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A contribuição da Biomedicina na pesquisa, diagnóstico e controle de doenças parasitárias: uma análise sobre Leishmaniose, Malária e Toxoplasmose

Angela Stefani Saltiere Alencar

 

DOI: 10.5281/zenodo.15725411

 

 

RESUMO

As doenças parasitárias continuam sendo um grande desafio para a saúde pública mundial, principalmente em regiões tropicais e subtropicais. Entre as enfermidades de maior impacto estão a Leishmaniose, a Malária e a Toxoplasmose, que afetam milhões de pessoas anualmente, causando altas taxas de morbidade e mortalidade. A Biomedicina tem desempenhado um papel fundamental no diagnóstico, na pesquisa e no controle dessas doenças, por meio de avanços nas técnicas laboratoriais, no desenvolvimento de novas metodologias de detecção e no monitoramento epidemiológico. Este projeto tem como objetivo analisar a contribuição da Biomedicina na luta contra essas enfermidades parasitárias, evidenciando as principais tecnologias diagnósticas, os métodos de controle e as ações de pesquisa que envolvem o biomédico.

 

Palavras-chave: Biomedicina. Doenças parasitárias. Diagnóstico laboratorial. Leishmaniose. Malária. Toxoplasmose.

 

 

Introdução

 

As doenças parasitárias continuam sendo um dos maiores desafios de saúde pública no mundo, sobretudo em países em desenvolvimento, onde condições socioeconômicas precárias e a falta de infraestrutura sanitária favorecem a disseminação desses agravos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2022), milhões de pessoas são infectadas anualmente por parasitas como os agentes causadores da Leishmaniose, da Malária e da Toxoplasmose.

A Biomedicina, enquanto ciência voltada para a promoção da saúde por meio da atuação em análises clínicas, diagnóstico e pesquisa biomédica, tem desempenhado um papel estratégico no enfrentamento dessas enfermidades. De acordo com Neves (2011), a identificação precisa dos agentes parasitários é fundamental para a definição de condutas terapêuticas adequadas, sendo o biomédico um dos profissionais capacitados para atuar diretamente nessa etapa do processo.

Além do diagnóstico laboratorial, o biomédico também está envolvido em pesquisas sobre epidemiologia, desenvolvimento de novos kits diagnósticos, acompanhamento de surtos e ações de educação em saúde. Segundo Coura (2013), a vigilância epidemiológica eficaz depende da integração entre diagnóstico precoce, monitoramento de casos e estratégias de controle vetorial.

No caso específico da Leishmaniose, da Malária e da Toxoplasmose, a atuação do biomédico é ainda mais relevante, considerando as particularidades clínicas e laboratoriais de cada uma dessas doenças. Conforme aponta Rocha et al. (2015), o domínio de técnicas como imunofluorescência indireta, PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) e testes sorológicos é essencial para a detecção de parasitas com maior sensibilidade e especificidade.

Diante desse cenário, o presente projeto busca discutir e evidenciar a contribuição da Biomedicina na pesquisa, no diagnóstico e no controle de doenças parasitárias, enfatizando os avanços tecnológicos, os desafios enfrentados e a importância da formação contínua desses profissionais.

 

 

Justificativa

 

A escolha deste tema justifica-se pela alta incidência e relevância epidemiológica das doenças parasitárias como a Leishmaniose, a Malária e a Toxoplasmose, que continuam afetando milhões de pessoas, principalmente em países tropicais como o Brasil. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2022), a Malária, por exemplo, registra mais de 240 milhões de casos por ano no mundo, com grande número de óbitos, principalmente em crianças.

A atuação do biomédico é fundamental para o enfrentamento desses agravos, uma vez que ele contribui diretamente para o diagnóstico precoce, o acompanhamento laboratorial, a pesquisa científica e a educação em saúde. Conforme destaca Neves (2011), o diagnóstico laboratorial preciso é um dos pilares mais importantes na luta contra doenças infecciosas e parasitárias.

Além disso, a pesquisa biomédica tem sido responsável por avanços significativos na detecção de novos antígenos, desenvolvimento de técnicas moleculares mais sensíveis e elaboração de programas de controle que envolvem tanto a identificação de casos quanto o monitoramento de vetores e reservatórios. Coura (2013) reforça que a integração entre pesquisa, diagnóstico e intervenção é essencial para o controle efetivo dessas doenças.

Portanto, estudar a contribuição da Biomedicina nesse contexto é de grande relevância acadêmica, científica e social.

 

 

Objetivos

 

Objetivo Geral:

 

Analisar a contribuição da Biomedicina na pesquisa, diagnóstico e controle das doenças parasitárias Leishmaniose, Malária e Toxoplasmose.

 

Objetivos Específicos:

  • Investigar as principais técnicas laboratoriais utilizadas no diagnóstico dessas doenças.
  • Discutir o papel do biomédico nas ações de controle e vigilância epidemiológica.
  • Identificar os avanços tecnológicos recentes no diagnóstico molecular e imunológico de doenças parasitárias.
  • Apontar desafios enfrentados na prática biomédica no combate a essas enfermidades.

 

 

Metodologia

 

Este trabalho será desenvolvido por meio de uma revisão bibliográfica narrativa, de caráter exploratório e descritivo, com o objetivo de reunir e analisar publicações científicas, documentos institucionais e materiais de referência relacionados ao tema. A coleta de dados será realizada nas bases eletrônicas SciELO, PubMed e Google Scholar, bem como em documentos oficiais da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil.

Serão incluídos livros, artigos científicos, relatórios técnicos e diretrizes publicadas preferencialmente nos últimos dez anos, a fim de garantir a atualidade das informações. Os critérios de inclusão envolverão a relevância, a qualidade metodológica e a pertinência ao tema proposto.

A análise dos dados seguirá abordagem qualitativa, com organização temática que contemple os aspectos de diagnóstico, pesquisa e controle das doenças parasitárias abordadas. As informações obtidas serão discutidas de forma crítica, buscando evidenciar os avanços e os desafios enfrentados na atuação biomédica.

 

 

Resultados Esperados

 

Espera-se que este estudo contribua para ampliar o conhecimento científico sobre o papel da Biomedicina no diagnóstico, pesquisa e controle das principais doenças parasitárias que impactam a saúde pública. A partir da análise da literatura, pretende-se identificar os métodos diagnósticos mais utilizados, os avanços tecnológicos nas técnicas laboratoriais e as estratégias de controle epidemiológico que envolvem a atuação do biomédico.

Além disso, busca-se evidenciar a importância da formação continuada e da atualização profissional para o enfrentamento dessas doenças. Espera-se também fomentar reflexões sobre a necessidade de políticas públicas que fortaleçam os serviços de saúde laboratorial, promovendo diagnósticos mais precoces e eficientes.

Por fim, o estudo visa contribuir para o desenvolvimento de novas pesquisas que ampliem as possibilidades de atuação do biomédico frente aos desafios impostos pelas doenças parasitárias.

 

 

Considerações Finais

 

A atuação do biomédico na pesquisa e no controle das doenças parasitárias é de extrema importância para a promoção da saúde coletiva e para a redução dos índices de morbidade e mortalidade. Através de técnicas laboratoriais avançadas, da vigilância epidemiológica e da pesquisa científica, o profissional de Biomedicina contribui de forma significativa para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e o controle dessas doenças que ainda desafiam os sistemas de saúde.

Fortalecer o campo da Biomedicina, investir em formação continuada e ampliar as pesquisas sobre Leishmaniose, Malária e Toxoplasmose são medidas essenciais para avançarmos no combate a essas enfermidades.

 

 

Referências

 

COURA, José Rodrigues. Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

 

NEVES, David de Oliveira. Parasitologia Humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2011.

 

ROCHA, R. S.; PENA, H. F. J.; GENNARI, S. M. Diagnóstico laboratorial das principais doenças parasitárias de importância para a saúde pública. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 49, n. 2, p. 235-242, 2015.

 

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). World Malaria Report 2022. Geneva: WHO, 2022. Disponível em: https://www.who.int

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral. Brasília: Ministério da Saúde, 2021.