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MUSCULAÇÃO PARA ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN E O AUMENTO DA RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA
Vandressa Zatta
Lucas Gonçalves de Oliveira Alves
Solange de Oliveira Moura

RESUMO

As crianças com Síndrome de Down possuem algumas características, de acordo com sua deficiência, têm como uma delas o atraso no desenvolvimento global, que se manifesta também na aquisição da linguagem. O desenvolvimento da fala, bem como de todo o processo de comunicação, dependendo de vários fatores orgânicos, ambientais e psicológicos, que estão presente desde os primeiros dias de vida. O desenvolvimento da criança com Síndrome de Down ocorre em um ritmo mais lento que o das crianças normais. O bebê, devido á hipotonia, é mais quieto, tem dificuldade para sugar, engolir, sustentar a cabeça e os membros. A hipotonia, com os cuidados terapêuticos necessários, tem um prognóstico muito positivo. A musculação tem um papel importante já que ajuda a melhorar o condicionamento físico, o aumento da hipertrofia conforme são desenvolvidos os exercícios podendo assim propiciar o crescimento da resistência muscular localizada. A metodologia da pesquisa é bibliográfica explorando livros e artigos


Palavra chave: Sindrome de Down, musculo, resistência muscular.

 

 

 

INTRODUÇÃO

É a Síndrome genética mais conhecida, sendo responsável por 15 % dos portadores de atraso mental que frequentam instituições. O nome surgiu a partir da descrição de John Langdon Down, médico inglês que descreveu, em 1866,pela primeira vez, as características de uma criança com está Síndrome. A Síndrome de Down também pode ser chamada de Trissonomia do 21 e as pessoas que a possuem, são denominados de trissômicos. Frequentemente , é chamada de mongolismo ,todavia esse termo é incorreto , e revela uma série de preconceitos. As pessoas com Síndrome de Down apresentam 47 cromossomos em cada célula, em vez de 46, como as demais.
Essa Síndrome é uma anomalia genética e não possui cura, nem vacina, e remédios comprovados que evitem ou melhorem o desenvolvimento da mesma. É muito fácil identificar um portador, logo na gestação, ao nascer e após seu crescimento, os médicos com o uso de muitas tecnologias através de exames podem detectar alterações e já fornecer a informação aos pais de que terá um filho portador.
Segundo Luiz Carlos de Moreira (2009) as características físicas são as mais presente no portador e são vistas como:
• Os olhos apresentam- se com pálpebras estreitas e levemente oblíquas, com prega de pele no canto interno (prega epicântica)
• A íris, frequentemente, apresenta pequenas manchas brancas (Manchas de Brusfield)
• A cabeça, geralmente, é menor e a parte posterior levemente achatada. A moleira pode ser maior e demorar mais para se fechar.
• A boca é pequena e muitas vezes se mantém aberta, com a língua projetada para fora.
• As mãos são curtas e largas e, as vezes nas palmas das mãos há uma única linha transversal, de lado a lado em vez de duas.
• A musculatura, de maneira geral, é mais flácida (hipotonia muscular).
• As orelhas são geralmente pequenas e de implantação baixa. O conduto auditivo é estreito.
• Os dedos dos pés, comumente, são curtos e na maioria das crianças há espaço grande entre o dedão e o segundo dedo. Muitos tem pés chato.
A Síndrome de Down é caracterizada por uma combinação de diferenças na estrutura corporal, e na capacidade mental, que afetam o crescimento e desenvolvimento da pessoa com essa deficiência, deficiência essa que ocorre em qualquer classe econômica, não se escolhe e sim aceita-se. Como essa Síndrome é um problema genético pode estar em qualquer grupo social, seja ele de poder aquisitivo alto ou baixo. Existem famílias que lidam com isso com naturalidade, mostrando a sociedade que podem viver felizes com cada avanço que o portador proporciona e não escondem do mundo aqui fora.
Ficou constatado que as chances do acidente genético acontecer aumentam em mães com mais de 35 anos, pais com mais de 55, ou um dos dois independentemente da idade, tenham um defeito genético não manifestado podendo ser herdado para o filho, isso é uma exceção, nem todos os filhos podem herdar, já presente na gestação não á como mudar essa concepção, e inevitável, a criança vai nascer com Síndrome de Down.
Algumas dificuldades ocorrem principalmente por que a imaturidade nervosa e não mielinização das fibras pode dificultar funções mentais como: habilidade para usar conceitos abstratos, memória, percepção geral, habilidades que incluam imaginação, relações espaciais, esquema corporal, habilidade no raciocínio, estocagem do material aprendido e transferência na aprendizagem.
O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idênticas condições genéticas, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 246).
Segundo a pesquisa da revista VEJA (março 2000, p.172), nós dá uma ótima notícia, que é o aumento da expectativa de vida dos portadores de Síndrome de Down :
• Na década de 1920 era de 10 anos.
• Na década de 1950 era de 15 anos.
• Na década de 1970 era de 30 anos.
• Hoje é de 60 anos.
A partir da década de 60 até os anos 80 vários termos foram utilizados para se tentar evidenciar a diversidade são eles: indivíduos “ defeituosos”, “deficientes” ou “excepcionais”. Na época a sociedade passou a não focalizar o que as pessoas não conseguiam fazer. No final da década de 80 até o inicio da de 90 o termo foi utilizado foi “pessoa portadoras de deficiências o que passou a se constituir como um valor agregado a pessoa. Diante dessa realidade substituiu-se o ter deficiência por “necessidades”, mais esse também foi eliminado. Hoje o termo utilizado é “pessoas com deficiência” o que contribuiu para o aumento na autonomia da tomada de decisões e o aumento das responsabilidades no sentido de favorecer a inclusão.
No Brasil, as primeiras referências relacionadas á inclusão da Educação Física na escola datam somente no século XIX, tendo sido implantada inicialmente nas escolas do município da corte, por meio da reforma Couro Ferraz, em 185,1. Naquela mesma década, levando o nome de Ginástica, a Educação Física passou a ser disciplina obrigatória no primária, e a dança, no secundário.
No passado, a sociedade frequentemente colocou obstáculos à integração das pessoas deficientes. Receios, medos, superstições, frustrações, exclusões, separações estão lamentavelmente presentes desde os tempos da antiga Grécia, em Esparta, onde essas pessoas eram jogadas do alto de montanhas, ou em Atenas, onde elas eram abandonadas nas florestas.
Inquisição das pessoas com deficiência, pois eram consideradas como possuídas pelo demônio.
No séc. XIX e princípio do séc. XX a esterilização foi usada como método para evitar a reprodução desses "seres imperfeitos". O nazismo promoveu a aniquilação pura e simples das pessoas com deficiência, porque não correspondiam à "pureza" da raça ariana.
Na sociedade grega aparecem modelos que atravessam o século e influenciaram pessoas e instituições no que diz respeito aos indivíduos considerados diferentes. Na medida em que os gregos espartanos se dedicavam predominante á guerra, á valorização da beleza, da estética, da perfeição do corpo, a criança que, ao nascer, apresentasse qualquer manifestação fora do ideal estabelecido era eliminada. (BIANCHETTI 1998).
Essa Síndrome como qualquer outra possui mitos e verdades que podem dar influência para a decadência, da preocupação com certas deficiências. Citando – se assim os mitos comparados com a realidade :
O Mitos –
Um dos objetivos do mito é transmitir conhecimento e explicar fatos que a ciência ainda não havia aplicado. A maneira de colocar em ação o mito e é através dos ritos em cerimônias, danças, sacrifícios e orações. É utilizada também em referência as crenças comuns que não tem fundamento objetivo ou cientifico.
• São deficientes mentais por isso não aprendem;
• Morrem cedo, logo no início de vida adulta;
• Engordam com facilidade;
• Começam a falar e andar tardiamente devido a sua hipotonia generalizada;
• São doentes mentais;
• Tal síndrome acomete apenas a etnia branca;
• Todos os portadores da síndrome são iguais.

A Realidade –
A realidade pode ser um ajuste do comum, o que pensa, maneira de agir, são concepções que podem ser mudadas ou não.
Da significado á tudo aquilo que existe,tem um sentido mais livre, termo incluir tudo o que é seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela ciência.
• Revelam inteligência, sensibilidade, capacidade de aprendizagem desde que estimuladas precocemente;
• Tem o mesmo tempo de vida que puderem de acordo com o tratamento recebido;
• Verdade. Como qualquer pessoa NÃO educada para se alimentar;
• Estimulados, começam a andar entre 15 meses a 2 anos e a falar entre 18 a 36 meses, se não houver problemas paralelos.
• Não são doentes mentais, são pessoas que devido a erro genético apresentam deficiência mental “moderada”;
• A Síndrome de Down pode se apresentar em qualquer etnia
É um erro achar que todos os portadores da síndrome são iguais. Na realidade revelam uma individualidade ímpar.
Podem e devem praticar exercícios físicos supervisionados por profissionais qualificados;
• Agir normalmente as falar com portadores da Síndrome de Down;
• Apenas 34% dos casos apresentam problemas cardíacos;

Segundo Aguiar (2001, apud SHIMAZAKI , 2002.p.5) “princípio da normalização consiste em proporcionar ás pessoas especiais, as mesmas condições e oportunidade sociais, educacionais e profissionais, assim como para qualquer outra pessoas, bem como o respeito que deve existir para com as diferenças de qualquer pessoa, respeitando-se a individualidade de cada um.”
É importante que o profissional que trabalhe na área de Educação Especial com pessoas portadoras de Síndrome de Down, que conheça bem como ocorre, e como poder identificá-los. Deixar claro para eles que essa síndrome não existe diferentes graus, ou seja, cada um nasce e tem as mesmas características, claro que se durante o crescimento dessa criança da sociedade, e de alguns lugares de trabalhem com eles derem a devida oportunidade e o aparato para seu maior desenvolvimento vai terá uma maior recompensa. Esses portadores se desenvolvem de maneira bastante semelhante com uma criança normal, porém com um ritmo um pouco mais lento.
Precisamos saber que as os portadores precisam e podem realizar atividades físicas, pois é onde da um suporte para a melhora da qualidade de vida, e ajuda na prevenção de doenças. Essas nas mesmas devem ter um certo cuidado na hora que sua aplicação, respeitando sempre suas limitações e características físicas e mentais.
A musculação tem muitos benefícios para o aluno portador da Síndrome de Down inserido dentro de uma academia, promove a estimulação da sua parte óssea e muscular, ajuda a haver uma melhora gradativa no seu condicionamento físico e aumento da hipertrofia vem através de exercícios específicos e delimitando o uso da carga, intensidade e volume para qual para aluno consiga manter-se com um bom desempenho dentro da musculação.

METODOLOGIA
A referente pesquisa é bibliográfica explorando livros e artigos, baseado no estudo do artigo Musculação para um aluno com Síndrome de Dow e o aumento da resistência muscular localizada, participou desta amostra um aluno com dezesseis anos de idade, do sexo masculino com Síndrome de Down trissonomia.
Foi realizado um período de adaptação, pois o aluno era sedentário e não possuía afinidade com as atividades físicas que seriam desenvolvidas, este mesmo período teve duração de três semanas, onde foram feitas atividades leves como caminhada de meia hora.

 

EXERCICIOS

 


RESULTADOS
Baseando na pesquisa conduzida para o aluno portador da Síndrome de Down, pode notar de houve um alteração nas medidas pré e pós treinamento de toda a musculatura trabalhada. No treinamento da resistência muscular foi priorizada pela importância da prática da musculação onde pode-se obter a ajuda no melhorando do condicionamento muscular, e também a melhora do seus tônus muscular. Segundo os resultados desse estudo pode obter mudanças esplêndidas do desenvolvimento atlético do participante.

 

Observando a aplicação da tabela 1, o referente estudo, já existente pode constatar com relação ao índice de massa magra: músculo teve um aumento de 52,31% no pré -treino e já no pós treino 52,52%, apesar do pequeno aumento o que dificulta o trabalho de hipertrofia é as características da hipotonia que o portador domina.

 


CONCLUSÃO
Segundo o estudo deste artigo pode se concluir que o programa de musculação desenvolvido para o aluno portador da Síndrome de Down, pode haver um aumento da resistência muscular e no condicionamento físico, dos grupos musculares envolvidos.
As alterações também podem ser vistas nas medidas antropométricas: peso corporal, dobra cutânea sub-escapular, circunferência do tórax, circunferência da cintura, circunferência do ante braço direito, circunferência do quadril, massa magra, peso: gordura, peso muscular, peso residual, excesso de peso, peso ideal e IMC.
Observamos que o treino envolvendo carga para esses portadores proporciona o ganho no desempenho físico, o que é uma possibilidade favorável para a melhora de sua qualidade de vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, T. F. V. Procedimentos didáticos metodológicos utilizados pelos professores da APAE no processo de alfabetização dos alunos portadores de deficiência mental moderada. Dissertação de mestrado em educação. Universidade Federal de Uberlândia, não publicada concluída em 28/03/2002.
JUNIOR,C.TONELLO,M. GORLA, J. CALEGARI,D. Musculação para aluno com Síndrome de Down e o aumento da resistência muscular localizada. Revita Digital - Buenos Aires 2007. Disponível em: <http://www.efdesportes.com
LUIZ, F. M. R; DE BORTOLI, P,S; FLORIA-SANTOS, M; NASCIMENTO, L.C;. A inclusão da criança com Síndrome de Down na rede regular de ensino: desafios e possibilidades. Marília, 2008. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbee/v14n3/v14n3a11.pdf >Acesso em 20 de Setembro de 2012

SCHWARTZAN, J. S. Síndrome de Down.São Paulo; Mackenzie,1999. Disponível em
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/spdslx07.htm>Acessado em 24 de Agosto de 2012.