Buscar artigo ou registro:


A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Claudiomiro dos Santos Pereira

Helena da Silva Maciel

Ilma Lima Souza Barros

Sandra Daros Ferreira

Ticiane de Paula Ferreira

 

 

RESUMO

Este artigo tem por objetivo analisar a importância do brincar na educação infantil, e como as brincadeiras auxiliam a criança no desenvolvimento de suas outras habilidades tais como: a aprendizagem, expressão de emoções e sentimentos, expressão corporal e cognitiva. Objetiva-se também analisar a criança na educação infantil, mediante o ato de brincar. Pois brincando, ela aprende a transformar e a usar os objetos, que a cerca ao mesmo tempo em que os investe e os “colore” conforme sua subjetividade e suas fantasias. Fazendo também uma breve reflexão sobre as brincadeiras e como elas são imprescindíveis na educação infantil. Verificar a realidade da prática dos educadores em relação a este ensino. Sendo o método escolhido pesquisa bibliográfico com base em autores que falam sobre este tema, com o intuito de analisar para compreender e conhecer como é trabalhar por meio das brincadeiras nesse universo cheio de ludicidade que é o ensino na educação infantil, e vindo assim a proporcionar a elas um ensino de qualidade. A pesquisa possibilitou a comprovação da importância do brincar no currículo escolar da educação infantil que abrange desde a primeira infância, porque desperta o lado lúdico da criança, sua imaginação é trabalhada vindo a aperfeiçoar o conhecimento, a socialização, a alfabetização, a inteligência, a capacidade de expressão e a coordenação motora. Dessa forma, percebe-se como o brincar é algo essencial para o desenvolvimento infantil.

PALAVRAS-CHAVE: Criança, Educação, Infantil, Brincar, Ludicidade.

SORRISO - MT

2018

INTRODUÇAO

O presente artigo no qual mostra à importância do brincar na educação infantil, e como a mesma auxilia no desenvolvimento e na aprendizagem das crianças, foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas e observações com base em autores que falam sobre este tema, com o intuito de analisar os meios para compreender e conhecer como é de suma importância o ato de brincar na vida da criança inserida na educação infantil, sendo que elas precisam ter acesso sim ao ato de brincar de forma lúdica, mas com um objetivo. Logo cadê ao docente exercer essa função que venha a valorizar o lúdico como forma de aprender brincando valores que serão para uma vida toda. Vindo assim a lutar por esse espaço que facilite seu trabalho e que justifiquem a sua importância de atuar na educação infantil. Assim poderão encontrar e reconhecer os meios que têm em mãos para fazer, à sua maneira, situações de aprendizagem que dê condições para as mesmas de compor conhecimento por meio do brincar.

Sendo assim este artigo tem com objetivo mostrar que a brincadeira é um instrumento que ajuda no processo de ensino aprendizagem positivamente, portanto deve ser possibilitado e incentivado o seu uso em sala de aula. Pois o dia a dia das crianças é repleto de atividades com brincadeiras, em casa, na escola no convívio social. Através do brincar a criança pode ter um desenvolvimento na aprendizagem mais eficaz e duradouro. Desta forma ao longo do trabalho o objetivo principal foi entender um pouco mais sobre a importância do brincar na educação infantil e como a mesma ajuda na aprendizagem das crianças, na visão de autores como: Vygotsky, Winnicott, Oliveira e os demais que fazem desse artigo um referencial para futuras pesquisas referentes ao tema nele proposto.


A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.


A importância do brincar para o desenvolvimento da criança, embora seja reconhecida, é comum observarmos crianças, por vezes pequenas, com uma rotina corrida, atribulada, repletas por diversas atividades e compromissos. Muitas vezes, fica difícil encontrarmos algum espaço, na correria do dia a dia dessas crianças, na qual elas possam, simplesmente, ter um espaço e tempo para brincar.

Segundo Vygotsky (1989) - o brincar cria a chamada zona de desenvolvimento proximal, impulsionando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e mais além do seu comportamento habitual. Para Vygotsky, o brincar também libera a criança das limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias. Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das expectativas e convenções presentes na cultura. Quando duas crianças brincam de ser um bebê e uma mãe, por exemplo, elas fazem uso da imaginação, mas, ao mesmo tempo, não podem se comportar de qualquer forma; devem, sim, obedecer às regras do comportamento esperado para um bebê e uma mãe, dentro de sua cultura. Caso não o façam, correm o risco de não serem compreendidas pelo companheiro de brincadeira.

Sendo assim A capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos surge, nas crianças, através do brincar. A criança por intermédio da brincadeira, das atividades lúdicas, atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes situações vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes.

Brincar com outras crianças é muito diferente de brincar somente com adultos.  O entre pares possui maior variedade de estratégias de improviso, envolve mais negociações e é mais criativo (Sawyer, 1997). Assim, ao brincar com seus companheiros, a criança aprende sobre a cultura em que vive ao mesmo tempo em que traz novidades para a brincadeira e ressignifica esses elementos culturais. Aprende, também, a negociar e a compartilhar objetos e significados com as outras crianças.

O brincar também permite que a criança tome certa distância daquilo que a faz sofrer, possibilitando-lhe explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de enfrentar. Alguns autores clássicos da psicanálise, como Freud (1908) e Melanie Klein (1932, 1955), ressaltam a importância do brincar como uma forma de expressão da criança, contexto no qual ela elabora seus diversos conflitos e demonstra seus variados sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.

Já Winnicott (1975), pediatra e psicanalista inglês, fazem referência à dimensão de criação presente no brincar. Para esse autor, é muito mais importante o uso que se faz de um objeto e o tipo de relação que se estabelece com ele do que propriamente o objeto usado. A ênfase está no significado da experiência para a criança. Brincando, ela aprende a transformar e a usar os objetos, ao mesmo tempo em que os investe e os “colore” conforme sua subjetividade e suas fantasias. Isso explica por que, muitas vezes, um urso de pelúcia velho e esfarrapado tem mais importância para uma criança do que um brinquedo novo e repleto de recursos, como luzes, cores, sons e movimento.

Dessa forma, percebe-se como o brincar é algo essencial para o desenvolvimento infantil. Uma criança que não consegue brincar deve ser objeto de preocupação. Disponibilizar espaço e tempo para brincadeiras, portanto, significa contribuir para um desenvolvimento saudável. É importante também que os adultos resgatem sua capacidade de brincar, tornando-se, assim, mais disponíveis para as crianças enquanto parceiros e incentivadores de brincadeiras.

Que as interações pessoais e com o meio físico lhe ofereçam a oportunidade de experiências de descoberta que permitam ir estruturando as bases de seu conhecimento do mundo e de seu progressivo avanço cognitivo.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01):


O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos

 

Sendo assim, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil na medida em que a criança venha a transformar e produzir novos significados. Nas situações em que a criança é estimulada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio desenvolvimento.


A importância do brincar através do universo lúdico na educação infantil.


O ato de brincar pode acontecer em determinados momentos do cotidiano da vida infantil, neste contexto, Oliveira (2000) aponta o ato de brincar, como sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma efetiva, criando vínculos mais duradouros. Assim, a criança desenvolve capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si.

O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança através do lúdico, pois é que assim as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida da criança desde os mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem, neste sentido, Carvalho (1992, p.14) afirma que:


(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, através de esforços físicos se mentais e sem se sentir coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.


Carvalho (1992, p.28) acrescenta, mais adiante:


(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade, denotando-se, portanto em jogo.



A ação com o jogo deve ser criadas e recriadas, para que seja vista como uma nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de jogar. Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações a seu respeito, no entanto, o brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no ambiente familiar, quanto no ambiente escolar.

Brincando a criança também aprende a respeitar regras, e a ampliar seus relacionamentos sociais e a respeitar a si mesmos e ao outro. Sendo assim a mesma através da ludicidade começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões, exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações, os educando acabam evitando expressar seus pensamentos e sentimentos e realizar qualquer outra atitude com medo de serem constrangidos. Zanluchi (2005, p.91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia.”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.

Na visão de Vygotsky (1998) o jogo simbólico é como uma atividade típica da infância e essencial ao desenvolvimento infantil, que acaba ocorrendo a partir da aquisição da representação simbólica, impulsionada pela imitação. Desta maneira, o jogo pode ser considerado uma atividade importantíssima, pois através dele a criança cria uma zona de desenvolvimento proximal, com funções que ainda não amadureceram, mas que se encontra em processo de maturação, o que a criança irá alcançar em um futuro próximo. Sendo desta forma Aprendizado e desenvolvimentos estão inter-relacionados desde o primeiro dia de vida, é fácil concluir que o aprendizado da criança começa muito antes de ela freqüentar a escola. Todas as situações de aprendizado que são interpretadas pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com algo relacionado do qual pode tirar novas experiências.


Vygotsky (1998, p. 137) ainda afirma “A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. Essas relações irão permear toda a atividade lúdica da criança, serão também importantes indicadores do desenvolvimento da mesma, influenciando sua forma de encarar o mundo e suas ações futuras.

Santos (2002, p. 90) relatam que “(...) os jogos simbólicos, também chamados brincadeira simbólica ou faz-de-conta, são jogos através dos quais a criança expressa capacidade de representar dramaticamente.” Assim, a criança experimenta diferentes papéis e funções sociais generalizadas a partir da observação do mundo dos adultos. Neste brincar a criança age em um mundo imaginário, regido por regras semelhantes ao mundo adulto real, sendo a submissão às regras de comportamento e normas sociais a razão do prazer que ela experimenta no brincar.


De acordo com Vygotsky (1998), ao discutir o papel do brinquedo, refere-se especificamente à brincadeira de faz-de-conta, como brincar de casinha, brincar de escolinha, brincar com um cabo de vassoura como se fosse um cavalo. Faz referência a outros tipos de brinquedo, mas a brincadeira faz-de-conta é privilegiada em sua discussão sobre o papel do brinquedo no desenvolvimento. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento.


A criança se torna menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato, passando a dirigir seu comportamento também por meio do significado dessa situação, Vygotsky (1998, p.127) relata que “No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.” No brincar, a criança consegue separar pensamento, ou seja, significado de uma palavra de objetos, e a ação surge das idéias, não das coisas.


Segundo Craidy&Kaercher (2001) Vygotsky descreve novamente que quando uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem, percebe-se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, a criança exercita suas potencialidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, contido nas situações lúdicas, que provoca o pensamento e leva as mesmas a alcançarem níveis de desenvolvimento que só às ações por motivações essenciais conseguem. Elas passam a agir e esforça-se sem sentir muito cansaço, não ficam estressadas porque estão livres de cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo-se capazes e, assim, mais confiantes em si mesmas e predispostas a aprender. Conforme afirma Oliveira (2000, p. 19):


O brincar, por ser uma atividade livre que não inibe a fantasia, favorece o fortalecimento da autonomia da criança e contribui para a não formação e até quebra de estruturas defensivas. Ao brincar de que é a mãe da boneca, por exemplo, a menina não apenas imita e se identifica com a figura materna, mas realmente vive intensamente a situação de poder gerar filhos, e de ser uma mãe boa, forte e confiável.


portanto, a brincadeira deste caso favorece o desenvolvimento individual da criança, ajuda a internalizar as normas sociais e a assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social.

Segundo Vygotsky, Luria &Leontiev (1998, p. 125) O brinquedo “(...) surge a partir de sua necessidade de agir em relação não apenas ao mundo mais amplo dos adultos.”, entretanto, a ação passa a ser guiada e representada pela maneira como a criança observa os outros agirem ou de como lhe disseram, e assim por diante. À medida que cresce, sustentada pelas imagens mentais que já se formou, a criança utiliza-se do jogo simbólico para criar significados para objetos e espaços.


Como podem ver seguindo este estudo os processos de desenvolvimento infantil apontam que o brincar é um importante processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1998), um dos principais representantes dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e/ou adultos. Tal concepção se afasta da visão predominante da brincadeira como atividade restrita à assimilação de códigos e papéis sociais e culturais, cuja função principal seria facilitar o processo de socialização da criança e a sua integração à sociedade.

Na educação no âmbito geral, e principalmente na Educação Infantil o brincar é um forte veículo de aprendizagem experiencial, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo social. A proposta do lúdico é promover uma alfabetização significativa na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo. O lúdico promove o rendimento escolar e auxilia no conhecimento, oralidade, pensamento e o sentido. Assim, Goés (2008, p 37), afirma ainda que:

(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado, compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na medida em que os professores compreenderem toda sua capacidade potencial de contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo.



Contudo, compreender a relevância do brincar possibilita aos educadores intervir de maneira apropriada, não interferindo e descaracterizando o prazer que o lúdico proporciona. Portanto, o brincar quando utilizado como recurso pedagógico não deve ser dissociado da atividade lúdica que o compõe, sob o risco de descaracterizar-se, afinal, a vida escolar regida por normas e tempos determinados, por si só já favorece este mesmo processo, fazendo do brincar na escola um brincar diferente das outras ocasiões. A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica, podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos tanto para crianças como para os jovens.

Com isso, é possível entender que o brincar auxilia a criança no processo de aprendizagem. Ele ira proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá no desenvolvimento cognitivo e facilitando a interação com as pessoas, as quais contribuirão para um acréscimo de conhecimento.

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23, v.01):

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural.

 

Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial. Educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.

Portanto é de suma importância o ato de brincar na vida da criança na educação infantil, pois o mesmo ajuda no desenvolvimento cognitivo, motor, afetivo e social. O brincar está associado à criança há séculos. Mas foi através de uma ruptura de pensamento que a brincadeira passou a ser percebida e valorizada no espaço educacional das crianças menores ou seja dizendo na educação infantil. No passado, o que se via era o brincar apenas como forma de fuga ou distração, não lhe sendo conferida o caráter educativo. O brincar tem a função socializadora e integradora. A sociedade moderna cada vez mais tem sofrido transformações em relação ao brincar e ao espaço que se tem para brincar, os pais e os filhos têm pouco tempo para ficarem juntos e brincar. A escola acaba sendo a única fonte transmissora de cultura, onde ainda existem espaços para as crianças brincarem, tendo os profissionais de educação à incumbência de ensinar e resgatar as brincadeiras populares e também as atividades pelo prazer de brincar porque, brincando aprendem a participar.

É aí que entra a Educação Infantil pois a mesma desempenha seu papel na formação das crianças, de forma significativa e eficaz, pois esse ambiente serve como um suporte para atender as suas necessidades como formação de hábitos e atitudes, comportamento, desenvolvimento físico mental e social, entre outros. No entanto, é preciso ter um cuidado redobrado quanto o brincar na Educação Infantil, pois é fundamental que o professor saiba como lidar com o ato de brincar de forma que saiba o que o mesmo representa na vida da criança. Como já fora mencionado.

A imaginação é um jeito de concretizar um pensamento sem a necessidade da ação. A brincadeira e o faz de conta são meios também de desenvolver a linguagem. Imaginando, a criança se comunica, constrói historias e expressa vontades. A liberdade que o brincar proporciona é fundamental para o desenvolvimento da criança por levá-la a conciliar o mundo objetivo e a imaginação.

O que se pretende enfatizar é que as crianças que compreendem esse período, da educação infantil precisam ter acesso ao ato de brincar de forma lúdica, mas com um objetivo. Logo, o docente que atua em sala de aula, deve exercer a sua função de maneira que valorize o lúdico como forma de aprender brincando valores que serão para vida toda, e o professor deve lutar por esse espaço de trabalho e desenvolver ações que justifiquem a importância de sua atuação na Educação Infantil. Assim poderão procurar e reconhecer todos os meios que têm em mãos para criar, à sua maneira, situações de aprendizagem que dê condições para as crianças de construir conhecimento através do brincar. Enfim, a brincadeira é um instrumento facilitador do processo de ensino aprendizagem, portanto deve ser possibilitado e incentivado o seu uso em sala de aula.

 


METODOLOGIA

 

A pesquisa realizada para a elaboração deste artigo foi realizada através de pesquisas em sites que falam sobre a importância do brincar na Educação Infantil em livros que falam sobre o assunto Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, numa abordagem individual qualitativa, realizada numa escola pública no município de Sorriso, Mato Grosso, onde fizemos primeiramente uma visita à instituição para verificar a inserção do brincar na educação infantil, fizemos um levantamento inicial por meio de observações e anotações, também de conversas informais e entrevistas com professores atuantes a respeito do tema.

A realização da pesquisa dar-se-á através da reflexão quanto à importância do brincar na educação infantil. divide-se em momentos: análise da entrevista, fazendo um elo entre a teoria com prática:

Na visão de Prestes (2008, p.26), “a pesquisa bibliográfica é aquela que busca adquirir conhecimentos a partir de informações provenientes de materiais gráficos ou de outras fontes”. No caso deste trabalho, foram pesquisadas várias fontes que abordem a temática estudada, como livros, artigos, documento, de modo que veio a complementar o estudo.

Além de fundamentar em vários autores. Que fizeram desta pesquisa um campo que incluem bagagens de experiências, de vínculos, e conhecimentos que acabam se transformando em valiosa sabedoria de pertencimento e investigação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

.

BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Trad. Ernani F. da Fonseca Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.


BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2.


CARVALHO, A.M.C. et al. (Org.). Brincadeira e cultura:viajando pelo Brasil que brinca.São Paulo: Casa do Psicólogo, 1992.


CRAIDY, Carmem Maria, org; KAERCHER, Gladis E., org. Educação infantil:pra que te quero?. Porto Alegre: Artmed, 2001.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio Escolar Século XXI: o minidicionário da língua portuguesa. 4 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2003.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar na Escola. Disponível na Internet via: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=270. Arquivo capturado 31 de maio 2009.


MOLUSCO, Lula. A importância de brincar na escola. (online) Disponível na Internet via: http://www.jornallivre.com.br/195025/a-importancia-de-brincar-na-escola.html.


MORAIS, Ana Maria Galeazzi. A importância do brincar no desenvolvimento infantil. Disponível na Internet via: http://www.tribunaimpressa.com.br/Conteudo/A-importancia-do-brincar-no-desenvolvimento-infantil,771,778. Arquivo capturado 26 de maio de 2009.


NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Conteúdo: v. 1. Simbolismo e jogo. Porto Alegre: Prodil, 1994

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997.


OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.


REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.


Revista Maringá Ensina nº 10 – fevereiro/abril 2009.Aimportância da formação lúdica para professores de educação infantil. Rúbia Renata das Neves Gonzaga. (p. 36-39).


Revista Maringá Ensina nº 10 – fevereiro/abril 2009. Brincar é passa tempo? Elaine Regina Machado. (p.18-19).


Revista Maringá Ensina nº 12 – julhoagostosetembro 2009. A criança e o faz de conta. Vera Lúcia Camara F. Zacharias. (p. 36-37).


SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Vozes, Petrópolis, 2002.

VALLE, Ribeiro do. O brincar. (online) Disponível na Internet via: http://www.ribeirodovalle.com.br/brincar.htm >. Acesso em 10 maio de 2009.


VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente. 6ª ed. São Paulo, SP. Martins Fontes Editora LTDA, 1998.


VYGOTSKY, L.S; LURIA, A.R. & LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.


ZANLUCHI, Fernando Barroco. O brincar e o criar: as relações entre atividade lúdica, desenvolvimento da criatividade e Educação. Londrina: O autor, 2005.


[1] Artigo Final elaborado como requisito parcial para obtenção do grau de licenciado/bacharel em Pedagogia, sob a Orientação da Professora Esp. Maria Ângela Garcia de Almeida. Centro Universitário de Maringá – CESUMAR, Maringá – Paraná, Novembro de 2009. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.


[2] Acadêmica do 4º ano de Pedagogia Noturno do Centro Universitário de Maringá – CESUMAR, Maringá – Paraná. Professora de Educação Infantil de Instituição Privada. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

http://monografias.brasilescola.com/educacao/a-importancia-brincar-na-educacao-infantil.htm

http://www.ufrrj.br/graduacao/prodocencia/publicacoes/desafios-cotidianos/arquivos/integra/integra_SILVA%20e%20SANTOS.pdf

http://www.uninove.br/marketing/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Natali.pdf

MACEDO, Lino de. Faz-de-conta na escola – a importância do brincar. Revista

Pátio – Educação Infantil. Ano I - Nº 03, Dez. 2003 – Mar. 2004.

MARCELLINO, Nelson Carvalho (org.). Lazer e recreação: Repertório de

atividades por fases da vida. 1ª edição. Campinas, SP: Papirus, 2006

MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo-sucata e a criança - A importância

Revista Eletrônica Saberes da Educação – Volume 5 – nº 1 - 2014