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Tânia Rosa Batista

a importância da leitura nas series iniciais

 

 

Artigo cientifico apresentado a Universidade Candido Mendes–UCAM, como requisito parcial para a obter do titulo de especialista em (Docência na Educação Infantil e anos iniciais).

 

Resumo

 

O artigo buscou priorizar a importância da leitura, analisando através da pesquisa as principais dificuldades que os alunos apresentam para ler e escrever, são decorrentes de vários fatores, porém enfatiza-se os mais importantes como: falta de acompanhamento individual tanto da família como da escola, falta de paciência dos professores, recursos inadequados, bem como a responsabilidade da família em manter as crianças na escola. A fundamentação teórica se deu por vários autores como Paulo Freire, Eliana Yunes, Maria Metencio, Marisa Lajolo, Claudino Piletti, entre outros onde ajudaram a desenvolver o estudo, com pensamentos significativos. Deste modo o artigo estimulou a avançar nos estudos, contribuindo assim, não só para a a prática pedagógica, mas também para vocês leitores em virtude de algumas dúvidas a respeito desse conhecimento.

 

Palavras chaves: Leitura, Aprendizagem, Conhecimento.

 

Introdução

 

O presente artigo está relacionado com tema á importância da Leitura nas Series Iniciais para alunos do ensino fundamental, sendo a peça chave “leitura interação com o mundo” referente à importância da leitura no mundo infantil de forma lúdica e atrativa, favorecendo novos horizontes por meio da leitura.

O principal objetivo é analisar o incentivo aos alunos a ter o interesse pela leitura de forma prazerosa, observando a construção de cidadãos autônomos, críticos e transformadores da realidade, pois é por meio da leitura que se adquire uma maior compreensão de mundo.

Em dias atuais em que os alunos estão mais no mundo das novas tecnologias, sente-se a necessidade de proporcionar um ambiente com livros, resgatando o mundo mágico da leitura, pois estão cada vez mais distante do mundo infantil e atual, dessa forma o artigo verifica através da leitura a constante auxiliar os alunos a criarem uma intimidade com o mundo da escrita, enfatizando também que valera não somente para as aulas de português, mas em todas as disciplinas presentes, pois sabemos que um dos principais suportes escolar é o livro didático.

Para a produção e elaboração do artigo baseou-se a partir das ideias e conceitos de autores como Paulo Freire, Eliana Yunes, Maria Metencio, Claudino Piletti, Marisa Lajolo que auxiliaram na construção e fundamentação para o conhecimento sobre o tema, permitindo o desenvolvimento geral do estudo proposto.


Desenvolvimento

 

Sabe-se que a leitura é uma condição prévia para a escrita, pois bons leitores são bons escritores e tratando-se de ler, o ato deve ir além da decodificação de letras, deve levar a uma realidade em que o sujeito tenha liberdade de expressão, podendo pensar e interagir no meio em que esta inserindo, podendo assim possuir níveis de aprendizado evoluídos.

É importante enfatizar, principalmente nas séries iniciais, que independente do tipo de leitura, a criança apresenta uma grande relação com o real, onde passa a despertar sua criatividade, facilitando a comunicação e interação entre todos. É através da leitura, segundo Freire (1996), que fazemos a incorporações das informações e por meio desta adquirimos a habilidade de ver as coisas com novos significados, novas perspectivas, além do que a leitura é uma forma de nos apropriarmos da realidade na qual estamos condicionados.

Desde muito pequenos aprendemos a entender o mundo que nos rodea. Por isso antes mesmo de aprender a ler e a escrever palavras e frases, já estamos “lendo”, bem ou mal, o mundo que nos cerca. (FREIRE, 1989, p.40).

 

Na educação infantil o contato com diferentes gêneros da leitura se torna essencial para a vida do educando, entretanto a leitura poderá ser recreativa sem que o professor perca seu ponto de vista pedagógico. Entender o valor da leitura como unidade de ensino e aprendizagem é ampliar a capacidade de elaboração de novos textos, não limitando somente a reprodução.

Todos os membros da escola devem favorecer ao aluno o habito a leitura enriquecendo um mundo cultural e intelectual, trabalhando para o desenvolvimento crítico e social, levando a entender que um texto vai acima de uma simples decifração de sinais. Ao falar de leitura, muitos pensam em momentos monótonos, mas devemos ter em mente que a mesma propicia momentos prazerosos e possibilitam novas descobertas, aumentando os níveis de conhecimentos, enriquecendo o vocabulário, aprimorando a grafia e consequentemente a linguagem, evidenciando altos resultados benéficas, não apenas nas pesquisas escolares, mas principalmente em sua vida social.

A leitura constante auxilia aos alunos a criarem uma intimidade com o mundo da escrita, enfatizando também que valera não somente para as aulas de português, mas em todas as disciplinas presentes, pois sabemos que um dos principais suportes escolar é o livro didático.

Pode-se dizer que a leitura mesmo despercebida faz-se presente em nosso cotidiano, começando os primeiros sinais quando criança, no anseio de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo, de relacionar a realidade com a ficção, enfim, cada minuto que se passa estamos de certa forma, lendo.

Carlos Drummond de Andrade apud Aguiar & Doruia (2009), defendia que a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede. A escola entra como um ótimo candidato a programar a leitura nas Séries Iniciais, motivando os jovens leitores através de uma mudança de concepção, ou seja, transformando a leitura como algo agradável, fonte não apenas de informação, mas principalmente de lazer.

As fracas experiências com a leitura bloqueiam o leitor do contexto social e cultural, fazendo com que desconheça o real pensamento do homem diante da escrita, alienando-se das informações e da sua participação ativa e efetiva na sociedade. Anunciar segurança no domínio da leitura e escrita pode ser um fator indispensável para o desenvolvimento da criança, o que certamente poderá mudar a realidade em que se encontra.

A leitura, como já evidenciada, é um dos meios mais importantes para a construção de novas aprendizagens, pois garante aos nossos alunos um fortalecimento de ações e ideias, ascendendo seus conhecimentos e adquirindo novos conhecimentos, disponibilizando uma melhor análise textual.

E conforme define Carleti (2007), é de extrema importância à leitura, pois este auxilia na aquisição de saberes, na construção de cidadãos críticos para atuar na meio em que estão inseridos. O ato de ler é uma forma exemplar de aprendizagem:

Durante o processo de armazenagem da leitura coloca-se em funcionamento um número infinito de células cerebrais. A combinação de unidade de pensamentos em sentenças e estruturas mais amplas de linguagem constitui, ao mesmo tempo, um processo cognitivo e um processo de linguagem. A contínua repetição desse processo resulta num treinamento cognitivo de qualidade especial.

A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que atraímos benefícios como enriquecer o vocabulário, obter conhecimentos gerais e ter uma melhor linha de raciocínio e interpretação, ampliando como “consequência” nossos horizontes.

O constante ato de ler em um ambiente escolar leva o aluno a abranger a mente, tendo contato com as mais diversas literaturas, o auxiliando em constantes obstáculos que irão surgir no decorrer de sua vida.

A leitura não é um tema levado muito a serio, pois muitas escolas ensinam apenas a leitura mecânica para a criança, a qual devemos quebrar esse parâmetro de deduções de sinais e repetição de informações e, implantar a compreensão do assunto lido.

Segundo Oliveira e Queiroz (2009), (...) entendemos que o ensino de leitura deve ir além do ato monótono que é aplicado em muitas escolas, de forma mecânica e muitas vezes descontextualizado, mas um processo que deve contribuir para a formação de pessoas críticas e conscientes, capazes de interpretar a realidade, bem como participar ativamente da sociedade.

Acredito que a escola é uma das mediadoras para a imposição do habito de ler, pois além de formar o leitor, deve sempre trabalhar com a leitura, onde o ensino deve sempre ser pautado na criação e na crítica da realidade, por isso o papel escolar é sempre estarem disponibilizando livros, acessos a bibliotecas e historias para seus alunos, pois é através dessa ação que o mundo terá cidadãos mais reflexivos.

Para Bamberger (1987, p. 92) o desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que começa no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora, através das influências da atmosfera cultural geral e dos esforços conscientes da educação e das escolas.

Portanto, quanto antes à criança tiver essa afinidade com os livros, mais cedo ela entendera a importância da leitura e os prazeres que ela proporciona, tornando assim leitores adequados para o “mundo”.

A leitura somente é realizada quando se quer realmente ler ou quando se tem um propósito especifico para a execução. Não podemos propor uma leitura obrigatória ou desmotivada ao leitor, pois este realizara de forma mecânica, não valorizando os significados e sentidos e esquecendo logo em instantes o que foi lido.

O leitor sempre que procura algo para ler, esta em busca de benefícios para si, ou seja, procura algo em que deseja saber sobre o assunto.

Garcez (2004), fala que o objetivo da leitura é quem determina a forma de se ler, podendo ser por instruções, revisões de texto, para desenvolver o raciocínio ou para adquirir informações gerais ou precisas como buscar o numero de telefone na lista telefônica.

Sobre esse aspecto, Lajolo (2004, p. 7) esclarece:

Lê-se para entender o mundo, para viver melhor. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem costuma) encerrar-se nela.

A leitura é um ato crucial em todos os níveis de aprendizagem que vai desde o inicio da alfabetização até os diferentes graus de sua vida. A força beneficia a criança com o poder de refletir sobre distintos aspectos como o amor, a humildade, amizade, tolerância, expressando essas reflexões para o próximo.

Quando o assunto é leitura, muita se tem a discutir, pois é um dos múltiplos desafios a serem enfrentados pela escola, com o objetivo de formar leitores críticos, reflexivos e autônomos. Os trabalhos que são passados em aula, não se encaixam na verdadeira leitura, pois este passa longe dos parâmetros.

Alguns professores pouco se interessam na evolução do desenvolvimento dos alunos, onde se preocupam muita mais com a gramática e a ortografia dos alunos e pouco fazem para desenvolver no aluno a consciência de ler. Tudo deve ser baseado em um todo, onde uma elaboração de texto não se limita apenas a gramática e sim no conteúdo, nas reflexões impostas pelos alunos, ou seja, não podemos falar de modo fragmentado.

Desde crianças começamos a falar pequenas frases e em seguida conseguimos formular textos. Então não se torna necessário ensinar gramática ao aluno como o principio, dissociando de textos, pois convivemos diariamente com textos podendo ser orais, visuais ou escritos. O educador deve ter uma afinidade extrema com o mundo da leitura, pois este terá um maior desempenho ao ministrar suas aulas, proporcionando leituras prazerosas, não mostrando aos seus alunos dificuldades ou insegurança quanto ao assunto.

Segundo Lajolo (2004, p. 106):

A literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos.

É preciso que as condições escolares de todas as matérias priorizem os textos para seus alunos, pois o professor tem um papel muito importante na vida do aluno, que é proporcionar aos alunos oportunidades de estar frente a frente com a leitura, fazendo refletirem de modo significativo já que a velocidade das novas linguagens invadiu nosso cotidiano e no intuito de igualar as novas tecnologias, a escola assimila o novo sem a devida reflexão, continuando em um ritmo de leitura pouco apropriado à formação do pensamento crítico.

Matencio (2000) aclara, também, que a leitura não é apenas um simples processo de decodificação, como praticam ainda muitas escolas brasileiras, mas ela vai além desse conceito. Para ela.

Segundo Matencio (2000, p.40), a leitura é realizada de forma visual, por movimentos dos globos oculares. Ao longo desse processo os olhos não se fixam em cada palavras, como fariam pressupor as atividades de leitura nas escolas, mas identificam um conjunto de palavras. Por outro lado o professor que o oriente nessa conduta. Ou seja, devemos quebrar esse estigma que a escola leva consigo, de ensinar apenas o mecânico para o aluno e inserir ideias que levem os professores a ter maior interesse em ensinar de forma adequada e ampla para seus alunos.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, Brasil (1996, p. 70) cogitam sobre como deve ser o ensino de língua portuguesa, enfatizando como esta tem um papel indispensável para a formação de leitores. É preciso priorizar o aluno, promovendo a eles a vontade e facilidade de ler, pois quando a leitura não é exercida, os conhecimentos se tornam escassos, os vocabulários pobre e é nesse espaço que o professor é o principal mediador, tendo a responsabilidade em escolher bem os textos, criando assim um laço agradável entre o leitor e o texto.

 

Conclusão

O artigo proporcionou uma experiência relevante em todos os aspectos educacionais, mostrando que para acontecer o avanço na prática da leitura é preciso que os professores sejam comprometidos com seus alunos, tendo lucidez em suas aulas, implantando medidas inovadoras que estimule o hábito pela leitura.

Contudo, a leitura é essencial para a construção de sujeitos ativos, participativos e transformadores da realidade, pois quanto mais experiências adquirimos, mais tomamos gosto pela leitura, assim teremos uma maior autonomia nas nossas escolhas.

Dessa forma observa-se que o uso dos meios de incentivo a leitura são efetivos para desenvolver um bom leitor, pois com este desenvolvimento, o leitor terá uma maturidade reflexiva e critica e devido a esse paradigma é necessário que o professor seja um leitor apto.

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

AGUIAR, F. & DORIA, O. (Orgs.). A escola e a letra. São Paulo: Boitempo, 2009.

 

ALVES, Maria Freire. EDUFG. editora da Universidade Federal de Goiás – 1993.

 

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 1988.

 

BRASIL, Secretaria de educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

 

CARLETI, Rosilene Callegari. A leitura: um desafio atual na busca de uma educação globalizada. ES, 2007. Disponível em: < http://www.univen.edu.br/revista > Acesso em: 13 set. 2017.

 

CERQUEIRA, Silvia. VÍDEO: A Menina que odiava livros. 2011. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=1-1X1EXWaJU >. Acesso em: 20 set. 2017.

 

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se completam. 23° ed. São Paulo: Coleções polêmicas do nosso tempo, 1989.

 

GARCEZ, Lucília Helena do Carmo. Técnica de redação: O que é preciso para bem escrever. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

 

KRIEGL, Maria de Lourdes de Souza. Leitura: um desafio sempre atual. Revista PEC, Curitiba. 2002.

 

LAJOLO, Marisa No mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo, SP: Ática, 2004.

 

MATENCIO, Maria de Lourdes Meirelles. Leitura, produção de texto e a escola, reflexão sobre o processo de letramento. São Paulo, Mercado de Letras, 2000.

 

MINAYO, Maria Cecília de S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.