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OS DESAFIOS PARA INTEGRAR ALUNOS COM ESPECTRO AUTISTA


Angélica Barp
Bruna Caroline Eva da Silva Adam
Carla Arce de Deus
Joarlene Maria da Silva



RESUMO
O presente artigo teve como tema: Os desafios para integrar alunos com espectro autista? Este tema surgiu para saber sobre os desafios que o professor enfrenta em sala de aula e na escola se fala de necessidades especiais, principalmente sobre os desafios em que os professores enfrentam para integrar alunos com espectro autista, depara-se com problemas que é a inclusão. Esta questão do autismo apresenta ainda muitas dificuldades e controvérsias. O objetivo deste artigo consiste em relatar as principais dificuldades encontradas pelos professores do ensino fundamental, observando quais são estes desafios de que tanto se teme em sala de aula. A metodologia adotada foi com base na pesquisa bibliográfica, vídeos, leituras de artigos, tomando por base a investigação de vários autores, dentre eles KANNER (1943) ARAUJO; NETO, (2014) e outros. A prioridade de se realizar um balanço da literatura sobre alunos com espectro autista, para que haja sucesso no processo da integração dos alunos e professores, é preciso uma parceria entre pais e professores. Considera também que aluno com espectro autista está sendo prejudicado a sua socialização com as pessoas na escola.

PALAVRAS-CHAVE: Transtorno do Espectro autista. Educação Especial. Desafios. Educadores.

ABSTRAT
This article has as its theme: The challenges to integrate students with autism spectrum disorders? This theme arose to know about the challenges that the teacher faces in the classroom and in the school is spoken of special needs, mainly on the challenges that the teachers face to integrate students with autistic spectrum, is faced with problems that is the inclusion. This issue of autism still presents many difficulties and controversies. The objective of this article is to report the main difficulties encountered by elementary school teachers, observing what these challenges are so much feared in the classroom. The methodology adopted was based on the bibliographical research, videos, readings of articles, based on the research of several authors, among them KANNER (1943) ARAUJO; NET, (2014) and others. The priority of taking stock of the literature on students with autism spectrum, so that there is success in the process of integration of students and teachers, it is necessary a partnership between parents and teachers. It also considers that students with autistic spectrum are undermining their socialization with people in school.

KEYWORDS: Autism Spectrum Disorder. Special education. Challenges. Educators.

1 INTRODUÇÃO

Desde quando a criança nasce ela tem a necessidade de se comunicar, pois ela se comunica desde o útero de sua mãe, sendo este um simples gesto, sendo que as crianças especiais possuem uma maneira especial de se comunicar uma com a outra elas se interagem de seu modo. Partindo deste pressuposto e a necessidade de se aperfeiçoar mais em conhecimentos sobre o transtorno espectro autistas, para que os professores possam ter como fazer as interferências com estas crianças especiais.
A temática aborda os desafios que os professores enfrentam para integrar os alunos com espectro autista. O objetivo deste artigo consiste em analisar as dificuldades encontradas pelos professores da educação infantil, observando quais são estes desafios de que tanto se teme em sala de aula.
A metodologia adotada foi com base na pesquisa bibliográfica, vídeos, leituras de artigos, tomando por base a investigação de vários autores, dentre eles KANNER (1943), (ARAUJO; NETO, 2014) e outros. A prioridade de se realizar um balanço da literatura sobre alunos autista, para que haja sucesso no processo da integração dos alunos e professores, é preciso uma parceria entre pais e professores.
Considera também que alunos com espectro autista precisa da interação social na escola e comunicação, para que o mesmo possa fazer suas atividades de seu interesse juntamente com o professor e colegas. Estes alunos com TEA eles aprendem de diversas formas e agem de formas diferenciadas do seu ser e agir, com respostas diferentes. No decorrer do trabalho, serão enumeradas algumas maneiras que foram revistas nas literaturas abordadas sobre vantagens proporcionadas pela Música e com o Lúdico, para que os professores possam trabalhar com as crianças autistas ao nível da socialização/Interação, Psicomotricidade e Comunicação.


2 ALUNOS COM ESPECTRO AUTISTA E SUAS CARACTERÍSTICAS

TEA (Transtorno Espectro Autista) é considerada ainda como doença, dando-se a compreensão da especificidade como um transtorno que se manifesta na infância e prossegue na vida adulta. Esse transtorno se caracteriza pela presença de um desenvolvimento acentuadamente prejudicado na interação social e comunicação, além de um repertório marcantemente restrito de atividades e interesses. (ARAUJO; NETO, 2014, p. 70).

 

Dentro desta ótica, Bleuler em 1911 foi o primeiro a usar esta palavra “AUTISMO”, porque este pesquisador percebeu que estas crianças tinha uma perda de contato com a realidade, e não conseguiam de comunicar, elas viviam num mundo dentro de si mesmo, dai vem à palavra “AUTO”, para si próprias autismo.
Em 1943 o Kanner foi o primeiro pesquisador que publicou artigo descrevendo crianças com este tipo de comportamento que o Bleurer já tinha descrito a 30 anos atrás, no ano seguinte Asperger publicou autor mostrando casos de crianças com autismo mas com a inteligência normal, que apresentavam uma certa desenvoltura cognitiva e faziam uma atividade específicas.
E hoje com tantas pesquisas dos anos 70 para cá, estas pesquisas ficaram mais extensas e definidas, hoje se sabe que é um distúrbio complexo, subdesenvolvimento, que tem causas múltiplas e se apresentam em graus variáveis.


2.1 AUTISMO: Diagnóstico e Abordagem Multidisciplinar

Ainda a nossa sociedade não conseguiu criar mecanismos eficazes de intervenção e de acomodação e inclusão destas crianças, então é preciso conhecer muito do que se chamamos de Transtorno espectro autista é extremamente importante para todos os profissionais que lidam com crianças, para quem lida com aprendizagem e lida com intervenção na área biológica.
O autismo é extremamente complexo, porque requer uma analise básica sobre o transtorno em cada criança, em cada contexto, em cada família, em cada situação específica, em cada idade, cada autista é de um jeito. Existem muitas crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento, esta tem dificuldades de socialização, atraso de linguagem e comunicação especialmente em comunicação social, comportamentos agressivos, comportamentos difíceis, não respeitam regras e rotinas, são crianças difíceis que tem um comprometimento ou não intelectual.

Os professores ainda possuem “[...] concepções caricaturadas sobre a síndrome do autismo”, prejudicando o processo de inclusão escolar do indivíduo com TEA, quadro que perpetua a exclusão. Segundo a autora, as instituições escolares possuem diversos déficits, como carências de rede de apoio e desconhecimento das estratégias efetivas de ensino voltadas para a educação especial. Além de aumentar a ansiedade em lidar com o educando, tais aspectos influenciam as práticas pedagógicas empregadas e diminuem as expectativas dos docentes no que diz respeito à educabilidade de seus educandos (NUNES 2012, p. 289).


O autismo é um tipo de transtorno que está dentro do grupo do Transtorno Globais do Desenvolvimento, então o que é autismo, ele não tem cara, não tem coração, ele é uma forma comportamental, é assim que se percebe que a criança é autista, requer observação, é muito comum ser autista, ele pode estar em todas as síndromes, e pode ter autistas que não apresenta nenhum tipo de síndrome, são crianças que não tem nenhum tipo de anomalia. Existem muitos profissionais da saúde que só fazem exames e diagnósticos se a criança estiver alguns traços de alguma síndrome física, e isso não é verdade o autismo é comportamento, então precisa observar o comportamento da criança.
Estas crianças autistas ela tem dificuldade de interação social, esta criança tem dificuldade de entender e compreender situações de comunicação e de interação comunicativa e também dificuldade de expressar de se fazer entender das mais diversas formas de comunicação.
Esta criança apresenta alguns padrões de comportamentos inadequados, atividades, interesses restritos e estereotipados, são movimentos, formas de fazer as coisas repetitivas e sem finalidade social, isso define o autismo.

O autismo se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. Embora o transtorne seja incurável e demora em serem reconhecidos, estes neurônios não são estimulados na hora certa e a criança perde a chance de aprender. (SANTOS 2011, p. 47)


As leituras mostram que enquanto nos Estados Unidos os diagnósticos são feito antes dos três anos de idade, no Brasil este transtorne é só identificado quando a criança tem de cinco a sete anos, este atraso agrava as deficiências do autismo, e traz mais sofrimentos para as famílias.

2.2 EDUCAÇÃO: Os Desafios dos Educadores e o que eles precisam saber.

Estes desafios que os educadores enfrentam em sala de aula, é natural pois precisam primeiramente entender sobre o Transtorno do Espectro Autista, sabendo que algumas crianças se apresentam leves traços e outras já muitos traços.
Para os educadores a inclusão de crianças autistas nas escolas ainda é uma novidade, é uma incógnita os professores ainda não sabem como lidar com o autista. A formação de um professor ela não contempla especificamente o ensino com as pessoas com autismo, a inclusão é possível para tudo que tipo de deficiência, a partir disso a escola talvez precise de auxilio, de terapeuta, se formar melhor sobre as deficiências, para saber como ensinar e avaliar esta criança.
O autismo é tipo de um distúrbio é um transtorno de desenvolvimento que acontece precocemente na infância, ele é caracterizado por um comprometimento principalmente em três áreas, a interação social, ela terá dificuldade de interagir, com a mãe, pai, os colegas, com o meio.
A criança além da dificuldade de interação social, ela tem dificuldade na comunicação varia desde uma comunicação não verbal a criança não fala eventualmente ou uma comunicação repetitiva, além da comunicação social e interação social, ela também apresenta um comportamento são mais repetitivo, eles tem dificuldade de mudança de rotina.
Mas cabe ressaltar o que Chiote (2013, p. 21) aponta:

Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola regular, em uma sala regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens significativas, investindo em suas potencialidades, constituindo, assim, o sujeito como um ser que aprende, pensa, sente, participa de um grupo social e se desenvolve com ele e a partir dele, com toda sua singularidade.


O professor precisa ter método para trabalhar com a criança autista para ter um melhor aprendizado, pode usar o “Método Teaech” que organiza o espaço e organizam as atividades, ele precisa do “Pecs” que é a comunicação por troca de figuras, e viabiliza com que ele fale com pessoas, uma vez que o espaço esteja estruturado, a atividade está organizada, o aluno terá sucesso, de fazer e realizar as atividades, consequentemente ele vai muito bem dentro da educação dentro da sala de ensino regular. Sabe-se que nem toda a escola de ensino regular da conta de oferecer por questão de verbas, equipamentos e a estrutura que irá precisar para trabalhar com este aluno.
Hoje o aluno já tem garantias de leis que tramitou em 2012, esta lei garante o acesso destes alunos dentro da escola com todas estas ferramentas. Aqui em Sorriso-MT tem o CEMAIS que oferece para os professores cursos de especialização para todos os tipos de deficiências, assim os professores podem se informar sobre suas dificuldades que encontram em sala de aula, tendo assim um auxilio maior para trabalhar com este aluno.
O professor precisa saber que o Transtorno Espectro Autismo, ele ainda é um desafio para a Ciência, as causas ainda são mal conhecidas, sabe-se que a genética tem um papel importante, os métodos de diagnósticos disponíveis hoje permite identificar um número maior de casos, nas leituras que se fez para enriquecer este artigo diz que para cada 100 crianças existe 1 caso de autismo. Professores se perguntam e tem a curiosidade sobre acriança autista, o que se passa na cabeça da criança autista, porque são tão diferentes, porque algumas não aprendem em falar outras desenvolver habilidades geniais, para orientar os profissionais da educação não medem esforços para incluir estas crianças autistas.

O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de educando com transtorno do espectro autista, ou qualquer outro tipo de deficiência, será punido com multa de 03 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos. § 1º Em caso de reincidência, apurada por processo administrativo, Educação, Batatais, v. 5, n. 2, p. 191-212, 2015 assegurado o contraditório e a ampla defesa, haverá a perda do cargo (BRASIL, 2012, p. 3).

O professor que trabalha com este aluno autista ele precisa saber que este aluno não é tão negativo, precisa descobrir o que é de bonito dentro de cada um, o que eles podem fazer, muitas vezes são obcecados por desenhos na TV, vê centenas de vezes o mesmo desenho, eles geralmente tem dificuldade em sentir emoções, expressões faciais das pessoas, eles levam tudo ao pé da letra.
Estes alunos não sentem dor quando se machucam ou calor e frio, a criança com autismo ela foge do contato visual, não gosta de olhar nos olhos das pessoas, o autismo pode existir dificuldades de interpretar figuras.
A criança autista leve ela é totalmente sistemática ela tem a mania de organização, ela sabe realmente o que quer, ela sabe as cores,


CONCLUSÃO

A partir disso, conclui-se que a vivência em sala de aula com os alunos autistas proporciona resultados significativos para ambos, um trabalho feito com o lúdico para a ampliação das atividades com o indivíduo autista em relação ao outro, tanto física como escrita, quando se proporciona à vê algo novo, a diminuição do isolamento a partir do desenvolvimento da interação através dos diversos processos lúdicos e outros canais de comunicação: o olhar, o toque e a escuta, com possibilidades de reinserção social; uma elevação da afetividade estabelecendo relações vinculares positivas e a ressignificação de comportamentos inadequados canalizados ao fazer os jogos, as atividades, ouvir uma música serena, e com isso vai se sentir incluso em todos os momentos.
Quanto ao processo de inclusão podemos afirmar que as escolas, independente da clientela atendida, estão incluindo todos os alunos independentes da sua deficiência, pois todos tem o mesmo direito e isso é garantido pela constituição. Por isso é de suma importância que as escolas possam organizar o seu espaço para atender esses alunos de acordo com a necessidade dos mesmos e que as diferenças existentes em nossos alunos especiais devam ser respeitadas.
Portanto, entendemos que a inclusão se efetiva a partir da matrícula de todos os alunos, independente da sua raça, cor, classe social ou até mesmo deficiência.
Desta forma, a escola precisa ser um espaço educacional a ser usufruído por todos. Os alunos devem usufruir de todos os ambientes, pois desta forma que estejam adaptados de acordo com suas necessidades. Deste modo, a política da inclusão defende que o sistema educacional regular deve atender a diversidade existente em nossa sociedade e, por isso, toda comunidade escolar precisa se unir para que de fato a inclusão ocorra dentro de seus espaços educacionais.

 
REFERÊNCIAS


ARAUJO, Á. C.; LOTUFO NETO, F. A nova classificação americana para os transtornos mentais: o DSM-5, Rev. bras. ter. comport. cogn. São Paulo, v. 16, n. 1, abr. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2015.

BRASIL/MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Lei n.9394,de 23 de dezembro de 1996. Lei que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, 2012, Brasília, DF.

CHIOTE, F. A. B. Inclusão da criança com autismo na educação infantil: trabalhando a mediação pedagógica. Rio de Janeiro: Wak, 2013.

NUNES, D. R. P. Autismo e inclusão: entre realidade e mito. In: MENDES, E. G.; ALMEIDA M. A. Dimensões pedagógicas nas práticas de inclusão escolar. Marília: ABPEE, 2012. p. 279-292.

SANTOS, S. D. G. Auto confrontação e o processo de inclusão: (re)vendo a atividade docente na educação superior. Dissertação (Mestrado em Educação Brasileira) – Universidade Federal de Alagoas (UFA). 133f. Maceió, 2011.