METODOLOGIA APLICADA NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LEITURA NA ALFABETIZAÇÃO
Juciele de Araujo Ferreira1
Vanessa Galvani da Silva2
Claudia Aranha Carvalho³
RESUMO
Objetivou-se com este estudo verificar como está acontecendo o processo de aquisição da leitura, bem como a metodologia aplicada e suas principais dificuldades neste processo. A presente pesquisa foi realizada na Escola Estadual Professora Marines Fátima de Sá Teixeira através de questionários com 07 (sete) professores da mesma. Utilizou-se no processo o método monográfico e estatístico. Já para analisar e discutir os dados obtidos por meio destes questionários utilizou-se de gráficos e confronto teórico para dar um maior entendimento a cerca dos assuntos em pauta, no qual facilitaram a demonstração dos resultados. Entre estes resultados pode-se destacar a falta de incentivo das famílias a cerca da leitura, sendo citado por todos os professores como uma grande dificuldade no processo de aquisição da mesma. Apontaram também que o uso de diferentes tipologias textuais facilita o processo de aquisição de leitura, pois permite ao aluno descobrir qual tipo de leitura lhe agrada. Já no que diz respeito à metodologia aplicada observou-se que os profissionais buscam aplicar atividades diferenciadas amparadas por projetos de leitura sendo estes organizados diariamente ou semanalmente. Assim, conclui-se que o processo de leitura na alfabetização acontece de maneira gradativa e necessita de metodologia diferenciada. Embora a família tenha papel fundamental neste processo auxiliando e incentivando as crianças a entrarem no mundo da leitura, percebe-se que ainda é a escola que assume a maior responsabilidade em transformar as crianças em futuros leitores.
Palavras-chaves: Família. Leitura. Professores.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho buscou analisar como está ocorrendo o processo de aquisição da leitura nos anos iniciais, suas principais dificuldades e avanços apresentados, além da metodologia aplicada pelo professor.
O processo de ensino aprendizagem precisa ser constituído de maneira que a leitura e a escrita sejam desenvolvidas em uma linguagem adequada e significativa, a leitura é uma atividade extremamente importante para qualquer ser humano, por meio dela podemos alargar nosso vocabulário, melhorar a escrita, ortografia e a capacidade de compreensão. A mesma constitui um enorme escudo contra o processo de alienação, no entanto isso só é aceitável a partir do momento em que o sujeito compreende o que lê, ou seja, é apto em ler além do texto, e apresenta desempenho crítico e social, dando ao ser humano o direito à opção, a um posicionamento adequado da realidade e para se tornar uma pessoa bem desenvolvida precisa ser um bom leitor.
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
A alfabetização é um processo no qual a criança aprende a ler e escrever, durante este processo a criança deve ter conhecimento sobre a função social da linguagem e como ela funciona. O processo de ensino aprendizagem precisa ser constituído de maneira que a leitura e escrita sejam desenvolvidas numa linguagem adequada e significativa. A leitura e a escrita estão presentes em nosso dia-a-dia antes mesmo de ingressarmos na vida escolar. Ler é um ato extremamente rico e complexo, cada pessoa tem uma maneira diferenciada de entendimento, portanto, uma leitura feita por duas pessoas nunca será a mesma, cada uma interpretará o texto de uma maneira.
Para Solé (1998, p. 22) “leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto; neste processo tenta-se satisfazer os objetivos que guiam sua leitura. O leitor constrói o significado do texto. Isto não quer dizer que o texto em si mesmo não tenha sentido ou significado”.
Inicialmente o leitor busca os elementos do texto, as letras, as palavras e as frases, com a ampla desenvoltura que ele tem de decodificação podendo compreender o texto inteiramente, e quanto mais conhecimento o leitor ter a respeito do texto, mais oportunidade terá para interpretá-lo.
Para ler, é necessário dominar as habilidades de decodificação e aprender as distintas estratégias que levam à compreensão. Também se supõe que o leitor seja um processador ativo do texto, e que a leitura seja um processo constante de emissão e verificação de hipóteses que levam à construção da compreensão do texto e do controle desta compreensão de comprovação de que a compreensão realmente ocorre.
(SOLÉ, 1998 p. 24)
Ler não é simples, da mesma maneira que escrever também não é, entretanto os dois são atividades essenciais no desenvolvimento de qualquer pessoa, por meio da leitura podemos ampliar nosso vocabulário, aprimorar a escrita, ortografia, e a capacidade de compreensão.
Para Cagliari (2009, p. 130) “é muito mais importante saber ler do que saber escrever”.
Ainda de acordo com o autor:
A grande maioria dos problemas que os alunos encontram ao longo dos anos de estudo, chegando até a pós-graduação, é decorrente de problemas de leitura. O aluno muitas vezes não resolve problemas de matemática, não porque não sabia matemática, mas porque não sabe ler o enunciado do problema.
(CAGLIARI, 2009 p. 130)
A leitura é uma atividade que está relacionada ao sucesso, tanto social quanto o econômico, cabe à escola mais o que alfabetizar e possibilitar a seus alunos o domínio de um código espera-se dela a formação de bons leitores. Mas a escola não é única instância que interfere no processo de formação do leitor, sendo necessário considerar fatores conjunturais.
O ato de ler ativa uma série de ações na mente do leitor. Por meio delas, ele extrai informações. Essas ações são denominadas estratégias de leitura e na sua maioria passam despercebidas da consciência. Elas ocorrem simultaneamente, podendo ser mantidas, modificadas ou desenvolvidas durante a apropriação do conteúdo.
(NASPOLINI, 2009 p.20).
Para Naspolini (2009) o processo de leitura ocorre em cinco setores, à primeira é a seleção, quando nossa mente seleciona do texto só aquilo que realmente lhe importa; a segunda é a predição, presunções que o leitor faz adiantando os dados; o terceiro é a inferência, a complementação que o leitor fornece ao texto, a partir das suas informações antecedentes; o quarto autocontrole trata-se de analisar as predições e inferências, confirmando-as ou refutando-as, com o intuito de garantir a compreensão; o quinto é a autocorreção, quando as expectativas elevadas pelas estratégias de predição não são sancionadas.
Para ler, por exemplo, o leitor deve extrair o conteúdo de um texto que está fora dele. Compreender o conteúdo é muito mais do que decodificar as palavras que estão escritas. Para compreender o texto, o leitor emprega uma série de estratégias (Operações mentais) e sofre interferência de suas experiências prévias e de seu conhecimento do mundo. O conteúdo é apresentado através de uma forma: o jeito de o texto ser comunicado aos leitores (gênero textual, portador, vocabulário, estrutura das frases, etc. (NASPOLINI, 2009 p. 65)
Ler não é uma ação automática, precisa ser uma ação prazerosa inteiramente desligada da ideia de obrigatoriedade. Para ler é necessário que o leitor analise bem o texto, o que ele realmente crê que é interessante, se preciso for releia o texto quantas vezes for necessário. Quem não adquiriu o hábito da leitura desde pequeno, dificilmente se tornar um bom leitor, percebe-se que ler é essencial para se conseguir algo nesta vida. De acordo com Frantz (2011, p. 25) “a leitura se torna uma necessidade vital para o ser humano, indispensável à sua vida, pois lhe revela o seu próprio eu, ao mesmo tempo em que lhe dá instrumentos para melhor conhecer o mundo em que vive”.
A formação de leitores se dá a partir de prática constante de leitura. Os professores podem estar trabalhando com a produção de leitura já na pré-escola, desenvolvendo atividades que estimulem os alunos a essa prática. Desde pequenas as crianças constroem conhecimentos sobre a leitura, o educador pode estar aproveitando os conhecimentos que os alunos já possuem para em seguida transformar esses conhecimentos em aprendizagem sistemática.
Em algumas ocasiões, quando se fala de contexto motivador, referimos prioritariamente à existência de matérias e livros adequados. Em minha opinião, a riqueza de recursos sempre deve ser bem recebida, porém me parece que o que mais motiva a criança a ler e escrever é ver os adultos que tenham importância para elas lendo ou escrevendo, assistir à leitura em grupos pequenos ou grandes, tentar e sentir-se aprovadas em suas tentativas. (SOLÉ 1998, p. 63)
Não é apenas a escola responsável pela formação do aluno, tanto a escola quanto a família são importantes na construção de uma aprendizagem significativa. A interação da família com a escola pode trazer benefícios preciosos para o aluno, acredita-se que o anseio pela leitura, por parte das crianças pode começar dentro de seu ambiente familiar. Segundo López (2009, p. 82) “A eficácia da educação escolar depende do grau de implicação, enfim, do grau de participação dos pais.” É importante que os pais acompanhem o processo de leitura de seu filho, deve incentivá-lo a essa prática assim a criança se interessará cada vez mais em aprender.
O educador também deve buscar elementos que levam os alunos a sentir o prazer pela leitura e escrita, estimulá-los continuamente, a forma de organizar a sala de aula pode proporcionar uma aula prazerosa de leitura e escrita, saber aproveitar o espaço que tem o educador, é capaz de proporcionar grandes aprendizagens e interações entre as crianças. Abramovich (1997, p. 24) diz que: “Ouvir histórias é viver um momento de gostosura, de prazer, de divertimento dos melhores... É encantamento, maravilhosamente, sedução... O livro da criança que ainda não lê é a história contada”.
A contação de história feita pelo professor e também pela própria criança contribui para o desenvolvimento da sua linguagem oral. Para Abramovich (1997, p. 24) “Uma das atividades mais fundantes, mais significativas, mais abrangentes e suscitadoras dentre tantas outras é a que decorre de ouvir uma boa história, quando BM contada.” Ao contar histórias às crianças expõem sua imaginação e a sua capacidade criadora, o ouvir histórias instigam nas crianças o seu pensar, dramatizar, brincar e o desenhar, a criança tem a capacidade de expor tudo isso contando histórias por meio de ilustrações.
É importante ressaltar que para o educador formar grandes leitores, primeiro o mesmo tem que ser um leitor, é indispensável o conhecimento da literatura infantil e juvenil.
É fundamental envolver os professores, principalmente os da educação infantil e juvenil, porque é nessas etapas que se forma o leitor, é ai que se pode incutir o “vício” positivo da leitura que se prolonga pela vida inteira – se o professor não tem esse “vício”, não consegue transmiti-lo. E não se trata só do papel do professor, é preciso criar, na escola, um clima literário. (SOARES, 2012 p. 13)
Quanto mais cedo for iniciado o processo de formação do leitor, maior será sua probabilidade de sucesso, o hábito de leitura é um grande estímulo á criatividade, concentração, imaginação e a capacidade verbal, os livros precisam estar presentes no cotidiano das crianças. É fundamental que elas aprendam a buscar conhecimentos mediante a leitura, o livro é uma ampla janela para o desenvolvimento da criança em todos os sentidos. Zilberman (2003, p. 27) afirma que: “Seja pelo conto de fadas, pela reapropriação de mitos, fábulas e lendas folclóricas, ou pelo relato de aventuras, o leitor reconhece o contorno no qual está inserido.” A literatura é de grande importância no contexto escolar a mesma desempenha uma função formadora. Um dos tipos de livros que mais atraem as crianças são os contos de fadas, as histórias apontam para o fantástico, revela o admirável, os contos alargam a capacidade de compreensão das relações humanas, seus medos, angústias, além de estimular a criança na resolução de seus problemas.
O professor deve sugerir para os alunos livros que apresentam qualidade literária, e que altere as leituras feitas em sala, nesse processo a criança forma textos orais curtos e simplificados, evoluindo com a prática para textos mais abertos e organizados. A leitura de obras literárias à criança em fase de alfabetização não só aproxima ao livro como fonte de informação e prazer, como exerce um papel enorme no desenvolvimento da expressão verbal. Frangonezi (2003, p. 6), diz: “Para haver uma leitura compreensiva é necessário ir além da simples decodificação.” Ao utilizar livros de literatura infantil, o educador estará proporcionando ao aluno acesso a diferentes ideias e conhecimentos, os livros literários devem ser fascinantes e variados.
Como os contos de fadas são histórias que as crianças ouvem desde muito pequenas e repetidas vezes, pois elas lhes causam grande fascínio, é comum terem sobre elas um bom nível de apropriação, seja no aspecto do conteúdo da história (sequência de fatos, personagens etc.), seja em relação à linguagem, a qual são capazes de reproduzir, às vezes, de memória, ou ainda no que diz respeito á sua estrutura: há sempre um estado inicial de equilíbrio, depois aparece um conflito que desencadeia as ações, e , por fim, há a resolução do conflito. (BALDI, 2009, p. 133)
Um texto escrito pode ser compreendido e interpretado pelas pessoas que produz o escrito como uma concretização da fala. Esse tipo de leitura acontece frequentemente nos anos iniciais da escola, e em delicadas circunstâncias para a maioria das pessoas. A leitura traz grandes benefícios aos seres humanos através da mesma adquirirem conhecimentos e enriquecimentos culturais, sendo ela é uma forma de lazer e de distração. De acordo com Cagliari (2009, p. 137) “uma leitura pode ser ouvida, vista ou falada. A leitura oral é feita não somente por quem lê, mas pode ser dirigida a outras pessoas, que também leem o texto ouvido”. A leitura ouvida equivale a tudo que ouvimos, a visual é aquela feita silenciosamente muito comum entre as pessoas.
A leitura oral, falada ou ouvida, processa-se foneticamente de maneira semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção auditiva fala para a decodificação do texto, precisa pôr em ação os mecanismos de decifração da escrita. (CAGLIARI, 2009, p. 139)
A ação da escola na construção de um país mais justo é essencial, e ela se concretiza pelo ato educativo. Dessa maneira o trabalho do educador é complexo e importante que não pode ser repentino. Cada docente conhece seus alunos, tem conhecimento do que vai ensinar, para quê e como praticará isso ao longo do trabalho educativo.
Planejar é prevenir e preparar as ações com determinadas finalidades, para se conseguir atingir os objetivos, quando um professor, prepara um planejamento é importante ter em conta que o seu ato profissional necessita ser pensado em termos de otimismo critico, ou seja, o professor precisa ter claro que as alternativas que faz quando organiza seus planos, e as direções que imprime no proceder de cada aula devem ser ligadas com o projeto da escola, assim como uma perspectiva crítica e transformadora da realidade.
Ao planejar um trabalho de leitura, o educador precisa levar em conta três fatores:
Multiplicidade de gêneros; trazer para a sala de aula os mais variados gêneros, para serem lidos. Eles estão organizados em cinco agrupamentos, o narrar, relatar, expor, e descrever ações. Enfoques: Desenvolver um trabalho de compreensão de texto que envolve o conteúdo, a superestrutura esquemática e o discurso presente no texto.
Estratégias: Estimular as ações mentais de um aluno enquanto lê. (NASPOLINI, 2009 p.65)
O lúdico é uma ação pedagógica que tem como enfoque o desenvolvimento e a construção da linguagem, sons, imagens, gesto, fala e a escrita. Por meio dos jogos e brincadeiras podemos proporcionar aquisição de novos conhecimentos, e ampliar as habilidades de forma natural e agradável.
De acordo com Rosa (2011) nas series iniciais as possibilidades de orientação da criança, tão importante para leitura, dependem do desenvolvimento do esquema corporal. Muitos problemas de leitura apresentados pelas crianças podem ser percebidos na confusão das letras simétricas pela inversão do sentido.
A criança que tem distúrbio de esquema corporal, na medida em que controla uma ou outra região de seu corpo apresentará defeitos de coordenação ou associação de gestos e será lento ao organizar sua ação, sinal de falta de disponibilidade motora. Consequentemente, aparecerão dificuldades de aprendizagem da leitura e escrita. (ROSA 2011, p. 26)
Para que a criança adquira a leitura é indispensável que possua, além da competência de simbolização, de verbalização, de ampliação intelectual, algumas habilidades pessoais essenciais. Ela necessita possuir concentração, capacidade de memorização e noção de lateralidade, além disso, possuir ainda orientações espaciais e temporais. Os exercícios corporais tendem, basicamente, ao longo da escolaridade, garantir o desenvolvimento harmonioso dos elementos afetivos e intelectuais da personalidade da criança.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Área de estudo
A pesquisa teve como finalidade a cidade de Alta Floresta, encontrada no extremo norte de Mato Grosso, a 830 km de Cuiabá. O estudo foi realizado na Escola Estadual Professora Marines Fátima de Sá Teixeira, localizada na Av. Ludovico da Riva Neto, nº 1702. A escola funciona no período matutino e vespertino atendendo alunos do 1° ano ao 9° ano. O quadro de funcionários da escola é composto pela diretora Matilde Poli Colodel, conta com o apoio de duas coordenadoras pedagógica, duas professoras de Sala de Recurso Multifuncional, duas articuladoras do ciclo de formação humana, 27 professores e 16 pessoas entre apoio e técnico administrativo educacional, totalizando uma equipe de 49 funcionários, atendendo atualmente aproximadamente 600 alunos.
3.2 Metodologia
A pesquisa caracteriza-se como levantamento de dados, foi aplicado a técnica de observação direta extensiva, através de questionários. O questionário aplicado conteve 20 questões sendo 06 (seis) questões com perguntas fechadas e 14 (quatorze) questões com perguntas abertas, tendo como objetivo analisar como está ocorrendo o processo de aquisição da leitura, as principais dificuldades e avanços apresentados pelos alunos e professores e qual a metodologia aplicada. Após foi realizado a tabulação dos dados, com os tratamentos estatísticos relacionados para um melhor entendimento das informações coletadas.
O método de procedimento utilizado foi o monográfico, no qual foi realizado um estudo com os professores da escola, com a finalidade de obter generalizações. E o estatístico, que depois permite obter, de conjuntos complexos, representações simples e constata se essas verificações simplificadas têm relações entre si.
A pesquisa foi realizada com 06 (seis) professores e uma coordenadora todos do sexo feminino, com faixa etária de 25 a 45 anos. Estes foram lidos e tabulados através da regra de três simples. Apresentam-se, a seguir, as perguntas, suas respostas tabuladas e uma representação gráfica, para dar uma visão mais ampla dos resultados obtidos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A diante, serão apresentados, estudados e debatidos os principais dados da pesquisa, visando verificar a confirmação das hipóteses. O contato da criança com o universo literário e com o lúdico na fase inicial da alfabetização proporciona benefícios preciosos no desenvolvimento da linguagem, porém as atividades repetitivas não permitem que a criança construa sua aprendizagem de forma significativa. Diante destas inquietações a pesquisa teve origem na seguinte problemática: Averiguar quais os métodos utilizados pelas professoras no processo de aquisição da leitura na alfabetização? Em presença dessa problemática levantaram-se hipóteses, e através dos 07 (Sete) questionários respondido pelos professores da Escola Estadual Professora Marines Fátima de Sá Teixeira, no ano de 2013, obtendo os resultados expostos a seguir.
Para traçar o perfil dos professores entrevistados, foram utilizadas as perguntas 1,2, 3, 4, e 5, que dizem respeito ao sexo, idade, formação, tempo de trabalho na instituição e com qual turma trabalha. De acordo com os questionários respondidos, constatou-se que os entrevistados, são todos do sexo feminino, com a idade de 25 á 45 anos, todos com graduação em pedagogia, e trabalham na instituição de 4 a 8 anos com as turmas de 1° ao 5 ° ano.
Os gráficos abaixo dizem a respeito à hipótese A: É importante que os professores trabalhem com obras literárias, pois as mesmas estimulam a imaginação infantil, enriquem o vocabulário descobrindo novas palavras e novos significados. Ao analisar as respostas notamos que a hipótese A foi comprovada.
Gráfico 5: Em sua concepção quais as obras literárias que mais atraem os alunos?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Conforme as respostas dos professores pode-se analisar no gráfico 5 que as obras literárias que mais atraem os alunos está pautada sobre três pilares. A maioria acredita que os contos e fábulas, contos e poemas e aventuras também foram abordados. Quando o educador trabalha com obras literárias pode viabilizar o encontro da criança com o mundo da leitura, utilizá-las em sala de aula proporcionando aos alunos diferentes ideias e conhecimentos. Ouvir esses tipos de histórias é entrar em um mundo encantador, as mesmas excitam nas crianças o seu pensar, o dramatizar, o brincar e o desenhar.
De acordo com Zilberman (2003, p. 170).
O contato com a literatura infantil se faz inicialmente por seu ângulo sonoro: a criança ouve histórias narradas por adultos, podendo eventualmente acompanhá-la com os olhos na ilustração. Essa introduz a epiderme gráfica do livro, de modo que a palavra escrita apresenta-se em geral como derradeiro elo de uma cadeia que une o indivíduo à obra literária. Contudo, tão logo ela se instala no domínio cognitivo de um ser humano, converte-o num leitor, isto é, modifica sua condição. Portanto, é a posse os códigos de leitura que muda o status da criança e integra-a num universo maior de signos, o que nem a simples audição, nem o deciframento das imagens visuais permitiam.
Gráfico 13: Em sua concepção quais os benefícios em utilizar a literatura como instrumento pedagógico na aquisição da leitura?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
As obras literárias contribuem para o processo de aprendizagem tanto da leitura quanto da escrita. Conforme as respostas dos professores pode-se analisar que a sua maioria crê que os benefícios em utilizar a literatura como instrumento pedagógico na aquisição da leitura é despertar o interesse pela leitura. Frantz (2011, p. 16) “o texto literário é fator imprescindível no processo de formação do leitor. É a porta de entrada para o mundo da leitura.” Como o educador trabalha está prática influência muito, quais as obras literárias, como está o espaço da sala de aula, de que forma está explorando as mesmas. Todos esses requisitos contribuem para que as crianças fiquem entusiasmadas e desenvolvam o gosto pela leitura.
Segundo Frantz (2011. p. 16) “a literatura infantil, por seu caráter lúdico-mágico é o caminho natural, a chave mágica que abre a porta de entrada principal que dá acesso ao mundo da leitura e a tudo o que ela pode nos proporcionar”.
Gráfico 14: De que forma você trabalha com a literatura na exploração de novas palavras?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
De acordo com o gráfico 14 analisou-se que a maioria trabalha através de leitura de livros e texto na exploração de novas palavras.
De acordo com Frantz (2011, P. 18).
Se o professor das séries iniciais tiver sucesso em iniciar seus alunos pelos caminhos da leitura através da literatura, e os professores das etapas seguintes derem continuidade a esse trabalho, temos certeza de que a escola brasileira conseguirá dar um grande salto de qualidade e o professor-alfabetizador, bem como os demais, terão cumprido da melhor forma a sua maior tarefa como educadores.
A literatura é um recurso indispensável durante o processo de alfabetização, a mesma permite que o processo de ensino aprendizagem torne-se mais prazeroso. Além de ampliar sua criatividade, a imaginação, faz com que a criança adquire novos conhecimentos e tome o prazer pela leitura.
O gráfico abaixo diz a respeito à hipótese B: A criança que não tem acesso a livros e materiais impressos em casa, apresenta dificuldade na construção da linguagem oral e escrita. Conforme as respostas dos professores verificou-se que a hipótese B pode ser confirmada.
Gráfico 4: Em sua opinião as crianças quem em casa não tem acesso a livros e materiais impressos apresentam dificuldades na construção da linguagem oral e escrita?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Mediante a análise do gráfico 4 verifica-se que segundo a opinião dos professores os alunos que não tem acesso a livros e materiais impressos no âmbito familiar apresentam dificuldades na construção da linguagem oral e escrita. As crianças que não tem acesso a esses materiais em casa ficam em desvantagem perante aquelas que residem em um ambiente onde os pais permitem esse acesso diariamente. É importante que os pais promovam, incentivem e acompanhem a leitura de seus filhos, pois assim as crianças interessarão cada vez mais em aprender. Abramovich (1997, p. 16) articula que: “como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão o mundo.” O hábito de ler precisa ser estimulado desde cedo, assim a criança se torna mais preparada para os desafios e para a vida.
Os gráficos abaixo dizem respeito à hipótese C: As atividades psicomotoras contribuem extremamente no desenvolvimento da criança no processo de alfabetização. Analisando o gráfico 10 e 11, percebemos que os resultados obtidos confirmam a hipótese C levantada.
Gráfico 10: Em sua opinião a psicomotricidade auxilia no processo de alfabetização dos alunos? Justifique sua resposta.
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Mediante ao diagnóstico verifica-se no gráfico 10 que a maioria acredita que a psicomotricidade auxilia no desenvolvimento total da criança. Mas também podemos observar que tem professores que acreditam que a mesma auxilia apenas no movimento. O periodo de alfabetização é de grande importância para a trajetória escolar da criança e a psicomotrocidade auxilia durante este processo, contribuindo para o desenvolvimento pleno da criança, auxiliando no desenvolvimento da lateralidade, coordenação motora, noções de espaço e tempo, agilidade, equilíbrio, no aspecto afetivo e social, e na capacidade de analise.
De acordo com Rosa (2011, p. 44).
Ao incluir-se a escrita junto com a leitura, vê-se que aprender a ler é uma tarefa dificílima para uma criança de 7 anos. Neste momento as habilidades psicomotoras incluem destreza manual e digital, coordenação mão-olhos, resistência à fadiga e equlíbrio físico.
Gráfico 11: A psicomotricidade é considerada como uma educação de base no processo educacional? Por quê?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Conforme as respostas dadas, pode-se analisar no gráfico 11 que a maioria crê que a psicomotricidade é considerada como uma educação de base no processo educacional e que a mesma auxilia no processo cognitivo da criança. A psicomotricidade condiciona todos os aprendizados durante o período escolar, proporcionando o desenvolvimento de diferentes áreas do conhecimento, como aquisição motora, limites, lateralidade, noções de espaço e entre outras. Quando não são desenvolvidas essas habilidades o aluno certamente terá dificuldades no seu processo de ensino aprendizagem e em seu relacionamento social.
O gráfico abaixo diz respeito à hipótese D: É importante que no âmbito familiar as crianças recebam o incentivo dos pais, e que os mesmo proporcionem momentos de leituras aos seus filhos. Ao apurar as respostas notamos a hipótese levantada foi comprovada.
Gráfico 7: Os pais que em casa incentivam a leitura dos seus filhos estão auxiliando no processo de aquisição da leitura dos mesmos? Justifique sua resposta.
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
De acordo com o gráfico 7 pode-se analisar que o incentivo dos pais auxilia no processo de aquisição da leitura dos alunos. São grandes as vantagens quando se incentiva a leitura das crianças, principalmente quando essa iniciativa começa em casa.
Cagliari (2009, p. 154) afirma:
Algumas crianças, antes de entrar para o 1° ano, têm contato com muitos textos que lhes são lidos, vêem livros, revistas e jornais no seu dia a dia. Porém, outras não têm livros, nem revistas, nem jornais em casa e começam a se familiarizar com livros somente na escola, onde se defrontam com alguns, entre eles a cartilha ou o livro de histórias pedido pelo professor. Passam nove anos na escola de ensino fundamental e a bagagem de leitura é mínima
Para que o processo de leitura aconteça corretamente é necessário que haja um trabalho em conjunto, família e aluno e educadores. Os pais devem incentivar a leitura aos seus filhos desde a infância, as crianças que tem o hábito da leitura desde cedo desenvolvem mais rápido o senso crítico e apresenta maior facilidade de compreensão. Os educadores precisam trabalhar com uma metodologia adequada para que o desenvolvimento do aluno seja contínuo.
Gráfico 1: Qual a maior dificuldade enfrentada por você professor no processo de aquisição da leitura dos alunos?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
De acordo com o gráfico 1 observou-se que a maior dificuldade encontrada pelos professores de alfabetização está pautada sobre três pilares principais. Sendo que a maioria acredita desenvolver o hábito da leitura, portanto a falta de incentivo familiar também foi elencada, e por último o não cursar a pré-escola.
Ao depararmos com este tipo de resposta podemos observar que os professores apontam e articulam as dificuldades em diferentes dimensões. Mas vale ressaltar aqui que embora o nome seja pré-escola não é função desta preparar o aluno para a alfabetização, mas sim trabalhar a criança na sua totalidade garantindo seu desenvolvimento em todas as dimensões, mas os professores podem estar desenvolvendo atividades que estimulem os alunos a prática constante de leitura.
Para que o educador possa desenvolver o hábito da leitura, o mesmo não deve trabalhar com atividades repetitivas, mas sim de forma prazerosa e gratificante. De acordo com Frantz (2011, p. 20) “caso quiser prolongar o prazer dessa leitura ou explorá-la sob outros ângulos, cuidará de propor atividades lúdico-artísticas afinadas com o texto literário infantil”.
Gráfico 2: Em sua opinião a leitura dos alunos da escola está?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Após a análise do gráfico 2 constatou-se que a grande maioria dos professores acredita que a leitura dos alunos esteja de forma adequada ao seu nível. López (2009, p. 84) diz: “Se não se concretizar tal participação da família na escola, não se pode alcançar uma educação coordenada e eficaz dos filhos.” Sabendo que é a escola o primeiro espaço legitimado de produção da leitura e da escrita de forma consciente pela criança, vale ressaltar que a mesma não é a única instância que interfere nesse processo deve ser uma parceria entre a escola e a família, acredita-se que o anseio pela leitura, por parte das crianças pode ter início dentro de seu âmbito familiar.
Gráfico 3: A escola juntamente com os docentes está proporcionando acesso a leitura aos alunos?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Percebe-se no gráfico 3 que a escola juntamente com os docentes está proporcionando acesso à leitura aos alunos diariamente, pois, por meio da leitura podemos enriquecer o nosso vocabulário, dinamizar o raciocínio lógico e a interpretação textual, estimulando o hábito da leitura e contribuindo assim para o seu crescimento cultural.
De acordo com Cagliari (2009, p. 130) “A atividade fundamental desenvolvida pela escola para a formação dos alunos é a leitura. È muito mais importante saber ler do que saber escrever. O melhor que a escola pode oferecer aos alunos deve estar voltado para a leitura”.
Gráfico 6: Em sua opinião a leitura é uma atividade que está ligada essencialmente a escrita? Por quê?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
De acordo com o gráfico 6 analisou se a leitura é uma atividade que está ligada essencialmente a escrita. A leitura e a escrita andam juntas, para se escrever bem é necessário que tenha o hábito da leitura através da mesma podemos adquirir conhecimentos, ampliar nosso vocabulário, aperfeiçoar nossa capacidade de escrever, e se desenvolver tanto socialmente quanto culturalmente. Precisa-se pelo menos hoje ter um conhecimento básico da leitura e da escrita, pois é um fator eliminatório na busca de qualquer emprego.
Segundo Fregonezi (2003, p. 3).
A leitura é uma atividade essencial na vida do homem de nosso século. É através dela que se obtêm informações, que se entra em contato com as novas descobertas, que se aprende a regular os comportamentos do homem em seu convívio social... Enfim, se fôssemos enumerar todos os momentos de nossa vida em que a leitura se faz presente, não haveria certamente, limites de espaço.
Gráfico 8: Quais as principais dificuldades apresentadas pelos alunos durante o processo de alfabetização?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Conforme as respostas acima se pode analisar que a principal dificuldade enfrentada pelos alunos no processo de alfabetização é a falta de concentração. No processo de alfabetização é importante que o educador trabalhe de forma que motive e incentive o aluno levando o mesmo a sentir prazer pela leitura e escrita. Estimulá-los continuamente, é o primeiro passo para se tornar um bom leitor, assim ele se sentirá mais atraído pelo ato de ler descobrindo o mundo da fantasia.
Gráfico 9: A escola já trabalhou ou trabalha com algum projeto de leitura? Com que frequência?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
Como podemos perceber no gráfico 9 a escola está desenvolvendo projetos para incentivar a prática da leitura nos anos iniciais. A maioria dos professores respondeu que trabalha bimestralmente, mas a escola também desenvolve projetos anualmente. Zilberman (2003, p. 46) diz: “o ler relaciona-se com o desenvolvimento linguístico da criança, com a formação da compreensão do fictício, com a função específica da fantasia infantil, com a credulidade na história e a aquisição do saber”.
Os livros não deveriam fazer parte da vida dos alunos somente no momento que estão na escola, mas sim por toda a sua vida. Porque a criança que lê com frequência tem uma maior familiaridade com a escrita, e por meio deles as mesmas podem desenvolver sua criatividade.
Gráfico 12: Você trabalha com jogos e brincadeiras durante o processo de alfabetização?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
De acordo com as respostas dos professores verificou-se no gráfico 12 que todos trabalham com jogos e brincadeiras, sendo eles citados: bingo de letras e sílabas, jogo da memória, caça- palavras, dominós de palavras e números, e forca. É importante trabalhar com jogos e brincadeiras durante o processo de alfabetização os mesmos contribuem para o desenvolvimento da criança.
Segundo Rosa (2011, apud PIAGET, 1973, p. 38).
Os jogos e as atividades lúdicas tornam-se mais significantes à medida que a criança se desenvolve; com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstruir as coisas, o que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível a partir do momento em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita, que é o abstrato.
Trabalhar de forma lúdica torna as atividades mais interessantes e facilitadoras para o aluno, com elas os mesmos adquirem novos conhecimentos, interagem uns com os outros, aprendi a tomar decisões, criam maneiras diferentes de jogar e brincar, os alunos ficam mais atraídos quando se trabalha dessa forma.
Gráfico 15: Como as crianças reagem a mudanças de metodologia como: o lúdico e musica?
Fonte: FERREIRA, Juciele de Araujo. Questionário. Alta Floresta/MT- 2013
De acordo com as respostas dos professores verificou-se no gráfico 15 que todos afirmaram que as crianças gostam muito, se envolvem nas atividades e reagem de forma prazerosa. O professor deve inserir o lúdico no dia a dia do seu aluno, o mesmo é um meio indispensável para o processo de ensino aprendizagem. Segundo Rosa (2011, p. 41) “a ludicidade é o único método capaz de promover a alegria, a atração e o engajamento da criança com o conteúdo proposto, atingindo integralmente os objetivos do conhecimento, da afetividade do desenvolvimento sensório-motor”.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização deste artigo, percebem-se as diferentes metodologias utilizadas hoje na alfabetização no processo de aquisição de leitura. Tendo em vista que a criança hoje já nasce em um universo dotado de informações, cabe a escola aprimorar e despertar o gosto do educando pela leitura. Para isto, são criadas várias estratégias e metodologias que possam possibilitar ao aluno um contado com o mundo da leitura despertando seus gostos literários e a descobertas das várias possibilidades que leitura nos oferece. Evidenciou-se durante a pesquisa que existem muitas dificuldades enfrentadas pelos professores e pelos educando durante o processo da aquisição da leitura, sendo a falta de incentivo familiar e a concentração os mais apontados pelos professores.
Nesta perspectiva, observa-se que a escola ainda precisa avançar no sentindo, de metodologias mais adequadas para cada faixa etária, pois a maioria dos educadores possui conceitos fundamentais como psicomotricidade equivocados que dificulta uma abordagem mais precisa e um planejamento mais eficaz. A todo tempo ouvimos que os profissionais da educação devem ser um pesquisador, que busque respostas a cerca de suas práticas educativas, mas quando se deparam com questionamentos sobre seu trabalho pedagógico a repulsa é muito grande e durante a pesquisa percebeu-se muito forte este descaso com o presente trabalho.
Concluiu-se ao termino deste artigo que, os objetivos do mesmo foram confirmados e sua problemática atacada, pois segundo as respostas dos professores, o processo de aquisição da leitura na alfabetização é permeado de dificuldades e avanços apresentado tanto pelos alunos quanto pelos professores, e que cabe aos educadores juntamente com a família proporcionar a criança diferentes possibilidades, para que a criança crie suas hipóteses e suas estratégias de leitura, tornando-se assim um cidadão letrado capaz de interpretar o mundo que o cerca.
Nesse contexto, pode-se afirmar que um leitor competente reconhece a incompletude do discurso, leva em consideração pressupostos e subentendidos, o contexto situacional e histórico, a intertextualidade, explicita os processos de significação do texto, os mecanismos de produção de sentido; enfim, reconhece a formação discursiva (o que é possível dizer) e a formação ideológica.
METHODOLOGY APPLIED IN THE PROCESS OF READING ACQUISITION IN LITERACY
ABSTRACT
The aim of this study was to verify how the reading acquisition process is happening, as well as the methodology applied and its main difficulties in this process. The present research was carried out in the State School Teacher Marines Fátima de Sá Teixeira through questionnaires with 07 (seven) teachers of the same. The monographic and statistical method was used in the process. In order to analyze and discuss the data obtained through these questionnaires, the authors used graphs and theoretical analysis to give a better understanding of the issues at hand, in which they facilitated the demonstration of results. Among these results it is possible to emphasize the lack of incentive of the families around the reading, being cited by all the teachers as a great difficulty in the process of acquisition of the same one. They also pointed out that the use of different textual typologies facilitates the reading acquisition process, since it allows the student to discover which type of reading he or she likes. As far as the applied methodology was concerned, it was observed that the professionals seek to apply differentiated activities supported by reading projects and these are organized daily or weekly. Thus, it is concluded that the reading process in literacy happens in a gradual way and requires a differentiated methodology. Although the family plays a key role in this process by assisting and encouraging children to enter the world of reading, it is still the school that takes the greatest responsibility in turning children into future readers.
Keywords: Family. Reading. Teachers.
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