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Alfabetização e letramento: desafios das práticas docentes

Eloisa Pereira da Silva
Kamila Fernandes Marques da Silva
Keli Cristina Pereira da Silva

 

DOI: 10.5281/zenodo.13760805

 

 

Resumo

O presente estudo aborda a importância da Alfabetização e Letramento nas Práticas Docentes. Por sua vez, tem como objetivo analisar a notabilidade de como esse processo ocorre no desenvolvimento da criança, frisando como é importante a família fazer parte desde processo de formação, e como o docente tem o papel fundamental na vida do aluno. Para a realização da mesma utilizou-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico com enfoque qualitativo. Através da mesma pode-se concluir que se torna necessário reconhecer que o processo alfabetizador apresenta interação com a língua, e que os discentes se tornam produtores e realizam um raciocínio sobre a escrita e a leitura. Desse modo, o professor deve estar aberto a proporcionar novas experiências para seus alunos fazendo uso de novas metodologias que venham contribuir com um processo de desenvolvimento e aprendizagem de qualidade.

 

 

Palavras-chaves: Alfabetização. Letramento. Família. Aprendizagem.

 

 

Abstract

This study addresses the importance of Literacy and Literacy in Teaching Practices. In turn, it aims to analyze the notability of how this process occurs in the child's development, emphasizing how important it is for the family to be part of this training process, and how the teacher has a fundamental role in the student's life. To carry out the same, a bibliographic research with a qualitative approach was used. Through it, it can be concluded that it is necessary to recognize that the literacy process presents interaction with the language, and that the students become producers and carry out a reasoning about writing and reading. In this way, the teacher must be open to providing new experiences for their students using new methodologies that will contribute to a quality development and learning process.

 

Keywords: Literacy. Literacy. Family. Learning.

 

 

Introdução

 

Este trabalho tem como o tema Alfabetização e Letramento nos Desafios das Práticas Docentes, e busca compreender dúvidas que se pode encontrar no decorrer da alfabetização visando esclarecer qual a diferença da alfabetização e letramento e como alguns ensinos priorizam esta ação, é um assunto que por muitas vezes não se tem muito conhecimento, o processo da alfabetização é contínuo e deve ser uma preocupação constante da comunidade escolar, através desse estudo podemos visualizar que são dois tipos de processos distinto que se tornam indispensáveis na escola nesse processo de aprendizagem, essa ação são atividades indissociáveis. O alfabetizar e o letrar no qual cada um se coincidem, pois, são execução que andam de forma conjunta. Por meio de diversas pesquisas na área da linguagem a alfabetização não é vista como ilógico, ela envolve um processo de conhecimentos que abrangem e transformam a sociedade. Através desse desenvolvimento entra a condição de letramento, que assume conhecer e aprender o mundo letrado. Como docentes devemos ter capacidade e formação para comprometer-se a formar indivíduos, com ação e ideias de transformação garantindo que todos conquistem seus direitos a educação qualificada. Antes para ser alfabetizado se reduzia a ler e escrever o próprio nome, atualmente, com os estudos e conhecimentos e a transformação, é considerado que haja conhecimento de mundo, interpretando e compreendendo. Através desse desenvolvimento entra a condição de letramento, que assume conhecer e aprender o mundo letrado. As crianças estão em processo de alfabetização e letramento desde o momento que elas nascem porque já nascem em um mundo letrado, quanto, mas experiências leitoras que a criança tiver desde o nascimento, mas ela irá entrar em um processo de letramento com o mundo. Segundo Magda Soares (2003), “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. A autora defende que o aluno precisa alcançar níveis de alfabetização, e que faça parte da realidade dela. Os objetivos específicos desta pesquisa são: Identificar quais os meios necessários nessa prática usada pelos docentes? Conhecer como as escolas funcionam neste processo? Reconhecer os diferentes métodos de alfabetização? O professor é o principal mediador é essencial e de suma importância para a vida dos alunos buscar entender como é de fato quais as diferenças de letramento e alfabetização é de grande importância já que sabemos que são indissociáveis, porém são ações que tem significados diferentes, cada um tem sua especificidade. Desse modo, pontuar como a alfabetização e letramento contribui no desenvolvimento da criança são fatores que buscam entender que o letramento não é só ler e escrever, está muito além do progresso social e individual. Assim sendo, esse fator de buscar uma maior compreensão sobre as dúvidas que se pode encontrar no ato e analisar esta ação de conhecimentos buscou-se encontrar e identificar quais os meios necessários nessa prática, conhecer como as escolas funcionam neste processo e reconhecer os diferentes métodos de alfabetização. O presente artigo está estruturado da seguinte forma. No primeiro título aborda sobre: A diferença entre Letramento e Alfabetização, que identifica como a aprendizagem ocorre nessas duas ações. No segundo título explica como ocorre o processo da alfabetização no meio escolar, neste tópico explica que a leitura é um dos principais meios para a alfabetização, e como deve ser estimulado na Ensino Fundamental. Já no terceiro título destaca sobre as Etapas da Alfabetização que são as fases que acontecem o desenvolvimento nesse processo. Já no penúltimo relata quais os desafios das práticas do Docente na Alfabetização, percebe-se neste título o quanto os docentes encontram desafios na sua docência. E no último descrevendo sobre: A importância da família no processo da Alfabetização.

 

 

Desenvolvimento

 

Diferença entre Letramento e Alfabetização

 

A palavra letramento é uma tradução para o português da inglesa literacy`` que pode ser traduzida como tipo de ser letrado. O letramento é a condição de ensinar e aprender as práticas sociais da leitura de mundo e escrita, além da aprendizagem das letras e símbolos escritos é produzir significados e sentidos, por meio da interpretação. Segundo Magda Soares (2003), ´´Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. `` De acordo com a autora letrar é, mas que só saber ler e escrever, é o desenvolvimento de habilidades para poder perceber quais são os elementos contidos na leitura e escrita. Muito antes de aprender a ler a criança traz uma bagagem de autoconhecimento de casa desde valores até como conhecimentos prévios, e quando são inseridas no ambiente social são estimuladas a decifrar a oralidade, que se dá por meio da interação com outras pessoas, na medida que elas crescem percebem que tudo ao seu redor tem significado, é então que se inicia o processo de leitura de mundo e interpretação no meio em que estão inseridas. A escola é a principal responsável por colocar em prática esse aprendiz devendo cumprir seu propósito e conhecimento. A alfabetização é um conceito mais amplo, onde a criança consegue codificar elementos que compõem a escrita, é então que o educando deve ser alfabetizado ao mesmo tempo em que é letrado.

O letramento é a ação de um indivíduo capaz de se informar e desenvolver práticas do seu uso em contextos sociais, ou seja, contato com seres humanos e características sociais que moldam a vida em sociedade. Pois uma das preocupações de grandes pesquisadores e estudiosos são a respeito de que o sujeito alfabetizado nem sempre é letrado cita Soares:

 

Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita (SOARES, 1998, p. 40).

 

Nesta perspectiva não basta o aluno estar alfabetizado, ele precisa ser letrado para atuar como um sujeito ativo na da sociedade em que está inserido. Alfabetizar e letrar são práticas que precisam ser desenvolvidas juntas, são um processo contínuo que se constitui conforme a criança se desenvolve. Sendo assim, a alfabetização desenvolve a aprendizagem das letras e símbolos escritos, o letramento se ocupa da função social de ler e escrever. Ferreiro, cita que ´´aprender a ler e escrever, em uma sociedade letrada, tem significado de apropriação de poder, de um instrumento que permite participar na sociedade como um cidadão pleno, e não como cidadão pela metade``. (1990, p.69). Portanto, a alfabetização vai se caracterizando e moldando a aprendizagem do aluno a aprender com o auxílio do professor no espaço social, que é formada por descobertas constantes. O governo federal em 2012 criou um programa chamado PNAIC- (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa) que estabelece uma meta que crianças até o 3° ano do ensino fundamental sejam alfabetizadas, os docentes que são alfabetizadores recebem formação continuada para poderem ter preparação de atender essas crianças. Atualmente com base nos dados do PNE, as crianças de até 4 anos de idade do ensino fundamental devem ser alfabetizadas até 2024, além disso o programa é uma lei com vigência desde 2014, é que tem 20 metas estabelecidas até em 2024. Este programa tem como objetivo de alfabetizar todas as crianças até o final do 3° ano do ensino fundamental, elevar taxas de alfabetização da população com até 15 anos ou mas para 93,5%.

 

 

Como ocorre o processo da alfabetização no meio escolar

 

Na educação infantil é trabalhado com as crianças o processo de desenvolver capacidades social, emocional, a fala, língua desenvolvimento de habilidades físicas e motoras, cognitivas e psicomotoras entre outros. Isto se torna necessário pelo fato de quando a mesma chegar no ensino fundamental para se alfabetizar as crianças esteja preparada para a alfabetização, nesse embalo começam a compreender os sons e a observar as palavras. Desse modo, já se encontram a caminho da alfabetização, é no ambiente escolar que a alfabetização de crianças de fato começa a ser desenvolvida. Neste instante a aprendizagem começa no brincar, e é brincando. A criança letrada tem a capacidade de interpretar e produzir conhecimentos, ou seja, ele tem de acontecer antes da alfabetização sendo assim ocorrendo a sua formação. Segundo Ferreiro (1996, p. 24) ``O desenvolvimento da alfabetização ocorre, sem dúvida, em um ambiente social. Mas as práticas sociais assim como as informações sociais, não são recebidas passivamente pelas crianças. ``A autora cita que as práticas sociais são um conjunto de ações em um modo de conviver na sociedade, com uma esfera que as crianças se expressam conforme a sua realidade e vivências. Ferreiro afirma que “nenhuma pratica pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas em certo modo de conceber o processo de aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem” (2000, p.31). O professor não pode, então, se tornar um prisioneiro de suas próprias convicções; as de um adulto já alfabetizado. Para ser eficaz “deverá adaptar seu ponto de vista ao da criança. Uma tarefa que não é nada fácil” (Ferreiro, 2000, p.61). As práticas de ensino variam de profissionais, pois alguns formadores da educação entendem que há uma técnica para alfabetização e métodos, e sim há uma técnica, desse modo cada profissional ira se adequar de forma a adquirir um meio para trabalhar com seus alunos. Por outro lado, a educação brasileira compreendeu que o termo letramento não é só desenvolver a leitura e escrita, o papel do professor vai muito além disso, é fazer as crianças a praticarem a leitura envolvendo em práticas sociais. Porém, atualmente a alfabetização das crianças sofreram uma crise, por conta da nova doença Covi-19 que causou colapso no mundo todo, principalmente na rede escolar, tudo começou no ano de 2020, antes a educação já era um desafio no Brasil, e agora tudo complicou, no momento presente as últimas pesquisas apontam que dados de alunos do 3° ano do ensino fundamental não alcançaram o nível de alfabetização, com o quadro da pandemia esses números só decaíram.

Os profissionais da educação buscam apoio de programas como o MEC, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), que é voltado para crianças jovens e adultos, este programa e uma porta para a cidadania, para buscar o despertar da leitura. Segundo o autor Vygotsky, a criança necessita de atividades específicas que proporcionam o aprendizado, pois seu desenvolvimento é dependente dessa aprendizagem por intermédio das experiências e interações em que foi submetida. O professor é mediador desse processo, por ser o mais experiente e planejar suas intervenções em sala de aula. A autora Ferreiro aponta:

 

Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Há outras crianças que necessitam da escola para apropriar-se da escrita. (Ferreiro, 1999, p.23)

 

A autora cita que algumas crianças já vêm com uma bagagem de casa por conviver pelo fato de já vivenciar em um mundo letrado, sendo assim esse grupo são facilmente alfabetizáveis, que estão no processo constante conhecimento. É na escola que tudo isso será vivenciado onde a criança irá inserir todas suas ações e vivências no mundo em que está inserida, a alfabetização começa através de experiências. De acordo com a teoria do autor Vygotsky, que é interacionista, ou seja, através da interação com outros indivíduos se dá o desenvolvimento e conhecimento. A cada dia estamos evidenciando nas escolas a importância de se trabalhar bem as a crianças na alfabetização, por muito tempo as pessoas acreditavam que para ser alfabetizado era saber formar silabas e formar palavras, na época se aprendia por sons e repetições, e haviam cartilhas nas escolas, este método era chamado de sintético que basicamente é forma fonética e silábica, de modo que a dedução é a melhor maneira de dominar a leitura e que a aprendizagem da escrita se dá por meio de um processo que atente para essa característica. As cartilhas eram parte da alfabetização nos anos 70 e 80. Soares (2003) considera que a alfabetização é a aprendizagem da técnica, domínio da escrita, da leitura e da relação que existe entre grafemas e fonemas, assim como dos diferentes instrumentos de escrita. Ou seja, é um processo que vai muito além de descodificação de letras e sílabas. O autor Soares cita que a alfabetização ocorre de forma de sons de letras, isto é, um processo que vai muito além de descodificação de letras e sílabas. Através de diversas pesquisas na área da linguagem a alfabetização não é vista como ilógico, ela envolve um processo de conhecimentos que abrangem e transformam a sociedade. Como docentes devemos ter capacidade e formação para comprometer-se a formar indivíduos, com ação e ideias de transformação garantindo que todos conquistem seus direitos a educação qualificada. Antes para ser alfabetizado se reduzia a ler e escrever o próprio nome, atualmente, com os estudos e conhecimentos e a transformação, é considerado que haja conhecimento de mundo, interpretando e compreendendo. As práticas do alfabetizador são essenciais é uma das tarefas mais difíceis na alfabetização é planejar e produzir atividades em atender alunos em diferentes fases de aprendizagem, de fato o aprendizado vem antes do ensino no sentido de que antes de a escola se propor a ensinar já houve muito aprendizado por parte do aluno. De acordo com Freire,

 

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não pode prescindir da continuidade da leitura daquele (A palavra que eu digo sai do mundo que estou lendo, mas a palavra que sai do mundo que eu estou lendo vai além dele). (...) Se for capaz de escrever minha palavra estarei, de certa forma transformando o mundo. O ato de ler o mundo implica uma leitura dentro e fora de mim. Implica na relação que eu tenho com esse mundo”. (FREIRE, Paulo – Abertura do Congresso Brasileiro de Leitura – Campinas, novembro de 1981)

 

O autor Paulo Freire refere-se, sobre a leitura de mundo que o indivíduo já traz consigo antes de ser alfabetizado, ele já tem consigo um conhecimento prévio da leitura de mundo partindo da realidade em que ele vive. Desta maneira essa criança quando for alfabetizada terá mais facilidade de aprender.

 

 

Etapas da Alfabetização

 

O processo da alfabetização só funciona juntamente com o letramento com experiências prévias e conhecimento de mundo. A autora Emília Ferreiro é uma estudiosa da alfabetização, ela aborda no livro psicogênese da língua e escrita, que as crianças passam por quatro processos de níveis de alfabetização. Sendo eles: Pré-silábico: som e visão, ou seja, a criança percebe que a escrita está relacionada a fala, porém não corretamente. Silábico: método alfabético, é quando a criança entende a escrita e fala, e começa a fazer rabiscos para interpretar à sua maneira. Silábico-alfabético: palavração sentenciação, ela começa a descobrir que a sílaba é formada por mais de uma letra. Alfabético: fônico, acontece quando a criança representa o valor da escrita e fala corretamente conhecendo todos os fonemas. Moraes, Albuquerque e Leal (2005) propõe para cada nível uma atividade de consciência fonológica que ajudam os educandos a avançarem em suas hipóteses.

Segundo Ferreiro (1996, p.24) desse modo, cada idade passará por fases e assim alcançado os níveis necessários para ser alcançar as hipóteses. Magda Soares cita é o ´´conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no uso da língua e práticas sociais e necessários para uma participação ativa e competente na cultura escrita``. Para uma criança superar o realismo nominal, quer dizer que é uma característica do pensamento infantil atributo presente no nível de hipótese pré-silábica, e percebe que a palavra boi é menor que a palavra formiga é essencial que ela reflita sobre sua fala com a mediação do professor no trabalho com os fonemas. Com isso o estudante atinge a hipótese silábica, no qual definirá uma letra para cada silaba da palavra, buscando o avanço para o nível de hipótese alfabética, o docente pode usar letras recortadas para proporcionar reflexão sobre a quantidades de sons e letras nas silabas. Portanto, “para alcançar hipóteses silábicas, silábico-alfabéticas e alfabéticas de escrita, os aprendizes precisarão pensar na sequência de partes sonoras das palavras” (MORAIS; ALBUQUERQUE; LEAL, 2005, p.87). É importante que o professor esteja preparado para cada nível que o aluno ira desenvolvendo conforme o tempo, e se aprimorando com novas metodologias e métodos de ensino favorecendo o aluno. O primeiro passo é fazer que a criança relacione os sons das letras com o alfabeto, elaborando atividades para que a mesma relacione estratégias concretas, para soluções de problemas. No segundo passo a criança deve ser capaz de diferenciar as letras, é entender que algumas letras podem ter o mesmo som, por exemplo: Ka ou Ca, entretanto o professor deve fazer que a criança compreenda suas diferenças. Por isso a importância da formação continuada o professor precisa estar em constante preparo, além de tempo que o mesmo precisará para alfabetizar o indivíduo, que está em formação de conhecimento. As etapas da alfabetização podem parecer simples para quem já sabe ou conhece, mas para uma criança é tudo difícil e novo, no decorrer de seu aprendizado podem aparecer alguns obstáculos e dificuldades que pode estar ligado a vários fatores, desde as dificuldades de aprendizagem ou a falta de apoio da família, falta de preparação qualificada dos docentes. São estes inúmeros fatores que podem atrapalhar o seu conhecimento. Desse modo a aprendizagem do sujeito, passa por situações diversas, que é relacionada com desenvolvimento em o contato com o meio social, é a partir daí que uma palavra pode ter sentidos diferentes através do ambiente em que ele vivência. Cada criança detém a ter interações diferentes, ou seja, com código escrito, quando as palavras são transmitidas de forma mais rápida na modalidade oral. É por isso que ressalta a importância de que as crianças estejam em contato social da leitura e escrita, conhecendo sua função coletiva. A base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Lei de Diretrizes e Base Nacional (LDB) (9395/96) a criança deve ser inserida no ensino fundamental com idade de 6 anos de idade, deve ser obrigatório e gratuito nas redes públicas de ensino tendo em vista a concepção a alfabetização. Segundo a BNCC o processo de alfabetização ocorre no 1° ano do ensino fundamental, ou seja, o que a criança aprendeu na Educação infantil deve ser colocado em prática no Ensino Fundamental nos primeiros anos iniciais, o objetivo nessa fase é fazer que as crianças aprendam a seguintes fases: Oralidade, Análise linguística, leitura e produção de texto. Uns dos grandes objetivos da alfabetização é despertar o prazer pela leitura e o escrever, assim sendo o professor deve ensina vogais e sílabas inserido conteúdo de um contexto real e letrado em que o aluno vive e que traga significado, para que ele mostre interesse pelo conhecimento, é importante manter o lúdico nessa fase. As pesquisas da BNCC afirmam que a alfabetização deve ocorrer até o terceiro ano do ensino fundamental, o papel do professor de formação de novos leitores e possibilitar momentos prazerosos para que seus alunos desenvolvam essas habilidades e gosto pela leitura.

 

 

Quais os desafios das práticas do Docente na Alfabetização

 

Não é fácil ser professor nos dias atuais são muitos obstáculos que ocorrem prejudicam o desenvolvimento do nosso trabalho e, consequentemente, a aprendizagem dos nossos alunos. Os desafios das práticas dos docentes alfabetizadores não é um problema recente, e vem sendo pautado há muito tempo. A grandes números de crianças inseridas nas redes públicas com categorias comuns ou sejas baixa que não conseguem obter um bom êxito escolar. O educador precisa entender seu aluno e estar atento ao ato do seu desenvolvimento, e fazer que o mesmo possa aprender e ter igualdade como todos. E neste processo de alfabetização acontecer de forma clara é preciso que a criança seja letrada, devendo acontecer antes na entrada da escola com relações familiares, atividades simples do dia a dia, por exemplo: passeios com contato com imagens e ícones, higiene e alimentação. A alfabetização é um desafio tanto para o professor quanto para o aluno, mesmo que o ensino pareça simples, há muitos desafios. Dentre essas razões as muitas dificuldades dos docentes é alfabetizar e letra ao mesmo tempo, isso faz que muitos professores repesem o conceito de que não basta só o aluno aprender a ler, é preciso que ele tenha condições de usar linguagem em todas as práticas sociais. Para Pastorelli (2012) o tradicional conceito de alfabetização, em que os alunos deveriam dominar as habilidades de leitura e escrita de forma mecânica, sem a preocupação com a capacidade de interpretar, compreender, criticar se contrapõe ao letramento e que este apresenta-se por meio de um processo em que o ensino da leitura e da escrita ocorre mediante ao contexto social e que essa aprendizagem passa ser significativa na vida dos alunos de maneira efetiva, ou seja as habilidades adquiridas na escola passam a fazer parte das relações comunicativas dos indivíduos. Nesta citação o autor aponta que é importante que o educador saiba que a alfabetização deve ser trabalhada com as crianças na forma de interação que dessa forma as crianças aprendem dominar a capacidade de se expressar e compreender o mundo. Uns dos fatores que dificultam são a falta de apoio da família, são casos de alunos sem apoio sem acompanhamento que nessa fase é muito importante este apoio. Outro fator são superlotação nas salas de aula a algumas escolas contém 30 crianças em uma sala, contando que sempre em uma sala de aula pode ocorrer de haver crianças com, mas dificuldades outra com um tipo de delimitação. Se tivesse uma auxiliar para cada turma de alfabetização e com números de alunos reduzidos seria melhor ainda seu aprendizado. Esses sãos uns dos grandes obstáculos enfrentados pelos profissionais da área de educação que na maioria das vezes são difíceis e desgastantes. Nos dias atuais percebemos o impacto que a pandemia nos deixou, que começou no ano de 2020, as escolas tiveram que fechar a portas e buscar outros meios para permanecer em contato com os alunos e famílias, conforme aponta Monteiro (2020). E então foi inserido aulas remotas, e apostilas para os alunos, mediante disso o papel da família foi de extrema importância. Diante disso precisamos valorizar que os professores são essenciais para que a roda da nossa sociedade funcione e são os responsáveis por transmitir conhecimentos e formar cidadãos do bem.

 

 

importância da família no processo da Alfabetização

 

Os pais procuram dar o melhor que tem e o máximo para seus filhos, para favorecer o seu desenvolvimento, a família é a primeira instituição social da criança é a onde a mesma inicia sua socialização, preocupasse com o bem-estar e saúde dos seus pequenos, um ambiente de inter-relacionamento afetivo e estimulante para a criança, nos primeiros anos, favorece seu desenvolvimento cognitivo. É importante que os pais entendam que a alfabetização de fato é a base do processo educativo para a vida inteira. Quando a criança é inserida em um ambiente fora da sua casa, ou seja, em um ambiente escolar ela tem a oportunidade de conviver com outras crianças da sua idade e aprender fortalece as habilidades que lhe são exigidas como condição de sucesso nos anos escolares. A escola é fundamental na atividade de alfabetização infantil, a presença da família é de grande importância, para que tenha uma boa relação entre em casa e escola. Seguramente, quanto maior a participação da família no ensino, melhor a criança ficara interessada no aprendizado. Desse modo, devemos destacar no ponto em que a escola é o espelho de casa, ou seja, as relações da família são essenciais no comportamento da criança na presença do professor e os colegas da classe, o ambiente escolar deve ser um lugar acolhedor, alegre e estimulante para a criança que está na fase de preparação para alfabetização. As crianças muita das vezes se espelham nos pais, é importante que as famílias estejam prontas para incentivar na alfabetização e principalmente mostrar que todos se interessam por leitura e escrita, e tornar a importância dessa habilidade para a vida. A escola e a família juntas, levam o sujeito a evoluir via a educação, esse processo deve ser conteúdo com êxito, pois as crianças necessitam de uma estrutura física, mental, social e emocional, o dever da escola é formar um ser de forma completo. Dentro desse conceito, encontramos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) o Art. 2°, que descreve a garantia desse direito:

 

A educação, é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nas ideias de solidariedade humana, tem por finalidade, o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (Brasil 1996, s.p).

 

De acordo a lei LDB, as parcerias das instituições são indispensáveis para o preparo e formação do futuro da criança que deve ser inspirada em liberdade, formando o com qualidade eficiência. A escola é um dos lugares que possuem uma maior influência sobre as crianças, entretanto podemos perceber uma interação que promove um constante aprendizado como afirma Munhoz (2005, p.180),

 

é observando a interação existente entre os membros da família que podemos compreender como se dá a circulação do conhecimento e o acesso a aprendizagem, visto que cada membro familiar tem uma forma própria de aprender e superar ao construir o próprio conhecimento, ou seja, essa modalidade de aprendizagem que o permite se aproximar do desconhecido, para agregá-los ao saber.

 

O autor acima cita que o conhecimento e aprendizagem de cada ser é diferente que cada um tem sua forma de aprender e construir. “É na família que a criança encontra os primeiros “outros” e, por meio deles, aprende os modos humanos de existir, seu mundo adquire significado e ela começa a construir-se como sujeito” (SZYMANSKI, 2010, p. 22). O autor menciona que é na família que a criança tem seu primeiro contato e através desse convívio que dirá de certa maneira facilitar ou não, em sua inserção no meio escolar. “Sabemos que inicialmente, o desenvolvimento da linguagem escrita ou processo de letramento da criança é dependente por um lado, do nível de letramento da instituição familiar a que pertence” (ROJO, 1998, p.123). De fato, depende de fatores como ideologia e escala social de onde essa criança vem, pois sabemos que cada aluno traz consigo uma bagagem de conhecimento, geralmente esse aprendizado vem de casa do convívio com a família o qual está inserido. A escola tem o dever de atender as crianças com um ambiente acolhedor, é primordial nessa fase em que estão sendo alfabetizadas, a família tem o papel de grande relevância nessa fase. Segundo leite:

 

Para o indivíduo tornar-se letrado, não basta apena o convívio com a escrita no ambiente familiar. Atualmente, somente a família não atende as demandas sociais do uso da escrita; é preciso que a escola contextualize o uso da escrita no e a partir do cotidiano. (LEITE, 2008, p.66)

 

De acordo com o autor, o indivíduo precisa estar inserido no meio escolar para que haja um aprendizado, mas completo. “O que ambas as instituições têm em comum é o fato de prepararem os membros jovens para sua inserção futura na sociedade e para o desempenho de funções que possibilitem a continuidade na vida social” (SZYMANSKI, 2010, p.98). A escola tem a função de preparar esses sujeitos para serem inseridas na sociedade, tornando cidadão do bem. A família pode apoiar a criança a praticar a leitura, pois em volta dos 3 anos ela já consegue fazer leitura de imagem, os pais podem ler livros fazendo assim ir despertando o gosto pela leitura. Pois na LDB (2004, p.27) afirma que;

 

Art.2º. A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

 

A LDB afirma que a família tem papel bastante importante na aprendizagem da criança, que está ligada diretamente no papel da escola, sendo assim a família é a primeira educadora da criança responsável pelos primeiros atos dela.

 

 

Metodologia

 

Para a realização da presente pesquisa utilizou o método bibliográfico de abordagem qualitativo baseando-se em livros, artigos, dissertações e leituras de diferentes obras de autores, e tem como tema principal como compreender como ocorre a alfabetização nas práticas dos docentes, e pontuar como a alfabetização e letramento contribui no desenvolvimento da criança. Segundo Denzin e Lincoln (2006), a pesquisa qualitativa envolve uma abordagem interpretativa do mundo, o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem. Esse tipo de pesquisa preza o estudo detalhado e que envolvam de fato evidencias baseadas em dados visuais e concretos. Minayo (1994, 2000) diz que a pesquisa qualitativa responde a questões particulares, enfoca um nível de realidade que não pode ser quantificado e trabalha com um universo de múltiplos significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes. De acordo com a autora ela defende que qualquer investigação social deveria contemplar uma característica básica de seu objeto, que é o aspecto qualitativo.

 

 

Conclusão

 

Através desse estudo pode se concluir, que a alfabetização e letramento deve ocorrer juntas, visto que é necessário alfabetizar na concepção do letramento, compreende-se que é um desafio constante no meio escolar. A escola e a família formam um meio essencial para uma adoção de boas práticas pedagógicas. Com uso de novas metodologias e técnicas deve ser repensada na hora da docência, sempre se preocupando para a melhoria no meio de aprendizagem do aluno. É fundamental que os professores consigam motivar seus alunos para serem inseridos no mundo letrado.

Conforme Moran (2008)

 

A escola precisa reaprender a ser uma organização efetivamente significativa, inovadora, empreendedora. A escola é previsível demais, burocrática demais, pouco estimulante para os bons professores e alunos. Não há receitas fáceis, nem medidas simples. Mas essa escola está envelhecida nos seus métodos, procedimentos, currículos. A maioria das escolas e universidades se distanciam velozmente da sociedade, das demandas atuais. Sobrevivem porque são os espaços obrigatórios e legitimados pelo Estado. [...]

 

Assim podemos refletir que a educação tem a finalidade que todos tenham acesso gratuita e de qualidade para todos, mesmo que a alfabetização e o letramento ocorrem em sentidos diferentes se deve haver progressão inicial da língua da escrita, em que a criança deve ter domínio da leitura e escrita.

 

 

Referências

 

Artigos

 

A importância da parceria FAMÍLIA E ESCOLA. Escrito por Margaret Loureiro. LEI Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

 

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069/90. Brasília: MEC, 2004.

 

Duarte, Karina. Rossi, Karla. O processo de alfabetização da criança segundo Emília Ferreiro. Publicado em: 11 de janeiro de 2008.

 

FERREIRO, Emilia. Com Todas as Letras. São Paulo: Cortez, 1999. 102p v.2.

 

MINAYO, M.C.S. O Desafio do conhecimento, pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo/ Rio de Janeiro: Hucitec/ABRASCO, 1992.

MUNHÕES, Maria Luiza Puglisi. Educação e família: uma visão psicopedagógica sistêmica. In: Psicopedagogia: contribuições para a educação pós-moderna. Petrópolis: Vozes; São Paulo: ABPp, 2005.

 

SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2018.

 

SOARES, Magda, Letramento e alfabetização: as muitas facetas*, 2003.Universidade Federal de Minas Gerais, Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita.

 

 

Livros

DENZIN, N. K. e LINCOLN, Y. S. Introdução: a disciplina e a prática da pesquisa qualitativa. In: DENZIN, N. K. e LINCOLN, Y. S. (Orgs.). O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 15-41.

 

MINAYO, M. C. S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: . (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 9-29.

 

FERREIRO, Emilia. Reflexões Sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000. 104p.

 

 

Sites

 

Alfabetização. MEC/Inep/DAEB/ANA. Publicado no ano de 2020. Disponível em: <https://www.observatoriodopne.org.br/meta/alfabetizacao Acesso em: 30/03/2022

Mec. Disponível em: <www.portalmec.gov.br. Acesso em: 30/03/2022

 

NILMA GUIMARÃES. Afinal o que é letramento? 1° de janeiro de 2009. Disponível em:<https://educacao.uol.com.br/planosaula/ult3900u67.jhtm#:~:text=Atualmente%20a%20defini%C3%A7%C3%A3o%20mais%20difundida,modo%2C%20letramento%20seria%20resultado%20ou . Acesso em: 27/03/2022

 

GILMARA P. M. T. OS DESAFIO DE ALFABETIZAR NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO. Publicado em: 25/11/2020. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/alfabetizar-na-perspectiva. Acesso: 16/05/2022.

 

Educação Pública. Desde 2001ª sérico da Educação disponível em: <https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/24/relao-famlia-escola-peculiaridades-divergncias-e-concordncias-no-processo-ensino-aprendizagem> acesso em 16/05/2022.

 

 

Monografias, teses e dissertações

 

GISELDA M. A. M. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: As práticas de leitura como recurso para alfabetização. (Profletras) - Universidade Estadual de Londrina-PR.