Buscar artigo ou registro:

PLANEJAMENTO COMO NORTEADOR PARA O PROFESSOR ALFABETIZADOR
Vianey Itajana Schwann

Planejar é o ato de organizar o tempo que se dispõe para uma atividade com sucesso, seja esta qual for e na instituição educacional não poderia ser diferente, mesmo porque, quando existem objetivos a serem alcançados é imprescindível que haja um roteiro a ser seguido ou, seja que as ações sejam planejadas. Muitos educadores, em especial os alfabetizadores, se veem diante de uma questão que os angustia, como: que direção e caminhos devem seguir? Tal preocupação será tratada neste Projeto de Pesquisa, tentando abrir novos horizontes em relação à atuação do educador, como este pode se organizar com o tempo e também como organizará o ambiente alfabetizador a qual o aluno estará inserido, as escolhas prévias das atividades e até mesmo o trabalho de avaliar, pois veremos a avaliação como um processo que fornecerá subsídios para o professor planejar bem as suas aulas. Trabalhar com projetos significa propor um conjunto de situações contextualizadas de ensino-aprendizagem que serão elaboradas num processo coletivo, envolvendo alunos e professores. Cada projeto tem a intenção de colocar os alunos em contato com práticas da língua oral e escrita, amparadas em propósitos sociais definidos, como interlocutores reais previamente determinados. Ler, escrever, falar e escutar ganha dimensão prática, com objetivo final. Dizendo de outra forma, o trabalho com projeto possibilita situações de produção em que os contextos diferem daqueles do cotidiano escolar. Durante a execução desde projeto proposto irei elaborar atividades que levara á um produto final, previamente conhecido, como relatório que será exposto em seminário, entre outros. Será a partir do que se pretende como produto final, que as etapas e as atividades serão planejadas. A finalidade de cada projeto será compartilhar entre alunos e professores, e este planejara situações de ensino-aprendizagem para apoiá-los no enfrentamento dos desafios que cada tarefa colocara. Transpor essas dificuldades significará o sucesso do empreendimento, e também a construção de novos conhecimentos. As atividades nas quais os alunos estarão envolvidos colocarão em jogo coAo criar na sala de aula diversas situações organizadas em forma de projeto, pretendemos fazer com que os alunos construam suas próprias estratégias de estudo e pesquisas, reflitam e indaguem sobre a atualidade e sobre a vida dentro da escola. Além disso, acredita-se estar estimulando o desenvolvimento de competências, essenciais como planejar, colaborar, dividir trabalhos, administrar o tempo, lidar com imprevistos e incertezas, dialogar, debater, argumentar, ouvir, comparar pontos de vista, construir individual e coletivamente o conhecimento do projeto. Assim o planejamento na alfabetização será abordado como algo que favorecerá a aprendizagem do aluno, pois sabemos que alfabetizar não é apenas decodificar códigos e sim inserir o aluno no mundo letrado onde este use a escrita e a leitura com a função social.
Enfim, o planejamento ajudará os educadores na interpretação das respostas dos alunos e ainda na programação de situações que favoreçam a aprendizagem da leitura e da escrita.

Palavras chaves: Planejamento, norteador, alfabetizador

INTRODUÇÃO

Pensar e agir é uma marca de todos nós seres humanos. Afinal, foi pensando e agindo que chegamos ao nosso complexo mundo de hoje. Durante toda a história, mulheres e homens criaram, aprenderam e transformaram o mundo tendo em mente alcançar determinados sonhos ou resultados. Na instituição educacional vimos refletir tudo isso, ou seja, é pensando e agindo que os resultados vão surgindo e os objetivos vão sendo alcançados.
Ao pensarmos em educação, surge uma preocupação em como os profissionais fazem uso do planejamento, como eles veem a importância desta ferramenta e também em que o planejamento contribui na prática docente. Todas essas questões serão esclarecidas neste estudo sendo que o uso do planejamento pelos professores será investigado de modo que possamos apresentar resultados positivos em função do ato de planejar.
Muitos educadores, em especial os alfabetizadores se veem diante de uma angustia em relação a que caminhos seguir. Tal preocupação será tratada de modo a abrir novos horizontes para os professores e também como este organizará o ambiente alfabetizador no qual o aluno está inserido.
Porém, ao falarmos em instituição educacional, há que se pensar que as ações não podem acontecer ao acaso, mas sim devem partir de situações planejadas e registradas devendo sempre ter uma meta a ser atingida. Considerando que ainda hoje existem educadores que agem sem ter clareza do que esperam alcançar e assim contribuem para o fracasso escolar dos educadores e consequentemente de todo o sistema educacional, podemos concluir que o planejamento se torna imprescindível nas ações educacionais que espera colher bons resultados. Planejar é sintetizar a atividade em que se protejam fins e se estabelecem os meios para chegar até eles, implica fazer escolhas e para bem fazê-las é preciso conhecer a realidade para poder determinar aonde chegar e de que forma ir até lá.
Mas, antes de planejar é necessário descobrir onde estamos estabelecendo as bases que garantirão a construção do planejamento.
Chamamos esta prática que precede o planejamento de avaliação, assim, avaliação e planejamento caminham juntos, um bom planejamento depender de uma sondagem em relação à situação encontrada naquele momento. Podemos dizer que o sucesso na alfabetização dependera de ações bem planejadas, assim, a avaliação é o planejamento se unem á prática pedagógica numa relação continua, ou seja, o professor avalia para planejar, planeja para atuar junto aos alunos, para voltar a avaliar se os resultados foram satisfatórios dando continuidade á sua prática educacional.
O planejamento educacional é tratado como uma “Ferramenta” indispensável ao trabalho do professor na alfabetização dos seus alunos, ou seja, é com o planejamento bem feito que o professor tenha êxito e sucesso no processo de alfabetização de sua turma.
Pensando assim, o planejamento educacional dará condições para que o educador possa lidar e até mesmo aproveitar a heterogeneidade da sala de aula gerando uma aprendizagem significativa. Ainda neste trabalhado de pesquisa, realizaremos questionários para professores que atuam com as séries iniciais com o intuito de deixar claras as contribuições que o planejamento traz nas ações educativas, principalmente no trabalho com alfabetização, desde como estes professores planejam suas aulas até como organizam o material didático e a forma como explicam os conteúdos.
Levando em conta essa abordagem, é importante lembrar que muitos educadores ainda afirmam não sentir necessidade de fazer o planejamento por escrito, uma vez que dizem já terem tudo pronto na cabeça. Devemos parar e refletir. Como faço uso do planejamento em minhas aulas? Será que o planejamento é apenas o cumprimento de uma ação burocrática?
Provavelmente, planejamentos feitos com esse espírito não têm função no dia-a-dia da sala de aula. Enfim todo o processo de aprendizagem em especial no processo de alfabetização, exige uma preparação, organização e o educador precisam estar atentos para responder a várias questões ao elaborar o seu planejamento, como para quem ensinar o que ensinar, como pela aprendizagem do seu aluno.
Ao se deparar com determinadas situações, o ser humano percebe que necessita do planejamento para dar um rumo, abriu que pretende. Isso se torna possível à medida que ele toma consciência da necessidade e importância do ato de planejar. Este, por sua vez, é visto como um procedimento necessário para o enfrentamento das diversas situações do cotidiano.
Pelo fato de o planejamento ser um importante recurso para delimitar objetivos e traçar metas é que cada vez mais se busca refletir e investigar sobre o que é, para que serve e o que significa planejar, tanto no âmbito informal quanto no formal.
No âmbito informal, o planejamento refere-se ao que as pessoas fazem sem grandes esforços mentais: planeja-se para comer, descansar; enfim, decide-se o rumo a seguir. Tal planejamento pode ser idealizado em longo, curto e médio prazo.
Ressaltado de outra maneira, existe o planejamento com caráter formal, no qual a ideia de sistematizar os pensamentos e estudos é fortalecida. Geralmente, ele se torna mais exigente à medida que se precisam suprir determinadas necessidades ou alavancar novos métodos. No sentido de planejamento formal, tudo deve ser minimamente organizado, uma vez que isso favorece a efetivação de objetivos já delimitados.
No âmbito escolar, predomina o planejamento de caráter formal, já que ele permite a organização e sistematização das propostas de ensino. É por meio do planejamento que os profissionais envolvidos na escola pautam seus trabalhos. É importante que observem o que a realidade presenciada tem escancarada e percebam a necessidade da contextualização a ser compartilhada com o aluno, com o claro intento de provocar maiores e melhores condições de ensino e aprendizagem.
E assim refletir sobre seguintes procedimentos metodológicos: primeiramente, aprofundar-se nos estudos bibliográficos acerca do tema planejamento e posteriormente realizar uma análise comparativa dos resultados evidenciados fundamentando as conclusões.
Em termos conclusivos, reconhece-se o planejamento escolar como importante instrumento para a melhoria do processo educativo. No entanto, entende-se que o ato de planejar requer especial atenção da escola.

 

 

 

 

 

DESENVOLVIMENTO

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NA ALFABETIZAÇÃO

O processo de alfabetização na escola contemporânea é uma questão complexa, e, invariavelmente está relacionado com a maneira como o professor vê o mundo e com o modelo didático que utiliza. Em geral, quando se fala em planejamento, pensa-se imediatamente no processo de avaliação, tradicional, em que a escola assume papel autoritário, fechado, e o professor ensina e julga.
Para Jussara HOFFMAN (1984, p. 67).

A avaliação é uma das medições pela qual se encorajaria à reorganização do saber. Ação, movimento, provocação na tentativa de reciprocidade intelectual.
Entre os elementos da ação educativa. Professor e alunos buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as.

Dessa forma, pode-se observar que de acordo com HOFFMAN, o planejamento seria a reorganização do saber, para tanto, o professor alfabetizador analisa e reflete sobre o processo de construção de conhecimento do aluno e também como definira a sua prática docente a fim de reajustar suas intervenções sempre tendo como objetivo principal a aprendizagem, ou seja, avalia-se para planejar, para assim atuar de forma a favorecer as condições do aluno para aprender e do professor como mediador desta aprendizagem.
(1993, p. 26) coloca que:

Apesar de a escola estar admitindo, hoje, que a criança constrói um Conhecimento sobre a escrita e que essa construção é um processo que leva Tempo, a mesma escola continua avaliando a criança pelo produto da sua escrita, comparando-o quer a modelos estabelecidos pelo próprio professor, que aos produtos de outros colegas, igualmente tomados como modelares.

Com base nesse autor, podemos considerar que o olhar do educador para o ato de avaliar deve acontecer de forma responsável e consciente, levando em conta sempre as particularidades de cada aluno. Cada observação feita é uma nova avaliação que dará subsídios para o educador continuar com o seu planejamento, pois, o processo de aprender a demanda um acompanhar atento sobre o que vai acontecendo com os alunos. Compreender a avaliação da forma como está sendo colocada, mostrar que ela é o primeiro passo para o planejamento final do aproveitamento do aluno para, ao contrário, oferecer dados da realidade promovendo assim uma completa aprendizagem.
De acordo com GANDIN (1983, p. 55). “Planejar não é fazer alguma coisa antes de agir. Planejar é agir de um determinado modo para um determinado fim”.
Nessas condições, fica claro que é preciso o professor investigar e estar consciente do seu papel para então planejar suas aulas buscando solucionar os problemas encontrados no dia-a-dia da sua prática pedagógica e atingir os objetivos que foram traçados no planejamento. Desse modo, o aluno para conhecê-lo e, contribuir para o seu desenvolvimento global trazendo indícios para o professor quanto ao que se considera ainda necessário para tal aluno. Esta postura difere sem dúvida, da concepção de avaliação que objetiva o registro de dados quantitativos ou a busca de provas que comprovem a capacidade intelectual do aluno, servindo assim como instrumento para o professor repensar a sua prática contribuindo para uma posterior mudança da ação docente.
Num sentido amplo, planejamento é um processo que visa dar respostas a um problema, estabelecendo meios e fins que apontem para sua resolução de modo a atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro, mas considerando as condições do presente, as experiências do passado e os diferentes aspectos da realidade. Na instituição educacional e imprescindível que as ações docentes sejam realizadas sejam realizadas de acordo com um planejamento, mesmo para um professor experiente, é impossível entrar em uma sala de aula sem antes planejar a sua aula.
Para VASCONCELOS (1995, p. 34)

O planejamento deve ser visto como algo que requer horário, discussão, esquematização e certa formalidade. Agindo assim, tem-se uma garantia de que as aulas vão ganhar qualidade e eficiência, o professor fica mais seguro e logo percebe a diferença na aprendizagem e até na disciplina.

Com base no autor, é importante que todo professor tenha em mãos um plano de aula, ao entrar na sala de aula, isso lhe garantira sucesso, bons resultados na aprendizagem dos seus alunos principalmente quando se trata de uma sala de alfabetização, que é o caso do nosso estudo. Não faz sentido o professor dizer que já tem em mente o que irá trabalhar e que não precisa registrar por escrito, certamente, este professor irá se surpreender ao perceber que não consegue concluir o que propõe e que não está atingindo os objetivos de forma satisfatória com sua turma. Também há necessidade de se ter um planejamento anual, este, se refere a problemáticas, objetivos e estratégias de sentido amplo, alcançáveis em longo prazo.
De acordo com MAIRINK (1993, p. 12)

Toda intervenção que se proponha sobre uma situação deve estar baseada no conhecimento do mesmo tanto mais objetivo, específico e completo quanto possível. Desse conhecimento depende a própria validade da intervenção.

Dessa forma, pode-se observar que o planejamento anual deve ser pautado sob alguns critérios, ou seja, é preciso conhecer a realidade dos alunos e suas necessidades, identificarem o estágio de desenvolvimento do aluno principalmente em relação ás áreas pessoal, social e educacional. O planejamento anual, nessas condições estabelece o âmbito e o sentido geral da ação, tendo em vista a constante modificação de necessidades, inclusive face á própria atuação do professor, o planejamento anual deve caracterizar-se pela flexibilidade, também os objetivos precisam ser voltados para os alunos de forma a desenvolver atitudes, hábitos, percepções e habilidades no educando.
HOFFMAN (1994 p. 48) afirma que:

O plano de aula se articula com o planejamento anual que, por sua vez se baseia na proposta pedagógica que determina a atuação da escola na comunidade: linha educacional, objetivos, estratégias, etc. Portanto, o plano de aula se encontra na ponta de uma sequência de trabalhos. Esse encadeamento torna possível uma prática coerente e homogênea, além de bem fundamentada.

A respeito dessa opinião, entende-se que o trabalho pedagógico é constituído de várias ferramentas entre elas o planejamento anual a qual já abordamos e também o plano de aula que é de suma importância para o desenvolvimento do trabalho docente. É no plano de aula que o professor planejará suas ações a curto e médio prazo e ele pode variar de acordo com as prioridades do planejamento anual, os objetivos traçados e a resposta dos alunos para HOFFMAN o plano de aula está articulado ao planejamento anual, entende-se que com a ideia do todo fica mais fácil preparar o plano de aula que deve ter como itens indispensáveis do professor, o material que será utilizado e ainda o tempo previsto para cada etapa. Finalmente, é preciso verificar a eficiência da atividade avaliando a turma. Partindo do resultado da avaliação e que se fazem os ajustes no decorrer do processo de aprendizagem, como diagnosticar o que o aluno aprendeu ou em que nível de leitura e escrita ele se encontra. Infelizmente existem professores que trabalham na base do improviso ou transformam o livro didático em um plano de aula que provavelmente, feito com esse espírito não tem função no dia-a-dia, pois não correspondera a nenhuma necessidade apontada pela avaliação da realidade onde se desenvolve o trabalho educativo de alfabetização.
Ainda, segundo VASCONCELOS (1995, p. 64).

Planejar pede envolvimento sincero na elaboração, e por isso mesmo às diferentes posições vão se manifestar, gerando conflitos, as “neuroses”, os componentes de não-vida (desanimo, desesperança) também vão aparecer. É um trabalho exigente. Vai implicar investimento de tempo e, sobretudo, energias, crenças, valores, verdade, reflexão.

A partir desse levantamento, podemos identificar que muitas vezes o planejamento é deixado de lado pelo professor por vários motivos, muitas vezes sentem que estão submetidos a um ritual que não tem conseqüência na prática cotidiana, ou alegam que o plano não condiz com a realidade, ou ainda que faltem condições favoráveis para poder se desencadear um processo de planejamento significativo, então, questionamos por que há tanta descrença por parte dos educadores? Essas reflexões são necessárias para entendermos o verdadeiro significado de planejar, pois se o professor não vê objetivo em planejar, com certeza não se envolva significativamente nessa atividade. Através da reflexão crítica e coletiva, o educador buscará subsídios, procurando conhecer o funcionamento da prática pedagógica sua estrutura, sua essência, projetando assim um novo sentido da transformação, este se colocara como sujeito do processo educativo e o planejamento passa nesse enfoque a ser uma necessidade para p professor.
Planejar, no sentido autentico, é para o professor um caminho de elaboração teórica e de produção de teoria, ou seja, a teoria será uma orientação para a prática. Levando em conta que o planejamento é um instrumento teórico - metodológico que deve estar sempre atento à realidade, na nossa contingência de seres históricos e limitados precisamos de pontos de apoio e referência para nos movimentarmos, caminhando e trilhando novos caminhos.
Enfim, essa pesquisa nos leva a refletir sobre e a sua real função na ação pedagógica, estando diretamente ligado aos resultados finais desta ação, ou seja, se o planejamento estiver voltado para um ensino significativo, baseado na realidade daquela sala de aula em questão, com certeza a aplicação do mesmo fará com que os objetivos traçados pelo professor sejam alcançados e este se sinta realizado, assim, o planejamento vem ajudar na direção de um ensino critico criativo, participativo e duradouro.
O aprendizado da linguagem escrita envolve a elaboração de todo um sistema de representação simbólica da realidade.
De acordo com VYGOTSKI (1994, p. 131).

Os símbolos escritos funcionam como designações dos símbolos verbais. A compreensão da linguagem escrita é efetuada primeiramente, através da linguagem falada: No entanto, gradualmente essa via é reduzida, abreviada, e a linguagem falada desaparece como elo intermediário.

Diante desse contexto, é imprescindível que o planejamento das atividades na alfabetização leve em consideração o processo pelo qual a criança passa nesse período de aquisição da linguagem escrita, pois, só assim, o professor poderá criar situações de aprendizagem que sejam significativas, com isso os objetivos traçados no desenvolvimento do planejamento terão condições de ser alcançados com sucesso e até os objetivos que não forem alcançados poderão ser revestidos pelo professor se realmente estão de acordo com a capacidade de compreensão da linguagem que o aluno já adquiriu tanto na escola como na convivência com a família e o grupo social do qual está inserido.

 

 

 

CONCLUSÃO

O presente estudo teve por objetivo levar o professor alfabetizador a verificar aspectos do planejamento escolar com a necessidade de aprofundaram-se os estudos bibliográficos acerca do tema, realizar a análise comparativa dos dados vivenciados por ele mesmo. De forma conclusiva, pode-se afirmar que os professores planejam suas aulas, mas esses planejamentos ocorrem de diferentes maneiras. Alguns professores planejam porque acreditam na importância de planejar, outros em razão da necessidade de cumprir seu papel perante a escola. Pensar em estratégias de planejamento implica contribuir para que docentes e alunos possam fazer do ato de planejar um espaço para a formação humana, social e política. O planejamento é peça fundamental para o sucesso de qualquer ação, das mais simples às mais complexas, e constitui um importante instrumento à organização das ações referentes ao cotidiano do ser humano. No que diz respeito ao planejamento de caráter formal, quando designado à organização das ações que coordenam os espaços educativos, vários autores destacam a importância do planejamento escolar, haja vista que este é um recurso imprescindível à melhoria da qualidade educativa. No âmbito educativo, o planejamento tem o intento de fornecer meios específicos de apoio à organização das ações da escola e dos professores. O planejamento no contexto escolar precisa estar em conformidade às especificidades de cada realidade e permitir tanto a alunos quanto a professores e demais integrantes da escola a reflexão sobre o papel social a ser desempenhado. De acordo com os dados coletados nas diferentes escolas, seja de educação infantil, seja de anos iniciais do ensino fundamental, verificou-se que os professores, independentemente dos anos de profissão, consideram importante planejar, pois é uma maneira de fornecer sustentação teórica à prática de sala de aula. Ainda, de acordo com o estudo, afirma-se que a maioria dos professores, de fato, planeja suas aulas, alguns porque acreditam que seja realmente esse o caminho, outros, para cumprir suas obrigações perante a escola. Tendo em vista a importância do planejamento, é imprescindível pensar no desafio que a educação tem por vencer. Talvez esse grande desafio consista em conscientizar os professores a questionar, discutir e refletir. Planejamento escolar: uma análise da organização do processo educativo. Sobre como elaborar um planejamento exequível e em consonância à realidade da comunidade escolar que esteja realmente de acordo com as necessidades dos alunos.
REFERÊNCIAS

CASTRO, Patrícia Aparecida Pereira Penkal; TUCUNDUVA, Cristiane Costa; ARNS, Elaine Mandelli. A importância do planejamento das aulas para a organização do trabalho do professor em sua prática docente. Atena. Revista Científica de Educação, v. 10, n. 10, jan./jun. 2008.

DALMÁS, Ângelo. Planejamento participativo na escola. 14. Ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

GANDIN, Danilo. Planejamento Como Prático Educativa. São Paulo: Loyola, 1983.

HOFFMAN, Jussara. Avaliação: mito e desafio - Educação e realidade. Porto Alegre: Mediação, 1984.

LIBÂNEO, João Carlos. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. Ed. Goiânia: Alternativa, 2001.

MAYRINK - SABINSON, M. L. T. A produção da escrita e sua avaliação. Leitura: teoria e prática. Campinas: IEL/UNICAMP, 1993.

MENEGOLLA, Maximiliano; SANTANA, Ilza Martins. Por que planejar? Como planejar currículo – área – aula. 13. Ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

PARO Vitor Henrique. Gestão democrática na escola pública. 3. Ed. São Paulo: Ática, 2008.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino - Aprendizagem e Projeto Político Pedagógico. São Paulo: Loyola, 1995.
VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção coletiva. In: ______. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. 8. Ed. Campinas: Papirus, 1999.

VIGOTSKY, L. S. Linguagem e Pensamento. São Paulo: Martins Fontes, 1989
 Professora da Rede Pública, formada na UNEMAT em Pedagogia, Pós-graduada em Psicopedagogia, Educação Infantil e séries Iniciais pelas Faculdades Integradas de Várzea Grande/MT.