A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Jacqueline Marques de Oliveira1
Artigo científico apresentado à Universidade Candido Mendes, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil.
RESUMO
O lúdico na educação infantil é importante para o desenvolvimento integral da criança, tanto para o desenvolvimento motor, quanto ao social. Através dessas atividades que surgem o interesse em brincar, se movimentar, se socializar, melhorando assim, a autoestima, a concentração, confiança e relação com outras crianças. Tais atividades, por serem prazerosas, facilitam e melhora o desenvolvimento, aprendizado e aprimora habilidades naturais na criança. A finalidade deste trabalho é mostrar a importância do lúdico no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil. Para elaborar este artigo fez-se pesquisa bibliográfica nos seguintes autores: BARBOSA (2010), GALLARDO (2015), RICARDO (2011), SANTOS (2004), WAJSKOP (1998) entre outros. A ludicidade é um grande laboratório para o desenvolvimento integral da criança, que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é através das brincadeiras que a criança descobre a si mesmo e o outro, além de ser um elemento significativo e indispensável para que a criança possa aprender com prazer, funcionando como exercícios úteis e necessários à vida.
Palavras-chave: Lúdico. Aprendizagem e Desenvolvimento infantil. Jogos. Brincadeira.
Introdução
O presente Trabalho de Pós Graduação tem como área de concentração metodologia de ensino e tema O lúdico no processo ensino aprendizagem Os objetivos elencados foram Objetivo Geral: Descobrir as contribuições e benefícios da atividade lúdica e das brincadeiras para o desenvolvimento social e motor em 1criança na primeira infância. Objetivos Específicos: Descrever as características sociais e motoras nesta faixa etária. Estabelecer a relação dos jogos recreativos e o desenvolvimento social e motor de crianças. Verificar a participação e interação dos alunos nas atividades lúdicas e recreativas;
A pergunta geradora deste estudo: Qual a contribuição e benefícios em se trabalhar a atividade lúdica e as brincadeiras com as crianças na educação infantil para seu desenvolvimento social e motor?
O lúdico e as brincadeiras são importantes para o desenvolvimento integral, sendo tanto para o desenvolvimento motor, quanto social da criança. É nessa primeira fase, na infância, que deve ser trabalhado o lúdico, as brincadeiras, os jogos. Pois, é através dessas atividades recreativas que surgem o interesse em brincar, se movimentar, se socializar, melhorando assim, a autoestima, a concentração, confiança e relação com outras crianças, por serem prazerosas, facilitando e melhorando seu desenvolvimento e aprendizado, aprimorando suas habilidades naturais.
Sobre isso, o professor deve estimular o desenvolvimento social, motor, e também o emocional, trabalhar a atenção, a concentração, de maneira prazerosa e agradável, até mesmo porque a criança passa boa parte do seu dia no ambiente escolar.
Devem ser trabalhadas as habilidades naturais da criança e estimular para que se possa aprimorá-las, pois a criança é movimento e fantasia e imaginação, nas quais devem ser exploradas, como relata Gallardo e Moraes (2005, p. 33):
Para nós a criança é: movimento, ritmo, sons e cores. Todos podemos claramente visualizá-la como um ser em desenvolvimento quando observamos sua vivacidade, seu andar, correr, pular, rolar, engatinhar, equilibrar, trepar, jogar. Podemos ver também, em alguns momentos, emergir de seu interior um mundo de fantasias, fruto de sua imaginação, criando personagens, conversando com elas, fazendo-as participar de um cenário fantástico que elas mesmas elaboram.
As crianças possuem uma necessidade natural decorrer, pular, trepar, dependurar-se. O ideal é que tenham liberdade, sejam livres, para explorar as suas habilidades motoras, pois o seu desenvolvimento harmonioso, tanto físico como mental, depende de toda a movimentação que executa espontaneamente.
Desta forma devem-se proporcionar os ensinamentos básicos para seu desenvolvimento integral, através da atividade lúdica, pois elas encantam as crianças, afinal é brincando que a criança é estimulada a realizar seus movimentos explorando o máximo seu potencial motriz, conhecendo e executando novos movimentos. (GALLARDO; MORAES, 2005, p. 33).
É necessário que haja a percepção da brincadeira como um importante veículo de desenvolvimento integral na infância, para que a criança desenvolva da melhor maneira suas habilidades e o convívio com o próximo. Pois, pode-se dizer que é através das brincadeiras que a criança revela sua personalidade, suas dificuldades, suas necessidades e limitações. É através de uma simples brincadeira, ou atividade recreativa que é possível detectar a existência de algum problema que a criança pode estar passando, sendo possível assim, contribuir de alguma forma para amenizá-lo.
É de grande importância para a escola e para a sociedade conhecer os benefícios adquiridos na infância para o desenvolvimento integral da criança, através dos jogos recreativos e as brincadeiras. Há muitas pessoas que pensam que um simples brincar, ou uma brincadeira, não é vantagem, não tem importância nenhuma praticar, e sim que a criança tem que aprender a ler e escrever e ser alfabetizada; sim, isso também é realmente muito importante. Porém, mal sabem que essa “simples” brincadeira traz tantos benefícios para aquela criança.
Se a criança for muito limitada na sua infância, ou seja, impedida de realizar algum movimento, ou bloqueada na execução de alguma habilidade que possa realizar, ou quando avistar algo novo que desperte o interesse sobre determinada situação (seja para realização de movimentos, manuseio de um objeto estranho ou até mesmo ser bloqueada na busca de curiosidades e descobertas sobre o mundo ao seu redor), e não possuir o hábito e o prazer de brincar e não despertar o interesse de conhecer aquilo que é novo, isso pode influenciar negativamente no seu desenvolvimento, tanto motor como social, pois é através do movimento que a criança interage com o mundo e, é na infância que são estabelecidos as principais relações fundamentais.
Desenvolvimento
A educação infantil é um período extremamente fértil em relação á construção de novos conhecimentos, sejam eles afetivos ou cognitivos, desde o nascimento as crianças estão imersa em um universo do qual os conhecimentos lúdicos são integrante, o ensino-aprendizagem vem sofrendo mudanças no decorrer dos anos na metodologia de ensino buscando formas que facilitem o trabalho do professor no processo de mudanças referentes aos recursos didáticos principalmente os pedagógicos, que incluem os jogos, brincadeiras e brinquedos que quando usados adequadamente tornam a aprendizagem menos mecânica e mais significativa e prazerosa para as crianças. O lúdico tem conquistado um espaço na educação infantil o brinquedo é a essência da infância e permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento da criança. Ela estabelece com o brinquedo uma relação natural e consegue extravasar suas angústias e entusiasmos, suas alegrias e tristezas, suas agressividades e passividades. Santos (2004, p. 12) relata sobre a ludicidade como sendo:
“(...) uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento.”
A brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil, na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados possibilitando o aprendizado e a expansão da criatividade, fortalecendo sua socialização e estimulado assim, sua liberdade de expressão. (OLIVEIRA,1994). Para criança não existe um tempo determinado para realização de suas práticas recreativas e brincadeiras, ela vivencia a essência do brincar, da recreação através dos jogos, brincadeiras, brinquedos, música e a dança, todos esses elementos são importante para a criança conhecer o mundo a sua volta e construir sua identidade. É através da brincadeira, da imaginação ou de um “faz de conta”, que a criança vive de forma lúdica a sua realidade dentro da sociedade, descobrindo valores, desenvolvendo emoções, a autoestima, desvendando desafios e verdades e expondo pensamentos, gostos, vontades, alegrias e medos. É na escola que se pode motivar mais os alunos a serem participantes das práticas recreativas, por ser um ambiente mais descontraído, oportunizando práticas mais agradáveis. (AWAD, 2010, p. 24). No início, quando a criança ingressa no meio escolar, tudo apresenta ser novo para ela. Então, começa o convívio com o colega, as aprendizagens de brincadeiras, movimento, e tudo aquilo que é importante no início da vida escolar. É neste momento que aparecem as dificuldades, necessidades e limitações de cada criança, expondo seus sentimentos e aprendendo novos modos de comportamentos, pois a escola, então a partir deste momento passa a fazer parte de sua vida. Porém, não têm como desconsiderar que cada criança traz consigo certa “bagagem”, ou seja, tem uma história, experiências e vivências já passadas na sua vida em sociedade fora da escola, possui certos conhecimentos já adquiridos em casa, no ambiente familiar e na sociedade que está inserida. (GALLARDO; et al, 2005 ) O desenvolvimento motor está presente na vida da criança desde seu nascimento e permanece ao longo de sua vida. E naturalmente a criança realiza várias atividades e movimentos, mas é preciso conhecê-los e pratica-los, pois é com a realização dos movimentos que se pode obter maior aquisição de habilidades. Relacionado ao desenvolvimento motor e as habilidades motoras os autores Santos, Dantas e Oliveira (2004, p. 33) ressaltam que o desenvolvimento motor na infância caracteriza-se pela obtenção de um amplo espectro de habilidades motoras, possibilitando que a criança tenha amplo comando do seu corpo nas diversas posturas (estáticas e dinâmicas), locomover-se no espaço de várias maneiras (andar, correr, saltar, etc.) e manipular objetos e instrumentos diversos (receber uma bola, arremessar uma pedra, chutar, escrever, etc.). Para os autores acima a ajuda a mãe nas tarefas de casa, brinca com o pai, gosta de realizar suas brincadeiras em lugar aberto, livre. Nessa etapa ela desenvolve suas habilidades naturais, como correr, pular, saltar, com mais intensidade, pois ela joga, brinca, sobe em lugares “altos”, se balança, e tudo isso sem receio de nada, não tem medo de se ferir ou se machucar. Mesmo na escola, a casa e a família para criança ficam muito presente, e desta forma a criança demonstra essa importância através de suas brincadeiras. Na idade do primeiro ano escolar, o meio social é de uma importância, pois a escola passa a ser um ambiente novo frequentado pelas crianças, a partir daí elas começam a se relacionar e a interagir-se umas com as outras, e é dessa interação social que se podem observar as mudanças de comportamento e pensamento. É importante saber o conceito de recreação, entender o que é a recreação de fato. Ricardo e Vinícius (2011, p. 23) colocam que:
Em primeiro lugar, faz-se necessário entendermos as palavras “recreação” e “lúdico”, pois a primeira provém do verbo latino recrear, que significa recrear, reproduzir, renovar. Recreação é a atividade física ou mental a qual o indivíduo é naturalmente impelido a satisfazer suas necessidades de ordem física, psíquica e social, cuja realização proporciona o prazer.
Segundo Ricardo e Vinícius (2011), a recreação contribui para o desenvolvimento da criança, temos ainda, enquanto educadores que observar todo processo de crescimento e desenvolvimento dessa criança, como também o progresso das habilidades motoras e, observar as mudanças de comportamentos.
Para os autores acima, quanto mais atividades de movimentos a criança realizar, desde os mais simples até os mais complexos, devem ser construídos a partir da quantidade para qualidade, melhorando a atenção na execução e o aperfeiçoamento desses movimentos, favorecendo o desenvolvimento de suas habilidades e a aprendizagem desde que compreendida como uma função dinâmica, mutável, como parte integrante e não como meta do processo de aprendizagem.
De acordo com Barbosa (2010, p. 164):
Quanto mais uma criança tiver a oportunidade de saltar, girar ou dançar, mais esses movimentos tendem a ser realizados de forma automática. Menos atenção é necessária no controle de sua execução e essa demanda atencional pode dirigir-se para o aperfeiçoamento desses mesmos movimentos e no enfrentamento de outros desafios.
Devido ao avanço das tecnologias nos últimos anos, as crianças foram se afastando cada vez mais das brincadeiras, e aperfeiçoando ainda mais nos jogos eletrônicos e Internet. É importante também resgatar as brincadeiras de infância antigas para desenvolver a aprendizagem e a interação com o grupo. Sem dúvida nenhuma a brincadeira é um importante mecanismo para desenvolver a aprendizagem da criança.
A atividade lúdica é uma ferramenta ideal na aprendizagem, é preciso propor estímulos para despertar o interesse dos alunos. É jogando e brincando que a criança desenvolve suas percepções, suas inteligências e seus comportamentos.
São muitos os jogos e as brincadeiras infantis, e o jogo constrói e desenvolve o convívio social entre as crianças estabelecendo também regras. Pode possibilitar também que recriem as brincadeiras, conheçam maneiras diferentes de executar determinada brincadeira ou jogo, resgatando no tempo dos pais ou dos avós, conhecendo as possibilidades de variações e mudanças que pode ocorrer de geração para geração. No entanto, se a brincadeira perder essa ludicidade, ela fica sem graça, ou seja, se na brincadeira for imposto algo que não seja do agrado ou da vontade da criança, e ás vezes a criança acaba explorando aquele determinado brinquedo rapidamente, sem expectativa de nada e esgota-se, isso acontece quando a criança utiliza-se do brinquedo (brinca), pra aprender ao invés de aprender brincando. Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria ser.
Vygotsky (1998), um dos representantes mais importantes da psicologia histórico-cultural, partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, que são mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. Nesta perspectiva, a brincadeira infantil assume uma posição privilegiada para a análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com a visão tradicional de que ela é uma atividade natural de satisfação de instintos infantis. Ainda, o autor refere-se à brincadeira como uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos.
A capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos surge, nas crianças, através do brincar. A criança por intermédio da brincadeira, das atividades lúdicas, atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes situações vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes. De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 27, v.01): Para Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto. Oliveira (1997, p. 57) acrescenta o fato que a:
Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes, valores, etc. a partir de seu contato com a realidade, o meio ambiente, as outras pessoas. É um processo que se diferencia dos fatores inatos (a capacidade de digestão, por exemplo, que já nasce com o indivíduo) e dos processos de maturação do organismo, independentes da informação do ambiente (a maturação sexual, por exemplo). Em Vygotsky, justamente por sua ênfase nos processos sócio-históricos, a ideia de aprendizado inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo. (...) o conceito em Vygotsky tem um significado mais abrangente, sempre envolvendo interação social.
Deste modo, a vida da criança gira em torno do brincar, é por essa razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação, por ser uma peça importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de conhecimento fundamental para o desenvolvimento, físico, intelectual e social. Desta forma, o jogo vem ampliando sua importância deixando de ser um simples divertimento e tornando-se ponte entre a infância e a vida adulta. Vygotsky (1998) afirma que o jogo infantil transforma a criança, graças à imaginação, os objetivos produzidos socialmente. Assim, seu uso é favorecido pelo contexto lúdico, oferecendo à criança a oportunidade de utilizar a criatividade, o domínio de si, à firmação da personalidade, e o imprevisível, o jogo mobiliza esquemas mentais, e estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço, integra várias dimensões da personalidade, afetiva, social, motora e cognitiva. Wajskop (1998) afirma que é de extrema importância que o professor também participe e que proponha desafios em busca de uma solução e de participação coletiva, o papel do educador neste caso será de incentivador da atividade. A intervenção do professor é necessária e conveniente no processo de ensino-aprendizagem, além da interação social, ser indispensável para o desenvolvimento do conhecimento.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. (WAJSKOP, 1998, P.23)
Por isso o educador é a peça fundamental nesse processo, devendo ser um elemento essencial, educar não se limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. A criança necessita brincar da mesma maneira que precisamos respirar, faz parte do seu “eu”. Quando falam de brincar, não estou valorizando o fato de existir um brinquedo propriamente dito, a criança brinca sem necessariamente usar um brinquedo, é muito mais que isso, ela usa sua imaginação, ela pode brincar a qualquer hora, dentro ou fora de casa, sozinha, com crianças grande, pequenas, ou adultas, ela cria situações para que a brincadeira aconteça ela brinca pelo prazer que isso lhe proporciona. A importância do brincar tem sido cada vez mais ressaltada como mediadora na aprendizagem, mas do que organizar espaço de brincar em si, a nossa proposta tem uma estratégia maior, que transcende o espaço físico. Processa-se na transformação do indivíduo que utiliza o lúdico como elemento da cultura infantil, como facilitador das relações sociais entre crianças e adultos, como portador de conhecimentos e valores que favorecem as relações interpessoais, e as dinâmicas de trabalho. Proporcionar um brinquedo a uma criança é dar a ele um objeto para que ele se utilize do mesmo para desenvolver a brincadeira, mas nem sempre precisamos de um brinquedo para ter uma brincadeira. Brinquedo e brincadeira andam quase sempre juntos, mas separadas cada uma tem a sua importância dentro da educação infantil.
CONCLUSÃO
Através desta pesquisa entendemos que o brincar envolve inúmeros aspectos de desenvolvimento do educando, sendo ele físico, afetivo, cognitivo e social, de alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas, assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança se envolve no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.
Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem, veem que o lúdico é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação integral da criança.
A introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido a influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem, neste sentido é fundamental que a escola, pais e professores estejam comprometidos com a educação, nesta etapa a criança tem necessidade de atenção, carinho e segurança são quando começam a ter contato com o mundo que a cerca.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Claudia, Jogos, brincadeiras e práticas esportivas como instrumento de desenvolvimento e avaliação de habilidades neurológicas. In: AWAD H. (Org.). Educação física escolar: múltiplos caminhos. 1 ed. Jundiaí, SP: Fontoura, 2010.
GALLARDO, Jorge Sérgio Pérez; MORAES, Lícia Garagnani Galvão de. Educação Infantil e um pouco de história. IN: GALLARDO, J.S.P. (org.). Educação física escolar: do berçário ao ensino médio. Rio de Janeiro: Lucerna. 2015.
Jean Piaget EDUCACAO E SEUS SABERES. disponível: http://educacaoeseussaberes.blogspot.com.br/p/turma-i.html Acesso 04/05/2017.
RICARDO, José; VINÍCIUS Marcus, Jogos Recreativos: Resgatando o Prazer de Jogar – Rio de Janeiro: Sprint, 2011.
SANTOS, Suely; DANTAS, Luiz; OLIVEIRA, Jorge Alberto de. Desenvolvimento motor de crianças, de idosos e de pessoas com transtornos da coordenação. Escola de Educação Física e Esporte da USP. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, v.18, p.33-44, ago. 2004. N.esp. Disponível em http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/05/desenvolvimento-motor-e-transtornos-de-coordenacao.pdf> acesso em 05/05/2017.
WAJSKOP, Gisela Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
1 Jacqueline Marques de Oliveira, graduada em Pedagogia pelo Centro Educacional Leonardo da Vinci – UNIASSELVI/ EAD UNICIC/ Colíder-MT.