A Matemática e o lúdico: a importância da utilização dos jogos como estratégia no ensino de conceitos da Matemática
Maria Eduarda da Silva Dias
Maria José de Figueiredo
Monica de Sousa Buss
Patrícia Santos Luz
RESUMO
A Matemática é permeada por todo o ambiente social do homem e é destacado a cada novo aprendizado. Todas as profissões atuais usam a Matemática para conceber e manter normas, comportamentos e fórmulas. Assim, mediante importância da Matemática, o ensino da disciplina tem sido alvo constantes de críticas, visando mudanças. Através disso muitos professores de matemática estão propondo novas alternativas metodológicas na tentativa de facilitar o processo de ensino e aprendizagem de Matemática. Assim, este estudo tem como objetivo compreender como os jogos em seu caráter lúdico podem contribuir para o ensino de conceitos matemáticos e desmitificar bloqueios que muitos alunos adquirirem durante o processo de aprendizagem de alguns conteúdos matemáticos. Quanto à Metodologia adotada recorreu-se à pesquisa bibliográfica utilizando livros e artigos com destaque para os seguintes autores: Andrade (2017) e Elorza (2013), Lima (2014), Aguiar (2017), (Ribeiro (2018), Menezes (2020), Pontes et al., (2020) e Mesquita (2021). Diante dos resultados foi possível perceber que os jogos no ensino da matemática quando bem aplicado em sala de aula, tende a trazer benefícios ao processo de aprendizagem nos mais variados contextos e com os mais diversos conteúdos. Em todos os estudos encontrados, foram mencionados o desenvolvimento de estímulos e de aprendizagem após as intervenções. Portanto, considerando que a matemática sempre foi considerada uma ciência de base para várias áreas do conhecimento, dominar seu conhecimento é essencial para resolver situações problemáticas em várias áreas. Diante dessa importância e relevância, é necessário encontrar novas abordagens de ensino de ensiná-lo, buscando sempre maior eficiência no processo de ensino-aprendizagem no contexto escolar.
Palavras-chave: Ensino. Lúdico. Matemática.
ABSTRACT
Mathematics is permeated throughout the social environment of man and is highlighted with each new learning. All current professions use Mathematics to design and maintain norms, behaviors and fórmulas. Thus, given the importance of Mathematics, the teaching of the discipline has been the target of constant criticism, aiming at changes. Through this, many mathematics teachers are proposing new methodological alternatives in an attempt to facilitate the process of teaching and learning Mathematics. Thus, this study aims to understand how games in their ludic character can contribute to the teaching of mathematical concepts and demystify blocks that many students acquire during the learning process of some mathematical content. As for the methodology adopted, bibliographical research was used using books and articles with emphasis on the following authors: Andrade (2017) and Elorza (2013), Lima (2014), Aguiar (2017), (Ribeiro (2018), Menezes (2020) ), Pontes et al., (2020) and Mesquita (2021). In view of the results, it was possible to perceive that games in mathematics teaching, when well applied in the classroom, tend to bring benefits to the learning process in the most varied contexts and with the most diverse contents. In all the studies found, the development of stimuli and learning after interventions were mentioned. Therefore, considering that mathematics has always been considered a basic science for several areas of knowledge, mastering its knowledge is essential to solve problematic situations in several areas. Given this importance and relevance, it is necessary to find new teaching approaches to teach it, always seeking greater efficiency in the teaching-learning process zation in the school context.
Keywords: Teaching. Ludic. Math.
Introdução
Desde antigamente, a matemática tem sido necessária para resolvê-la problemas cotidianos e sistematizar a vida social (BOYER,1996). Sendo assim, não podemos ignorar o fato de que os conhecimentos matemáticos e o raciocínio lógico sempre esteve nos cercando. A matemática é importante para todos as ciências uma vez que segundo D`Ambrosio (1996, p.31), “a tendência de todas as ciências é cada vez mais de se matematizarem em função do desenvolvimento de modelos matemáticos que desenvolve fenômenos naturais de maneiras adequada.”
Nesta perspectiva, percebe-se que a matemática é permeada por todo ambiente social do ser humano e a cada novo aprendizado a matemática se destaca cada vez mais. A matemática está em todas as profissões da atualidade para se construir, manter as normas, comportamentos e fórmulas.
Devido à suma importância da matemática, o ensino da disciplina tem sido alvo constante de críticas. Consequentemente como reposta a essas críticas, professores passaram a propor novas alternativas de abordagem metodológicas, na tentativa de facilitar o processo de ensino e aprendizagem de matemática. Essas alternativas, cujas apresentações possuem características especifica bem como sua própria organização e funcionamento, receberam as seguintes denominações: Uso de jogos, Uso da História da Matemática, Modelagem, Investigação Matemática, Etnomatemática, Uso de Tecnologias de Comunicação e Resolução de Problemas (SÁ, 2020). Dente de tantas possibilidades, optou-se pela análise dos jogos matemáticos que em seu caráter lúdico, motiva o aluno a aprender de maneira satisfatória e prazerosa, evitando assim desânimo e reduzindo a evasão escolar, pois as aulas certamente tornam-se mais atraentes. Sobre os jogos em sala de aula, Perroni (2021) relata que:
Se o jogo é para estimular a curiosidade e despertar no aluno o interesse pelo conhecimento, ele deve ser introduzido como um jogo comum, apenas como mais um jogo de tabuleiro, fazendo com que o aluno perceba as regularidades existentes nele e a necessidade de estudar o porquê das jogadas (PERRONI, 2021, p. 48).
Nessa perspectiva, o presente artigo tem como objetivo compreender como os jogos em seu caráter lúdico podem contribuir para o ensino de conceitos matemáticos e desmitificar bloqueios que muitos alunos adquirirem durante o processo de aprendizagem de alguns conteúdos matemáticos.
A Metodologia adotada foi à pesquisa bibliográfica utilizando livros e artigos com destaque para os seguintes autores na fundamentação teórica: Andrade (2017) e Elorza (2013); na parte destinado aos resultados e discussões, veremos autores que investigaram na prática a contribuição dos jogos no processo de ensino-aprendizagem em matemática, tais como: Lima (2014), Aguiar (2017), (Ribeiro (2018), Menezes (2020), Pontes et al., (2020) e Mesquita (2021).
Portanto o presente artigo encontra-se organizado da seguinte forma: inicialmente apresenta-se a fundamentação teórica com um breve histórico do desenvolvimento da matemática e seus conceitos iniciais; o processo de ensino e aprendizagem na matemática como disciplina e a relação entre o desinteresse dos discentes com o ensino tradicional da matemática. Na sequência é descrita a metodologia utilizada no estudo seguido de um capítulo dedicado aos resultados encontrados durante a revisão.
Fundamentação teórica
Matemática: breve histórico e conceitos iniciais
A história da matemática, se constitui um dos aspectos mais surpreendentes do conhecimento. O estudo da matemática é uma condição sine qua non para o ensino-aprendizagem da própria área, ou seja, seu estudo é indispensável para a educação sem ele, não podemos evoluir ou crescer. Dessa forma, compreender como cada conceito foi desenvolvido e introduzido nesta ciência, facilita ao estudioso o acesso a uma visão mais abrangente do universo matemático.
A Matemática teve origem na Europa, recebendo, posteriormente, algumas contribuições das civilizações indiana e islâmica. Esta disciplina chegou à sua forma atual no período correspondente aos séculos XVI e XVII. Ela adquiriu aspecto mais universal graças ao predomínio da ciência e das tecnologias que se foram desenvolvendo no velho continente. No século XVII, a universalização da Matemática foi, também, o primeiro passo rumo à globalização (D'AMBROSIO; 2001).
Alinhado a isso, D'Ambrosio (2001) sublinha que, os grandes matemáticos, ou seja, aqueles homens de nome famosos descritos, historicamente, como responsáveis pela criação, desenvolvimento e consolidação dessa ciência são identificados, principalmente, como inseridos na antiguidade grega e, posteriormente, na Idade Moderna europeia, sobretudo em França, Itália e Alemanha.
Contudo, podemos indagar a nos mesmo em como podemos definir a matemática? Como resposta podemos considerar a uma definição, já proposta por muitos teóricos que afirmam que a matemática é a ciência dos números e das formas; das relações e das medidas; e, também, das inferências, tendo como característica fundamental a inclusão da precisão, do rigor e da exatidão. Portanto uma ciência exata que visto suas soluções depende muito de processos dedutivos e estratégicos, baseados em fórmulas e em regras.
A origem etimologicamente da palavra Matemática, é oriunda do grego máthema, que significa aprendizagem. Desse modo, afirma D'Ambrosio (2001) que antes de o homem erigir sua primeira moradia, ele aprendeu a contar. A invenção do número precede a forma de representá-lo. As civilizações ancestrais acumularam conhecimentos matemáticos sem, no entanto, estruturá-los por padrões lógicos e convencionais, razão, por o qual, atribui-se à Grécia Antiga o ser berço da Matemática.
Com o tempo, a Matemática foi se desenvolvendo e adquirindo as formas que apresenta hoje. O começo desse desenvolvimento se deu nos séculos XIV e XV, alcançado tantos nos Convento e nas instituições escolares. Análogo a alguns registros vemos que a primeira escola de matemática surgiu na cidade de Bagá, durante a Idade Média.
Passados alguns séculos, especificamente na transição do século XIX para o XX, foi realizado o Primeiro Congresso Matemático Internacional em Chicago, em 1893. E, no ano de 1900, o Segundo Congresso Internacional em Paris. Neste congresso, David Hilbert apresentou uma lista com 23 problemas que, segundo ele, constituíam preocupação central dos matemáticos e estudiosos no século XX (MACIEL, 2013). Esses eventos demarcaram significativas mudanças no modus operandi matemático. Assim, neste contexto, por exemplo, Felix Klein (1849-1925), surge como defensor de um ensino da matemática que dessa importância aos fatores psicológicos de cada aluno, como foco na intuição em detrimento da parte sistemática, posta em segundo plano.
Vale ressaltar que a importância dada à educação matemática, como disciplina, se deu em Roma, no ano de 1908 (MACIEL, 2013). Posteriormente, nos anos 1960 a 1970, com o intuito de conciliar o conhecimento matemático ao dos currículos escolares, veio conhecimento uma Matemática escolar renovada, descrita como Matemática Moderna (MM), cujo intento era unificar a Álgebra à Aritmética e a Geometria. Assim, segundo Pavanello (1989), o ponto central da Matemática Moderna consiste em aplicar a matemática, segundo estruturas algébricas, com o emprego da linguagem simbólica da teoria dos conjuntos.
Já no Brasil, a história da matemática principia desde o descobrimento da ilha de Vera-Cruz, conquanto, no período colonial e, mesmo, no Império, poucos documentos tenham sido registrados. Nessa época, o ensino era tradicional, inspirado no sistema português cuja pesquisa era incipiente. Alem disso, nesse contexto, ainda não havia na Colônia nem universidades nem jornais, de sorte que a comunicação do conhecimento era bastante restrita.
Assim, após a chegada da corte real portuguesa para o Brasil, em 1808, foram criados diversos estabelecimentos educacionais e culturais, como, por exemplo, as academias de formação, bibliotecas e um jardim botânico, além de uma imprensa. Dentre esses estabelecimentos, foi criado, aos 4 de dezembro de 1810, a Academia Real Militar, cujo objetivo era formar oficiais de diversos campos, com o desígnio de atuar, também, sobre a formação científica, sendo, por isso, a instituição pioneira em propor o curso completo de Ciências Matemáticas.
Esse curso, segundo Castro (1999), seguia um padrão muito bem definido para o seu tempo, consistindo do seguinte: O lente (professor) era responsável por lecionar, no primeiro ano, aritmética, álgebra (indo até as equações de quarto grau), geometria, trigonometria retilínea e noções de trigonometria esférica. No segundo ano, lecionava álgebra superior, geometria analítica, cálculo diferencial e integral. No terceiro, ensinava mecânica (estática e dinâmica), hidrostática e esférica, óptica, astronomia e Geodésia.
Já com o período da república, ainda que a nação estivesse sob as influências intelectuais de França, sobretudo do positivismo, a evolução no ensino e nos estudos foi restrita. Contudo, no início do século XX, as pesquisas na área da matemática começaram a adquirir maior relevo, vindo a lume nomes como os de Otto de Alencar, Teodoro Ramos, Amoroso Costa e Lélio Gama, na antiga Capital brasileira - Rio de Janeiro.
Assim, logo após a Segunda Guerra Mundial, houve um aprofundamento da pesquisa científica, sendo criados, para tanto, o Conselho Nacional de Pesquisas, em meados do ano de 1955 e 1957, na cidade de Poços de Caldas; além do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), onde eram realizados os Colóquios Brasileiros de Matemática (VIANA et al., 2014). Visto isto, de acordo com Fiorentini (1995), aos poucos, foram criados, no país inteiro, os Centros de Ciências e Matemática, cuja finalidade era a preparação de professores para o desenvolvimento de um ensino proposto nos projetos educacionais, legando às gerações seguintes importantes influências.
Conhecer a história de uma disciplina é a chance que temos em conhecer os grandes estúdios, e de compreender melhor os processos que a fizeram a matemática a adquirir a forma em que está. Informar a história da matemática e saber como surgiu os processos de fórmulas e números. Conhecer é de suma importância.
Contudo isso pode perceber que a matemática vai além da sala de aula e da memorização de fórmulas matemáticas, e sempre então presentes em situação comum ao nosso cotidiano. Nem sempre as fórmulas e teorias aprendidas em sala são utilizadas na resolução de problemas do dia a dia, mas o aprendizado de matemática vai além das fórmulas e proporciona a formulação de hipóteses, a argumentação, o uso de estratégias e a solução de problemas de maneira mais criativa.
Processo de ensino e aprendizagem em matemática
De acordo com Andrade (2017), identifica-se, frequentemente, crianças que, embora frequentadoras da escola, por algum fator, não conseguem estar à altura das expectativas da escola e dos pais. Essas crianças, não raro, demonstram uma enorme dificuldade no princípio da vida escolar, o que, muitas vezes, as leva a serem desconsideradas no processo de ensino, ou então, por parte de pais e alguns educadores, a culpa acaba sendo atribuída aos conteúdos por serem, supostamente, muito complexos para crianças.
E, ainda segundo Andrade (2017), nalgumas vezes as crianças demonstram inaptidão ou dificuldades para aprender, porém a família não liga importância a isso, ou, quando percebem, apenas admoestam o sujeito sem querer lhe ajudar, considerando como dever da escola o corrigi-lo. Sabe-se que é de importância significativa que a escola acolha esses alunos e os ajudem naquilo que for possível para um diagnóstico e um tratamento educativos. Contudo, cabe aos pais ter a consciência de que uma criança necessita de tempo para que superar quaisquer dificuldades, sejam educativas ou sociais.
É comum que entre as gentes haja a falsa ideia de que uma dificuldade pode ser simplesmente incorrigível, significando, portanto, um desperdício de tempo o querer escoimá-la. Assim, o aluno, acaba por repetir este discurso, criando estigmas quanto às disciplinas, sobretudo a matemática, que vão desde a sua importância indelével, até sua completa desnecessidade (SILVA; 2013).
Por isso, tendo em vista uma melhora do aprendizado, é mister mudar-se os métodos e materiais didáticos em sala de aula, a fim de que se consiga mostrar ao aluno que ele pode aprender e que há modos diferentes e estimulantes de aprendizagem. A mudança, portanto, da didática em sala de aula, é essencial para mostrar aos alunos que a matemática é importante e que, ao contrário do que reza o senso-comum, ela não é um conjunto de fórmulas exageradas e inúteis, revelando-se, isto sim, nas atividades mais símplices da vida quotidiana de cada sujeito.
Contudo, deve-se atentar aos detalhes, pois, conforme afirma Silva (2013), alguma vezes o educador lança mão de vários recursos materiais em suas aulas, mas, ao não ensinar os alunos a usá-los, esses materiais acabam sendo inúteis e ineficazes. Por essa razão, é importante que o docente oriente seus alunos a utilizarem, corretamente, os instrumentos didáticos disponibilizados para a aula, porquanto não adianta em nada usar diversos materiais e métodos sem, no entanto, haver esforço genuíno do professor para mediar o conteúdo ministrado com os métodos e a experiência singular do alunado.
Posto que o professor é essencial para o aprendizado das disciplinas, cabe aos mesmos aplicarem e explicar os conteúdos que lhes competem. Pois, como afirma Andrade (2017) o papel do professor é sobremodo importante no desenvolvimento do aluno, porquanto cabe ao professor o trabalho de notar as dificuldades dos educandos e lhes orientar para a devida correção de suas dificuldades, a fim de que se concretize uma verdadeira aprendizagem.
Assim sendo, o professor precisa observar quais são os alunos que têm dificuldades de aprendizado, e quais os motivos que o tolhem, para que não aconteça de os alunos, desestimulados, desistirem de aprender. Por isso, a variação de metodologias pode ajudar ao professor o ter um tino maior das proporções, medindo se as dificuldades de aprendizagem dos educandos estão vinculadas a uma metodologia específica, ou se se trata de um aspecto singular do aluno, e que, portanto, necessita ser trabalhado por profissionais (BOSSA; 2007).
Afinal, toda pessoa possui uma maneira própria de ver e assimilar as coisas à sua volta. Por isso, Silva (2013) sublinha a ineficácia atual do método tradicional de ensino, que se restringe tão-somente a expor conteúdos, sem ligar importância ao aluno no tocante a ele estar aprendendo. Por isso, convém ao docente escamotar, tanto quanto possível, o método expositivo substituindo-o por metodologias atuais e mais capacitadas a conciliar conteúdos e vivências em sala de aula, a fim de que o aluno se sinta parte do processo de ensino-aprendizagem (CORREA; 1999).
Assim, deve-se ter em mente que, por um lado, o ensino expositivo já não atende as demandas atuais de ensino, sendo, portanto, necessário pô-lo à parte; mas que, por outro lado, também, de nada adianta o ter berloques e penduricalhos aos borbotões numa sala, se o professor não fizer seu dever de mediar o conteúdo com as experiências do aluno, mediante o emprego correto de diversas possibilidades didáticas.
O Ensino Tradicional da Matemática Versus o Desinteresse Discente
A educação tradicional, também conhecida como volta ao básico, educação convencional ou educação costumeira, refere-se aos costumes estabelecidos há muito tempo que a sociedade tradicionalmente usava nas escolas. Algumas formas de reforma educacional favorecem a adoção de práticas de educação progressiva, uma abordagem mais holística que enfatiza as necessidades individuais dos alunos e o autocontrole. Aos olhos dos reformadores, os métodos tradicionais centrados no professor, focados no aprendizado e memorização, devem ser abandonados em favor de abordagens centradas no aluno e baseadas em tarefas (EBERHARDT; COUTINHO, 2011).
Em geral, os métodos tradicionais de ensino de matemática são baseados na instrução direta, onde é mostrado aos alunos um método padrão para executar uma tarefa, como adição decimal. Uma tarefa é ensinada independentemente, e não como parte de um projeto mais complexo.
Diante do fenômeno do desinteresse dos alunos pela matemática, a didática da matemática pode lançar luz sobre as propostas feitas por diferentes instituições, particularmente em termos de viabilidade ou os possíveis efeitos de certas medidas recomendadas (ELORZA, 2013). A didática da matemática se concentra nos processos de ensino e aprendizagem a partir de uma perspectiva de conteúdo. Mas seu campo de estudo não se limita às situações da escola.
Aprender matemática é considerado difícil pela maioria dos estudantes. Uma das razões é que em classes tradicionais de matemática os estudantes são ensinados pela primeira vez a teoria e, em seguida, eles são convidados a resolver alguns exercícios e problemas que têm mais ou menos soluções algorítmicas usando mais ou menos o mesmo raciocínio e que raramente são conectados com as atividades do mundo real (STOICA, 2015).
Geralmente observa-se a busca pela motivação do aluno de um ponto de vista muito amplo, não limitado ao interesse intrínseco da matemática e suas aplicações. Deve-se de destacar as interconexões da matemática com a evolução da cultura, da história e do desenvolvimento da sociedade, (ELORZA, 2013). Está se tornando cada vez mais claro que a importância dos elementos emocionais que mobilizam a mente em sua ocupação matemática é enorme. Uma grande parte do fracasso em matemática de muitos estudantes tem sua origem em um posicionamento emocional inicial, totalmente destrutivo de seu próprio potencial nessa área.
Esse posicionamento geralmente é causado por uma má introdução de seus professores. É por isso também que os professores devem tentar, de várias maneiras, fazer com que os alunos percebam o sentimento estético, o prazer lúdico que a matemática os pode trazer, a fim de apresentá-la de uma maneira mais profundamente pessoal e humana.
Material e métodos
Considerando sua natureza, este estudo pode ser classificado como pesquisa básica, cuja definição é apresentada por Gil e Vergara (2015) o qual afirma que a pesquisa básica busca o aprofundamento de algum tema científico que já tenha sido estudado previamente por alguém. Em relação a seus objetivos, classifica-se como exploratória.
Com relação a seus procedimentos técnicos, isto é, a forma pela qual se obteve os dados essenciais para elaboração da pesquisa, trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Segundo Prodanov; Freitas (2013), a pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de materiais já publicados, sendo constituída, sobretudo, de: revistas, livros, periódicos. Artigos científicos, monografias, dissertações, teses, entre outros.
Nessa perspectiva, foram utilizados artigos publicados escolhidos mediante seguintes critérios: artigos completos publicados com identificação de autoria e data de publicação. Como critério de exclusão, foram eliminados artigos incompletos, resumos, pesquisas consideradas sem confiabilidade científicas ou que não apresentem relevância para o tema debatido.
Cabe ressaltar, que a coleta sucedeu-se na base de dados do Google Acadêmico (https://scholar.google.com.br/?hl=pt) e no Portal de Periódicos da CAPES (https://www.periodicos.capes.gov.br/) utilizando a associação das seguintes palavras-chave: jogos matemáticos, ensino lúdico e intervenções.
É importante destacar que esta revisão se amparou no arcabouço metodológico de proposto pelos pesquisadores Arksey e O’Malley (2005), de modo que as etapas foram organizadas da seguinte forma: 1.) Identificação dos objetivos de pesquisa; 2) Identificação dos estudos importantes que viabilizassem abrangência dos objetivos adotados; 3) Seleção dos artigos conforme critérios estabelecidos; 4) Mapeamento dos dados; 5) sumarização dos resultados através de análises temáticas; 6) Apresentação dos resultados.
Resultados e discussão
Lima (2014) analisou a importância dos jogos na disciplina de matemática em aulas ministradas no 1º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Monsenhor José da Silva Coutinho localizada na cidade de Esperança - PB. Durante a pesquisa, foram aplicados dois jogos abordando conteúdos das quatro operações de modo que os discentes jogassem em grupos e utilizassem materiais concretos com meio de ensino e aprendizagem.
Foram selecionados, portanto, os jogos: Fila Rápida e Bingo da Tabuada. O primeiro objetiva trabalhar as quatro operações de forma alegre e prática. Os materiais foram confeccionados pelos discentes com auxílio dos professores sendo necessário: folhas de papel ofício, lápis, grafite, borracha e apito. Já para o segundo jogo, foram produzidas tabelas de bingo com folhas de cartolina, tesoura, lápis grafite e grãos de feijão. O objetivo consistiu em resolver os problemas com as quatro operações matemáticas de forma individual (LIMA, 2014).
A autora concluiu que a experiência foi positiva, pois os jogos proporcionaram aos alunos mais entusiasmo em sala de aula, o que aumentou sua motivação, posto que foi uma abordagem diferente da que estavam acostumados no ambiente escolar; além disso, os alunos tiveram a oportunidade de construir seus materiais concretos e aprender a trabalhar em grupo, enfrentando suas dificuldades. Em determinados momentos do jogo, as quatro operações básicas da matemática foram totalmente superadas pelos alunos, que antes não sabiam resolver os detalhes dos problemas mais simples de multiplicação, adição, subtração e divisão.
Aguiar (2015) verificou a contribuição dos jogos para a aprendizagem de alunos do 5º ano da Escola Municipal Padre Henrique Brandão localizada em Belo Horizonte após notar a ausência de interesse pela disciplina em 50% dos alunos, posto que esta era considerada como de difícil compreensão e “chata”. Assim, optou-se por fazer uma intervenção utilizando o jogo paraquedas com o intuito de motivar os discentes e possibilitar uma aprendizagem significativa em matemática.
O jogo consistia em lançar dados simultaneamente usando uma das quatro operações matemáticas até chegar a um dos três resultados presentes em uma linha na qual a primeira inicial o jogo e segue-se para as demais linhas. Durante o jogo os alunos foram instruídos a evitar falar e não transitar na sala. A autora concluiu que após a intervenção, os 50% dos discentes que consideravam a disciplina monótona e, por isso, não gostavam de matemática, juntaram-se aos 50% que gostavam da disciplinam, de modo que 100% da turma demonstrou gostar da aula ministrada a partir de jogos.
Dessa forma, a utilização de jogos como suporte para o ensino de matemática despertou a atenção dos alunos, desenvolveu o pensamento lógico matemático e permitiu o uso de estratégias para a resolução de situações-problema que lhes foram apresentadas. Nesse sentido, a relação aluno-professor tornou-se mais dinâmica, a interação entre os alunos aumentou, diminuindo assim o número de ocorrências (AGUIAR, 2015).
As quatro operações também foram trabalhadas por meio de jogos didáticos por Ribeiro (2018) na Escola do Campo do Colégio Estadual Calunga I, localizada em Goiás, após a autora perceber a problemática em torno do ensino de matemática e a resolução cálculos assim como problemas simples. Aplicou-se, portanto, o jogo de bingo na tentativa de facilitar o processo de aprendizagem.
Constatou-se que a aplicação das estratégias e métodos de jogos matemáticos proporcionou aos alunos uma nova visão da disciplina e eliminou o medo e resistência em participar das atividades disciplinares. O jogo promove alguns dos conceitos previstos no referencial do curso, nomeadamente; socialização, interação, expressão, parceria, respeito, solidariedade, saber perder e ganhar além de ter contribuído para a aprendizagem quanto às quatro operações matemáticas.
A divisão e a multiplicação foram abordadas por meio de jogos no estudo de Santos e Rodrigues (2018) em alunos do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Manoel Arideu Monteiro, localizada no Rio Grande do Sul. Os jogos aplicados foram: amarelinha da matemática e forca da matemática, os quais foram desenvolvidos com o intuito de promover a aprendizagem na resolução de problemas com divisão e multiplicação, posto que estas eram as maiores dificuldades apresentadas pelos discentes.
No jogo da amarelinha, a turma foi dividida em dois grupos (um amarelo e outro laranja). Cada um recebeu uma almofada de 5x5cm com a sua cor. Além disso, a amarelinha foi desenhada no chão com numeração progressiva do 1 ao 9, sendo que o grupo que chegasse ao 9 primeiro, venceria a competição. Com isso, o primeiro grupo escolheu um participante que recebe a almofada e lança no número 1. O jogador que fez o lançamento se dirigiu a uma caixa de operações, na qual havia diversas operações adequadas à turma do 5º ano, e retirou uma. Caso acertasse ao resultado, o grupo avançaria uma casa; caso errasse, permaneceriam no mesmo local e passaria a vez para o outro grupo.
No jogo da forca, a turma foi mais uma vez dividida em dois grupos de modo que cada um escolheu uma palavro. Foi desenhado no quadro duas forcas (uma para cada palavra). Um representante do primeiro grupo iniciou o jogo falando uma letra e retirou uma operação da caixa de operações. Quando acertavam o resultado da operação, o grupo tinha a chance de verificar se a letra escolhida se encontrava na palavra. Os autores concluíram, após a intervenção, que os jogos facilitaram o processo de aprendizagem em relação as duas operações em foco.
Menezes (2020), por sua vez, objetivou analisar a eficiência de jogos matemáticos no estímulo aos alunos do 4ºano do curso de Administração do CETEPBP, localizado em Macaúbas-BA, abordando o raciocínio lógico. Inicialmente, o autor aplicou um questionário com o intuito de, ao fim da intervenção, comparar os resultados. A posteriori, aplicou-se o Jogo das trilhas, o qual necessitou de um tabuleiro, dois dados, três peões e trinta e três cartões-problemas.
O início do jogo se dava quando os participantes selecionavam os peões e realizavam um sorteio para determinar a ordem do jogo. Eles também especificaram um tempo máximo para resolver o problema. O primeiro jogador lança o dado e deixa rolar a peça o número de espaços indicado pelo dado. A cor da casa onde o peão para indica qual carta de pergunta ele deve usar e, portanto, o nível da pergunta. Os participantes então jogavam dois dados, e a soma das faces dos dados fornecia o número da carta do problema a ser resolvido.
Com isso, Menezes (2020) aponta que no decorrer da pesquisa a utilização de jogos em sala de aula como ferramenta, além de motivar os alunos, também facilitou o aprendizado e demonstrou um outro lado da matemática ainda não presenciada pelos alunos: o lúdico. Assim, percebe-se que os professores precisam demonstrar mais disposição para utilizar jogos no ensino de matemática, pois o uso dessa ferramenta pode tornar as aulas de matemática mais envolventes.
A probabilidade também foi abordada por meio de jogos em uma escola de curso técnico de informática do Instituto Federal de Alagoas, por Pontes et al., (2020). O jogo de dados utilizado, consistia em seis faces com probabilidade que ofertava uma diversidade de apostas conforme o número de dados. Assim, a primeira parte do jogo envolvia o lançamento do dado e observação da face que ficou voltada para cima. Caso o resultado fosse três, o jogador seria eliminado. Com isso, o jogo continuaria até que o último jogador fosse eliminador, sendo este o vencedor. Durante a investigação, os discentes perceberam que a cada jogada, a probabilidade de fracasso era 1/6 e a probabilidade de sucesso 5/6.
No que diz respeito ao aprendizado do conceito intuitivo de probabilidade, os autores asseguram que os jogos de dados permitem que os alunos ampliem sua criatividade e estimulem o interesse em discutir o ensino da matemática e aprender novas práticas. Durante o jogo, notou-se que as dificuldades que surgem durante o desenvolvimento do jogo podem ser explicadas imediatamente com a intervenção do professor. Ao final das atividades sugeridas, os autores perceberam que os alunos estavam mais motivados e prontos para assumir novos desafios.
Mesquita (2021) buscou investigar como os jogos podem favorecer os processos de ensino e aprendizagem de operações aritméticas em Sala de Recursos Multifuncionais. Participaram do estudo três alunos portadores de deficiência intelectual com idade entre 12 a 14 anos, estudantes do 6º ano e que frequentavam uma sala de recursos localizada no Paraná. Aplicou-se os jogos: pega varetas, quanto falta e ponto a ponto. No primeiro jogo, foi disponibilizado uma tabela para que os discentes organizassem suas jogadas.
No segundo jogo, foi apresentada aos alunos uma caixa com uma divisória na qual havia uma abertura por onde bolinhas passariam a serem sacudidas. Assim, inicialmente eram colocadas dentro da caixa 10 bolinhas. Em seguida, a caixa era tampada e sacudida de modo que algumas passavam para o outro lado. Ao abri-la perguntava-se aos discentes quantas bolinhas estavam faltando. No terceiro jogo (ponto a ponto), a cada rodada, os discentes escolhiam um número entre 6 a 19, falava para os colegas e lançava o dado. O número escolhido era dividido mentalmente ou com a ajuda de materiais manipuláveis pelo número obtido no lançamento. O jogador só marcava ponto se durante a divisão sobrasse algum resto, valor equivalente à quantidade de pontos na rodada.
A partir disso, a autora concluiu que o uso de jogos como contextos desencadeadores para o ensino da aprendizagem de conceitos matemáticos em ambientes escolares inclusivos é de grande relevância, pois são utilizados com programas instrucionais propositais e adequados, posto que tais esses recursos didáticos são capazes de desencadear as necessidades dos alunos de forma adequada. Portanto, organizar o ensino de matemática por meio do jogo exige que o professor planeje para que, o mais importante, possa criar movimento para aplicar conceitos matemáticos.
Diante dos estudos supracitados, percebe-se que dentre os estudos selecionados, os jogos foram utilizados em sua maioria, para trabalhar as operações básicas, conforme o quadro abaixo:
Considerações Finais
Quando nos referimos aos jogos em sala de aula, há ainda o estigma que se trata de um momento de entretenimento entre alunos. No entanto, como pode ser observado no decorrer deste artigo o ato de jogar envolve muito mais do que um momento de descontração, mas sim um momento de aprendizado e ensino.
Pensando no objetivo geral traçado neste artigo temos a oportunidade de confirmá-lo por meio das pesquisas realizadas e a parir dos apontamentos dos teóricos que abordam a respeito da utilização dos jogos na disciplina de matemática e como esse método pode auxiliar na compreensão dos alunos nos assuntos levados para a sala de aula.
Entretanto, é importante apontar que nem todos os jogos são passiveis de utilização em sala de aula, alguns possuem especificidades que não se adequam a demanda do educador em meio a sua metodologia utilizada com os alunos. Pensando nisso se torna crucial ter um manejo sobre o que, quando e como utilizar os jogos.
O direcionamento adequado à utilização da ludicidade como ferramenta de ensino em matemática pode ser de grande valia aos educadores, compreendendo que cada aluno possui suas dificuldades e facilidades no processo de ensino e aprendizado, sendo crucial este olhar no momento de escolher a metodologia adequada de ensino.
Portanto, considerando que a matemática sempre foi considerada uma ciência de base para várias áreas do conhecimento, dominar seu conhecimento é essencial para resolver situações problemáticas em várias áreas. Diante dessa importância e relevância, é necessário encontrar novas formas (métodos) de ensiná-lo, buscando sempre maior eficiência no processo de ensino-aprendizagem no contexto escolar.
Referências
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