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O LÚDICO COMO INSTRUMENTO DA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL I  DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE DIAMANTINO-MT - 2018


Eniedson Nunes Mendes1
Jurema Nunes Miranda2


RESUMO: O principal objetivo do presente trabalho é possibilitar reflexões e apontar a importância do ensino de Matemática através do lúdico no ensino fundamental, junto aos professores das Escolas Públicas Municipais de Diamantino MT. A Matemática é fundamental em nossas vidas e, se não trabalhada desde cedo de forma prazerosa, pode ocasionar aversão por parte dos alunos pela disciplina de matemática. Através das teorias pesquisadas, buscou-se compreensões sobre como o lúdico pode contribuir para o melhor desenvolvimento  dos conceitos matemáticos, e assim,  serão melhores preparados para os estudos futuros. O lúdico, para o aprendizado da Matemática, deve ser dirigido e com finalidades, desenvolvendo assim capacidades importantes como: a memorização, a imaginação, a noção de espaço, a percepção e a atenção. Para que se tenha consequências positivas o professor do ensino fundamental deve organizar os conteúdos bem como abusar  e da criatividade proporcionando o prazer em aprender a matemática e o raciocínio lógico dos alunos.

Palavras chave: Ensino fundamental; Lúdico, Ensino público, Matemática.

ABSTRACT: The main objective of this work is to make possible reflections and to point out the importance of teaching mathematics through play in elementary school, together with the teachers of the Municipal Public Schools of Diamantino - MT. Mathematics is fundamental in our lives and, if not worked at an early age in a pleasurable way, can cause students to learn mathematics. Through the researched theories, it was tried to guide that the students will develop better the mathematical concepts through the ludic, and in this way will be better prepared for the future studies. The ludic, for the learning of Mathematics, must be directed and with purposes, thus developing important capacities like: the memorization, the imagination, the notion of space, the perception and the attention. In order to have positive consequences, the elementary school teacher must be organized and use creativity to give students the pleasure to learn.

Key-words: Elementary education; Ludic, Public education, Mathematics.


1. INTRODUÇÃO

O Município de Diamantino, cuja origem remonta às primeiras décadas do século XVIII, foi fundado em 18 de setembro de 1728, localiza-se na região médio norte do Estado de Mato Grosso. No território diamantinense, a Serra dos Parecis separa as duas maiores vertentes fluviais do mundo a Bacia Amazônica e a Bacia do Prata.
O Município de Diamantino atraiu muitos investidores, principalmente da Região Sul, chegando a ser, na década de oitenta, um dos maiores produtores de soja do Estado de Mato Grosso.
A população diamantinense atinge, aproximadamente, 21.294 habitantes (IBGE – 2018). O município conta com quatorze Escolas Municipais (EMEI -“Carinha de Anjo” ;  EMEI -  “Criança Feliz” CEMEI - “Carmem Vieira Dias” ; EMEI -  “Vovó Celina” ; Escola Municipal “Brás Maimoni; -Escola Municipal “Castorina Sabo Mendes” ; Escola Municipal “Castro Alves”; Escola Municipal “Décio Furigo”; Escola Municipal “Elza Martins de Q. Oliveira”; Escola Municipal “Maria Euzébia Ferreira”; Escola Municipal “João Batista de Almeida” ; Escola Municipal “José Francisco Krolhing”;  Escola Municipal Maria Euzébia.) Os professores e alunos das escolas supra citadas , mais especificamente os professores  ensino fundamental são os protagonistas centrais do presente artigo, percebidos educandos e aprendizes da disciplina de matemática, para a aquisição do gosto pelo ensino da matemática.
É considerável o número de alunos que enfrentam problemas nas disciplinas da Matemática nas escolas municipais. Isso ocasiona uma aversão por parte dos alunos para essa disciplina considerada por eles traumáticas.
A Matemática faz-se presente em diversas atividades realizadas pelos alunos e oferece aos homens, em geral, várias situações que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Como professor da disciplina dematemática, tenho a convicção de que é o nosso ofício ensinar e estimular os alunos a resolverem problemas; e as situações de jogos (e a meu ver serve para todas e qualquer idade), representam uma boa situação problema, o que potencializa as capacidades para compreensão e explicação dos fatos e conceitos da Matemática.
O lúdico no ensino da matemática, no ensino fundamental, além de dinâmico, faz com que os alunos sintam maior prazer em aprender, pois eles se identificam bastante com as brincadeiras e jogos. O contato com a ludicidade faz com que os alunos participem ativamente das aulas. Basta lembrarmos que os professores de cursos preparatórios para vestibular sempre buscam metodologias com jogos para o ensino das exatas.
Em sala de aula onde o aluno estádesenvolvendo a capacidade de atenção, as brincadeiras auxiliam nesse processo, pois se sentem atraídos pela atividade voltada para o aprendizado de forma prazerosa.
Segundo Halaban et. al. (2006), as atividades lúdicas é de fato um método eficientede aprendizagem Haja vista que, durante muito tempo, a matemática foi transmitida de forma que os alunos passaram a ficar apreensivos, com receio da disciplina, e ainda hoje é visível este desânimo pela matemática por parte dos estudantes nas escolas municipais de Diamantino-MT.
Diante disso, várias pesquisas mostram que o lúdico nas diferentes situações, bem como durante as aulas de matemática alguns professores nem sempre estão dispostos a mudar sua metodologia. Para tanto, é precisodeixar de lado um método tradicional para seguir uma postura lúdica, incluindo os jogos e brincadeiras em suas aulas.
A utilização dos jogos, nas atividades pedagógicas de matemática auxilia a desenvolver o interesse de cada um tornando-os capazes de compreender com clareza as atividades e trabalhos aplicados na escola, deixando de existir diferenças entre alunos em relação ao aprendizado. Todos têm a capacidade de aprender, de uma maneira totalmente interessante com seus diferentes ritmos de aprendizagem.
Segundo Kishimoto (2000) o jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou brincadeira para gastar energia, pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo, social e moral.
Além de um bom aprendizado, o lúdico proporciona um ótimo relacionamento entre professor/aluno/aprendizagem, pois um depende do outro.
Vale ressaltar que tantos os alunos pequenos e adolescentes, devem deixar o espírito de competição, mas sim o prazer de descobrir e aprender.
A importância dos jogos no ensino da Matemática passa a serquestionado se realmente a aprendizagem ocorre de maneira mais prazerosa. Por isso, ao optar por trabalhar a Matemática por meio dos jogos, o professor pode levarem conta a importância da definição dos conteúdos e das habilidades presentes nas brincadeiras e o planejamento de sua ação com o objetivo de o jogo não se tornar mero lazer.
Portanto, os professores devem estar preparados para essa forma de ensino, tornando as aulas produtivas, com brincadeiras dirigidas.

A capacidade lúdica do professor é um processo que precisa ser pacientemente trabalhada. Ela não é imediatamente alcançada. O professor que, não gostando de brincar, esforça-se por fazê-lo, normalmente assume postura artificial facilmente identificada pelos alunos (KISHIMOTO, 2000, p. 122).

O lúdico é válido para uma boa aprendizagem da Matemática; os jogos contribuem para um trabalho de formação e atitudes, como enfrentar desafios, buscar soluções, desenvolver críticas, criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não for satisfatório.
A educação lúdica é uma ação essencial, a utilização das brincadeiras refletirá em todos os segmentos da vida, exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e codificação do meio.

2. A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE DIAMANTINO – MT

Um assunto muito discutido ultimamente entre os professores em horários de estudos no município de Diamantino são as atividades lúdicas e suas finalidades no Ensino Fundamental.
Como participante das horas de estudos nas Escolas municipais de Diamantino-MT: Escola Municipal “Brás Maimoni; Escola Municipal “Castro Alves” e Escola Municipal “Décio Furigo” averigüei que o estudante à busca e ao domínio de um conhecimento mais abstrato, quando mistura habilmente uma parcela de esforço e uma boa dose de brincadeira, transformam o aprendizado num jogo bem-sucedido.
O lúdico proporciona sensação de prazer e bem estar. Kishimoto (1994) afirma que o jogo é importante para o desenvolvimento infantil, porque propicia a descontração, a aquisição de regras, a expressão do imaginário e a apropriação do conhecimento.

Podemos dizer que o jogo serve como meio de exploração e invenção, reduz a consequência dos erros e dos fracassos dos alunos, permitindo quedesenvolvam sua iniciativa, sua autoconfiança, sua autonomia. No fundo, o jogo é uma atividade séria que não tem conseqüência frustrante (SMOLE, 1996, p. 138).

O aprendizado lúdico desenvolve a confiança, fazendo com que o aluno participe ativamente de cada atividade sem ter medo de errar.
Desta forma cria-se um ambiente para o trabalho em grupo, em que os alunos aprendem a compartilhar, dividir e ajudar o próximo em qualquer situação.
Essa experiência do trabalho em grupo e de forma lúdica vivenciada com os alunos pesquisados mostrou que o raciocínio lógico matemático pode ser desenvolvido de forma prazerosa e eficiente (confira fotos abaixo):

Os métodos de ensino da matemática com Ludicidade (jogos e brincadeiras), são socializadas entre os professores nas Horas de Estudos realizadas nas escolas semanalmente, o que vem substituindo consideravelmente a aversão da matemática pelos alunos, mostram-se entusiasmados a aprenderem e a jogarem desenvolvendo o raciocínio lógico matemático num clima adequado de problematizações e superações com satisfação.
Segundo Kishimoto (1994), o jogo estimula a exploração e a solução de problemas e, por ser livre de pressões cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções.
O jogo pode ser trabalhado individualmente, em duplas ou em grupos, mas deve ser algo em que crie um espaço de confiança e criatividade para ser desenvolvido de maneira agradável e espontânea.

Por essas características é que se pode afirmar que o jogo propicia situações que, podendo ser comparadas a problemas, exigem soluções vivas, originais, rápidas. Nesse processo, o planejamento, a busca por melhores jogadas e a utilização de conhecimentos adquiridos anteriormente propiciam a aquisição de novas idéias, novos conhecimentos [...] (SMOLE, 1996, p. 138).

Os jogos trazem situações de problemas onde cada indivíduo deve encontrar o caminho correto para chegar ao final, com isso, o conteúdo de matemática pode desenvolver diferentes estratégias a partir de cada desafio criado nos jogos.

2.1 O Brincar

O brincar nada mais é que fantasiar uma situação real, encenar, desempenhar o papel de alguém que tem desejo. Geralmente os indivíduos nas brincadeiras, costumam comportar-se como um poeta, enquanto cria seu próprio mundo, isto é, enquanto transpõem os elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e conveniente para si mesmo.
Sendo assim, todos nós podemosfugir da realidade a partir das brincadeiras e jogos. A imaginação é um processo psicológico que representa uma forma especificamente humana de atividade consciente, porém comumente não está presente na consciência decrianças ou jovens; tal imaginação surge primeiro em forma de jogo.
Mas, o que muitos não percebem é que é brincando que todos exploram uma variedade de experiência no decorrer de cada situação, no entanto as brincadeiras acontecem de acordo com a própria realidade, as vivencias de cada dia.
Para muitos fora do processo de educação, o brincar é simplesmente uma forma de descontração, sentindo-se livre para fazer o que quiser. Mas o brincar na escola tem o objetivo de proporcionar o desenvolvimento da aprendizagem.
Atualmente vários professores compreendem que a ludicidade se resume em brincadeiras que ajudam atrabalhar a coordenação motora, como o correr, pular arremessar. Contudo, a meu ver o que é necessário entender é que o brincar é um meio real de desenvolvimento a aprendizagem para toda vida. Mediante jogos e atividades lúdicas o indivíduopode aumentar e enriquecer a aprendizagem.
Na educação de maneira geral, seja na Educação infantil ou no Ensino fundamental, o brincar permite também que os professores aprendam a conhecer seus alunos e suas necessidades. Isso significa que os professores serão capazes de compreender as necessidades gerais e individuais dos alunos assim, todos terão uma aprendizagem mais dinâmica e prazerosa, criando um ambiente agradável para estimulação do raciocínio lógico, criatividade, imaginação, memorização, socialização e capacidade de estratégia.

2.2 O Jogo

É por meio de jogos que nós indivíduos podemos representar nossas vivências. È o momento quetransformamos o real de acordo com nossos desejos, no entanto, pode-se afirmar que tanto a criança quanto os adolescentes assimilam e também aprendem a partir do jogo.
Segundo Kishimoto (1998), as situações de jogo são consideradas como parte das atividades pedagógicas, porque são elementos estimuladores do desenvolvimento.
A palavra jogo possui diferentes formas de compreensão, contudo, o jogo nada mais é que uma atividade física ou mental que tem valor de formação mútua na relação social e na inter-relação entre os alunos, proporcionando o respeito, a solidariedade, a cooperação e o valor às regras.
No ensino, os jogos oportunizam conhecimentos, satisfazendo as necessidades da busca por aprendizagem. Assim como a poesia, os jogos tambémdespertam o imaginário, a memória dos tempos passados.
Diante disso, compreendo que cabe a nós professorespesquisar, criar e aplicar atividades com ludicidade (jogos), porém devem estar associados com os objetivos do ensino e da aprendizagem.

2.3 O Jogo e a Matemática

Não é preciso pesquisar a história da disciplina da matemática para detectarmos que muitos alunos não se interessam por ela, tornando assim o ensino da matemática como a disciplina odiada, o fantasma da escola.
Contudo, com o passar dos anos e considerando a grande aversão da disciplina da matemática pelos alunos, vários métodos foram sendo desenvolvidos.
Entretanto, se fez necessário a utilização dos jogos, os quais foram trazidos para a sala de aula, tornando o aprendizado de forma mais descontraída.

Foi mediante essa visão que o jogo torna-se conteúdo assumido, com a finalidade de desenvolver habilidades de resolução de problemas, possibilitando ao aluno a oportunidade de estabelecer planos de ação para atingir determinados objetivos [...] (KISHIMOTO, 2000, pp. 80 - 81).

Os jogos, no ensino da matemática, proporcionam a sensação de prazer e bem estar, devolvem o gosto pelos números, deixando o aluno livre para se expressar, não tendo medo de errar e expor as suas opiniões.
Pesquisas mostram que para ascrianças as atividades com jogos no ensino da matemática tornaram-se algo mais do que necessário para a aprendizagem, pois é jogando e brincando que todos irão se entender e compreender melhor. Assim, posso me estender um pouco mais á essa faixa etária, compreendendo que podem ainda se estender a todas as idades, seja na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, EJA: Educação de Jovens e adultos e muitos outros projetos governamentais direcionados para a aprendizagem.  O jogopode ser considerado como necessário material didático-pedagógico, pois são considerados por muitos pesquisadores educacionais como promotores de aprendizagem. A compreensão dos conteúdos dados ocorre de modo mais ágil e melhor, aprendendo também a estrutura matemática presente.
Uma das ações importantes nos jogos são as regras e cooperação que não devem ser esquecidas pelos professores, com isso devem ser apreendidos: horário de inicio/fim, respeitar a vez do outro, solucionar o problema na hora certa, trabalhar em equipe etc. Desse modo haverá sentido das coisas, fazendo os alunos a compreender o que pode e o que não pode, diferenciando o certo do errado.
Em suma, tanto oraciocínio lógico matemático dos alunos quanto os conceitos da matemática podem ser estimulados/construídos por meio os jogos.

3. O ENSINO DE MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE ACORDO COMOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS

Os PCN’s – Parâmetros curriculares Nacionais e qualquer orien­tação emanada do MEC não têm caráter obrigatório. São recomendações e assistên­cia técnica aos sistemas de ensino (Lei Diretrizes e Bases da Educação:  9394/1996 – LDB).
Os PCN’s não consti­tuem um currículo pronto para ser colocado em ação. Não são pontos de chegada e sim de partida para contribuir com as ações didáticos pedagógicas demodo eficiente.

Os parâmetros Curriculares Nacionais do ensino fundamental de matemática, nos é apresentada comoa Ciência dos modelos, “(...) uma forma de contemplar o mundo em que vivemos, tanto a nível físico, como biológico e sociológico, bem como o mundo oculto em nossas mentes e pensamentos” (DEVLIN, 2007. p. 01).

Sob essa perspectiva, o matemático examina padrões abstratos, sejam eles numéricos, de forma, de movimento, de comportamento, de transformação, de posição e a natureza abstrata dos padrões leva-os, às representações e às diferentes formas de des­crevê-los.
As diferentes e múltiplas linguagens da Matemática surgem e definem-se como soluções ligadas às necessidades do homem de resolver problemas derivadas tanto do seu desenvolvimento cultural e tecnológico, como de situações internas da própria Matemática. Podendo-se, entender que a Lógica, a Aritmética, a Álgebra, a Geometria, a Pro­babilidade e a Estatística, entre outras, com­põem o espectro das Matemáticas.
Para tanto, o professor da disciplina de matemática deve partir do quê, o como, o porquê ensinar a educação em Matemática valorizando o traba­lho coletivo, as discussões e as socializações do conteúdo apreendido.
Essas ações promovem a autoconfiança, estimulando o aluno a levantar hipóteses, argumentos e defesas das suas idéias. As habilidades de investigação e compre­ensão muito relacionadas ao ler permitem a identificação de informações em diferentes re­presentações que possibilitam a interpretação e a compreensão dos problemas. As habilidades envolvidas nas contextualizações sócio culturais estão relacio­nadas à resolução de problemas na medida em que as situações que geram os problemas devem ter significado para os alunos e, para que isto aconteça, devem estar impregnadas de alta relevância social e cultural.
Cabe ao professor em sala de aula garantir a aprendiza­gem de seus alunos bem como a sua forma­ção como cidadãos transformando a realidade que o cerca.
Portanto, se faz necessário que o professor seja capaz de administrar a sua sala de aula, no que diz respeito ao planejamento da ação pedagó­gica, à seleção do conteúdo, à escolha das situações de aprendizagem, à organização do espaço da sala, dos materiais, dos equi­pamentos e dos recursos a serem utilizados, no que refere às relações pessoais e interpes­soais, gerenciando os conflitos com soluções criativas e educativas, analisando os erros e encarando-os como aliados no ensino e na aprendizagem.
O papel do professor conforme as propostas de Matemática do Referencial Curricular é que na medida em que o aluno constrói seu conhecimento o professor tem como função organizar o ambiente e as situações de aprendizagem, é questionador, incentivador, facilitador, mediador e avaliador desse processo.
Os PCNs define o professor da educação matemática como organizador e mediador, diante disso, é preciso que o professor tenha sólidos conhecimen­tos tanto de Matemática, sua área de ensino, como das Ciências da Educação que envolvem tantos os conhecimentos da Pedago­gia, como da Psicologia, da Sociologia, da Antropologia e ainda conhecimentos gerais e do mundo em que vive. É preciso que ele conheça seus alunos, suas expectativas, suas condições socioculturais seus processos e suas competências cognitivas, suas formas e seus tempos de aprender.
Na experiência vivenciada em sala de aula pude constatar que o professor quando assume o papel de questionador, deve utilizar-se das estratégias comportamentais como as provocações, problematizações, e nunca oferecer respostas prontas aos seus alunos estimulando-as a buscá-las. Como incentivador é pre­ciso que ele goste de Matemática, que ele se encante ao resolver um problema ou ao estu­dar a sua história. Que tenha entusiasmo por aprender e por ensinar, buscando constante­mente, atualizar-se. É preciso que ele consi­dere que aprender Matemática é um direito de todos os seus alunos, que todos podem e devem aprendê-la e que, para isto, ele deve torná-la acessível.
É importante analisar o diagrama que indica os diferentes modos de pensar e os conceitos que estruturam a matemática (PCN’s de Matemática fundamental, 1998):











Fonte: PCN’s de Matemática fundamental (1998).

Os parâmetros curriculares nacionais (PCN, 1998), também dão ênfase à leitura, à discussão e à interpretação de textos, com o propósito de promover o domínio da linguagem, a com­preensão de ideias matemáticas, a interpre­tação de situações-problema e a familiari­dade com a linguagem e com o raciocínio lógico-matemático.
A leitura de textos e à exploração de situações-problema, o cálculo mental e as estimativas, visam ao desenvolvimento da capacidade de decidir sobre a razoabilidade dos resultados e aumentar a compreensão de procedimen­tos matemáticos adotados.
Com relação á algumas especificidades, como exemplo ás séries finais do ensino fundamental, não houve a preocupação de esgotar todos os estudos possíveis de serem realizados nesta etapa da escolaridade.
Ao final da etapa do Ensino fundamentalse faz necessário que o aluno tenha construído conhecimentos e desenvolvido seu pensamento lógico-matemático, tão necessá­rios para a construção dos seus conhecimentos, bem como para assumir o mundo do trabalho com autonomia e confiabilidade em si mesmo.

CONCLUSÃO

Enfim, os estudos para a realização do presente artigo permitiu compreender que por muito tempo, a matemática foi transmitida de forma mecanizada e que os alunos passaram a ficar apreensivos, com receio da disciplina.  Ainda hoje é visível este desânimo pela matemática por parte dos estudantes, ou seja, é preciso buscar novas estratégias de ensino com ludicidade.
O que levou a analisar o tema voltado para o lúdico no ensino da matemática nas Escolas Públicas Municipais de Diamantino foi o fato de ser professor da disciplina e querer reforçar ainda mais a importância de se trabalhar com atividades menos mecanizadas, maçantes e exaustivas.
As atividades lúdicas no ensino de matemática contribuem tanto para o professor quanto para o estudante.
Atualmente, o educador pode e deve utilizar o lúdico nas diferentes situações dentro da sala durante suas aulas de matemática, porém nem sempre vemos educadores dispostos a mudar sua metodologia, deixando de lado um método tradicional para seguir uma postura lúdica, incluindo os jogos e brincadeiras em suas aulas.
 Alguns professores, mesmo sabendo que o jogo no ensino de matemática pode ser utilizado como instrumento norteador e que facilita o processo de ensino e aprendizagem do aluno na disciplina em questão, muitas vezes faltam-lhes conhecimentos teóricos/práticos.
A minha experiência em sala de aula, mostrou que o lúdico beneficia de maneira positiva para o desenvolvimento intelectual e potencial dos estudantes onde compete ao professor intervir de forma adequada para que deixem de pensar a matemática como um fantasma.
A forma lúdica de aprendizagem, muito poderá contribuir para que o ensino da matemática tenha prepare cidadãos empreendedores, críticos, criativos e solidários, capazes de agir de forma consciente numa sociedade complexa, com competência para gerir sua vida financeira.
Por fim, conclui-se que é preciso que o professor da educação matemática abandone a visão reducionista de sua função, que substitua, o ato do que ensinar para o como ensinar, bem como ao por­quê ensinar em uma perspectiva sociocultural, com capacidade humana de articulação de significados coleti­vos em sistemas arbitrários de representação mediante o raciocínio lógico matemático.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEVLIN, Keith. Matemática: A ciência dos padrões. Porto, Portugal: Porto Editora, 2002.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais (1ª a 4ª série): matemática/Secretaria de Educação. Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF,1998.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: matemática / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF,1998.

HALABAN, Sérgio; ZATZ, André e ZATZ, Sílva. Brinca Comigo! Editora Marco Zero: 2006

KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação. 4ª Ed. São Paulo, Editora Cortez: 2000.

_________, Tizuco Morchida. O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 1998.


_________, Tizuco Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo, Cortez Editora: 1996.

SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil. A teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre, Editora Artes Médicas: 1996.