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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Salete de Freitas
Bárbara Quele Nunes Ferreira


RESUMO

Este artigo tem como objetivo mostrar a importância da tecnologia na educação especial, sendo uma base fundamental do professor para a educação de qualidade aos portadores de necessidades especiais. A educação inclusiva por anos não esteve em evidencia no país, mas com a modernidade, os avanços da comunicação, e uma maior deflagração de ideias, pensamentos e compartilhamento de ideais, o conceito de educação inclusiva está presente em quase todas as escolas, portanto, através deste artigo mostraremos a Importância da tecnologia à educação especial, verificando exemplos de tecnologias já utilizadas para auxiliar na aprendizagem de pessoas portadoras de necessidades especiais.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação inclusiva por anos não esteve em evidencia no país, mas com a modernidade, os avanços da comunicação, e uma maior deflagração de ideias, pensamentos e compartilhamento de ideais, o conceito de educação inclusiva está presente em quase todas as escolas. Todos os gestores devem possuir um plano de inclusão e as escolas precisam ter alguma estrutura, nem que seja mínima para a inclusão de alunos com diversas deficiências. É um dever do estado oferecer esse tipo de educação, como está na LDB 9394/96: ’A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado”.
A tecnologia é a maior aliada na educação contemporânea, contribuindo para melhor aprendizado do aluno, diversificando os métodos de ensino. Professor de hoje, pode usar recursos tecnológicos para suas aulas, como vídeos para melhor atribuição do conteúdo, utilizar pesquisa na internet para abranger maior a amplitude da sua aula, e vários outros itens tecnológicos para uma melhor educação. Mas a tecnologia na educação é apropriada? CHAVES descreve:
“O computador em uma situação de ensino/aprendizagem contribui positivamente para a aceleração do desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no que diz respeito ao raciocínio lógico e formal, a capacidade de pensar com rigor e de modo sistemático.” (CHAVES, 1987).
O fato é que o uso das tecnologias além de possibilitar uma aprendizagem significativa, aproxima e fortalece a relação professor-estudante. Neste sentido, o estudante passa da condição de sujeito passivo, que só observa e nem sempre compreende, para um sujeito ativo e participativo. A tecnologia também auxilia o professor na busca de conteúdos atualizados, a fim de tornar as aulas atrativas, participativas e eficazes.

O professor de recurso como agente transformador e mediador do processo de ensino e aprendizagem, precisa antes de tudo, respeitar as diversidades e possibilitar o desenvolvimento das habilidades dos estudantes. Dessa forma, o professor precisa lidar com estudante com deficiência e necessita ir além das áreas básicas habituais de formação, conhecendo e desenvolvendo um conjunto de práticas que permita aos estudantes alcançar o sucesso. Um apoio seria a tecnologia.
A tecnologia pode proporcionar ás com pessoas com as mais variadas deficiências, maior independência e aquisição de competências que as tornem aptas a adquirir conhecimento como os demais alunos, fazendo necessário buscar constante inovação nesse aspecto educacional, podendo diminuir a exclusão e mostrar ao mundo que não são apenas padrões físicos que devem ser levados em conta, mais sim éticos, morais e intelectuais, considerando a tecnologia na educação inclusiva, um apoio ao professor nessa modalidade de educação.
.TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A seriedade da tecnologia aliada ao ensino é inquestionável, uma vez que auxilia muito no processo ensinar-aprender. Quando falamos em educação especial e em deficiência física, é uma afirmação ainda mais importante e necessária, visto que grande parte das pessoas portadoras de deficiências dependem da tecnologia para poderem realizar suas tarefas. A palavra Inclusão Digital nunca foi tão citada como hoje em dia. Governos e Organizações Não Governamentais estão cada vez mais empenhados em distribuir oportunidades de acesso à tecnologia. Vale lembrar também que não é o uso do computador que fará que todos os objetivos almejados sejam alcançados, é antes de tudo uma postura educacional. É o profissional do ensino trabalhando como um facilitador e criador de condições para que esses objetivos sejam alcançados. Outro fator vem à tona então: o educador.
Como diz LIMA (2007) “ além de termos computadores de última geração, softwares capazes de tornar o ensino especial mais prático e didático, é necessário um material humano devidamente preparado para operá-lo e dar o suporte necessário ao educando especial”. O uso de tecnologia na educação já não é uma realidade e sim uma necessidade, trabalhando com a tecnologia correta para cada caso, pode-se diminuir a exclusão e mostrar ao mundo que não são apenas padrões físicos que devem ser levados em conta, mais sim éticos, morais e intelectuais.
“A Internet é o único espaço em que a minha normalidade é evidente. Lá eu posso ser eu mesmo, independentemente do que meu corpo é capaz de fazer. Ter acesso ao mundo todo pela tela do computador melhorou muitíssimo minha qualidade de vida.. Com paralisia cerebral e quadriplegia Ronaldo mantém contato com seus amigos digitando textos com os dedos dos pés e também aproveita para estudar por conta própria muitas matérias. Esse é um exemplo real de como as barreiras podem ser quebradas com o avanço tecnológico.” (CORREA, 2006 apud LIMA, 2007)

JOGOS ELETRÔNICOS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A Lei de Diretrizes e Bases de 1996 aponta para a inclusão em escolares regulares do portador de necessidades educativas especiais, mas, também, assegura o atendimento educacional em classes, escolas ou serviços especializados sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. (LDB,1996)

A utilização de jogos eletrônicos no computador na educação inclusiva reforça a qualidade de ensino para alunos portadores de necessidades especiais.

“A informática parece ter caminhado bem mais rapidamente na área da medicina do que na área educacional, no que se refere à reabilitação e a facilitação da vida social do deficiente físico e do portador de paralisia cerebral. Entretanto, pode-se, também, inferir que esta clientela em muito se beneficia, no campo educacional, com a inserção do computador em sua vida escolar.” (SILVA, 2002)

A medida que se desenvolvem as operações mentais, vão surgindo os jogos de regras, que contemplam as relações sócias. Os jogos com regras permitem que as crianças dominem o raciocínio operatório de situações concretas, e realize processos mentais reversíveis. A regra é uma regularidade imposta pelo grupo de tal modo que a violação da mesma representa uma falta. Estes jogos resultam da organização coletiva das atividades lúdicas, podendo apresentar o mesmo conteúdo dos jogos de exercícios e símbolos ( PIAGET, 1973)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que tecnologia na educação especial é fundamental para atual educação inclusiva. As soluções que visam a extensão de possibilidades dos portadores de necessidade especiais são conhecidos como tecnologias assistidas, como linguagem de sinais, textos audíveis, simuladores de teclado e vocalizadores. Outros aparelhos eletrônicos de massa possuem atualmente alguns recursos que permitem aos deficientes auditivos interpretar vídeos como as TV´s e DVD´s que disponibilizam legendas. Alunos portadores de necessidades precisam de métodos e objetos educacionais mais específicos, e a tecnologia é um grande aliado neste meio. A utilização de jogos eletrônicos no computador na educação inclusiva reforça a qualidade de ensino para alunos portadores de necessidades especiais.
Estamos vivendo um momento de rápidas transformações tendo como mola propulsora ou como aspecto potencializador, a tecnologia, principalmente no que diz respeito ao processo de aprendizagem e do conhecimento.


REFERÊNCIAS

BRASIL <. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.

CHAVES, E.O.C.. Informática na educação: Uma reavaliação. São Paulo, Cadernos CEVEC n.3 p.31. 1987.

LIMA, Robson Carlos. O uso da tecnologia na educação especial. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/o-uso-da-tecnologia-na-educacao-especial/1880/#_ftn2 > Acessado em 22 de Setembro de 2015.

PIAGET,Jean. O nascimento da inteligência na criança. R.J.Guanabara,1987.

RODRIGUES, E.B.T; SANTOS, R.C.F; SILVA, J.A. Importância das Tecnologias na Educação Inclusiva. Disponível em: <http://www.oei.es/congreso2014/memoriactei/1269.pdf>. Acessado em 15 de agosto de 2015.