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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DURANTE O PROCESSO PEDAGÓGICO.
CARVALHO, Gislaine de Oliveira¹.
OLIVEIRA, Marilene Moreira de².
ROSA, Rosemeire Lima³.

RESUMO

Neste artigo, foi realizada a pesquisa sobre a importância das brincadeiras na educação infantil, durante o seu processo pedagógico, contribuindo assim para o desenvolvimento da criança como método de aprendizagem utilizado além das práticas escolares. Partindo do pressuposto da relação entre a ludicidade e aprendizagem como prática social baseada em jogos e brincadeiras. Sendo assim, foi estudada também a cultura do conceito de infância e brincadeiras, chegando aos dias atuais onde ressalta também os métodos pedagógicos utilizados perante diferentes períodos. Por fim, este mesmo apresenta fundamentos sobre os desenvolvimentos e a aprendizagem infantil, voltados para a utilização dos jogos e brincadeiras como ferramentas metodológicas usadas no processo de construção do conhecimento. Portanto, destaco como objetivo geral, o que eu refleti e analisei da importância do brincar na educação infantil, onde a relevância dos benefícios como forma de aprendizado atingiu o desenvolvimento dos processos psíquicos, afetivos, moral e intelectual dos educandos, encontrando assim o seu lugar no contexto educacional.

Palavras-Chave: Ludicidade. Educação infantil. Desenvolvimento.

1 INTRODUÇÃO

As brincadeiras desde os primórdios da existência veem se constituindo como uma atividade que desenvolveu o raciocínio dos seres humanos, contribuindo, portanto para novas descobertas e sensações. A escolha do tema visa demonstrar à valorização da aprendizagem através do lúdico, possibilitando ao educador incentivar brincadeiras onde o objetivo é estimular o desenvolvimento cognitivo e motor da criança, enfatizando a interação na educação infantil. 1
A escola torna-se interativa potencializando o crescimento natural da criança utilizando jogos e brincadeiras, onde a mesma possa propiciar condições agradáveis para que o aluno da educação infantil tenha a oportunidade de aprender de forma agradável através da brincadeira. A ludicidade deve acrescentar ações que transmita segurança para a criança com o intuito de aumentar o interesse por novos desafios. A criança ao brincar renova seus conceitos quando se depara com situações adversas eminentes ao seu dia a dia. O educador com suas habilidades e práticas de ensino precisa criar ambientes lúdicos para beneficiar o crescimento da criança em todos os níveis de ensino da mesma. Os objetivos deste apresentam como aprimorar a aprendizagem da criança na área da educação fundamentando a sua coordenação motora, e formação dos seus movimentos físicos e emocional. Ressalta a ação de uma criança quando está envolvida em um ambiente lúdico e seguro, compreendendo que a relação dela deve ser formada com uma estrutura sólida. As especificidades deste é identificar a importância da socialização na educação infantil, analisando as oportunidades de ampliar a prática pedagógica do educador relevando o processo de ensino aprendizagem por meio da ludicidade, estimulando à relação de amizade e simplicidade existente com o professor - aluno, esses propósitos auxilia o educador a ter avanços na educação do aluno na fase da educação infantil. A ludicidade por sua vez define a necessidade de utilizar os recursos lúdicos para alcançar os objetivos propostos pela educação, viabilizando a aproximação do educador com o aluno. Assim, Friedmann (1996, p.66); Conclui que: "A afetividade é uma constante no processo de construção do conhecimento e, é ela que na verdade irá influenciar o caminho da criança na escolha de seus objetivos". Exponho como objetivos refletir e analisar a fundo a importância do brincar na educação infantil frente ao desenvolvimento em geral do educando, através de fundamentos teóricos, expondo as pesquisas dentre as relevâncias da ludicidade como instrumento de benefícios no desenvolvimento infantil, para o âmbito escolar. Partindo do pressuposto, de uma visão pedagógica as brincadeiras como forma de atividade humana tem grande relevância na infância, encontrando assim, seu lugar no processo educativo. Sua utilização promove o desenvolvimento dos processos psíquicos, afetivos, moral, intelectual dos movimentos, acarretando o conhecimento do próprio corpo, da linguagem e da narrativa levando a aprendizagem de conteúdos específicos nas diversas situações do seu cotidiano, durante toda a sua vida, tornando um sujeito autônomo e crítico. Estes estudos possibilitaram assim, a construção de uma visão mais abrangente sobre a criança como sujeito que se desenvolve, se expressa, se relaciona e aprende através de jogos e brincadeiras, levando o professor a se tornar um futuro pesquisador dentro de um processo contínuo de estudos e pesquisas onde se faz a sua formação continuada. Enfatizando que as teorias e práticas estão sempre sendo renovadas, respeitando o caráter natural do desenvolvimento do educando.
2. A FUNÇÃO LÚDICA NAS BRINCADEIRAS
O brincar na educação infantil é importante para o desenvolvimento da criança refletindo em seu crescimento. O brinquedo possibilita que a criança melhore o seu conhecimento em geral e desenvolva seu pensamento crítico, social e emocional. Para o educador a ludicidade funciona como auxílio no seu trabalho contribuindo na formação que se espera ao trabalhar com crianças, a brincadeira atua como importância do prazer na hora de ensinar e aprender. Piaget ressalta que a inteligência, aprendizagem e a construção do conhecimento estão relacionadas. Portanto, as brincadeiras são características distintas para alcançar melhores resultados nas salas de aulas evidenciando os propósitos do lúdico na educação infantil. A escola ao proporcionar um campo lúdico em seu espaço produz oportunidades para criança desenvolver a sua imaginação, dessa forma a brincadeira e a imaginação da criança vão além do que a realidade apresenta expressando diversos sentimentos no processo do seu crescimento. A criança aprende aproveitar seu tempo sem desperdiçar sua infância, sendo criança sem pular fases. A criança precisa brincar para formar o seu conhecimento lógico, o jogo e a brincadeira predominam nessa formação. A criança que brinca junto com outras manifesta a afetividade e enriquece o seu campo imaginário, ou seja, o brincar é muito bom para a educação infantil. As brincadeiras de outras épocas estão presentes na vida das crianças, com diferentes formas de brincar, porque hoje, nós temos vários espaços geográficos e culturais. Mas que relação pode-se fazer do brincar com o desenvolvimento, a aprendizagem, a cultura e como incorporar a brincadeira em nossa prática? O brincar é natural na vida das crianças. É algo que faz parte de seu cotidiano e se define como espontâneo, sem intencionalidade inicial e prazerosa, que se desenvolve de acordo com a imaginação de cada uma delas. São elementos da cultura e, ao serem valorizados e empregados como métodos pedagógicos, podem contribuir para o desenvolvimento integral do educando. As brincadeiras são universais, já estão na história da humanidade ao longo dos tempos, fazem parte da cultura de um país, de um povo independente de sua classe social, raça ou cor. Portanto, vários estudos comprovaram que o desenvolvimento infantil é um processo que depende do que cada criança foi. De suas experiências anteriores, do ambiente em que vive e de suas relações com esse ambiente escolar. Todos esses fatores são interligados, e deles dependem o ritmo e a forma como acontece o desenvolvimento da criança. Parte do princípio de que o professor é somente um mediador entre a criança e a cultura lúdica, e a sua intervenção se fez essencial para que os educandos ampliem e diversifiquem os conhecimentos que já possuem. E para a construção de um bom resultado o educador necessita conhecer as forças que impulsionam o desenvolvimento psíquico, multilateral e completo de cada criança. Nesta perspectiva, devemos considerar o brinquedo um fator de extrema relevância no desenvolvimento infantil.

Segundo RODRIGUES (1976), apud Santos (1995, p. 10)
A função dos jogos e dos brinquedos não se limita ao mundo das emoções e da sensibilidade, ela aparece ativa também no domínio da inteligência e cooperam, em linhas decisivas, para a evolução do pensamento e de todas as funções mentais superiores. Assume também uma função social, e esse fato faz com que as atividades lúdicas entravassem sua importância para além do indivíduo.

A evolução do conhecimento na educação infantil sobressai durante a formação do processo histórico da criança. O educador ao proporcionar discussões sobre as práticas pedagógicas fundamenta os conceitos destinados às crianças formulando a compreensão, sobre este conjunto onde determinam a relação entre família e escola. Conforme Vygostsky (1984) conclui que; “o brinquedo, fornece a estrutura básica para as mudanças das necessidades e da consciência”.
Segundo, o que diz os estudos de Santos (1997, p. 14) ele definiu esta questão:
A formação lúdica se assenta em pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora.

Brincar é coisa séria. Isso envolve uma atitude por parte do adulto, seja ela nos momentos planejados ou livres, ou, seja ela durante a atuação pedagógica voltada à aprendizagem de modo significativa. John Dewey, pedagogo e filósofo norte-americano (1859-1952), entendia a educação como parte do desenvolvimento natural do ser humano. Ele assinalava que o jogo “faz o ambiente natural da criança, ao passo que as referencias abstratas e remotas não correspondem ao interesse da criança”, e que “a escola deve representar a vida presente, uma vida tão real e vital para a criança como a que vive em sua casa, na vizinhança ou no campo de jogo” (Dewey 1940, p.22). O exercício de brincar para a criança fortalece na mesma a autoconfiança e a flexibilidade ao desenvolver a sua própria autonomia, a respeito disso, destaca a preocupação em que a instituição escolar coloca diante da necessidade do brincar na escola. Toda essa preocupação estabelece a fragilidade do relacionamento entre escola e sociedade. A finalidade da família na educação é contribuir para o crescimento da criança estimulando a brincadeira dentro de casa, uma leitura ou uma roda com os pais eleva a imaginação da criança, pois desperta nela curiosidade espontânea de compreender a sua formação integral. Essa interpretação faz com que se torne mais afetiva e coerente às ações de uma criança, sendo assim o lúdico favorece as ações da criança organizando o seu ambiente. Vários autores, como: Kishimoto (2008) tem trazido à tona uma discussão de que os jogos educativos surgiram na Roma e na Grécia antigas, quando havia a produção de doces em formas de letras destinados ao aprendizado das letras. Mas, esse fundamento vai de encontro a Ariés (1981, p.77) onde argumentou que "a prática de unir os jogos aos primeiros estudos justifica o nome "ludus" atribuído às escolas de instrução elementar, semelhante aos locais destinados à prática de exercícios de fortalecimento do corpo e do espírito desta época". Dessa forma, brincando sem estar exercendo funções adultas, a criança elabora sentimentos, fantasias, angústias e medos, aprendendo assim, a se relacionar com o mundo e a se apropriar da história do grupo social do qual faz parte e consequentemente da história da sociedade. Pois, crianças de diferentes contextos sociais e históricos operam com essa linguagem (brincadeiras e brinquedos) em sua compreensão de mundo. Onde podemos notar o caráter e a dimensão universal que tem a linguagem. Considerando, porém as condições de educação na compreensão do desenvolvimento da criança ela evolui, conforme usou a sua imaginação quando em processo de interação com outras crianças, levando em conta as regras de uma situação imaginária que aparece no período da idade pré-escolar e se desenvolve até o final de sua vida dentro do contexto escolar. Assim, se torna relevante que a busca na aprendizagem por meio da ludicidade entre as brincadeiras e jogos, se diferenciam apenas pela predominância de seus termos. Enquanto que, durante a brincadeira a criança usa um processo maior de imaginação, sem muita interação com seus colegas, nos jogos por sua vez há a predominância da regra, fazendo com que o educando tenha uma visão mais abrangente, interagindo com os outros participantes dentro de um contexto lúdico. Do ponto de vista nas pesquisas, ao permitir à ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras. Neste contexto, ele pode assumir o papel de mediador, intervindo para conduzir o pensamento dos educandos à consecução dos objetivos a serem alcançados, sendo que nesta prática o aluno participa para brincar; e o professor teve os seus objetivos claros a ponto de não perder de vista o processo da mediação. Ao movimentar o seu corpo a criança inventa brincadeiras e, assim, constitui o seu eu, conhece as sua limitações, aprendem a respeitar através das regras, o respeito ao próximo, se interagem, aprendem a usar o seu raciocínio e estabelece o seu potencial, é capaz de traçar estratégias onde quanto maior for à qualidade do brincar maior será o seu desenvolvimento cognitivo, intelectual e social, difundindo assim os seus valores. Vale ressaltar que a educação infantil, obteve um grande incentivo com o estabelecimento, pela Constituição Brasileira, do direito à educação a partir do nascimento. A LDBEN construiu uma nova concepção de educação infantil, definindo sua finalidade, conforme o Art. 29, que define: "O desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, em complemento à ação da família e da comunidade". Toda criança que brinca se desenvolve criativamente. O lúdico na educação infantil deve ser abordado como uma formação dialética onde a criança possa observar e transformar o mundo ao seu redor estimulando seu campo imaginário. O beneficio do brincar qualifica o sentido da educação.
Dessa forma, podemos observar que Winnicott (1976, apud MALUF; ANGELA, 2003, p 21)
Quando brincamos exercitamos nossas potencialidades, provocamos o funcionamento do pensamento, adquirimos conhecimento sem interesse ou medo desenvolvendo sociabilidades, cultivando a sensibilidade, nos desenvolverá intelectualmente e emocionalmente. Assim também ocorre com as crianças; elas mostram que são dotadas de criatividades, imaginação e inteligência. Desenvolvem capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, concentração e outras habilidades psicomotoras.

Sendo a infância o momento de brincar, movimentar-se, correr, pular, subir, descer, relacionar-se, etc. Por essa razão, o professor evita a inatividade e proporciona momentos em que as crianças puderam descobrir suas limitações e potencialidades, utilizando o corpo como forma de socialização. Estando em contato com o próprio corpo e percebendo que cada “pedacinho” dele tem a sua importância, ajudando a criança construir a sua autoimagem corporal, e nesse sentido, as atividades acontecem dentro e fora da sala, permitindo assim que todos os espaços da escola sejam aproveitados. Cabe ainda enfatizar de que quando a criança está se movimentando, existe todo um processo de ações mentais ocorrendo ao mesmo tempo em que ela rege todo o seu circuito motor. Como sabemos que temos necessidades referentes à organização dos espaços de trabalho dentro das instituições de educação infantil, podemos criar estratégias coletivas de trabalho que favoreçam o desenvolvimento dos educandos, podendo-se trabalhar com espaços para o faz – de - conta como: Papelaria, casinha, castelos, escritórios, salão de beleza entre outros; Já nos espaços para expressão gráfica, ofereceremos as crianças diferentes suportes como: Tinta, lápis, caneta coloridas, giz, usamos também materiais para recorte, colagem e modelagem. Os ambientes de leitura com vários suportes textuais, livros de literatura infantil, revistas, enciclopédias, panfletos e muito mais. Nos ambientes de jogos utilizamos recursos variados como quebra-cabeça, baralho, jogo da memória e jogo de percurso. Assim os educando serão instigados a fazer suas escolhas de parceiros para brincar, e onde tem mais afinidades para usar a sua autonomia, possibilitando ao professor a organização de espaços ao mesmo tempo em que as crianças aprendem e interagem, gerenciando assim as suas próprias brincadeiras tendo como princípio o seu aprendizado e respeito ao próximo, ao mesmo momento em que elas se apropriam dos espaços no contexto de forma exploratória, ficando a critério do educador o tempo destinado a cada brincadeira, conforme é a rotina diária, juntamente com o planejamento pedagógico em consonância com sua intencionalidade curricular. O brincar propicia o trabalho com diferentes linguagens, o que facilita a significação de conceitos elaborados pelo adulto para os educandos, e o entendimento do jogo como recurso pedagógico passa pela noção de que, se a escola tem objetivo a atingir e o aluno busca a construção de seu conhecimento, qualquer atividade dirigida e orientada visa a um resultado e possui finalidades, como parte de sua formação exercida pelo suporte da educação, para que possam entender sobre os espaços das brincadeiras e suas finalidades mediante o desenvolvimento de seus saberes, seus conhecimentos e sua compreensão de mundo. Assim, o brincar como forma de linguagem precisa resgatar a corporeidade e o autoconhecimento com a exploração de movimentos e espaços; precisa encontrar tempo para explorar objetos com texturas simples e naturais, para criar. Possibilitar uma prática voltada à construção da identidade corporal, afetiva, motora e social, não significa, porém, não identificar as condições atuais nas quais a criança está inserida, como a tecnologia e seus recursos, que envolvem a emancipação das necessidades cotidianas de alimentação, sono, atividades físicas, lazer, mas de perceber a contemporaneidade desses recursos em constante diálogo com o passado. Com base nas reflexões e estudos, sobre as concepções de desenvolvimento e as relações com as organizações dos espaços, as autoras apontam que;

Segundo (Carvalho apud Rubiano, 1994, p. 117)
A criança participa ativamente em seu desenvolvimento através de suas relações com o ambiente, especialmente pelas suas interações com os adultos e demais crianças (coetâneas e mais velhas), dentro de um contexto sócio- histórico específico. Ela explora, descobre e inicia ações em seu ambiente, selecionando parceiros, objetos, equipamentos e áreas para a realização de atividades, mudando o ambiente através de seus comportamentos. Entretanto, por outro lado, é necessário salientar que os comportamentos infantis são influenciados pelo ambiente fornecido pelos adultos de acordo com seus objetivos pessoais, construídos com base em suas expectativas culturais relativas aos comportamentos e desenvolvimentos infantis.

A criança brinca e formula seu conhecimento determinando assim seu desenvolvimento. Na escola é necessário vivenciar determinados padrões de brincadeiras lúdicas para melhorar a formação da criança.
Nesta perspectiva Rau (2011, apud MOYLES, 2002, p. 142) destaca;
O desenvolvimento ativo das crianças nos aspectos motores e cognitivos; Planejamento elaborado com base em um currículo amplo, equilibrado e diferenciado; O brincar como uma prática que possibilite a resolução de problemas; Aprendizagem de conteúdos de forma crítica e reflexiva de maneira que proporcione aos educando atitudes de cooperação, respeito à diversidade e a concentração.


Sobretudo, o professor deve sistematizar toda a sua prática pedagógica para qualificar o processo de construção de conhecimento dos seus alunos. Assim, o lúdico pode se tornar uma recompensa do desenvolvimento da aula. O professor deve solicitar os recursos necessários para seu o planejamento de aula com o objetivo de motivar as crianças a participar das atividades propostas. Organizando bem as suas aulas as crianças irão ter mais autonomia e facilidade em interagir com o jogo ou a brincadeira, tendo na ludicidade uma ferramenta necessária para o professor na educação infantil, pois ela derruba barreiras que se podem encontrar no decorrer da educação. As crianças são dispersas quando estão desocupadas, por isso o jogo a brincadeira e o brinquedo direcionam as atividades ocupando o tempo da criança, transpondo o seu crescimento. O mundo da criança precisa ser explorado e a ludicidade permite que isso aconteça já que é um recurso que viabiliza a imaginação da criança. O universo da criança baseia-se nas referências que as rodeia, o professor por sua vez deve contribuir e interagir dentro desse universo com o objetivo de formar o olhar da criança para uma alfabetização prazerosa. O recurso da ludicidade permite que a criança atinja os interesses mais ocultos da sua imaginação, valoriza a criatividade dela e amplia a sua determinação, brincando ela reafirma a sua autoconfiança, quando bem estimulada ativa sua sensibilidade vigorando suas emoções interagindo melhor com os colegas, e na medida em que a criança brinca conceitua sua visualização e assimilação sensória- motora, possibilitando assim a afetividade, criatividade e a psicomotricidade, pois a curiosidade de criar pode surgir com a utilização do lúdico, para a mesma conquistar o novo ou o desconhecido, é necessário frisar que a brincadeira pode se transformar em um desafio bastante considerável para o desenvolvimento intelectual da criança na educação infantil. Sendo assim, a segurança da criança se torna ainda maior na hora de desenvolver seu intelecto e suas habilidades psicomotoras.

2.1 SEM MEDO DE BRINCAR
A escola define a autonomia para criança despertar a valorização do conhecimento teórico e prático, abrangendo a família na ação inicial da criança, contribuindo para formação do respeito, comportamento social e moral. A educação física e a ludicidade em conjunto amplia o desenvolvimento da criança e a sua participação dentro do contexto, auxiliando com as atividades propostas que a escola desenvolve. Ajuda na coordenação motora do aluno e adapta o mesmo aos movimentos fundamentais para a utilização da ludicidade na educação infantil, justificando a vida social da criança. Quando a criança joga reflete na mesma a socialização, cognição e a motivação.
Miranda (2013, p. 72) afirma que:
A motivação é uma condição que influência no comportamento da criança, conduz a ação, por isso motivação/ação, ou melhor, motivo + ação. O motivo determina a ação, o jogo promove o envolvimento nas atividades propostas pelo professor, injetando alegria, ânimo, entusiasmos e criatividade.

A criança para crescer tem que se trabalhar com ela mentalmente, a ludicidade permite essa realidade. Ainda com Miranda (2013, p. 75) ”o jogo motiva porque propõe situações que provocam a curiosidade das crianças, levando-as a questionar e a questionarem-se, a construir e reconstruir o conhecimento”.
Para Ide (1996, p. 96 apud Miranda (2013, p. 75)
As crianças ficam mais motivadas a usar a inteligência, pois querem jogar bem; sendo assim, esforçam-se para superar obstáculos, tanto cognitivos quanto emocionais. Estando mais motivados durante o jogo, ficam também mais ativas mentalmente.

A escola precisa ser vista como uma dinâmica renovadora onde constantemente auxilia o aluno em sua prática educativa, perfazendo o lúdico como meio que relaciona o aprendizado da criança já que a mesma é receptora ativa de informações. As crianças são ativas e elétricas uma denominação importantíssima de ser trabalhada. Uma associação da ludicidade escolar com essa denominação pode potencializar e caracterizar a educação infantil. A brincadeira na educação é uma diversidade cultural onde evidencia o aspecto de competição da criança, contudo o jogo é uma questão que o professor tem que dimensionar adequadamente como um processo de evolução do aluno, enfim, o educador pode proporcionar melhores resultados quando a ludicidade for bem planejada. Nos dias de hoje as crianças se desenvolvem mais rapidamente e muitas já vivem a realidade dos adultos muito cedo, construindo conceitos menos infantis, a criança precisa ser criança. O lúdico beneficia o desenvolvimento da criança como um eixo de cooperação que estimula a amizade entre elas. Porém, com o avanço da tecnologia podemos observar que o educando de hoje vem assumindo um comportamento bastante relativo e moderno, esquecendo-se das brincadeiras que permite a sincronização e compartilhamento entre si. Ao refletirmos que as tecnologias apresentadas hoje influenciam nos conceitos das crianças, o professor precisa apresentar novas ideias com o intuito de interligar a ludicidade com esses meios. Os dias atuais oferecem muitos brinquedos eletrônicos, como computadores, vídeo game e muitos outros, trazendo para a educação infantil a necessidade de a escola adequar-se para trabalhar com essas novidades. O brinquedo eletrônico pode tanto ajudar no desenvolvimento da criança como limitar sua imaginação. O professor por sua vez precisa instigar a criança para a oportunidade de novos desafios, onde os brinquedos eletrônicos são necessários, mas precisa ser diversificados, pois são diversas as possibilidades de brincadeiras que auxiliam no crescimento da criança. A ludicidade auxilia no movimento corporal e estrutural da criança, ajudando a formar a sua concepção mental e participação social, aproxima a fantasia da realidade. A ludicidade pode alcançar estágios relevantes para a criança na hora da brincadeira, pois cria oportunidades de movimentar-se, assim como determina a brincadeira, a mesma constitui uma alta confiança em explorar seus movimentos corporais de tal forma que tudo que a criança irá desenvolver se tornará mais divertido. Pesquisar sobre a ludicidade é necessário para se destacar a importância de utilizá-lo para a vivência escolar, relacionando esse assunto, ressalto a importância da filosofia do Aprender para Fazer, uma relação que contextualiza a experiência profissional do professor. A brincadeira, portanto é conceituada como uma fonte segura do saber fazer, sendo assim a ludicidade na educação infantil demonstra a sua prática como um tratamento complexo as condições de ensino da criança. Portanto, destacamos que os cuidados ao desenvolver as brincadeiras no ambiente escolar ajudam a organizar uma rotina na escola, para melhor trabalhar os conceitos metodológicos que são propostos a alcançar, auxiliando nas resoluções dos problemas da instituição escolar ao longo do ano. Essas constatações que validam a importância do porque brincar na educação infantil, fundamentando o consenso que o jogo, o brinquedo e a brincadeira são recursos pedagógico indispensável para o crescimento da criança. A perspectiva da ludicidade na escola é vista como um exercício de estimular o crescimento natural da criança com os propósitos de aumentar a longevidade da qualidade de ensino da mesma, essa importância evidencia as diretrizes do bom direcionamento das brincadeiras lúdicas, um suplemento importantíssimo para o desenvolvimento da sua criatividade. A educação infantil é a base do saber da criança, nesta fase ela inicia a sua formação de conhecimento educacional, um grande educador compreende essa necessidade como um desafio que enriquece a sua bagagem pedagógica. Pois proporcionar uma educação de qualidade para os seus alunos é uma virtude do seu trabalho.
Conforme Miranda (2013, p. 23 apud CHATEAU, 1987, p.14)
(...) suponhamos que, de repente, nossas crianças parem de brincar, que os pátios de nossas escolas fiquem silenciosos, que não tivéssemos mais perto de nós este mundo infantil que faz a nossa alegria e nosso tormento, mas um mundo triste de pigmeus desajeitados e silenciosos, sem inteligência e sem alma. Pigmeus que poderiam crescer, mas que conservariam por toda a sua existência a mentalidade de pigmeus, de seres primitivos. Pois é pelo jogo, pelo brinquedo, que crescem a alma e a inteligência. São pela tranquilidade, pelo silêncio - pelos quais os pais às vezes se alegram erroneamente – que se anunciam frequentemente no bebê as graves deficiências mentais. Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar.

O lúdico entre as suas particularidades é como um alvo que acerca a realidade escolar, onde didaticamente facilita as seleções de trabalhos que o educador deve apresentar no seu ambiente educacional. Por fim o lúdico é uma conjuntura de parcerias para alcançar os objetivos propostos para beneficiar a educação infantil. A educação infantil é o eixo principal para o crescimento da criança, como sendo uma função onde envolve as crianças e explora sua autoconfiança.

3 METODOLOGIA
Este artigo descreve sobre a importância do brincar na educação infantil, e está baseado em estudos e pesquisas, dentre os vários autores que debatem e expõem seus pontos de vista, sobre questões direcionadas à educação infantil e seus métodos, dentre eles: o lúdico, as brincadeiras e jogos, com um leque de diferentes formas de ensinar ao mesmo tempo em que se educa. Buscando sempre pelo processo pedagógico atingir os seus objetivos, e interagindo as crianças com o meio em que se vive. A participação da criança com o lúdico é uma reconstrução de identidades valorizando a interação com seus colegas. Quando o professor, a escola e o aluno caminham juntos, todos só temos a ganhar já que os propósitos é garantir uma educação de qualidade para as nossas crianças. A reflexão desse trabalho conduz o professor a compor um trabalho educacional voltado a ludicidade na educação infantil, transformando em uma ação que qualifica a capacidade de aprender da criança. Miranda (Pag.36) destaca; o bom planejamento assegura que os procedimentos ocorrerão sobcontrole; evitará que você despenda energias imensas para encontrar o “melhor improviso” para remediar os imprevistos. A não ser que você tenha como lema o provérbio oriental que diz: “se você não sabe aonde pretende chegar, qualquer caminho serve”. Portanto, as atividades lúdicas propiciam para a sala de aula a facilidade em desempenhar as atividades proposta pelo educador. A ludicidade contribui para estimular a criatividade e a autonomia da criança. A preocupação da escola muitas vezes é focar apenas na fundamentação teórica, deixando para outros momentos a importância de brincar, a prática é tão importante quanto à teoria ambas proporciona o desenvolvimento cognitivo da criança fazendo com que a escola não fracasse em seus objetivos, auxiliando no bom trabalho do professor. O objetivo deste é proporcionar para a educação uma opção de crescimento educacional significativo onde o entendimento das metodologias seja considerado continuas, para facilitar a participação ampla da criança na realização das brincadeiras lúdicas da escola. Diante de várias concepções teóricas que foram pesquisados e estudados enfatizo que além de me beneficiar e contribuir para uma formação pessoal e profissional com mais qualidade, se faz de suma importância a ludicidade na vida de cada um que se dedica a ensinar, por meio de vários métodos, jogos e brincadeiras, podemos chegar a resultados esperados com os nossos educando, e com isso oferecer uma educação com qualidade e transparência, em prol de resgatar os valores de uma educação dentro dos sistemas de ensino da legislação educacional de nosso país.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir deste momento concluo este trabalho, que realizei através de leituras de livros e pesquisas bibliográficas dando ênfase à importância das brincadeiras na educação infantil, aonde durante as pesquisas de vários teóricos cheguei ao consenso de que o brincar e a sua relação com as crianças apresentam um eixo comum: o importante papel do brincar no desenvolvimento infantil, e através da pesquisa entre ludicidade e a aprendizagem, conheci um pouco mais dessa atividade inerente à vida humana. Partindo do princípio que desde o primeiro contato da criança com a mãe é possível perceber o início da relação entre a brincadeira e a aprendizagem, os jogos de estímulo, percepção, interação com o meio e o âmbito escolar serviram como método de aprendizagem durante o tempo que o educando estimula a criança, mesmo nos momentos que a brincadeira fica mais complexa ela se torna capaz de reconhecer e compreender as regras integrando-se cada vez mais na sociedade, desde que pais e educadores utilizem tal atividade como ferramenta metodológica para o ensino, enquanto que a mesma desenvolve o seu intelecto emocional, psíquico. Sendo o objetivo de a ludicidade recuperar o exercício do brincar para melhorar o ensino na escola, o lúdico na educação infantil é, portanto um alicerce para que a educação possa proporcionar o desenvolvimento natural do aluno, o entusiasmo da criança é uma característica motivante a qual o jogo e o brinquedo efetivamente podem ser explorados e potencializados. Nessa pesquisa comprovo que a escola e o educador em sua realidade e sabedoria contribuem bastante para o desenvolvimento da criança, ocupando um papel muito relevante que a mesma irá valorizar e sempre recordar, já que a aprender brincando o aluno jamais esquece. Partindo desse pressuposto e do que foi pesquisado, as análises e reflexões me serviram para compreender as teorias e práticas no meu dia a dia, e a relevância das brincadeiras no desenvolvimento da criança durante sua vida escolar, ajudando assim a torná-lo um adulto com autonomia e conceitos formados para se ingressar em nossa sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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