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Autismo: características e diagnóstico

Eloisa Pereira da Silva

Carolina Samanda Rodrigues

Jaqueline Caminski

Roseli Velozo Gomes

Rosimere Maria Quirino

 

DOI: 10.5281/zenodo.13838760

 

 

Resumo

Este artigo fornece uma visão geral sobre o autismo, suas características, diagnóstico e tratamento, destacando a importância da intervenção precoce e do suporte contínuo para as pessoas com TEA.O Transtorno do Espectro Autista é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. Ele é chamado de "espectro" devido à grande variabilidade nos tipos e intensidade dos sintomas, que podem variar desde dificuldades sutis até desafios significativos nas habilidades diárias. O autismo geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida e, embora os sintomas possam variar, os sinais mais comuns incluem dificuldades na comunicação verbal e não verbal, comportamentos repetitivos, interesses restritos e uma sensibilidade aumentada a estímulos sensoriais.

 

Palavras-chaves: Autismo. Principais características e diagnóstico.

 

 

Summary

This article provides an overview of autism, its characteristics, diagnosis and treatment, highlighting the importance of early intervention and ongoing support for people with ASD.Autism Spectrum Disorder is a neurodevelopmental disorder that affects communication, behavior and social interaction. It is called a "spectrum" because of the wide variability in the types and intensity of symptoms, which can range from subtle difficulties to significant challenges in daily skills. Autism usually manifests itself in the first few years of life, and although symptoms can vary, the most common signs include difficulties with verbal and nonverbal communication, repetitive behaviors, restricted interests, and an increased sensitivity to sensory stimuli.

 

Keywords: Autism. Main characteristics and diagnosis.

 

 

Introdução

 

Geralmente, os autistas apresentam dificuldades em relação à fala, comportamentos repetitivos e falta de interação social. Porém, vale ressaltar que o autismo é um transtorno comportamental e, desse modo, não afeta o desenvolvimento físico. Antes, o autismo era classificado em cinco categorias distintas, de acordo com o grau da deficiência e as características comportamentais. Essa antiga divisão englobava desde a síndrome de Asperger (grau mais leve) até o espectro mais grave. Porém, o acesso dos profissionais a novas informações sobre esse transtorno favoreceu a identificação diagnóstica e a adoção de condutas mais efetivas. Com mais esclarecimento, houve a necessidade de alterar a classificação. Tais modificações objetivaram identificar o autismo e classificá-lo segundo a gravidade dos sintomas, facilitar a avaliação diagnóstica e direcionar o tratamento para terapias mais eficazes. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), estabeleceu uma classificação única, mais abrangente e com níveis distintos de funcionalidade. Assim, as modalidades do distúrbio foram inseridas em um protótipo conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

 

 

Principais características do autismo

 

As características do autismo podem ser classificadas em três grandes áreas:

1.Dificuldades na comunicação social: Pessoas com autismo frequentemente têm problemas para entender normas sociais, interpretar expressões faciais, e podem ter dificuldades em manter uma conversa. A comunicação verbal pode ser limitada, e algumas pessoas autistas podem ser completamente não-verbais, comunicando-se por outras formas, como linguagem de sinais ou dispositivos de comunicação.

  1. Comportamentos repetitivos e interesses restritos: Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, agitar as mãos ou seguir rotinas rígidas, são comuns. Além disso, indivíduos com autismo podem ter interesses intensos e focados em temas específicos, como números, ciência, ou até objetos incomuns.
  2. Sensibilidade sensorial: Muitos autistas apresentam uma sensibilidade aumentada a estímulos sensoriais, como luzes fortes, sons altos, texturas de roupas ou cheiros. Essas sensações podem ser desconfortáveis ou até dolorosas.

Causas e Diagnóstico

 

Ainda não se sabe ao certo o que causa o autismo, mas acredita-se que ele seja resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Pesquisas indicam que há uma forte predisposição genética para o autismo, embora a genética não explique todos os casos. Além disso, algumas complicações durante a gravidez e exposições ambientais também podem aumentar o risco.

O diagnóstico do autismo é geralmente clínico, baseado na observação dos comportamentos e histórico de desenvolvimento da criança. Profissionais como pediatras, psiquiatras infantis e psicólogos utilizam critérios diagnósticos específicos, como os presentes no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), para identificar o TEA.

 

 

Conclusão

 

Embora o autismo não tenha cura, intervenções precoces podem fazer uma grande diferença no desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação e comportamentais. As terapias mais comuns incluem: Terapia Comportamental, Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem amplamente utilizada que busca modificar comportamentos e ensinar habilidades. Terapia Ocupacional, ajuda a desenvolver habilidades motoras e a lidar com desafios sensoriais. Fonoaudiologia, auxilia no desenvolvimento da comunicação, tanto verbal quanto não verbal. Terapia de Integração Sensorial, focada em ajudar a criança a lidar com dificuldades sensoriais. O tratamento deve ser individualizado, adaptado às necessidades e capacidades de cada pessoa com TEA. Além disso, o envolvimento familiar é fundamental para o sucesso das intervenções, pois um ambiente de suporte pode contribuir significativamente para o bem-estar da pessoa autista.

 

 

Referência Bibliografica.

 

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Arlington, VA: American Psychiatric Publishing.

 

Organização Mundial da Saúde (OMS). (2021). "Autismo spectrum disorders." Disponível em: [https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/autism-spectrum-disorders](https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/autism-spectrum-disorders)

 

Kanner, L. (1943). "Autistic disturbances of affective contact." Nervous Child, 2, 217-250.

 

Lord, C., & Bishop, S. L. (2015). "Autism spectrum disorder: Diagnosis, epidemiology, and interventions." Epidemiology and Psychiatric Sciences, 24(5), 403-415.