A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS INFANTIS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Hosiane de Oliveira Bragia Figueiredo[1]
Elaine Aparecida Ferreira dos Santos[2]
Resumo
O ouvir e contar histórias permite que a criança construa a sua própria história, esta faz com que a criança se desenvolva no meio em que vive buscando sua autonomia e liberdade de fazer sua própria escolha. Observou-se da importância da contação de história devido a isso este artigo constituiu parte da pesquisa que foi desenvolvido para conclusão de curso, cujo objetivo desta pesquisa foi de investigar a importância da contação de histórias infantis. Para o desenvolvimento das crianças na faixa etária de 4 a 5 anos da educação infantil e desenvolver a sensibilidade à auto-estima, a expressão corporal, raciocínio, desenvolvendo a produção de texto oral e escrita, desinibir através da dramatização e fluir a boa convivência coletiva com cooperação de pensamentos, desenvolvendo autonomia integrando a percepção do mundo onde individual e o coletivo se relaciona. Faz-se necessário desviar o olhar para a metodologia que se vem aplicando a literatura infantil, como forma de controlar e manipular as crianças buscando silêncio e organização da sala, não importando com o enredo que segue a obra literária. A metodologia utilizada na pesquisa foi qualitativa do tipo estudo de etnográfico, em que utilizamos como principal fonte de coleta de dados a observação, as conversas informais e questionários com professores.
Palavras – chaves: Literatura. Imaginação. Educação. Aprendizado.
Abstract
The listening and storytelling allows children to build their own history, this causes the child to develop in the environment they live in seeking their autonomy and freedom to make their own choice. It was noted the importance of storytelling because of that this article was part of the research that was developed for course completion, whose goal of this research was to investigate the importance of story-children's stories. For the development of children aged 4-5 years early childhood education and develop sensitivity to self-esteem, body language, reasoning, developing the production of oral text and writing, uninhibited through dramatization and flow to good living together with cooperation of thoughts, developing autonomy integrating the perception of the world where individual and collective relates. It is necessary to look away to the methodology that has been applied to children's literature as a way to control and manipulate children seeking silence and organization of the room, not caring about the plot that follows the literary work. The methodology used in the research was qualitative ethnographic study type, in which we use as the main source of data collection observation, informal conversations and questionnaires with teachers.
Key - words: Literature. Imagination. Education. Learning.
1. Introdução
Este estudo explorou a forma lúdica e produtiva da Literatura infantil, utilizando-a como recurso didático e interdisciplinar para trabalhar com crianças com dificuldade de aprendizagem. Ensinar crianças com dificuldades de aprendizado requer por parte do professor uma investigação de como cada criança aprende. O professor deve estar consciente das habilidades e fraquezas de cada criança, não apenas no que diz respeito à leitura e escrita, mas também em termos de percepção, audição, visão e memória. Os contos infantis preenchem todos esses requisitos, pois além de serem um grande estímulo de percepção, audição, visão e memória, também possibilita o educador explorá-lo de forma interdisciplinar introduzindo assim todas as disciplinas do currículo escolar.
Notou-se que o uso da Literatura Infantil como recurso pedagógico tem raízes antigas. No século XXI, nós educadores não vamos trabalhar a literatura infantil apenas como fundo moral, mas também de forma prazerosa, podendo ser fio condutor de pesquisa ou servir de apoio a um tema mais polêmico. As histórias infantis são encantadoras por natureza e algumas vêm com informações cientificas e didáticas, tratando de temas existentes e temporais como o medo, a morte, o ódio, o perdão e o amor presentes em todas as sociedades.
As atividades com contos podem ser muito úteis para ensinar noções de valores e criticar o ócio. Este artigo teve como objetivo de investigar a importância da contação de histórias infantis. Para o desenvolvimento das crianças na faixa etária de 4 a 5 anos da educação infantil e desenvolver a sensibilidade à auto-estima, a expressão corporal, raciocínio, desenvolvendo a produção de texto oral e escrita, desinibir através da dramatização e fluir a boa convivência coletiva com cooperação de pensamentos, desenvolvendo autonomia integrando a percepção do mundo onde individual e o coletivo se relaciona. Segundo as autoras SOUZA e CORDEIRO (1997) Ao ler uma história é preciso chamar a atenção da criança usando de diferentes recursos. Mostrando-lhe a ela que ler não é apenas um ato que se transforma em hábito, mas sim uma importante ferramenta na formação de pessoa, onde envolve a cultura e a forma de compreender e entender o mundo. Acredito que trabalhando esses conceitos com a criança desde cedo estaremos investindo numa sociedade melhor. Esse tema foi embasado no livro a Escola Infantil-leitura e escrita das autoras Souza e Cordeiro.
Nessa pesquisa foram apresentados os estudos das teorias onde os autores falam da importância da história e que ela representa dentro do processo de aprendizagem da criança na sala de aula, também foram analisados como as professoras contam histórias e quais os recursos utilizados na hora da contação e a interação da criança por meio dessa contação. A conclusão que se chega que a contação de histórias na educação infantil é umas das ferramentas pedagógicas importantíssimas e que deve ser valorizada, pois a mesma contribui para o desenvolvimento da criança em vários aspectos, ela proporciona momento de prazer e ao mesmo tempo serve de alicerce dentro do processo de aprendizagem.
2. Fundamentação Teórica
Se registrarmos a história da literatura infantil verá que ela não tem um percurso extenso, pois se dá inicio no século XVII, quando a criança passa ser considerado um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial que a preparasse para a vida adulta. Mas uma contradição marca a literatura infantil desde suas origens, pois pensada e elaborada para a infância na verdade, sempre ignorou seus anseios e impôs antes de tudo a visão do adulto sobre a criança e assim a origem da Literatura Infantil serviu mais ao adulto e a culturação da criança para novos padrões de comportamentos higiene e virtudes;
Segundo FREIRE,
Crianças, quando vão às escolas pela primeira vez, geralmente se traumatizam e acabam chorando por dias seguidos, devido à separação das coisas e pessoas. Acham que por estarem na escola, em um ambiente fechado, perdem toda liberdade que tinham em sua casa. Com o passar dos dias, acabam por se acostumar com o ambiente, arrumam amigos e se dedicam no que melhor sabem fazer: brincar, quando lhes é permitido. (FREIRE, 2002. Pag. 45)
Quando a criança brinca, ela esquece muitas vezes o seu cotidiano, ela acha seus amigos imaginários e com isso ele se desenvolve.
[“...] não significando com isso uma hipertrofia da consciência do eu, mas simplesmente uma incapacidade momentânea da criança de descentrar-se; isto é, de colocar-se em outro ponto de vista que não o próprio” (Piaget apud FREIRE, 2002, p.19).
Percebe-se que a criança no brincar ela constrói sua realidade adquirindo os espaços, assim ele através das brincadeiras diferencia os objetos ao seu redor.
É aceitável que essa centração nela mesma permaneça durante algum tempo, o que não se deseja é que essa auto centração estenda-se por longo tempo, ao decorrer do tempo a auto centração vai sendo modificada pouco a pouco, se o ambiente da escola e da casa lhe permitir que aja em liberdade, sem comprometê-la física e intelectualmente, ela chegará ao 2º ciclo do Ensino Fundamental (FREIRE, 2002 pag. 08).
As brincadeiras são muito importantes na vida de uma criança, assim ela se sente mais segura e estruturada para estar presente na escola e em sua sala de aula, percebe-se que a criança que brinca ela é mais contente e alegre, assim ela vem mais disposta para as aulas.
As brincadeiras do mundo de rua que se aprende quando crianças também podem ser utilizadas pelos professores. Aprender na rua significa aprender com a vida, ou melhor, com vidas elas enriquecem ainda mais as aulas, esta é uma forma confiável do professor interagir com o cotidiano do aluno (SOLER, pag. 24, 2003).
Nota-se que o jogo é o ato de faz-de-conta, aquilo que na realidade não foi possível, mas está na mente da criança, uma expressão afetiva que seria o gesto corporal, o momento em que seu pensamento e sua imaginação fluem, tendo um papel semelhante ao de jogo de exercício. O jogo de regras representa as coordenações sociais, as normas a que as pessoas se submetem para viver em sociedade. A regra é imposta pelo grupo, por mais que a atividade pareça ser "séria", a criança não deixa que escape a fantasia aos voos da imaginação. O jogo de regra é estruturado pelo seu caráter coletivo. O jogo de regras não deixa que escape o jogo simbólico nem o jogo de exercício, pois todos trabalham juntos. O jogo ajuda no desenvolvimento corporal e mental de uma criança.
Segundo FREIRE, 2002, p.118, na escola, "não é possível separar adaptação de jogo, pois enquanto brinca a criança pensa incessante" O professor na escola propõe com as crianças as brincadeiras de faz de conta, coordenação motora, pois com os jogos ele além de estar brincando e ensinando a criança ter mais confiança em si mesmo.
E ao trabalhar com o próprio corpo, a criança tem certa dificuldade em interpretar o simbolismo com o ato corporal. Mas, com a evolução do brincar, suas descrições verbais passam aos objetos utilizados, procurando reproduzir com materiais o que caracteriza o jogo de construção.
A improvisação de material é estimular a criatividade da criança para que ela também possa fazer o mesmo, criar um brinquedo do seu próprio gosto. Isto irá despertar o interesse da criança em aprender e a criar algo diferente. Materiais diversificados trazem o lúdico como uma forma de aprendizado e desenvolvimento: "O jogo contém um elemento de motivação que poucas atividades teriam para a primeira infância: o prazer da atividade lúdica" (FREIRE, 2002, p.75).
Sabemos que os brinquedos são objetos manipuláveis, recursos voltados ao ensino que desenvolvem e educam de forma prazerosa; permitindo a ação intencional, a manipulação de objetos, o desempenho da ação sensória motora e troca na interação, em um contexto diferenciado. A função do brinquedo no processo pedagógico hoje é permitir o desenvolvimento da criança na apreensão do mundo e em seus conhecimentos. Para tanto, esse brinquedo pode ser escolhido voluntariamente e vai atingir sua função lúdica quando propiciar prazer, diversão ou até mesmo desprazer.
Os brinquedos educativos materializados destinados a ensinar estimulam o raciocínio, atenção, concentração, compreensão, coordenação motora, percepção visual, dentre outras. São brincadeiras com cores, formas, tamanhos, brincadeiras de encaixe, que trabalham noções de sequência; quebra-cabeças que exigem a concentração, memória e raciocínio para juntar uma peça na outra; tabuleiros que exigem a compreensão do número e das operações matemáticas (FREIRE, pag. 36, 2002).
A psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. Procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão incluídos.
O brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo, o brinquedo educativo conquistou espaço na educação infantil. Quando a criança está desenvolvendo uma habilidade na separação de cores comuns no quebra-cabeça à função educativa e os lúdicos estão presentes, a criança com sua criatividade conseguem montar um castelo até mesmo com o quebra-cabeça, através disto utiliza o lúdico com a ajuda do professor (KISHIMOTO, 2001, p.36-37).
De modo geral, pouca importância se dá a uma possível relação entre as atividades da disciplina de Educação Física e aquelas outras ditas teóricas, realizadas em sala de aula. Na escola, não existe entendimento entre "mente" e "corpo" em que os dois teriam de ser somente um, como um aluno integral, dinâmico e humano. A escola não acredita na importância da interdisciplinaridade entre as matérias e movimentos corporais na Educação Infantil.
Segundo FREIRE, 2002, p.184, por essa razão, a "relação entre a Educação Física e outras disciplinas, embora muito estreite, é pouco percebida".
Também sabemos que para a criança, o ato de brincar não é considerado uma perda de tempo. Antes de ela entender que as palavras são usadas para representar objetos e ações, a criança precisa saber brincar (jogar), explorar e conhecer os objetos. Lidar com sentimentos de raiva e ciúmes não é nada fácil para uma criança. Algumas vezes, as brincadeiras acabam virando briga. Nesses casos, geralmente as reações são choro, gritos, agressões para liberar as tensões.
Se tudo fosse encaminhado dessa forma, teríamos um mundo desordenado em que adultos e crianças estariam dando chutes, xingando e abrindo o berreiro. Você pode imaginar essa situação?
Pois é, as coisas não devem ser resolvidas dessa forma. É importante aliviar as sensações que nos incomodam por meio das conversas e brincadeiras. Construir brinquedos, inventar jogos, brincar de faz de conta é com certeza, muito mais divertido e produtivo. É importante que o educador utilize a brincadeira o jogo como fonte de desenvolvimento individual e de equipe.
Percebemos que a criação da situação imaginaria ou a definição de regras específicas dentro da brincadeira, numa análise mais profunda, revela que as ações no brinquedo são subordinadas aos significados dos objetos, contribuindo para o desenvolvimento da criança. Sendo assim, a promoção de atividades que favoreçam o envolvimento da criança em brincadeiras tem nítida função pedagógica. Promover a experiência lúdica por meio de um jogo vai desenvolver a maturidade integral do aluno significando uma educação voltada para o desenvolvimento de suas competências.
Percebemos que há educação nos dias atuais busca favorecer a expressão lúdica e incorporar valores que diferem de uma formação tradicional, “séria” e rígida e essencialmente técnica. Porém estas mudanças, não ocorrem rapidamente, temos ainda que desprender dos vestígios tradicionais e isto leva alguns anos. No entanto, notamos que as transformações podem partir de nossas pequenas ações na sala de aula, ao compreender nossos alunos como sujeito ativo no processo de construção do conhecimento.
O que a criança aprende quando pequena, serve de base para uma aprendizagem superior. Ela não aprende de um dia para o outro, mas gradativamente. Portanto, deve-se trabalhar em grupo suas capacidades individuais, para que seja desenvolvido o convívio em grupo.
Segundo FREIRE, a Educação Física não precisa ser uma disciplina auxiliar das outras, mas ter uma identidade própria, mantendo com as demais uma necessária interdisciplinaridade, a união entre elas, como discorremos até o momento. Porém, todo conhecimento adquirido serve de base para o próximo, mais elaborado. Sendo assim uma vez que tenha um bom domínio de alguma habilidade, pode-se combiná-la com ensinamentos de sala de aula, como leitura, escrita e cálculo.
Na escola, o jogo dramático estimula a leitura e a escrita e, com base neste estímulo, o indivíduo exercita-se sem fadiga, adquirindo um bom domínio na linguagem corporal, oral e escrita, naturalmente desencadeada pelo exercício gestual, geralmente de forma prazerosa (CANDA, 2006).
Com as atividades corporais, a criança melhora suas habilidades na qual já existe um conhecimento. E também aprendem outras, aprende a realizá-las em grupos e com regras. Espera-se que todo conhecimento em matemática, da escrita e leitura, e da Educação Física possam se entrelaçar num todo que garante a esse aluno uma vida de participação social satisfatória, de dignidade, de justiça e de felicidade.
Talvez ocorra preocupação em saber que as matérias podem se unir, ou se transformar em apenas uma. Isto pode perturbar muitos professores na escola, achando que por causa da interdisciplinaridade o ensinamento não será o mesmo, e nem o aprendizado.
Sabemos que de acordo com Platão, a criança aprende através de jogos: se "ensina (va) matemática às crianças em forma de jogo e preconizava que os primeiros anos das crianças deveriam ser ocupados com os jogos educativos" (AGUIAR, 1998, p.36). A importância da criança aprender com o lúdico é muito bem focado por outros autores, sendo um deles Silva (2005; 2006), que afirma: "A importância dos jogos no desenvolvimento da criança tem que ser enfatizados" (SILVA, 2005, p. 22). É através destes momentos que a Educação Física pode trazer benefícios a estas crianças; uma vez que possibilita o desenvolvimento de habilidades e oportunidade para o aprendizado. Froebel apud AGUIAR (1998, p.36) foi o primeiro pedagogo a "incluir o jogo no sistema educativo, acreditava que a personalidade da criança pode ser aperfeiçoada e enriquecida pelo brinquedo".
Consequentemente, as crianças aprendem através do brincar: admirável instrumento para promover a educação, o jogo é um artifício que a natureza encontrou para envolver a criança numa atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. "A criança que joga acaba desenvolvendo suas percepções, sua inteligência, suas tendências à experimentação, seus instintos sociais" (PIAGET, 1972, p. 156).
Os jogos não apenas é uma forma de entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável à pratica educativa. E, pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a aprendizagem das crianças que em todo lugar onde se consegue transformar em jogo a iniciação a leitura, ao calculo ou à ortografia, observa-se que as crianças se apaixonam por essas ocupações, geralmente tidas como maçante (AGUIAR, 1998, p.37).
Vimos que através da atividade lúdica ocorre um progresso da assimilação a tudo que lhe é passado.
Segundo AGUIAR, 1998, p.43, por todos estes motivos que "os jogos fazem parte do universo infantil; são objetos sociais que trazem dentro de si uma infinidade de conteúdos que integram as disciplinas escolares" Aprender brincando é crescer atuando no desempenho, o jogo é praticamente a vida de uma criança, é fazer com que ela aprenda a viver e a desenvolver seus conhecimentos ensinados.
Além de o lúdico ajudar a criança dentro da sala de aula, poderá colaborar no desenvolvimento corporal e também no desenvolvimento de relacionamentos mais amigáveis entre professores e alunos. Mesmo que alguns professores não acreditem muito no relacionamento amigável com o aluno, pensando que a seriedade "impõe respeito", a grande dificuldade de certos professores é exatamente incluir o lúdico na sala de aula, pensando que o lúdico não é algo sério, por essa razão o lúdico e a seriedade são colocados em corpos opostos.
3. Metodologia
No começo, entendeu-se que os dados deveriam ser colhidos através de uma pesquisa qualitativa. Neste tipo de metodologia, o pesquisador buscou os dados a ser analisados considerando o ambiente natural, um estudo in loco.
O objetivo deste artigo foi de investigar a importância da contação de histórias infantis para o desenvolvimento das crianças na faixa etária de 4 a 5 anos da educação infantil e desenvolver a sensibilidade à auto-estima, a expressão corporal, raciocínio. Sendo que muitas preocupações dos educadores é a dificuldade de ensino aprendizagem, falta de concentração dos educandos, visto que o teatro em sala de aula juntamente com as artes visuais, a música e a dança são componentes lúdicos da cultura e do processo educativo em nossa sociedade.
É importante a valorização do teatro na escola a mesma será feita através de observações, entrevistas com professores sobre a alfabetização através do lúdico, para que nós como acadêmicas saberemos as opiniões do que presenciaremos na escola quando nós estivermos lá.
Sendo que muitas preocupações dos educadores é a dificuldade de ensino aprendizagem, falta de concentração dos educandos, vimos que o teatro em sala de aula juntamente com as artes visuais, a música e a dança são componentes lúdicos da cultura e do processo educativo em nossa sociedade.
É importante a valorização do teatro na escola a mesma será feita através de entrevistas com professores sobre a alfabetização através do lúdico, para que nós como acadêmicas saberemos as opiniões do que presenciaremos na escola quando nós estivermos lá. Vamos presenciar as aulas e faremos as observações como às crianças se comportam nas aulas com o lúdico e como o lúdico ajuda estas crianças no seu ensino aprendizado.
Notou-se que a educação lúdica é uma proposta que uni o prazer do brincar com a fonte do conhecimento. Além do exercício do desenvolvimento e aprendizagem, brincar faz a criança assimilar papéis sociais que ocorrem em seu meio, fazendo assim do jogo e da brincadeira situações em que a criança realiza, constrói e se apropria de conhecimentos. Estas atividades lúdicas forneceram informações elementares a respeito da criança como: suas emoções, a forma como interage com seus colegas, seu desempenho físico-motor, seu estágio de desenvolvimento, seu nível linguístico e sua formação moral. Esses elementos, quando associados à educação, promovem ao educador um amplo conhecimento de seus alunos e o brincar assume papel didático sendo explorado no processo educativo. Notou-se que o jogo motiva e desafia, pois provoca um conflito interno, o aluno precisa encontrar uma solução para o seu problema: vencer! Através do jogo a criança aprende a lidar com suas frustrações, constrói e reconstrói sua realidade e consequentemente desenvolve e internaliza novos conhecimentos. Essa proposta é uma contribuição, que sendo bem aplicada e compreendida, contribuirá para a melhoria do ensino. E com o lúdico a criança se prepara para atividades em seu dia a dia melhorando seu ensino aprendizagem.
4. Considerações Finais
Através da pesquisa que foi realizada em torno da literatura infantil, buscando até mesmo onde se inicia essa prática, é chegada à conclusão que todos esses contos tinham com objetivo informar as crianças sobre os acontecimentos e perigos que havia naquela época e também moldar as crianças de maneira que seja satisfatório ao adulto.
Mas a proposta de trabalho com os contos infantis é totalmente diferenciada da maneira que foi pensada quando era utilizada para moldar as crianças, pois agora ela será utilizada como instrumento didático para trabalhar de formar interdisciplinar, pois os contos de infantis têm poder de prender atenção das crianças e envolvê-las em seu enredo, tornando aquele momento agradável e interessante, e nada mais prático de que aproveitar este recurso para se trabalhar os conteúdos do currículo trazendo assim uma harmonia entre ambas as partes.
As obras literárias infantis trazem consigo um acervo de informações riquíssimas, que se encaixa no planejamento escolar, basta cada educador adaptarem seu enredo as disciplinas de interesse e desenvolver suas aulas com crianças com dificuldades de aprendizagem, tendo a literatura infantil como ponto inicial de pesquisa. Este trabalho contribuiu para a valorização da contação de história na sala de aula, como a presente pesquisa revelou que a contação estimula a imaginação, a curiosidade e a fantasia na criança. Esse trabalho somou ponto relevante em relação da pesquisa. O papel do professor na visão é instigar a criança a imaginar utilizando de recursos, criando maneiras e formas criativas na hora da contação, incentivando a criança a gostar de histórias e que esse momento seja realizado de forma prazerosa onde elas se sentem dentro da história, e para que isso venha ocorrer o papel do professor é fundamental.
Notou-se que o professor ao lê uma história e não a explora, nesse momento torna-se um ambiente meio sem graça e fica aquela duvida será que entenderam a história? Gostaram? E a partir daí acreditou-se ser importante que o professor entra na história converse com as crianças sobre a história qual personagem mais gostou se entenderam? Ler é importante e explorar a leitura é compreender mais ainda sobre uma história contada. O objetivo vivenciado foi a contação a maneira que as professoras contavam histórias e partir daí quais eram os procedimentos, realizados antes e durante a contação, se a professora organizava o ambiente nesse momento.
A história deve sim ter espaço garantido na educação infantil desde que ela não venha se tornar um hábito, fazendo com que o professor se acomode com a situação e deixe de criar e utilizar recursos que contribuem nesse momento tão importante que é a contação de história. As histórias contadas em sala de aula contribuem para o processo de aprendizagem da criança, nessa hora se torna um dos momentos de prazer da criança. Nessa jornada de pesquisa observou-se ver elementos importantíssimos para a aprendizagem da criança como as músicas, as brincadeiras e claro as histórias juntos contribuindo para o processo de aprendizagem.
Referências Bibliográficas
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SILVA, J.A.G. do. Aprendizagem por meio da ludicidade. Rio de janeiro: Sprint, 2005, p. 22-72.
SOLER R. Jogos cooperativos para educação infantil. Rio de Janeiro Sprint, 2003.
SOUZA, Roselena Siviero de; CORDEIRO, Luciana Peixoto.Escolas Infantis: leitura e escrita. Rio Grande do Sul: Edelbra, 1999.