Consciência humana!

É difícil entender que ainda hoje existam pessoas capazes de julgar outro ser humano pela cor de sua pele. O mais triste é perceber que trata-se de uma realidade ainda presente em nosso sociedade.

Sim, em uma sociedade formada por uma incrível diversidade de povos que deram suas contribuições em todas as áreas para que chegar à realidade atual.

No entanto, é preciso entender que o negro foi o único povo tirado a força de sua de sua casa, de seus familiares e de sua realidade para ser transportado e vendido como mercadoria em um país distinto do seu. Forçado a trabalhar e tratado como animal irracional durante século.

Sim, um dia a tão sonhada liberdade chegou, mas acompanhada de um “sucateamento”, como se faz com uma máquina estragada que não tem mais utilidade. Na maioria das vezes as aulas de História chegam até o ponto em que assinou-se a Lei Áurea e os negros libertos viveram felizes para sempre. Mas a realidade é muito diferente disso.

Quando se pensa em fim da escravatura, a ideia que vem à mente é do negro deixando ser escrava e sendo contratado como assalariada para dar sequência às suas atividades, seria uma transição de um modo de produção pautado na escravidão para o modo assalariado.

No entanto, na maioria dos casos, os negros foram libertos e imediatamente excluídos. Sim, excluídos, sem emprego, sem dinheiro, sem escolarização ou formação profissional, sem casa, sem lugar pra onde ir ou para onde voltar.

Então você pode se perguntar: Se isso é verdade, o que ocorreu com o serviço que era feito por eles? O Brasil parou?

As respostas são tão simples quanto vergonhosas: – Isso é verdade. – O serviço passou a ser feito por outras pessoas. – O Brasil não parou.

Naquela época o governo “abria as portas” dos país para os imigrantes europeus, que vinham atuar como trabalhadores assalariados em substituição à mão de obra escrava negra.

A ideia torpe e deturpada foi justamente sucatear o negro e colocar em seu lugar o europeu e com isso, também branquear, por assim dizer, o povo brasileiro.

Deste modo, o povo negro não foi propriamente liberto, e sim “jogado no lixo” pelo sistema político e social da época.

Agora eu pergunto: – Se você, que está lendo este texto agora, fosse jogado na rua, sem direito a nada, marginalizado, sem emprego, sem o direto ao menos de matricular seu filho em uma escola, com seria seu futuro? E o futuro de seus filhos (sem escola e também marginalizados)? E de seus netos?

Fica fácil entender as diferenças sociais existentes ainda hoje.

Seguem abaixo alguns links de vídeos tratando sobre este assunto, mas você pode também pesquisar por si mesmo. Dedique algum tempo e busque na Internet mesmo, por instituições e profissionais confiáveis sobre o que aconteceu com o negro depois do fim da escravidão. Aproveito e pesquise sobre como se deu o fim da escravidão no Brasil, o último país das américas a abrir mão da mão de obra escrava. Você vai perceber que todas as fontes sérias e confiável de informação, todos os historiadores competentes apresentam uma versão igualmente vergonhosa e revoltante dessa história e que a maioria de nós não conheceu na escola.

– 7 PONTOS no dia da CONSCIÊNCIA NEGRA

– Entenda o que é CONSCIÊNCIA RACIAL

– CULTNE – Histórias do Pós-Abolição – Nilma Lino Gomes – UFMG

– Abolicionismo e fim da escravidão

– A POPULAÇÃO NEGRA NO PÓS ABOLIÇÃO

– Ser Antirracista | No mundo da consciência negra

– Curta Metragem “Dúdú e o Lápis Cor da Pele”

Por digo que trata-se de uma questão de “consciência humana”!

É preciso que cada ser humano, independente da cor de sua pele, seja capaz de entender a sequência de absurdos cometidos contra os negros não só no Brasil como no mundo todo, além das consequências vivenciadas até hoje em nossa sociedade.