A IMPORTÂNCIA DA ESTIMULAÇÃO ESSENCIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Cristiane de Jesus Lisboa Pereira
Francismari Regina Barbosa
Sandra Maria da Silva Miranda
Marina Conceição de Arruda Monteiro
Tatiane Soares Cavalcante da Cruz
RESUMO
O presente artigo tem como finalidade enfatizar a importância da estimulação essencial como oportunidade de potencializar o desenvolvimento infantil da criança que se encontra na faixa de zero a três anos e onze meses, destacando o trabalho com a família. A deficiência intelectual atualmente passa por grandes modificações. Antigamente era vista como algo insuperável, hoje em dia, o deficiente intelectual conta com apoio familiar, social, escolar, constitucional e principalmente com um grande número de profissionais para ajuda-lo a vencer as barreiras impostas pelas suas limitações. Estas por sua vez podem representar não apenas a questão física, mas também, a afetiva, a emocional e cognitiva. E todas essas áreas, graças aos importantes avanços científicos, têm na estimulação essencial muitas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem. A estimulação essencial tem como objetivo desenvolver e potencializar as funções do cérebro da criança, beneficiando seu lado intelectual, seu físico e sua afetividade, através de jogos, exercícios, técnicas, atividades, e de outros recursos. Sendo assim a estimulação precoce vêm para fazer com que o deficiente evolua, cresça e garanta um direito que lhe é vital e inegável. O atendimento precoce proporciona experiências que contribuem para o desenvolvimento futuro da criança.
Palavras-chave Aprendizagem, Deficiência Intelectual, Estimulação Essencial.
Introdução
Os primeiros anos de vida de uma criança são decisivos. Graças a estes e outros conhecimentos sobre o desenvolvimento humano, ao avanço tecnológico e às mudanças sociais e culturais é que o paradigma da criança evoluiu nos últimos cem anos: de uma concepção de uma criança-adulta que reage diante de estímulos e cuja personalidade é construída com base em experiências externas para uma criança-criança capaz de modificar seu ambiente e que é o centro de suas próprias experiências e da sua aprendizagem (NAVARRO, 2008, p.4).
Nessa perspectiva, uma criança bem estimulada aproveitará sua capacidade de aprendizagem e de adaptação ao seu meio, de uma forma mais simples, rápida e intensa.
Os bebês nascem com um grande potencial e que cabe aos pais profissionais especializados nessa área, fazerem com que este potencial se desenvolva e se aprimore de forma adequada, positiva e divertida.
A estimulação precoce une a adaptabilidade do cérebro à capacidade de aprendizagem, sendo uma forma de orientação do potencial e das capacidades da criança. Quando estimulada surge um leque de oportunidades e de experiências que a fará explorar, adquirir destreza e habilidades de uma forma mais natural, e entender o que ocorre ao seu redor.
Desenvolvimento
As crianças com deficiência apresentam desempenho pouco diferenciado em relação às crianças de sua idade, podendo enriquecer sua aprendizagem através do convívio com outras crianças, que representam modelos, e podem realizar trocas cognitivas.
É uma área considerada por muitos professores de difícil atendimento quanto à inclusão no ensino regular, dessa forma, muitas barreiras devem ser enfrentadas para que o professor sinta-se desafiado avançar, é uma área que contempla muitos alunos para o atendimento. A realização da avaliação psicopedagógica no contexto escolar dará o subsídio necessário e indicará caminhos para o atendimento. Essa avaliação é realizada no contexto escolar. O atendimento educacional e apoio especializado do aluno ocorrem preferencialmente na sala comum, onde esse aluno é atendido também em horário inverso na sala de recursos multifuncional do tipo 1, que se encontra na educação básica (ensino fundamental e médio e na educação de jovens e adultos EJA.
O professor do atendimento educacional especializado deve propor atividades que contribuam para a aprendizagem de conceitos, além de propor situações vivenciadas vivenciais que possibilitem esse aluno organizar o seu pensamento. Esse atendimento deve se fundamentar em situações- problema, que exijam que o aluno utilize seu raciocínio para a resolução de um determinado problema. Para desenvolver o AEE, é imprescindível que o professor conheça seu aluno e suas particularidades para além da sua condição cognitiva. O trabalho do professor do AEE é ajudar o aluno com deficiência intelectual a atuar no ambiente escolar e fora dele, considerando a suas a atuar no ambiente escolar considerando as suas especificidades cognitivas (Brasil, 2010 c, p, 81).
Pelo fato de o aluno com deficiência intelectual apresentar comprometimento em algumas áreas como: cognitiva, motora, sócio afetiva, psicomotora e de linguagem, seu ritmo de aprendizagem é lento e as habilidades de vida diária e de seu relacionamento social ficam prejudicados. É acentuada a sua pouca habilidade em abstrair e generalizar conteúdos conceituais, apresentando muita dificuldade na compreensão de fatos complexos. Caso tenha que seguir algumas orientações que se processam em etapas, são crianças que apresentam muita dificuldade. Seu raciocínio lógico é muito prejudicado, assim apresentam muita dificuldade para solucionar situações problema e auto organizar-se. Quanto à afetividade
A pessoa com deficiência costuma ter uma grande dependência afetiva e comportamental com relação a outras pessoas. Tal dependência é a herdeira ou, mais do que isso, a forma duradoura do apego, um vínculo primordial nos primeiros anos da infância, vínculo este estabelecido antes de tudo com a mãe e depois com outras figuras adultas protetoras. […] Os Sujeitos com deficiência mental manifestam apegos de modos variados geralmente em formas mais infantis que as correspondentes à sua idade cronológica. Assim, são mais dependentes em seu comportamento e em suas relações como também em seus afetos, nos diversos aspectos da vida e de sua conduta; e, além disso, na idade adulta, em grau superior a outras pessoas (FIERRO, 2004, p, 199).
É fundamental que todo o professor respeite as limitações das crianças e seu ritmo próprio para realizar as atividades propostas, realizar adaptações em relação ao conteúdo, buscando concentrar seu trabalho em conteúdos essenciais. O importante é conhecer suas características para que possa direcionar sua ação utilizando-se de diferentes métodos e estratégias de ensino. Lembre-se que muitas vezes ao serem questionados emitem respostas breves: sugira dicas e oriente-os quanto às associações, trabalhando com material concreto elaborados de forma criativa.
A avaliação deverá ser contínua, o acúmulo de conteúdo poderá contribuir para o baixo desempenho do aluno; retome a prova oralmente com o seu aluno para facilitar a sua compreensão. No dia da aplicação da prova, faça a leitura em voz alta para garantir a compreensão por parte do aluno; se houver necessidade encaminha a criança o pedagogo ou direção para que tenham um acompanhamento mais direto. A sua execução exige mediação pedagógica quanto à leitura dos enunciados e uso de imagens ou material concreto, apresentação de exemplos, ou seja, é necessário atendimento individualizado. É importante dar oportunidade ao aluno para trabalhar em grupo ou dupla, utilizando o sistema de monitoria pedagógica.
O aluno matriculado na escola comum constrói sua identidade a partir do contexto que está inserido. Os professores que recebem os alunos com deficiência intelectual têm poucas informações sobre as crianças, o que, muitas vezes contribui para seu fracasso escolar. Estar matriculado em uma escola da rede regular contribui para o seu processo de inserção na sociedade. É necessário garantir um bom rendimento, analisando o seu processo de inclusão de forma ampla, oferecendo todas as condições necessárias para que se efetive, o que implica em um processo de mudanças e de adaptações necessárias de toda a estrutura escolar.
A partir das contribuições de vygotsky, “o estado de desenvolvimento mental de uma criança só pode ser determinado se forem revelados os seus 2 níveis.O nível de desenvolvimento real e a zona de desenvolvimento propõe proximal” ( vygotsky, 1996, p,113). Investindo na zona de desenvolvimento proximal, podemos elevar o pensamento dessas crianças chegando à abstração.
Nos últimos anos, o número de alunos com deficiência intelectual atendidos no ensino regular tem se intensificado. Como o aluno com deficiência intelectual apresenta desenvolvimento cognitivo lento, não consegue acompanhar os alunos da sua faixa etária, assim, a escola faz a adequação idade-série; sabe-se que de acordo com os pressupostos teóricos da educação inclusiva existe a indicação de que esses alunos convivam com crianças da mesma idade para que seu desenvolvimento social e cognitivo seja estimulado (FONTES, et al.,2007).
Sendo assim, uma das medidas necessárias diz respeito às adaptações curriculares e à acessibilidade, pautadas em um projeto político pedagógico que sustente essa prática, e avaliação individual do aluno, assim, o trabalho deve respeitar o ritmo e as particularidades de cada aluno, sendo importante o professor valorizar as potencialidades e a criatividade desses alunos, sabendo lidar com as diferenças e valorizar diferentes caminhos percorridos por cada aluno. Nesse caso estabelece metas, prazos diferenciados para esses alunos, possibilitando “[...] a organização de propostas pedagógicas que priorizem atitudes, habilidades, conteúdos, e objetivos diversificados que contribuam para o desenvolvimento acadêmico e social de todos os alunos” (FONTES, et al. 2007, p. 89).
A autora destaca também que a aprendizagem desses alunos implica em diferentes formas de linguagem, visual, auditiva, e com a utilização de materiais concretos, o trabalho desenvolvido através de tutoria entre os alunos. Fontes (2007) considera o jogo como excelente proposta metodológica que permite “[...] a construção de conhecimentos por meio do lúdico e das trocas sociais que estimulam na criança, o desenvolvimento cognitivo (aprendizagem de novos conteúdos regras simbólicas social (respeito a vez de participação), e moral (respeito às regras do jogo)” (FONTES, 2007, p 93), grifo do autor); dessa forma, a autora considera que a localização desse aluno na sala de aula seja privilegiada, pois distrai -se com o ambiente, realizando uma avaliação contínua por meio de uma postura flexível e criativa. Destaca, também, a importância da participação da família neste nesse processo, e o nível da aceitação do aluno pelo grupo. Sendo o professor um eixo articulador nesse processo, que exerce sua atividade baseada num intenso diálogo.
Desse modo, a estimulação essencial é um trabalho de natureza pedagógica que compreende o atendimento educacional especializado - AEE, destinado à criança de zero a 3 anos de idade e 11 meses. Ao posicionar-se sobre a estimulação essencial o MEC a define como:
Conjunto dinâmico de atividades e de recursos humanos e ambientais incentivadores que são destinadas a proporcionar a criança nos seus primeiros anos de vida experiências significativas para alcançar pleno desenvolvimento no seu processo evolutivo. (Brasil, 1995ª, p. 12).
O termo estimulação precoce cedeu lugar à estimulação essencial. As diretrizes nacionais sobre estimulação essencial preconizam, a partir dessa definição, a importância do relacionamento humano, diálogos, brincadeiras, e exploração de diferentes objetos e materiais que contribuam para o desenvolvimento integral do aluno, por meio de experiências significativas. Esse atendimento educacional especializado compreende a avaliação e a intervenção.
É importante esclarecer que o propósito da estimulação precoce, nesse caso, não é de transformar em normais as crianças com necessidades especiais, mas prevenir, detectar, minimizar, recuperar ou compensar as deficiências e seus efeitos. A Teoria de Normalização, já conhecida, apoia inteiramente esse enfoque (BRASIL, 1995 a, p.12).
Um tema pertinente à educação especial que busca o trabalho integrado entre a família e a instituição. O momento da gestação e do nascimento é cercado de muitas expectativas, situações de fantasias são geradas em torno dessa chegada. Quando a criança apresenta algum tipo de deficiência, cria- se uma situação de conflito na dinâmica familiar; alguns sentimentos como de rejeição são muito comuns nessa fase e a tendência é a transformação em aceitação. A família ao longo da história alterou a estrutura e novas formas de composição foram surgindo; o trabalho volta-se para a pessoa que oferece proteção, cuidado e relacionamento afetivo com a criança.
Pesquisas na área da estimulação essencial apontam que muitos pais buscam atendimento tardiamente; toda iniciativa, nesse sentido, deve ser introduzida o mais cedo possível, desde o nascimento da criança, a qual será atendida por uma equipe multidisciplinar; mas deve haver consciência dos pais, da necessidade de não interrupção desse atendimento. Os pais também são atendidos pelo programa por meio de apoio em relação às questões emocionais e o processo de aprendizagem, garantindo uma maior participação na educação dessas crianças. Permitem aos pais intervenções de cunho educativo e novas formas de interação com crianças mediadas pela orientação de um professor especialista.
Os programas de estimulação essencial definem objetivos e estratégias a partir da avaliação da criança. Nesse contexto, contribuem com respostas e algumas necessidades das famílias Leitão (1989) apresenta alguma delas: oportunidades de partilhar os seus problemas com os pais de outras crianças deficientes e assim fazerem novas amizades; participar de atividades recreativas e culturais juntos junto aos outros pais, com autonomia liberdade; trocar informações sobre programas e serviços como os serviços médicos; creches entre outros.
O trabalho aproxima pais e profissionais, as informações são tratadas e compreendidas e implica em reflexão, possibilitando que a família atenda às necessidades específicas da criança, é necessário todo o cuidado quanto a comunicação e interações positivas.
Leitão (1989) considera que a estimulação essencial é um processo de interação entre pais e profissionais. “Os pais são quem melhor conhece seus filhos, e numa variedade de envolvimentos que muitas vezes escapam aos profissionais, podem, pois proporcionar informações extremamente úteis”. (LEITÃO, 1989, p.83). O profissional tem a oportunidade de contar com o apoio dos pais na interpretação de muitos comportamentos observados e ajudá-los a desenvolver expectativas positivas em relação ao desenvolvimento do seu filho. De acordo com as Diretrizes Curriculares para estimulação essencial, o processo de atendimento à criança e a família é contínuo e ocorre por meio de encontros semanais; o tempo varia de 20 a 40 minutos quando atendida em grupo o tempo é de até 1 hora e 40 minutos.
Segundo Linhares (2004), antes de nascer ou durante o período de desenvolvimento a criança pode ser exposta a situações ameaçadoras em relação a um desenvolvimento saudável implicando o funcionamento psicossocial. Entre esses fatores de risco podemos apontar a separação dos pais, brigas constantes, entre outros. Assim,
O ambiente afeta o organismo, assim como este afeta o ambiente. Nesta interação atuam recursos da própria criança assim como mecanismos protetores advindos do ambiente, os quais servem para neutralizar riscos e adversidades ao desenvolvimento adaptativo da criança (LINHARES, 2004, p. 315).
Nesse contexto, Ruter (2000 apud LINHARES, 2004) aponta o processo de resiliência como a resistência a estes efeitos oriundos, das experiências de risco, o que sugere diversas respostas pessoais, a partir dessa situação de estresse. A recuperação dependerá das situações protetoras, das suas experiências prévias e qualidades positivas da criança. As circunstâncias adversas, quando persistentes, prejudicam o seu poder de enfrentamento, ocasionando problemas que muitas vezes são difíceis de reverter. O nascimento prematuro também é considerado um fator de risco; quando a criança necessita de suporte tecnológico, a família apresenta condições adversas ou com possibilidades de morte ou problemas irreversíveis.
Os neonatos de alto risco e pré- termo de muito baixo peso tem alta probabilidade de desenvolver problemas de desenvolvimento e aprendizagem (...) os neonatos pré- termo são recém-nascidos com 37 semanas de idade gestacional (o nascimento em termos situa- se em torno de 40 semanas de gestação). Os bebês de baixo peso nascem com 2500 gramas mais ou menos. Os nascidos abaixo de 1500 gramas por sua vez, são denominados muito baixo peso, enquanto os nascidos abaixo de 1000 gramas são crianças de extremo baixo peso e que podem apresentar diferentes problemas em relação ao seu desenvolvimento, podendo manifestar riscos biológicos, psicológicos e sociais (RUTTER 2000, apud LINHARES, 2004).
O grupo de crianças atendido por programas de estimulação essencial compreende crianças com deficiência intelectual que apresentam paralisia cerebral, síndromes, indivíduos com atrasos quanto ao seu desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência visual, auditiva, como também situações de alto risco, como as descritas anteriormente, ou seja, crianças prematuras, desnutridas ou em situação de vulnerabilidade. Para as crianças autistas, “Há programas voltados para as áreas específicas (e envolve) interação social, comunicação, interação com pares, processamento sensorial” (LAMPREIA,2004, p. 294).
O trabalho se realiza em parceria com a família e prioriza o lúdico, o desenvolvimento dos sentidos, do esquema corporal, da linguagem, da capacidade imaginativa, e proporcionando ao educando o desenvolvimento integral, na área psicológica, física e social. Dessa forma, estamos minimizando os seus déficits, contribuindo para o desenvolvimento de suas potencialidades. Estimulação essencial é
[...] A terapêutica para crianças pequenas com problemas do desenvolvimento. Visa apoiar a criança na construção de seus instrumentos de intercâmbio com o meio (psicomotricidade -linguagem e comunicação- aprendizagem- brincar- hábitos da vida diária- socialização), levando em conta os aspectos maturacionais, intelectuais e emocionais (BRANDÃO; JERUSALINSKY, 1990, p.55).
Frequentando o programa de estimulação essencial a criança tem a oportunidade de vivenciar diversas experiências explorar seu meio e objetos, e desenvolver sentidos remanescentes, como o caso do aluno com deficiência visual que tem a oportunidade de desenvolver o tato a audição o olfato e a gustação.
Para a criança que apresenta atraso no desenvolvimento intelectual, como a síndrome de Down, suas funções motoras podem estar comprometidas; assim, seu desenvolvimento ocorre de forma mais lenta, a criança apresenta atraso para sustentar sua cabeça, sentar-se, para engatinhar, caminhar sozinha, são habilidades que vão consolidar-se por volta dos 2 aos 5 anos, mas com 1 ano a criança já é capaz de sentar-se sozinha; a estimulação confere maior equilíbrio e autonomia. Aos poucos começa a se interagir com a família e a comunicação passa a ocorrer por meio de gestos, palavras, olhares. Outro exemplo são as crianças com deficiência auditiva de até 3 anos, que pelos programas de estimulação essencial tem a oportunidade de desenvolver a linguagem oral.
Nos programas de estimulação precoce o lúdico tem presença constante nas intervenções realizadas com a criança; por meio de um planejamento que contemple as suas necessidades, desenvolver a criança de forma integral é considerar a fase de desenvolvimento infantil em que se encontra, desenvolvendo estratégias que permitem a sua aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo. O lúdico continua sendo importante em outras fases do desenvolvimento infantil, ou seja, este trabalho tem continuidade na educação infantil.
Conclusão
Diante do contexto atual sobre o tema Estimulação Essencial, pode-se considerar que frequentando o programa de estimulação, a criança tem a oportunidade de vivenciar diversas experiências, explorar seu meio e objetos e desenvolver seus sentidos re4manecentes, mas exige esforço de todos, possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade.
O tema tratado neste trabalho de pesquisa é fundamental para entendermos como a escola é importante na vida dos indivíduos, pois nela se reforçam valores passados pelos pais e se constroem mais, nela a diversidade é trabalhada de forma natural, porque ela é um ambiente heterogêneo e isso a torna um espaço de partilha de culturas, de ideias, valores e crenças.
A estimulação essencial deve ocorre precocemente, visto que o deficiente intelectual tem dificuldades na aprendizagem, e que precisa da estimulação e incentivo para desenvolver suas habilidades.
Sendo assim podemos concluir nessa pesquisa que a importância de estimular uma criança com deficiência intelectual o mais cedo possível, esta ligada ao fato de que, nos dois primeiros anos de vida é que ocorre o maior desenvolvimento do cérebro, sendo fundamentais as experiências pelas quais a criança passa neste período. O papel da família é essencial, pois esta sempre será mediadora da estimulação da criança nos primeiros anos de vida e o professor cabe desenvolver e entender o que a criança possui e necessita.
Referências
BRANDÃO, P.; JERUSALINSKY. A tragetória da estimulação precoce a. psicopedagogia inicial. Revista escrita da Criança, n. 3,2. Ed.Poto alegre: Centro Lydia Coriat, 1990.
BRASIL. Ministério da educação. Secretaria de Educação especial. Diretrizes gerais para o atendimento educacional de altas habilidades/superdotação e talentos: MEC/Secretaria de Educação Especial. 1995b
Leitão, F.R. A avaliação de programas de intervenção educativa precoce. Educação Especial e Reabilitação, v 1, n. 2.1989.Dispovivél em :htpp://bibliotecas.utl.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl.biblionumber=80152.Acesso em:26 de out.2022.
LINHARES, Maria Beatriz Martins. Estresse, resiliência e Cuidado no Desenvolvimento de Neonatos de alto risco. In MENDES, Enicéia G; ALMEIDA, Maria Amélia; WILLIAMS, Lucoa Cavalcanti de Albuquerque. Temas em Educação Especial: avanços recentes. São Carlos: EDUFSCAR, 2004, p.315-324.