procede de achar-se a concha associada às águas, como fonte de fertilidade. As conchas, segundo Eliade (1979), têm relação com a lua e com órgão sexual da mulher. Tudo o que precede explica que a concha seja, nos sonhos, uma expressão da libido. Toda concha pode conter uma pérola, afirma, Chevalier (1906). E para Bachelard (1993) a concha vazia, como ninho vazio, sugere devaneios de refúgio.

Para a fenomenologia toda imagem é um excesso de imaginação, portanto a pérola segundo Eliade (1979) está relacionada à vida e a fertilidade, embora tenha muitos significados para cada cultura. A pérola citada no poema ‘Encanto das Águas’ vai despertar devaneios poéticos para seus leitores.

Gaston Bachelard, fenomenologicamente apresenta o espelho como um simples reflexo, mostrando que a água é o “espelho das vozes”, de Narciso e do “espelho velado”. Mas em A poética do espaço e A poética do devaneio, o espelho está voltado para o interior do ser humano. O sonhador vai além da superfície, vai à profundeza do seu ser, mirando-se em sua obra poética. Eis por que a criação artística duplica a obra e o seu criador.

A água para Bachelard (1989) é uma substância de devaneio ambivalente. É uma realidade poética completa que dessedenta o homem e sacia a sede da terra. É um órgão do mundo, um alimento dos fenômenos corredios, o elemento vegetante, lustrante, o corpo das lágrimas. Para os devaneios, todos os líquidos são águas; tudo o que ecoa participa da natureza água, diria um filósofo. No sentido psicanalítico, toda água é um leite. Na mente pré-científica numerosos traços dos mesmos devaneios caracteriza a água como sendo uma cola universal.

Na Poética do espaço, Bachelard reúne essas alegorias e símbolos sintetizantes de devaneios dos poderes da matéria. Fenomenologicamente nunca reuniremos devaneios suficientes para a compreensão de cada objeto.

 

  1. Análise do poema ‘Encanto das Águas’

 

Um gesto suave desabotoa

A face escondida...

 

(Serei eu?)

 

Neste primeiro momento somos levados a imaginar a uma vontade do eu lírico em expor algum desejo enclausurado, ‘a beleza da mulher desejável anunciando suas partes animais’ (BATAILLE, 1987, p. 94) conotando uma sensualidade a ser revelada que a assusta e coloca em dúvida seu verdadeiro “eu” diante do devaneio.

A descrição que Bachelard (1989) faz dos devaneios poéticos é com um olhar fenomenológico de uma experiência individual que mostra caráter construtivo do devaneio poético.

O devaneio idealiza ao mesmo tempo o seu objeto e o sonhador. E, quando o devaneio vive numa dualística do masculino e do feminino, a idealização é a um tempo concreta e sem limite. Para nos conhecermos duplamente como ente real e como ente idealizante, cumpre-nos escutar os nossos devaneios. (BACHELARD, 1996, p. 54)

 

Ao iniciar os próximos versos, a poetisa expressa uma lírica que busca a natureza. O contato com elemento água é uma das possibilidades de desfrutar a intensidade dos sentidos, possibilitando libertar a imaginação poética do devaneio. Pôr-se à vontade aos devaneios e as realizações subjetivas de seus desejos ocultos.

Mergulho no espelho d’água

A primeira dúvida

Ouço o silêncio úmido

Que mistura

Alma e água

Lavo a última culpa

Na sede

Dos meus pecados

E no abandono molhado

Do momento

Cintilante de espumas

Massageio meu desejo

Nas metáforas mornas

Do verso de areia

E me perco em ti...

 

(Serás tu?)

O mergulho no espelho d’água é uma magia enquanto fonte de revelação do ser faz parte do imaginário poético de Marli Walker.

 

De início, é preciso compreender a utilidade psicológica do espelho das águas: a água serve para naturalizar a nossa imagem, para devolver um pouco de inocência e de naturalidade ao orgulho da nossa contemplação íntima. Os espelhos são objetos demasiado civilizados, demasiado manejáveis, demasiado geométricos; são instrumentos de sonho evidentes demais para adaptar-se por si mesmos à vida onírica. (Bachelard 1989, p. 23-24).

 

A partir do segundo verso da segunda estrofe, o sujeito poético revela uma indecisão entre o prazer da “alma e água” (carnal/ casual), preocupada, talvez, com que os “outros” irão imaginar, no entanto seu desejo excede sua vontade de satisfazer seus devaneios.

Depois “lavo a última culpa na sede dos pecados”, nesse momento há uma ambiguidade que é subentendida da seguinte forma: primeiro “Na sede dos meus pecados”, o lado profano do eu lírico fala mais alto e deixa-se levar pelo desejo de querer saciar sua sede, seu prazer carnal. Por outro ângulo, imagina-se alguém se lavando, como se lavar a “última culpa” fosse tirar a culpa de seu devaneio, trazer a pureza, o renovo, devolvendo a tranquilidade novamente. Segundo Bachelard (1989, p. 143) afirma que “a água se oferece, pois como um símbolo natural para a pureza; ela dá sentidos precisos a uma psicologia prolixa da purificação”.

Nos próximos versos: “momento cintilante de espumas,” “massageio meu desejo,” “versos de areia”, Walker apresentam imagens do devaneio, imagens essas compostas de metáforas cheias de inspirações poéticas em seus versos revelando um momento intenso de excitação do eu poético “saciando um desejo mais forte”, “desejo de viver nos limites do possível e do impossível, com uma intensidade sempre maior” segundo Bataille (1987, p. 155).

A imaginação material para Bachelard (1989, p. 103) sempre tem a necessidade de combinação de unir dois elementos, não mais do que dois, “as verdadeiras imagens do devaneio, são unitárias ou binárias” semelhantemente Walker enriquece sua poesia da mesma forma. “Naturalmente, entre poetas, o cunho direto da combinação será ainda mais decisivo; súbitas metáforas, de espantosa ousadia e fulgurante beleza, provam a força da imagem original,” Bachelard (1989, p. 105).

Conforme obra A Poética do Devaneio de BACHELARD (1988, P. 12) apresenta: “uma fenomenologia das imagens criantes” tecendo o enredo em cada verso conforme a imaginação de cada leitor, da mesma forma afirma que:

 

Fenomenologia que tende a restituir, mesmo num leitor modesto, a ação inovadora da linguagem poética. De um modo mais geral, compreende-se também todo o interesse que há, acreditamos nós, em determinar uma fenomenologia do imaginário onde a imaginação é colocada no seu lugar, no primeiro lugar, como princípio de excitação direta do devir psíquico.

 

Contrastando com a obra O Erotismo, a terceira estrofe remete a uma imagem do eu lírico feminino, a imagem de sensualidade de uma mulher desejável anunciando e revelando um aspecto animal, forças imaginantes escavam o fundo do ser, elucidando:

 

A imagem da mulher desejável, que se nos oferece como tal, seria insípida – ela não provocaria o desejo – se ela não anunciasse, ou não revelasse, ao mesmo tempo, um aspecto animal secreto, de uma enorme sugestão. A beleza da mulher desejável anuncia suas partes pudendas: justamente suas partes pilosas, suas partes animais, o instinto inscreve em nós o desejo dessas partes. Mas, para além do instinto sexual, o desejo erótico responde a outros componentes. A beleza negadora da animalidade, que desperta o desejo, vai dar na exasperação do desejo, na exaltação das partes animais. BATAILLE (1987, p. 94).

 

Saio de mim

Para te enredar

Junto à minha concha

E espraiar-me inteira

Nas horas morenas

Do teu silêncio

Que me fazem perolar...

E juntos

 

(Seremos nós?)

 

A imagem poética na terceira estrofe, também remete um devaneio sexual representado pela concha e pela formação da pérola.

A concha é citada na obra A Poética do Espaço de Bachelard, simbolizando um lugar que serve de devaneios para o refúgio. Segundo Bachelard (1993), devemos exercitar o devaneio de habitar esses lugares inabitáveis, por isso, a imagem da concha simboliza o local de refúgio de vertebrados e invertebrados, um habitar de intimidade. Dessa forma, Marli Walker exercita a “[...] dialética do pequeno e do grande Miniatura e da Imensidão”. A imagem do pequeno/miniatura é simbolizada pela concha, silêncio, pérola, gotas, oásis. Já o grande/ imensidão é simbolizada pelas horas, inteira, nossas águas e fertilidade.

Esse poema também apresenta tessituras do devaneio sexual de dois amantes apaixonados, principalmente, pelo fato do narrador se enredar junto ao seu amante em sua concha, e juntos perolar.

O substantivo pérola, mais especificamente ‘perolar’, é inserido pela autora para afirmar a penetração de corpos estranhos que até então estavam secos representados pelo oásis, se encontram na concha e resulta a formação da pérola, ou seja, a fertilidade.

Pode-se dizer que o encontro dos amantes acontece no período noturno, uma vez que é afirmado pelo quinto verso “horas morenas”. Bachelard (1989) a noite é apreendida pela imaginação material e é personificada, é uma deusa a quem nada resiste que envolve tudo, que oculta tudo.

 

Por outro lado, a água e a noite, ganham doçura, adquirem perfume, e a noite passa a ser representada por uma água leve. Entretanto, a água possui uma força de ligação, uma espécie de união universal. Portanto, “a imaginação material participa da vida de todas as substâncias.” (BACHELARD, 1989, p.114).

 

 

Encantamos nossas águas

Mansas

Caudalosas

Silenciosas

E no oásis pleno

De fertilidade

Derramamos

Gotas cristalinas

De poesia e prazer...

Na estrofe há uma relação do sujeito poético com a água e, esse elemento está associado a um tipo de intimidade, já que as diversas águas potencializam diferentes interpretações simbólicas. No penúltimo verso “gotas cristalinas” a água cria imagens de intimidade relacionadas ao ápice do prazer sexual. Finalizando com reticências para criar novos devaneios.

 

 

 

Considerações Finais

 

 

Numa perspectiva fenomenológica a pesquisa foi realizada a partir das contribuições epistemológicas e metodológicas de Gaston Bachelard, Georges Bataille com o objetivo de apresentar a analise do poema Encanto das Águas da poetisa Marli Walker.

Na análise da poesia Encanto das Águas utilizou-se das formas de representação e busca de um estado, de um sentimento, de uma emoção, vivida ou representada que o poema inspira e o leitor extrai da imaginação, do eu poético configurado no desenvolvimento da poesia.

Desse modo, pode-se dizer que é através da poesia o canal de expressões de devaneios, imaginações poéticas capazes de tocar a alma humana. Podemos compreender que Bachelard explora o devaneio poético através da imaginação correlacionando aos elementos da natureza, no caso desta obra é citado o elemento “Água” associado de forma harmoniosa na poesia Encanto das Águas da poetisa Marli Walker.

Bachelard em sua obra “A Água e os Sonhos”, este elemento é considerada vida e morte, matéria prima dos sonhos, elemento de purificação, fontes poéticas inesgotáveis, um elemento caracterizado feminino, sedutora, delicada e envolvente como se mostra na última estrofe fazendo refletir um mundo no qual a imaginação se abre às metáforas citadas na poesia.

Buscou apresentar a topoanálise de algumas imagens concretas citadas no poema para melhor compreender a utilidade psicológica emitida ao seu leitor dos devaneios poéticos emergidos de cada estrofe.

Estudar sobre fenomenologia e perceber a importante contribuição dos demais conteúdos vistos nos encontros de cada aula foram de suma importância para eu registrar nessas folhas a minha compreensão sobre o poema Encantação das Águas. Além de perceber e ter consciência da riqueza de conteúdos - aprendizagem no qual o professor a disciplina proporcionam.

 

 

 

 

 

Referências bibliográficas

 

BACHELARD, Gaston, 1884-1962. A poética do devaneio / Gaston Bachelard; [tradução Antônio de Pádua Danesi.] - São Paulo: Martins Fontes, 1988.

 

BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: ensaio sobre a imaginação do movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

 

BATAILLE, Georges. O erotismo / Georges Bataille; tradução de Antonio Carlos Viana. — Porto Alegre: L&PM, 1987.

 

CHEVALIER, Jean, 1906- Dicionário de Símbolos: (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números) / Jean Chevalier, Alain Gheerbrant, com a colaboração de: André Barbault...[ET AL.]. – 19ª Ed. – Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.

 

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura : uma introdução / Terry Eagleton tradução Waltensir Outra. - 6" ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2006.


TANTA, TINTA EDITORA. Biografia de Marli Walker. Disponível em:

<https://carliniecaniato.com.br/produtos-autor/marli-walker/>. Acesso em: 08 dezembro 2018.

WALKER, Marli. Águas de encantação./ Marli Walker. Sinop/Cáceres-MT: Editora Unemat: 2009.

 

[1] Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), especialização em Educação Especial e Inclusiva pela Facinter. Acadêmica da 6ª fase. do curso de Licenciatura Plena em Letras, pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT/Sinop).

 

[2] Formada em Pedagogia pela Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), especialização em Psicopedagogia Institucional pelo ICE- Instituto Cuiabano de Educação; Alfabetização e Educação Infantil pelo ICE- Instituto Cuiabano de Educação. Trabalho na Escola Municipal  Selvino Damian Preve na cidade de Santa Carmem-MT nos anos iniciais do Ensino Fundamental.


[3] Formada em Pedagogia pela Faculdade FAF (Faculdades de Alta Floresta), especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela AVEC (Associação Varzeagrandense de Ensino e Cultura). Formada em Direito pela FASIP ( Faculdades de Sinop). Trabalho na Escola Municipal  Selvino Damian Preve na cidade de Santa Carmem-MT nos anos iniciais do Ensino Fundamental.