EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR
Priscylla Cristina Santos da Silva
Andrea Aparecida de Medeiros
Christiane Aparecida Saturnina da Silva
Marilene Marciana da Cruz
Marlene de Matos Macedo Silva
RESUMO:
O tema Educação e diversidade no contexto escolar implicam em um projeto de estruturação progressiva e mudança significativa. Por essa razão nossas ações de hoje dificilmente irão resolver os enraizados princípios que delimitam a inclusão, mas certamente podem contribuir e propiciar momentos em sala de aula que despertam para as melhorias e conquistas dessa problemática, a fim de chegar à verdadeira inclusão social e pedagógica. Refletir sobre educação e diversidade na escola são fundamentais para trazer em pauta o processo de desenvolvimento humano de forma integral, bem como falar sobre a democratização do saber. Implica-se, desta forma, no desenvolvimento de um processo de ensino-aprendizagem singular, crítico, desafiador e dinâmico que deve considerar as diferentes culturas, ritmos e níveis de desenvolvimento dos alunos, além de promover a inclusão social de forma efetiva. Essa totalidade diz respeito a tudo que configura o viver coletivo. São os costumes, os hábitos, a maneira de agir, de pensar, as técnicas que a serem utilizadas levam ao desenvolvimento e a interação do homem com a própria natureza e em tudo o que diz respeito a essa sociedade.
Palavras-chave: Diversidade, Educação, Preconceito, Inclusão, Desenvolvimento.
Introdução
Apresentaremos alguns significados e concepções sobre os obstáculos sociais ocasionados pela diversidade que gera diferenças entre coisas e seres e que, causando consequências, e gerando os mais diversos preconceitos, desigualdades e conflitos sociais. Desigualdade social e diversidade cultural apesar de terem conceitos distintos tem uma ampla relação, isto é, quanto maior a diferença cultural, maior a desproporção social.
As discussões acerca da desigualdade, diferenças, preconceitos e racismo tem o ocupado um espaço significativo em diversos setores da sociedade principalmente na educação.
Falar em educação, sem mencionar a diversidade é quase impossível visto que o ambiente escolar é marcado pela convivência de diferentes culturas.
O processo educativo transfere culturas, saberes, conhecimentos e ao inserir a discussão do tema a diversidade na educação, oportuniza os alunos a serem tolerantes, éticos, tornando-os verdadeiros cidadãos.
Desenvolvimento
A diversidade no contexto cultural significa uma grande quantidade de coisas, ações, pensamentos, idéias e pessoas que se diferenciam entre si, dentro de grupos sociais, sendo passíveis de discussão, apelos, protestos, discórdia, que geralmente acabam em conflitos, chegando até as injustiças sociais.
Por isso, a presença da diversidade no acontecer humano nem sempre garante um trato positivo dessa diversidade. Os diferentes contextos históricos, sociais e culturais, permeados por relações de poder e dominação, são acompanhados de uma maneira tensa e, por vezes, ambígua de lidar com o diverso. Nessa tensão, a diversidade pode ser tratada de maneira desigual e naturalizada. (GOMES, 2007, P. 19).
No entanto, existem pontos de vista convergentes e pontos de vista divergentes, mas, apesar de os dois pontos de vista ser discriminatórios, um no sentido positivo e outro no sentido negativo, isto é, no primeiro caso, trata-se daquilo que já foi estipulado pela sociedade como regras relacionadas com bom senso, já no segundo caso, trata-se das ações que não condizem com a ordem preestabelecida pelas leis, normas e regras que regulam e inibem o que podemos definir como procedimentos absurdos. Portanto, a desigualdade social tem os seus preceitos regrados nas tendências e nas diferenças de cada indivíduo, se não, vejamos:
- Pobreza: É uma condição pertencente a um determinado grupo de pessoas que vivem a beira de um grupo social, são carentes dos recursos existentes, como moradia, alimentação, financeiro, etc. O que, na visão de alguns autores é a condição que mais degrada o ser humano e o que mais se aproxima e se identifica como um fator ou um elemento causal do desequilíbrio econômico e da desigualdade social.
- Raça. Trata-se da discriminação social, presente constantemente nos dias de hoje por alguns grupos inescrupulosos de pessoas que agridem com palavras ou pela violência física pessoas que não são da mesma etnia, não têm o mesmo tom de pele, ou são de diferentes religiões, ou devido as suas ações sexuais.
- Mulher: Infelizmente as estatísticas comprovam que apesar das várias leis existentes, no caso específico da Lei Maria da Penha, que foi instituída para a proteção da integridade da mulher brasileira contra casos de violências domésticas, mas ainda existem casos absurdos de desrespeito à dignidade humana, não discriminando raça, religião ou posição social.
- Homossexualidade: É a atração sexual entre pessoas do mesmo sexo, e para alguns indivíduos, tal comportamento fere as normas de conduta universal. No entanto, já existem projetos no Congresso Nacional que criminalizam certas atitudes discriminatórias contra essa parcela da sociedade, o que significa um avanço na busca de um espaço alternativo, visto que é perfeitamente compreensível em uma sociedade cultural democrática.
Segundo Silva (2007 p 133) “[...] os diferentes grupos sociais, situados em posições diferenciadas de poder lutam pela imposição de seus significados à sociedade mais ampla”.
Assim, é fundamental que percebamos as diferenças e desigualdades, não de forma natural, mas como uma construção histórica possível de ser desestabilizada em sua forma rígida, para ser transformada em algo que possa ser identificado e reconhecido como base de criação das relações interpessoais mais democráticas inserido em um grupo social, isto é, devemos pensar e repensar o seu conceito histórico e sua trajetória futura, pois, segundo Gomes, (2007. p. 22):
A diversidade cultural varia de contexto para contexto. Nem sempre aquilo que julgamos como diferença social, histórica e culturalmente construída recebe mesma interpretação nas diferentes sociedades. Além disso, o modo de ser e de interpretar o mundo também é variado e diverso (GOMES, 2007p. 22).
Sendo assim, a diversidade precisa ser entendida em uma perspectiva relacional, ou seja, as características, os atributos ou as formas inventadas pela cultura para distinguir tanto o sujeito quanto o grupo a que ele pertence dependem do lugar por eles ocupado coletivamente.
Portanto, o caráter multicultural de nossas sociedades revela-se hoje temática quase obrigatória nas discussões sobre sociedade e educação, porém, refletir sobre a diversidade exige um posicionamento crítico diante de uma realidade cultural e racialmente miscigenada, assunto que, apesar de já ter sido discutido anteriormente, achamos prudente e viável inserir nesse parágrafo outra opinião, que confirma as anteriores.
Não podemos esquecer que essa sociedade construida em contextos históricos, socioeconômicos e políticos tensos, marcados por processos de colonização e dominação. Estamos, portanto, no terreno das desigualdades, das identidades e das diferenças (GOMES, 2007, p.22).
E ainda segundo Gomes (2003, p. 73):
O reconhecimento dos diversos recordes dentro da ampla temática da divercidade cultural (negros, índios, mulheres, portadores de necessidades especiais, homosexuais, entre outros) coloca-nos frente a frente com a luta desses e outros grupos em prol do respeito à diferença. Coloca-nos também, diante do desafio de programar políticas publicas e, m que a história e a diferença de cada grupo social e cultural sejam respeitadas dentro das suas especificidades sem perder o rumo do diálogo, da troca de experiências e da garantia dos direitos sociais. A luta pelo direito e pelo reconhecimento das diferenças não pode se dar de forma separada e nem resultar em práticas culturais, políticas e pedagógicas solitárias e excludentes (GOMES, 2003, p.73).
No entanto, a desigualdade e a diferença dizem respeito não somente aos sinais que podem ser vistos a olho nu, mas também àqueles que são construídos socialmente ao longo de um processo histórico, tendo pontos divergentes e convergentes, que são construídos por meio das relações sociais e principalmente nas relações de poder e de submissão, o que nem sempre é entendido dessa forma. Vejamos:
Como já foi dito, nem sempre à diversidade entendida como a construção histórica, social e cultural das diferenças implica em um trato igualitário e democrático em relação àqueles considerados diferentes. Muitos do que fomos educados a ver e distinguir como diferença é, na realidade, uma invenção humana que, ao longo do processo cultural e histórico, foi tomando forma e materialidade. No processo histórico, sobre tudo nos contextos de colonização e dominação, os grupos humanos não passaram a hostilizar e dominar outros grupos simplesmente pelo fato de serem diferentes. Como nos diz Carlos Rodrigues Brandão (1986, p. 8) “por diversas vezes, os grupos humanos tornam o outro diferente para fazê-lo inimigo” (GOMES, 2007, p. 25).
Pensar na diversidade cultural é pensar em sociedade que envolve pensamento, ideia, ação e mudanças, isto é, significa pensar não apenas no reconhecimento do outro, mas no vinculo entre as pessoas, ao consideramos o outro estamos também considerando a nossa história, o nosso grupo e o nosso povo, mas não apenas como um simples padrão de comparação, e sim em sua totalidade.
A discussão sobre a diversidade deve incidir sobre as questões políticas que se estabeleceram entre os grupos humanos e que permitem colocá-las no plano das reivindicações.
Desta forma percebemos que:
“[...] somos todos iguais como seres humanos, por isso devemos combater atos de discriminação e arrogância, agindo solidariamente uns com os outros” (AQUINO, et al., 2002 p. 16).
O ser humano veio ao mundo não somente para compor ou contribuir para o povoamento da Terra, mas para ser útil, participativo, democrático, ético, moral e solidário em prol aos seus semelhantes.
Essas são as diversas ações existentes, que além de motivadoras também servem como estímulo na adaptação das pessoas, bem como na sua evolução pessoal frente às diversidades existentes no universo, que poderíamos denominar de conjunto de atos e fatos diferentes entre si que formam a sociedade como um todo. Para Saji (2005, p. 13) “[...] o tema diversidade é bastante amplo. Sua abordagem vai desde definições restritas às questões de raça, etnia e gênero, até as mais abrangentes, que consideram diversidade qualquer diferença individual entre as pessoas”.
Desta forma, a diversidade, como o próprio nome já diz, são vários ou infinitos tipos de coisas diferenciadas uma das outras, é só você imaginar quantas coisas, objetos e pessoas você conhece que são diferentes uma das outras. “Para Abramowicz (2006, p. 12), a diversidade pode significar variedade, diferença e multiplicidade”.
Assim, a diversidade integra a natureza das coisas existenciais, sendo elas a diversidade relacionada com a situação socioeconômica, com a diferença educacional, onde as mesmas foram se transformando em uma essência no decorrer dos tempos, principalmente em se tratando das diferenças relacionadas às raças e suas manifestações culturais, incluindo-se aí a sua descendência, que, por consequência, deixam de pertencer ao seu grupo original e passam a fazer parte de outra cultura produzida para atender a uma demanda econômica. Como foi o caso da cultura da cana de açúcar, exploradas pelos grandes latifundiários, gerando um longo período de uma relação conflitante e tumultuada entre o poder destes grupos de exploradores e a submissão dos negros, dos índios, das mulheres e etc.
Nenhum povo que pensasse por isso, como uma rotina de vida através de séculos, sairia dela sem ficar marcado indelevelmente. Todos nós brasileiros somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados. Todos nós, brasileiros, somos por igual, a mão possessa que os suplicou. A doçura mais terna e a crueldade, mas atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Descendentes de escravos e de senhores de escravos, seremos sempre cervos da malignidade destilada e instalada entre nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria ( RIBEIRO, 1995 p. 120).
Deste modo, existe uma diversidade de coisas diferentes e uma diversidade de pessoas diferentes em todos os aspectos. Tal diversidade denominamos diversidade educacional, o que significa na prática o relacionamento comunitário, ou melhor, o relacionamento em diferentes comunidades,podendo este relacionamento contribuir significativamente no sentido cooperativo ou na geração de conflitos, que não chamados de conflitos sociais.
Sendo assim, são essas diferenças que geram o princípio de desigualdade social, que vai além das características humanas, ultrapassando o bom senso, descaracterizando o princípio da igualdade e do amor ao próximo, modificando ou alterando outros princípios considerados de grande importância para as questões relacionadas com a gentileza, a dignidade, a reciprocidade, o respeito e as boas práticas de relações humanas.
Precisamos dar um basta nessa triste trajetória de descaso e discriminação entre as pessoas, especialmente frear os impulsos daqueles mais exaltados, que ferem com palavras e com atos que cada vez mais maculam a imagem e obscurecem a individualidade do indivíduo.
Desse modo, a desigualdade não significa somente a diferença existente entre pessoas ou coisas que compõem o universo, e sim a diferença no tratamento e na gentileza entre as pessoas, que nesse caso, estamos nos referindo à desigualdade humana, que constantemente está caracterizada pelo preconceito, pelos diversos tipos de violências e pelas suas relações conflitantes dentro do contexto social. Por exemplo, a desigualdade socioeconômica, as desigualdades raciais, insegurança, privação à moradia, saneamento básico, e outras diversas maneiras de exclusões sociais, muitas vezes essas diferenças são ocasionadas pela falta de oportunidade que exclui até o mais digno ser humano, o que não deixa de ser uma forma preconceituosa de relação e convivência social.
Segundo Aquino et al. (2002, p. 34-35):
Toda vez que julgamos uma pessoa, um grupo ou mesmo um povo sem conhecê-los, estamos usando de preconceito. [...] O termo preconceito significa o conjunto de opiniões formadas antecipadamente sobre o outro, sem levar em conta suas qualidades ou suas capacidades. Os preconceitos têm atitudes intolerantes com as pessoas que são diferentes deles. Julgam-se superiores e por isso, desvalorizam e desrespeitam outras pessoas. Preconceito e intolerância andam sempre juntos. (AQUINO et al.2002, p. 34-35).
Sendo assim, a diversidade humana deveria ser um instrumento de unificação dos seres, diferentemente das desigualdades sociais, que significa que nem todos têm a mesma sorte, o que em grande parte se deve às diversas formas de preconceito, muitas vezes o preconceito soa como se fosse uma espécie de elogio ao próximo. Exemplo. “E aí, Negão!” Essa expressão, que parece simples, é uma maneira dissimulada de discriminação. “Algumas expressões corriqueiras que falamos sem pensar são repletas de preconceito”. AQUINO, et al. 2002, p.44).
E continua:
[...] É o caso de determinadas expressões preconceituosas como: os negros que têm “almas brancas”, os homossexuais que parecem “pessoas normais”, os idosos que parecem “jovens”, os obesos que são “engraçados”, as pessoas pobres, que são “limpas”. E assim por diante AQUINO et al., 2002, p.44).
Mas como sabemos o descaso e as práticas discriminatórias em relação a essas pessoas que pertencem, assim como todos nós, de um mesmo espaço planetário, não deveriam existir, mesmo porque a diferença existente entre os seres de todas as espécies faz parte de um processo natural, ou melhor, da natureza das coisas existentes e das pessoas vão além das diferenças, pois somos dotados de raciocínio e discernimento para avaliar e distinguir o certo do errado, comportamento esse que deveria ser institucionalizado pelas tradições, pelos valores éticos e morais, sem a necessidade de uma imposição legal, como é o caso da Declaração Universal dos Direitos Humanos; da Constituição da República de 1988; da Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB número 9394/96.
No entanto, parece que poucos adiantam as leis que reprimem essas práticas discriminatórias, preconceituosas e racistas, visto que, infelizmente, parece existir uma autorejeição por parte de algumas pessoas ou grupos que ainda mantêm certos padrões de comportamento que não mais condizem com a veracidade dos padrões atuais e universal, dos direitos constituídos tampouco o processo democrático, com as leis de proteção à crianças, aos idosos, aos negros, às mulheres, aos indígenas, aos deficientes físicos, entre outros, que sofrem as espécies de negação e discriminação, que estão incluídas na declaração universal dos direitos humanos citado anteriormente.
Nesta perspectiva, não se desconsidera que as diferenças existam e estejam colocadas socialmente, porém, elas não significam necessariamente exclusão social. Por exemplo, a condição de raça, gênero, religião, entre outras, não seriam elementos de exclusão, mas de diferenciação entre as pessoas não as tornando “desiguais”. As pessoas são diferentes uma das outras, e isto nada tem a ver com privilégios. Assim, racismos e preconceitos se fundamentam no entendimento da diferença/diversidade como desigualdade. Nestes termos, “as pessoas e os grupos sociais têm o direito de ser iguais quando a diferença os inferioriza e o direito a ser diferentes quando a igualdade os descaracteriza” (SANTOS, apud MARQUES, 2009, p.68).
Portanto, entender e discutir sobre o conceito de diversidade não é tão fácil como parece, precisamos nos aprofundar sobre o seu real significado e a sua real importância no equilíbrio natural e social na relação homem- natureza e, principalmente, na relação entre os seres humano, tanto referente à tolerância e ao respeito mútuo entre os seres da mesma espécie, quanto à compreensão e o sentimento solidário que são à base do princípio da igualdade.
A situação discriminatória constantemente fica mais evidente quando observada em uma classe de pessoas mais humildes, onde há certa discriminação ou desatenção do corpo social, dos professores entre outros.
Dessa maneira, há de se pensar possibilidades de como acabar com o sofrimento de muitos menores que enfrentam discriminação de váriadas na escola.
Dentre algumas propostas, sugerimos discutir no ambiente escolar questões relacionadas à diversidade, contemplando o ECA, a Lei número 10.639/03 e a Lei número 11.645/07 vale destacar que os professores são formadores de opiniões e podem contribuir para a criação de uma “outra” sociedade pois também sabemos que em uma sala de aula com cerca de trinta alunos, sempre vamos encontrar uma grande diversidade de pessoas em todos os sentidos. Além do ECA e das leis mencionadas que protegem a criança e o adolescente contra atos de discriminação, também os temas transversais trazem uma abordagem contemplando a Pluralidade Cultural
É importante que tenhamos atenção acerca dessas discussões que atualmente encontram-se no seu ápice, pois é visível o interesse das políticas públicas entre outras, em admitir o pluralismo no interior da sociedade e a.
[...] educação escolar como espaço de afirmação de identidades diversas. Esses interesses emergentes de forma mais contundente em determinados momentos, como reação às demandas, lutas e necessidades de determinados setores sociais, especialmente daqueles considerados “minorias” (SILVA; FONSECA, 2007, p. 45).
É importante haver uma discussão em relação ao conceito de classe social, raça, gênero, entre outros, a fim de minimizar o preconceito a sofrido por muitos alunos nos espaços escolares.
Conclusão
Com base nesta pesquisa podemos concluir que o ponto de partida para a solução pelo menos de parte dos problemas raciais, das diferenças, da exclusão e da inclusão social, pode estar na educação de base, ou seja, se o aluno tiver uma educação inicial que possa motivá-lo a ultrapassar essas barreiras, desse modo, ele poderia formar uma base sólida para que pudesse ingressar na faculdade mais bem preparado, o que sem dúvida é parte integrante para o seu desenvolvimento profissional e pessoal.
Fica evidente que o processo de educação e aprendizagem é o caminho, no entanto é preciso eliminar algumas barreiras, principalmente as do descaso, da arrogância e da intolerância, que são ações que principiam e dão origem ao desprezo e a desigualdade social, que, pelo visto, parecem povoar e circular por quase todas as fases da questão educacional. A começar pelas dificuldades de acesso a educação de base, ou pela falta de espaço adequado, não só em termos de locomoção e acesso, mas principalmente para aquelas pessoas de grau de dificuldades.
A exclusão social, o desprezo, o préjulgamento entre outros fatores, são fenômenos que resultam em violências de toda natureza, e a educação não isenta de reproduzir tais atitudes.
Concluímos que uma sociedade culta, é aquela que seu povo cultiva e submete as diferenças existentes entre eles, seja na cor, raça, cultura, religião entre outras diferenças que se sobrepõe diariamente.
A escola tem um papel fundamental na diversidade cultural, ela trabalha a multiculturalidade de maneira a unir várias nações e suas culturas, fazendo com que todos aprendam e respeitem entre si e sua forma de expressão.
Sendo o ambiente escolar um local de inclusão e respeito às diferenças, o caminho é trabalhar a diversidade em favor ao desenvolvimento e aprendizado do educando, onde todos sejam envolvidos, para isso é preciso oferecer uma boa formação para os professores, gestores e demais envolvidos no processo de educação.
Referências:
AQUINO, Julio Groppa. Diferenças e preconceito na escola: alternativas teóricas e práticas.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
GOMES, Nilma Lino. Educação e diversidade étnico-cultural. In: BRASIL. diversidade na educação: reflexões e experiencias. Brasilia: Secretaria de Educação Média e tecnologica, 2003.
JUSBRASIL. Legislação direta. Disponivém em: htpp://www.jusbrasil.com.br acesso em: 03 de nov de 2022.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: evolução e o sentido do Brasil. São Paulo: companhia das letras 1995.
SAJI, Genilda Sandra Madeira. Gestão da Diversidade no Brasil. Apresentação de um modelobrasileiro. Sãopaulo2005. Disponivelem: htpp://bibliotecadigital. Fvg. BR/dspace/bitstream/handle/10438/5738/107942. Pdf Acesso em: 04 de nov de 2022.
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SOUZA, Maria Helena Viana. Pluralismo Cultural e Multiculturalismo na formação de professores. Campinas, n 19 set 2005.