A importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil
Elenir Carmem Ransan Brasil
Leidamar Vieira de Freitas
Keila Paula da Silva
Taís Aparecida Berlanda Babolim
RESUMO
Este artigo tem o objetivo de mostrar a importância de jogos e brincadeira na educação infantil e destaca que a ajuda a criança a agir, interagir e transformar a aprendizado da criança, cabendo ao professor ser capaz de brincar e estimular o aluno nas brincadeiras para que possa desenvolver suas habilidades psicomotora, cognitiva afetiva, expressando a fala e estimulando seu imaginário. Para realizar esta pesquisa foi utilizado como referência teórica autores como: Miranda, Brasil, Santos, Kishimoto, Kuhlmann Jr, Macedo, Enrique, Sônia Kramer, Craidy. E através de dados coletado foi constatado que os jogos e brincadeiras são motivos fundamentais de proporcionar a ampliação da aprendizagem da criança na educação.
Palavras chave: Educação Infantil. Jogos lúdicos. Brincadeiras e aprendizagem.
ABSTRACT
This article aims to show comes IMPORTANCE games and play in early childhood education emphasizes that helps the child to act, interact and transform the child's learning, whereas the teacher be able to play and stimulate student nas brincadeiras so you can develop their psychomotor skills, cognitive affective, expressing speech and stimulating their imagination. To conduct this research was used as the theoretical framework authors such as Miranda, Brazil, Santos, Kishimoto, Kuhlmann Jr., Macedo, Enrique, Sonia Kramer, Craidy. And through data collected revealed that the fun and games are key to the development of children's learning in education.
KEIWORDS: Early childhood education. Jun games. Play and learning.
Introdução
Este estudo tem por objetivo demostrar a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, enfatizando que a utilização do lúdico pelo professor é aproximar professor do aluno e despertar nas crianças o interesse pela aprendizagem. E tem o objetivo principal de despertar nos professores o desempenho e gosto e a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, é importante que o educador saiba proporcionar brincadeiras lúdicas que desenvolva a melhoria e o aumento das habilidades que venha a facilitar o processo de aprendizagem o foco é despertar em alguns professores o gosto pelo lúdico e a importância de brincar com os alunos para seu desenvolvimento na interação de uns com os outros.
Nesse contexto, o artigo pretende enfatizar alguns elementos considerados de grande importância para educação infantil, destacando inter-relacionamento entre brincar e educar que desenvolve a aprendizagem da criança. É necessário que as escolas tenham profissionais qualificados, e preparados, para colocar em prática o lúdico no seu dia a dia escolar, despertando nos alunos a capacidades de falar, pensar, e agir, pois atividades é fundamental para seu desenvolvimento intelectual. Essas atividades permitem unir ação, emoções e imaginação. Portanto, é importante o educador compreender a grande possibilidade que atividade lúdica tem de encaminhar, para incentivar o desenvolvimento infantil. De acorda com Miranda (2001)
O jogo, o brinquedo e a brincadeira sempre estiverem presentes na vida do homem, dos mais remotos tempos até os dias de hoje, nas suas mais variadas manifestações (bélicas, religiosas, filosófica, educacional). Por meio do jogo, desde os primórdios, homem sempre buscou o autoconhecimento e o de seu círculo. Do nascimento até a morte, convivemos com o elemento lúdico. (Miranda, 2001, p. 20).
Compreendemos que o principal eixo a serem trabalhados com as crianças da educação infantil é jogos e brincadeiras, as crianças precisam de cuidados, atenção e carinho que são fundamentais nas relações entre o aluno e o professor. O brincar requer presença ativa do professor e deve ser utilizada pelo educador como um ensino dos conteúdos da realidade como destaque no planejamento pedagógico. Os educadores devem desenvolver ferramentas de aprendizagem através das brincadeiras que proporciona uma velocidade de mudanças no processo de aprendizagem da criança que passa a adquirir novos conhecimentos em sala de aula que o aluno possa aprender de maneira diferenciada.
A Lei n° 9.394, promulgada em dezembro de 1996, estabelece de forma incisiva o vínculo entre o atendimento às crianças de zero a seis anos e a educação. Aparecer, ao longo, a educação infantil é considerada a primeira etapa da educação básica (título V, capítulo II, seção II, artigo. 29), tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade. Por meio das brincadeiras e que a criança desenvolve a capacidade de imaginar imitar e adquire a socialização. Como afirma Brasil (1998).
O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurece também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papeis sociais (BRASIL, 1998, p.22).
Dentro dessa perspectiva nos sentimos estimulados a realizar uma observação e para obter dados foi necessário à realização de pesquisa e observação na escola de educação infantil Pingo de Gente no Município de Nova Bandeirantes/ MT que atualmente atende 80 alunos de dois (2) anos a cinco (5) anos com Maternal I, II e Pré I e II, bem como para entender e promover uma reflexão sobre importância dos jogos lúdicos e as brincadeiras no desenvolvimento dos alunos. No decorrer do artigo apresentaremos toda a observação, pesquisa e metodologia realizada.
Revisão da Literatura
O desenvolvimento da criança na educação infantil vai depender da atuação do docente responsável por este, nunca devemos esquecer que a perfeição não existe, porém, a busca por ela não deve ser esquecida. No referido nível de ensino, podemos destacar várias dificuldades a serem enfrentadas e uma delas, que talvez seja a maior, é a inclusão da criança na escola. Ato que deve partir do docente, mostrando-lhe que a escola é um lugar acolhedor onde o mesmo fará amigos e aprenderá o que é importante para a vida futura em sociedade. O docente deve destacar em seu planejamento as atividades do nível motor sempre dando início e ênfase na oralidade, pois assim estará proporcionando o entusiasmo na execução da atividade e estará também realizando maior contato da criança com a sua língua falada, nos educadores precisamos desenvolver como uma das ferramentas principal os jogos e brincadeiras no ambiente escolar que sejamos capazes de desenvolver a aprendizagem da criança de forma lúdica. De acordo com Sônia Kramer (1996,).
Falar do profissional que trabalha com a criança é falar de uma pessoa que fica em contato com o mundo infantil durante longo período de tempo. É falar de uma pessoa que participa com a criança de fantasias, brinquedos, sonhos, viagens tão fantásticas que algumas vezes se permite também fantasiar, brincar, sonhar, viajar. Entrar no mundo infantil é tomar parte em um mundo que, por conta da maturidade, se deixa de lado mesmo que meio ao contragosto. É tomar consciência do quanto ainda se pode entrar no túnel do tempo e conhecer reis, rainhas, sapos encantados. (Sônia Kramer 1996, p.143).
Sabemos que as brincadeiras favorecem a autoestima das crianças, auxilia-as superar progressivamente suas conquistas de forma criativa, desenvolvendo e transformando sua aprendizagem de maneira interativa com o objetivo de resgatar a cultura lúdica onde a criança busca junto com seus parceiros a resposta de sua necessidade. O professor passa observar as crianças enquanto brinca para desenvolver a sua ferramenta pedagógica na construção de novos jogos e brincadeiras que venha a valorização do lúdico no seu plano de ensino por que precisamos de bom profissional com que venha conhecer da teoria e da pratica nas atividades lúdicas que sabe a importância do seu trabalho, ao brincar a criança enriquecem sua identidade onde passa a elaborar as suas próprias regras e forma de ser e pensar na convivência que passa a respeitar o limite de cada um. Para Santos (1997).
A ludicidade é uma necessária do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita ao processo de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento (Santos 1997, p. 12).
As brincadeiras e o desenvolvimento resultam da experiência que a criança partilha com os outros, e busca resolver este conflito no mundo ilusório e imaginário, através das brincadeiras as crianças tem ações de criar e inventar que a desenvolver a uma situação imaginária. Vygotsky (1984, p. 106) afirma. “A imaginação é um processo psicológico novo para a criança representar uma forma especificamente humana de atividade todas as funções da consciência, ela surge originalmente da ação”.
De acordo com Kishimoto (1998), as obras de Froebel despertam o interesse pela autoatividade da criança, liberdade de brincar e expressar tendências internas pelo jogo como fator de desenvolvimento integral da criança. Entanto, o aspecto mais importante de sua teoria: o papel da brincadeira enquanto elemento para o desenvolvimento simbólico parecer ter sido pouco percebido. Assim, por meio de brinquedos e dons, criar o espaço para a criança ter iniciativa, expressar sua fala, representar seu imaginaria. Dessa forma, é por meio das brincadeiras que a criança inicia sua interação social, aprendendo a viver com sua família, com as outras pessoas que cercam no meio que vive. Como afirma Kuhlmann Jr (1999) afirma que:
Se a criança vem ao mundo e se desenvolve em interação com a realidade social, cultural e natural, é possível pensar uma proposta educacional que lhe permita conhecer esse mundo, a partir do profundo respeito por ela. Ainda não é o momento de sistematização o mundo para apresentá-lo á criança: trata-se de vivê-lo, de proporcionar-lhe experiência rica e diversificada (KUHLMANN JR, 1999, pág. 57).
Para Macedo (2005), o brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil. É a principal atividade das crianças quando não estão dedicados ás necessidades de sobrevivência como repouso e a alimentação. Todas as crianças brincam se não estão cansadas, doentes ou impedidas. As crianças brincam pelo prazer de brincar. Ainda para o autor, o jogo é o brincar em um contexto de regras e com um objetivo predefinido, onde ganha-se, ou perde-se no jogo as delimitações como os tabuleiros, as peças, as regras, etc. são condições fundamentais para sua realização. O jogo é uma brincadeira organizada, convencional, com papeis e posições demarcadas.
Essas características aprendidas em situação de jogo vão sendo aceitas com prazer e alegria ou também com sofrimento, pois num jogo sempre há um “ganhador” e um “perdedor” e perder não é agradável. Aprender a perder é uma exigência não só do jogo, mas da própria vida. Prosseguido com Macedo (1997).
Para ganhar é preciso ser habilidoso, estar atento, concentrado, ter boa memória, saber abstrair, relacionar as jogadas todo o tempo. Por isso, o jogo de regra um jogo de significados e que o desafio é superar a si mesmo ou ao outro. Desafio que se renova a cada partida, porque vencer uma não é suficiente para ganhar a próxima. (MACEDO 1997, p. 135).
Segundo Kishimoto (2007), no passado o jogo era visto como algo inútil, como algo não sério. Somente no romantismo é que o jogo aparece como algo sério e destinado a educar a criança. No romantismo o jogo surge como uma conduta típica e espontânea da criança, sendo sua forma de expressão. No renascimento a criança é dotada de valor positivo, de natureza boa, que se expressa espontaneamente pelo jogo. Esse período é visto “compulsão lúdica”. A criança tem capacidade de diferenciar significados é a função simbólica ou semiótica, que se desenvolve através da imitação, da brincadeira ou jogo simbólico, da linguagem falada, da imagem menta e do desenho. Segundo Piaget:
Tudo é jogo durante os primeiros meses de existência [...], ela entrega-se a ações centradas nelas própria [...] não têm mais finalidade exterior do que, mais tarde, os exercícios motores - atirarem pedras numa poça de água, fazer esguichar a água de uma torneira, saltar etc. – que todo o mundo considera jogos ou- brincadeiras. (Piaget 1978, p.119).
Trabalhar o lúdico pode proporcionar condições de aprendizagem tanto na vida familiar quanto no contexto escolar levando a criança a desenvolver a agilidade e a rapidez e o raciocínio lógico. Conforme afirma Seber (1999, p. 58): “Em virtude desses progressos no nível de representações interiores, o brincar reflete uma etapa superior de elaboração. A criança brincando por tempo mais prolongado e ajustado suas ações aos pormenores vividos no cotidiano faz seu pensamento evoluir cada vez mais”.
Os jogos e brincadeiras desperta a curiosidade das crianças em aprender como funciona aquele tipo de brincadeiras esse jeito de jogar, é nesse momento que desperta o processo de aprendizado da criança. Nisso resulta a construção de busca de novos saberes e dos conhecimentos das atividades lúdica que lhe é proposta. Nesse sentido, argumenta Emerique (2004 p.4).
[...] penso que o próprio processo de aprendizagem pode ser visto como uma grande brincadeira de esconde-esconde ou de caça ao tesouro: tanto uma criança pré-escolar brincando num tanque de areia quanto um cientista pesquisando no laboratório de uma universidade estão lidando com sua curiosidade, com o desejo da descoberta, com a superação do não saber, com a busca do novo, que sustentam a construção de novos saberes (EMERIQUE, 2004, p.4).
Nesse sentido, é importante que o professor da educação infantil conheça a influência dos jogos e brincadeiras no ambiente educacional e saiba que através deles as crianças desenvolvem seu raciocínio, e habilidades nas brincadeiras executada. Kishimoto (1993) destaca que:
A criança procura o jogo como uma necessidade e não como distração [...]. É pelo jogo que a criança se revela. As suas inclinações boas ou más. A sua vocação, as suas habilidades, o seu caráter, tudo que ela traz latente no seu eu em formação, torna-se visível pelo jogo e pelos brinquedos, que ela executar (KISHIMOTO, 1993, p.106).
Durante a infância da criança deve ser bem acompanhada, pois sua experiência de infância é para vida toda, com as atividades lúdicas nessa fase se torna um sujeito capaz de explorar o ambiente de interação e compreender o mundo a sua volta. O educador desenvolve as brincadeiras que promove sensibilidade, afetividade harmonia entre as crianças. Santos enfatiza que (1997 p 14). “[...] a formação lúdica deve possibilitar ao futuro educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades e limitações, desbloquear suas resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto”. O professor desenvolve jogos e brincadeiras para os alunos e esclarece suas regras, pois são necessárias para a convivência e a realidade entre as crianças, e é beneficiando a aprendizagem e a criatividade dos alunos, as brincadeiras é uma atividade mediadora entre a criança e o mundo que vive e passa transmitir no aprendizado um processo do desenvolvimento infantil. Como afirma:
No jogo de regras, a criança é colocada em contato com restrições, limites, possibilidades, enfim, com uma vida regularizada e harmônica. Sem regra não há trabalho, e sem trabalho, não há regra. Esta é necessária para que haja solidariedade e compartilhamento. (MACEDO 1997, p. 149).
Os jogos e brincadeiras auxiliam na aprendizagem e tem por objetivo de aproximar o professor do aluno de forma dinâmica e participativa, nas brincadeiras o professor obtém conhecimento precioso sobre seus educandos e pode estimulá-los nas suas criatividades, e na infância da criança que aprende-se brincando através das brincadeiras lúdicas proporcionada pelo educador. Para Libâneo:
O professor propõe objetivos, conteúdos, tendo em conta as características dos alunos e da sua prática de vida. Os alunos, por sua vez, dispõem em seu organismo físico-psicológico de meios internos de assimilação ativa [...]: percepção, motivação, compreensão, memória, atenção, atitudes e conhecimentos disponíveis. (1994, p.84).
Para o professor entra mundo infantil deve ter um conhecimento teórico, prático e que seja capaz de interagir com seus alunos, cabe o educador a responsabilidade de desenvolver brincadeiras lúdicas para seus alunos e garantir as crianças o direito ao lazer, jogos, e brincadeiras e cuidar pelo o seu convívio social. Para Brasil:
A ação do professor de educação infantil, como mediador das relações entre as crianças e os diversos universos sociais nos quais elas interagem, possibilita a criação de condições para que elas possam, gradativamente, desenvolver capacidade ligada á tomada de decisões, á construção de regras, á solidariedade, ao diálogo, ao respeito a si mesmas e ao outro, assim como desenvolver sentimentos de justiça e ações de cuidado para consigo e para com os outros. (Brasil, 1998, p.43).
Brincando as crianças descobre o seu desenvolvimento de aprendizagem e o esforça para compreende o mundo em que vivem por meio de brincadeiras. Com as brincadeiras naturalmente e espontânea as crianças criam e recriam de forma criativa.
Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em práticas suas fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direita do adulto, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata (BRASIL, 19987, p.23).
É importante que o professor identifique as especialidades de cada passo do desenvolvimento da criança e disponibilizar os brinquedos adequados para ajudar no seu crescimento. Brasil destaca que:
Brincar implica troca com o outro, trata-se de uma aprendizagem social. Nesse sentido, a presença do professor é fundamental, pois será ele quem vai mediar às relações, favorecer as trocas e parcerias, promover a interação, planejar e organizar ambientes instigantes para que o brincar possa se desenvolver (BRASIL,2005, p.50).
Dessa forma o educador tem que proporcionar o ambiente escolar de maneira parecida com seu ambiente familiar aconchegante principalmente nos primeiros contado do aluno com o professor, já que a escola é um lugar onde a criança passa a ficar a maior parte de seu tempo. Como afirma a autora Craidy:
Quando a criança começa a frequentar a escola, o novo ambiente precisa tornar-se, o mais breve possível, familiar e aconchegante. Além das novidades do ambiente físico, o mundo sonoro é completamente desconhecido. A música pode se tornar um espaço a partir do qual os primeiros vínculos são criados e mantidos. [...] o canto é uma atividade eminente social, é uma abertura para o outro e um enorme enriquecimento pessoal. (2001, p.130)
A brincadeira é uma das atividades muito importante na vida da criança, pois do prazer e desenvolve a imaginação, o raciocínio, cognitivo. O lúdico bem desenvolvido pode proporcionar estímulos, incentivos e aprendizado. Destaca BRASIL:
O fator de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gesto, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela e se envolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regra e papéis sociais (1998, p,22).
O pedagogo de educação infantil deve desenvolver técnicas de aprendizado diversificadas para não ficar uma atividade repetitiva para a criança. Deve proporcionar experiência lúdica sendo prazerosa para o educando que venha beneficiar a construção do aprendizado e respeitando as diferenças e cultura existentes de cada um. Como afirma Kuhlmann Jr (1999, p.57).
Se a criança vem ao mundo e se desenvolve em interação com a realidade social, cultural e natural, é possível pensar uma proposta educacional que lhe permita conhecer esse mundo, a partir do profundo por ela. Ainda não é o momento de sistematizar o mundo para apresentá-lo à criança: trata-se de vivê-lo, de proporcionar-lhe experiência rica e diversificada.
Por meio de alguma brincadeira de criança, podemos desenvolver nosso olhar de como ela vê e estabelece com o mundo de como ela gostaria que ele fosse quais as suas apreensões e que dificuldades a estão assediando. E, no entanto, é pela brincadeira, ela propaga o que tem dificuldade de manifestar em palavras. Qualquer criança brinca abertamente só para passar o tempo, embora ela e os adultos que a observam possam pensar assim. Mesmo quando compartilha de uma brincadeira, em parte para preencher períodos vagos, sua preferência é determinada por procedimentos internos, anseios, problemas, angústias. O que acontece na imaginação da criança motiva suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem oculta, que devemos acatar mesmo que não a percebemos.
Considerações finais
Após a realização da observação e pesquisa, constata-se que a partir da brincadeira a criança desenvolve a aprendizagem e a construção do raciocínio e amplia a capacidade da interação social, aprendendo a conviver com o outro no meio onde vive. Os jogos e brincadeiras têm como objetivo promover ao indivíduo a aprendizagem de maneira prazerosa e descontraída e que venha contribuir para a formação da identidade do aluno, se o professor souber explorar as ferramentas oferecidas pela ludicidade dentre e fora da sala de aula para desenvolver a aprendizagem das crianças não utilizar somente como passa tempo, mas sim como forma de aprendizagem.
Os dados foram apresentados por meio de pesquisa bibliográfica, pesquisa de livros digitais através de internet, e por questionário a fim de obter resultados da pesquisa teórica. A partir do questionário da observação e da conversa realizado com professores pedagogos tivemos como resultado para as questões propostas, a unanimidade dos entrevistados ao afirmar que incluir as atividades lúdicas na educação infantil é importante para a realização do desenvolvimento cognitivo e simbólico. Com relação à importância de jogos e brincadeiras e brincadeiras nas escolas infantis, destaca-se que as crianças que brincam em ambientes livres a respeitar regras, vivenciam um processo de experiência através da criação, emoção e imaginação proporcionando a eles o bem-estar. Incluir os jogos e brincadeiras na educação infantil melhora o desenvolvimento da aprendizagem da criança, pois beneficia na formação de sua identidade e no desenvolvimento intelectual.
Referências
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