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Depressão no âmbito escolar em meio a pandemia

Eloisa Pereira da Silva

Keli Cristina Pereira da Silva

 

DOI: 10.5281/zenodo.13760860

 

 

Resumo

Desde que a pandemia do Covid 19 se instalou no mundo, cerca de 1.5 bilhões de estudantes ficaram fora da escola em mais de 160 países, segundo relatório do Banco Mundial. Diante da nova situação em que o mundo se encontra atualmente com a chegada do novo Corona Vírus, vem não só afetando perdas de milhares de pessoas em todo o mundo, também resultam os aumentos de depressão e ansiedade na humanidade, e com o isolamento social essas doenças psíquicas tendem a ter um aumento gradual. Tem sido frequente professores detectarem alunos (crianças e adolescentes) em melancolia, deflagrada por separação dos pais, dificuldades de aprendizagem, sentimentos de desadaptação ao grupo, bullying, morte ou doença de entes queridos. Perante os estudos relacionados os pais podem ajudar seus filhos, através do diálogo e a compreensão, os docentes também tem um papel fundamental de identificar esses sintomas, tornando-se agentes de transformação e redução de danos futuros.  

 

Palavras-chaves: Saúde Mental. Isolamento Social. Covid-19.

 

 

Abstract

Since the Covid 19 pandemic spreal around the world, about 1,5 bilion students have been out of shool in more than 160 countries, according to a World Bank report. Faced with the new situation in which the word is currently faced with the new Corona Virus, it has not only been affecting the losses of thousands of people around the world, it has also resulted in increases in depression and anxiety in humanity, and with social isolation these Psychic illnesses tend have a gradual increase. Teachers have frequently detected students (children and adolecents) in melancholy, triggered by separation from parents, learning difficuties, feelings of inadequacy to the group, bullying, death or illness of loved ones. In view of related studies, parentes can help their children, through dialogue and understanding, teachers also have a fundamental role in identifying these symptoms, becoming agentes of transformation and reduction of future damages.

 

Keywords: Mental Health. Social Isolation. Covid-19.

 

 

Introdução

 

Segundo o psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antônio Geraldo da Silva, em entrevista para a TV Brasil afirmou que o período de quarentena provoca três situações relativas à saúde mental da população: pessoas que nunca tiveram quadro psiquiátricos podem vir a ter; pessoas que já trataram de quadros psiquiátricos e que estavam controlados podem ter recaídas; e pacientes que estão em tratamento psiquiátrico podem apresentar alterações e perdas na sua evolução. O médico ainda chama a atenção para comportamentos como preocupação constante, alterações no sono, mudanças no apetite e a sensação de perigo iminente, e orienta que “ao aparecer o primeiro sinal de que algo que muda sua rotina, que te inabilita, que te impeça, você está doente”.

Diante desses fatos o presente artigo tem como tema a depressão no âmbito escolar em meio a pandemia, tendo como objetivo demonstrar como a saúde mental dos estudantes está sendo afetada durante a pandemia juntamente com o isolamento social, tendo somente as aulas remotas, aonde as recomendações são para ficar somente em casa sem poder ter contato, até as pessoas mais antissociais não conseguiram se acostumar com as novas regras, pois foi algo que pegou todos de surpresa. Não podemos esquecer de enfatizar que não somente os alunos, mas todo o corpo docente das escolas, os familiares dos alunos tiveram que se reinventar conciliando assim o serviço de casa com ajudar os filhos nas tarefas da escola, aonde muitos alunos que não têm internet em casa têm que pegar uma apostila na escola para fazer o acompanhamento.

Os sintomas de depressão e ansiedade podem aparecer em qualquer idade. De acordo com os dados da organização mundial da saúde (OMS), o número de depressão aumentou muito na última década, infelizmente o Brasil ocupa uma oposição de destaque na posição desses dados. Esse fenômeno tem probabilidade de aparecer na fase da adolescência, deste modo a incidência de sintomas depressivos pode contribuir para o desenvolvimento de métodos de prevenção e intervenção que promovam o bem-estar durante essa fase (Brito, 2011; Salle, Rocha, Rocha, Nunes, & Chaves, 2012).

A ansiedade está relacionada com preocupar-se com o desconhecido, sempre esperando que algo aconteça. O surto de Coronavírus é basicamente a mesma coisa, mas em escala macro. Dessa forma, é mais do que compreensível que muitas pessoas com ansiedade e depressão estejam enfrentando desafios nesse momento de pandemia e quarentena. A Associação Brasileira de Psiquiatria até recomenda que todos os médicos façam tele consulta psiquiátrica, assim como orienta o Conselho Federal de Psicologia, que comunicou que o atendimento psicológico on-line ficou ainda mais fácil, para que as pessoas possam ter o atendimento que precisam, mediante a pandemia da corona vírus.

“A insegurança diária, o medo da morte e tudo que a pandemia impõe pode não só desenvolver transtornos mentais, mas também agravar os que já existiam”, explica a Dra. Luciana.

A pandemia da covid 19 contribuiu diretamente para o aumento dessas doenças psíquicas, afetando a saúde mental de seu portador, com a pandemia, veio a quarentena, muitas famílias ficaram sem rendas pois muitas empresas fecharam as portas por falta de capital, ou até mesmo de produção de produtos, o rompimento das aulas sendo assim afetadas e somente de forma remota, sem poder ver os colegas ou conversar sair de casa, isso aflige a mente de crianças e adolescentes em todo o Brasil, morte de familiares ou pessoas próximas.

Durante a pandemia esses casos teve um aumento excessivo, e para quem tem essas doenças ficar em quarentena pode piorar os sintomas. Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual esse assunto intimida muitas famílias, mas é indiscutível que essas pessoas precisam de tratamento psicológico, muitas vezes uma ajuda profissional para que venha tomar algum medicamento.

Em meio à crise que atualmente o país e o mundo está passando devido a pandemia, surge momentos delicados de grades para toda a população, com isso surge então desespero total pois todos fomos pegos de surpresa com isolamento social, falta de emprego e a crise econômica.

De acordo com pesquisas o Brasil tem se destacado com maior número de pessoas com ansiedade e depressão no mundo, diante disso elaboramos alguns questionamentos de grande relevância para esclarecer e ajudar os leitores a compreender melhor o assunto em questão.

 No entanto os objetivos desse trabalho é compreender, o aumento da ansiedade e depressão se está ligado diretamente à covid19, deste modo teve grande impacto o isolamento no qual agregou para o aumento significativo dessa doença. Assim como a causa desse impacto teria aumentado os números de pessoas diagnosticadas com esse trauma.  A escola tem feito um papel importante na vida das crianças e adolescentes e o apoio da família, para minimizar esses efeitos traumáticos tem sido essencial.

Temos que pontuar os malefícios dessas doenças (depressão e ansiedade) encontrado pelos profissionais da educação na sua carreira docente e o quanto se agravou durante a pandemia covid 19.

Descrever como a depressão e ansiedade afetam os alunos e as famílias e docentes no meio escolar. Enfatizando de que forma os impactos do isolamento social agravou o aumento dessas doenças, apresentando os sintomas e as consequências dessas doenças.

Todo o cenário representa uma carga emocional muito forte, principalmente para as pessoas que são, mas fragilizadas. Vale ressaltar, que os pais devem buscar meios que aliviem a tensão nessa fase de pandemia, por isso um diálogo aberto e a habilidade para reduzir conflitos representam a melhor solução para os dilemas que surgem no caminho de quem precisa de apoio para superar tantos desafios.

 

 

Desenvolvimento

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incerteza do momento, os riscos de contaminação e a necessidade de isolamento social podem agravar ou causar problemas mentais. Tal isolamento, inclusive, pode ser angustiante por vários motivos, indo desde o medo de contrair a doença até as perdas financeiras, decorrente a pesquisa da OMS, antes da pandemia, o Brasil já era o país mais ansioso do mundo e, também, apresentava a maior incidência de depressão da América Latina, impactando cerca de 12 milhões de pessoas.

Diante algumas pesquisas conseguimos ver que não é a primeira vez que uma doença agravante tirou a vida de muitas pessoas, o livre arbítrio de poder ir e vir, como exemplo temos a gripe espanhola, também conhecida como gripe de 1918, foi uma vasta e mortal pandemia do vírus influenza. De janeiro de 1918 a dezembro de 1920, infectou uma estimativa de 500 milhões de pessoas, cerca de um quarto da população mundial na época. Estima-se que o número de mortos esteja entre 17 milhões e 50 milhões, e possivelmente até 100 milhões, tornando-a uma das epidemias, mas mortais da história da humanidade. A gripe espanhola foi a primeira de duas pandemias causadas pelo influenzia vírus h1n1, sendo a segunda ocorrida em 2009.

Segundo dados da revista veja saúde do ponto de vista de saúde mental, o episódio de 1918 também não serve como modelo para os tempos atuais: especialidades como a psiquiatria e a psicologia davam seus primeiros passos nas décadas iniciais do século 20 e as emoções humanas ainda não eram consideradas um fator preponderante para a saúde. “Falamos do momento em que Sigmund Freud (1856-1939) publicava seus trabalhos mais importantes que definiriam a área”, lembra Huremovic. Curiosamente, o próprio Freud vivenciou a perda de uma filha por causa da gripe espanhola mesmo assim, o pai da psicanálise não chegou a refletir ou se debruçar sobre os efeitos da pandemia sobre a psique em seus escritos.

Segundo o psiquiatra André veras, durante a pandemia professores e alunos buscam compensar uma possível queda na qualidade do ensino devido à migração para a educação a distância. “Tem se visto que tanto da parte dos professores como da parte dos acadêmicos, acaba havendo, para tentar compensar os prejuízos, um hiper oferecimento ou no caso dos acadêmicos, uma hiper busca por conteúdo. Essa busca tenta sanar uma insegurança quanto a qualidade pedagógica neste contexto. Há uma necessidade improvisada de tentar oferecer os conteúdos e isso, por ser ainda imaturo, produz insegurança. A busca por compensação é excessiva”, esclarece.

O indivíduos depressivos têm uma redução fisiológica de até 15% na área hipocampal (responsável pela memória e emoções), reduzindo valores de neurônios, dendritos e da neuro gênese (criação de novas células cerebrais), responsável pelo desenvolvimento da depressão. As características dessa patologia são tristeza, incapacidade de sentir prazer, sentimento de culpa, redução de energia, do sono, do apetite e da concentração, dores exacerbadas a partir de tensões musculares.

Diante dos fatos esse trabalho tem como objetivo buscar uma maior compreensão sobre as dúvidas encontradas a respeito da ansiedade e depressão em meio a pandemia, no ambiente escolar visando esclarecer como a pandemia veio colaborar de forma direta com o aumento de casos. Um assunto considerado como um tabu para ser comentado nas escolas onde muitos taxam como frescura, ou falta de trabalhar, queremos mostrar como essas doenças podem ser graves levando muitos jovens ao suicídio, como elas podem atrapalhar os estudos de muitas crianças, tirando a vontade de brincar, comer e até ir para a escola. Com a quarentena e o fechamento de muitas escolas o Brasil tem se mostrado o líder em crianças e jovens com ansiedade e depressão onde muitos só ficam em casa, e não podem se socializar com os colegas, por conta desse vírus que já matou milhares de pessoas no mundo inteiro! Automutilação, problemas de socialização, falta de concentração e tristeza profunda. Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual esse assunto intimida muitas famílias, mas é indiscutível que essas pessoas precisam de tratamento psicológico, muitas vezes uma ajuda profissional para que venha tomar algum medicamento. É inegável que essas doenças interferem na vida social das pessoas, de todas as idades, mas na maioria das vezes em jovens e adolescentes que não tem uma boa estrutura emocional dentro de casa, ou que sofreram algum tipo de abuso quando criança seja ele verbal ou sexual. Ao contrário do que muitos acreditam esse assunto teria que ser discutido em casa com seus filhos, para que os mesmos possam saber que tem apoio da família.

 

 

A Importância de debater sobre a saúde mental nas escolas

 

Segundo a psicóloga Marilda Lipp, “o que sobra de uma epidemia é a doença mental”, contudo, atualmente trata-se de um cenário mais grave: uma pandemia. Entretanto, não é novidade a questão da ansiedade e depressão no século XXI, mas devido às situações ainda enfrentadas, a demanda de vítimas aumenta intensamente. Em razão do isolamento social, medida adotada para a prevenção do COVID-19, as famílias se tornam mais vulneráveis ao estresse tóxico, podendo acarretar negativamente o desenvolvimento das crianças.

Especialistas indicam ter uma alimentação balanceada, dormir 8 horas de sono por dia, não ler tantas notícias ficar atento as fakes News comprovar a veracidade das notícias, não ficar muito tempo no celular. Tudo isso pode nos ajudar a aliviar os sintomas de ansiedade ou depressão, é valido lembrar que todos estão sujeitos a estresses, ou a tristeza por algum ocorrido no dia a dia, muitas vezes podemos confundir somente uma tristeza passageira com algo mais grave que seria o caso da depressão e ansiedade. Por isso se estiver com dúvidas é imprescindível buscar ajuda profissional.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), respectivamente, no ano anterior e neste ano, leva o Brasil ao topo do ranking, ocupando a primeira posição no número de pessoas ansiosas e depressivas. Todavia, devido à COVID-19, estima-se que os percentuais hão de aumentar no decorrer e na cessação dessa pandemia.

Segundo Adriana Foz, a psicopedagoga do Laboratório de Neurociência da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma escola deve tratar de temas como violência, depressão e suicídio de forma constante, com o objetivo de diminuir o desconhecimento e o estigma relacionado à saúde mental. O importante, segundo ela, é ampliar a comunicação com os estudantes, de forma que eles se sintam seguros para tratar de suas emoções e desenvolver habilidades de relacionamento e autoconhecimento. Segundo mencionado da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 350 milhões de pessoas de todas as formas de depressão, mas menos da metade dos afetados pelo transtorno adequado o tratamento adequado. Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio e entre jovens de 15 a 29 anos, já representa segunda causa da morte no mundo.

 Para Gomes (2011):

 

Depressão (do latim depressione) é uma palavra frequentemente utilizada para descrever uma gama imensa de sentimentos negativos e sombrios. Em primeiro lugar, depressão não é um estado de tristeza profunda, nem desânimo, preguiça, estresse ou mau humor. A depressão é diferente da tristeza, pois a tristeza geralmente tem uma causa conhecida e duração determinada no tempo e no espaço. Já a depressão envolve uma gama de sentimentos difusos de longa duração no tempo e no espaço, geralmente relacionados à angústia. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente da tristeza. Mesmo assim, em alguns casos, podemos considerar a depressão como uma reação natural da pessoa humana em períodos de transição, especialmente em tempos de mudanças e crescimento, em épocas que antecedem novos horizontes de amadurecimento do ser em constante processo de desenvolvimento (p. 127).

 

Para esse autor há uma grande diferença entre tristeza e depressão, por esse motivo é que muitos depressivos não se preocupam com sinais e não procuram tratamento, atualmente mostramos uma felicidade, por vezes falsa através das redes sociais, podemos observar muitas pessoas sorridentes através de imagens, declarando total satisfação com sua vida e relacionamentos, no entanto a realidade pode não ser tão perfeita quanto parece e isso pode gerar frustração em quem sente que não corresponde à que parece ser a condição permanente de todos os demais, aprofundando estados depressivos.

Diante desses dados Dalgalarrondo (2011) apresenta uma perspectiva evolucionista e afirma que;

 

Ainda que a depressão leve possa ser uma resposta adaptativa normal a perdas e separação breve, as depressões graves, consequências de repetidas separações, perdas e traumas imensos, que causam muito sofrimento e disfunção, parecem bem mais fenômenos patológicos do que adaptativos (p. 403).

 

Fica bem claro que para esse autor a depressão é uma doença que ataca o ser humano, de forma que não causa tanto mal pois é uma resposta a adaptação, porém nem todas as pessoas se adaptam as mudanças que ocorrem durante a vida.

Para gomes (2011), afirma que a depressão ocasiona uma gama de consequências no ser humano, trazendo outros malefícios para corpo, os seguintes sintomas: a insônia, a distimia, os distúrbios do sono e da alimentação, as quais repercutem negativamente conforme a citação abaixo;

 

A depressão gera insônia. (...) Quando a noite cai, principia a acordar, quando o dia amanhece, começa a dormir. O melhor lugar do mundo, o mais aconchegante, o mais macio, o mais confortável, o mais confiável é a cama. O deprimido tem a cama presa às suas costas. Ele e a cama são irmãos siameses. Quando consegue dormir, não quer mais acordar. O sono aparece como o último refúgio. (...) Não tem domínio sobre as próprias emoções. Não tem paciência. Perde a cabeça com facilidade. Explode à toa! Não sabe a origem da própria irritação e nem precisa. Está sempre irritado, e isso basta! (p.9)

 

Essa doença traz consigo vários sintomas que desgastam a saúde do ser humano aos poucos, na maioria das vezes as pessoas nem se dão conta, a pessoa deprimida morre lentamente tornando-se escravo do pessimismo o incapacitando de viver plenamente momentos de felicidades e de prazer com pessoas que lhe fazem bem.

A ansiedade é uma reação natural que todos nós sentimos em algum momento. No entanto, quando os sintomas da ansiedade se tornam muito intensos e frequentes, passam a afetar negativamente a vida das pessoas

 

 

Implicações no rendimento escolar

 

A vida escolar é traçada de grandes aprendizados, riquezas e conhecimentos, porém com essa nova modalidade de ensino vem sendo acarretadas de conflitos, insegurança e tristezas. Com as mudanças repentinas desses novos eventos que é advento das aulas remotas. Eles são automaticamente transportados para o mundo virtual sem ter que lidar com os problemas do mundo real.

Segundo o psicólogo Leandro Karnal:

“Se o aluno não consegue acompanhar as aulas, dão remédio para ele. Nem todo mundo que não presta atenção tem déficit de atenção. A aula pode ser chata mesmo” – Leandro Karnal.

Compreendemos que as causas desses problemas são devidas ao fato de lidar com esse momento crítico, assim causando a ansiedade e depressão nos jovens e crianças.

A ansiedade e depressão está diretamente ligada as emoções, no entanto, quando os sintomas da ansiedade se tornam muito intensos e frequentes, passam a afetar negativamente a vida das pessoas. Um rebaixamento do humor; redução da energia e diminuição da atividade; alteração da capacidade de experimentar o prazer; perda de interesse; diminuição da capacidade de concentração associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. 

Para Augras (1986) os sintomas podem ocorrer também na fase da adolescência pois o outro ainda e um modelo a ser seguido, essa pressão que ele sente pode causar consequências graves ao adolescente;

 

Muitas vezes, distúrbios encontrados em adolescentes não possuem outra origem: as expectativas do grupo esperam do adolescente a aquiescência da criança, exigem dele as atitudes do adulto que ainda virá a ser e, para resolver essa contradição, fornecem-lhe modelos pautados por uma tradição que, embora instilada desde o nascimento, é-lhe fundamentalmente estranha. É preciso dispor de privilegiado equipamento de adaptação à realidade, para conseguir superar tantas tensões, adequar-se às exigências externas sem mutilar-se, afirmar a individualidade sem lesar o ambiente (p 31).

 

Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2012) definem a aprendizagem como processo de apropriação significativa dos conhecimentos, superando a aprendizagem limitada à memorização. Paula e Bida (2008) explicam que esse processo de apropriação significativa dos conhecimentos somente ocorre se quatro condições básicas forem atendidas: a motivação, o interesse, a habilidade de compartilhar experiências e a habilidade de interagir com os diferentes contextos.

O avanço na compreensão dos mecanismos envolvidos no processo de aprendizagem e a reflexão sobre os desafios impostos pelo mundo contemporâneo indicaram a necessidade de considerar concepções mais sistêmicas e complexas, no que se refere à construção do conhecimento e à formação humana. Se na escola por vezes o aluno tira boas notas, consegue desenvolver as atividades, se entrosar com os colegas talvez ele não vai desenvolver ansiedade ou depressão. Mas algumas crianças e jovens se muito pressionados a por exemplo: fazer as atividades com perfeição, tirar sempre boas notas, ter um excelente comportamento.

“Acessar a internet é a forma para encontrar o conhecimento com o professor”, assinala Eunice Rodrigues Silva, professora de história de uma escola pública de Brasília, em tempos de pandemia, escolas estão sem aulas presenciais, o acesso agora é pelo meio da tecnologia, porém muitos alunos não conseguem aprender adequadamente e com êxito, lembrando que muitos não tem a acesso à internet e nem outras formas de tecnológicas. Dessa forma, esse tipo de problema pode causar a ansiedade e depressão, pelo fato da criança e adolescente não sentir se integrado.

 

 

Como os pais e professores podem ajudar

 

O papel dos pais é compreender e auxiliar o filho com depressão e ansiedade sendo assim, não adianta querer forçar o jovem a praticar atividades ou se socializar de uma hora para outra muito menos por obrigação. O melhor caminho é sempre o diálogo e a compreensão. Para as escolas, cabe o papel de identificar alunos que apresentam esses sintomas, tornando-se agentes de transformação e redução de danos, podendo assim impactar, inclusive, na vida futura dessas crianças e adolescentes.

A insegurança diária o medo da morte e tudo que a pandemia impõe pode não só desenvolver transtornos mentais, mas também agravar os que já existiam. Em meio à crise cada indivíduo sente os sintomas de uma forma diferente, por esse motivo muitas pessoas se sentem amedrontadas, confusas ansiosas, desorientadas, anestesiadas ou até mesmo mantendo distância emocional, isolando-se.

É fundamental que pessoas que apresentam sintomas graves de ansiedade e depressão procurem ajuda médica para avaliar um possível transtorno e iniciar o tratamento para que maiores prejuízos sejam evitados. O professor também tem um papel importante, pode estar ajudando a perceber algo diferente em seus alunos através de atividades, ou até mesmo na aula remota através de uma conversa ou uma brincadeira, claro que com as aulas presenciais seria muito mais fácil identificar esses problemas visando que através do comportamento da criança ou adolescente daria para perceber que tinha algo errado, seria interessante um trabalho conjunto entre os pais dos alunos e os professores, tendo essa comunicação ambos poderiam obter ajuda encaminhando essa criança ou adolescente para fazer um acompanhamento psicológico adequado e até mesmo o tratamento se assim for necessário, sempre lembrando que é imprescindível a ajuda de um profissional.

 

Os Transtornos de Humor estão divididos em Transtornos Depressivos (“depressão unipolar”), Transtornos Bipolares e dois transtornos baseados na etiologia – Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral e Transtorno de Humor Induzido por Substância. Os transtornos depressivos (a saber, Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Distímico e Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação) são diferenciados dos Transtornos Bipolares pelo fato de haver um histórico de jamais ter tido um Episódio Maníaco, Misto ou Hipomaníaco. Os transtornos Bipolares (a saber, Transtorno Bipolar I, Transtorno Bipolar II, Transtorno Ciclotímico e Transtorno Bipolar sem outra Especificação) envolvem a presença (ou histórico) de episódios maníacos, geralmente acompanhados pela presença (ou histórico) de Episódios Depressivos Maiores (p. 345).

 

Nem sempre e fácil encerrar um diagnostico exato para um paciente devido a diferentes sintomas apresentados com tudo deve se ter o cuidado e o conhecimento de psicopatologia para um diagnóstico mais exato possível.

 

 

Metodologia

 

A metodologia que foi usada neste trabalho foi de forma bibliográfica de caráter explicativo, com a elaboração do método bibliográfico.

Segundo o pensador (GIL, 2008), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituindo principalmente de livros, sites, e artigos científicos.

 

 

Conclusão

 

A partir do presente artigo pode se concluir, que a depressão é um assunto de grande importância e que deve ser explicado, divulgado para que todos tenham conhecimentos e saibam a grande relevância desse assunto.

Após analisar alguns dados descritos nesse artigo nota-se que houve um aumento significativo de depressão nos jovens durante a pandemia, pelo fato de os jovens terem que lidar com o isolamento social e mais outros complexos como a perca e a renda da família, luto, doenças entre outros.

Diante disso a psicóloga Giulianna Ruiz explica que a adolescência é um momento da vida em que as pessoas estão em grande transformação.

Desde o início do isolamento, as crianças têm sido diagnosticadas com aumento de ansiedade e depressão leve. Nesse período está difícil fugir dessa possibilidade, já que todos tivemos que mudar radicalmente as nossas rotinas, planos, objetivos, convivência, distrações, diversão… existem pesquisas dizendo que a quarta onda da pandemia será a depressão, e isso pode acontecer em todas as idades.”

Portanto, a grande prevalência encontrada e relatada indica a necessidade de garantir suporte tratamento e também a previsão de serviço de atenção à saúde mental e a qualidade de sono para todas as idades inclusive as crianças e adolescente adaptados ao contexto pandêmico. 

Dessa forma, devemos discutir sobre a boa disposição física e mental durante a pandemia neste momento delicado é muitíssimo necessário que as pessoas tenham uma boa informação sobreo assunto, ajudando o no combate de doenças psicológicas, além da visão ampla de como adotar estratégias para ter uma boa convivência familiar e escolar.

 

 

Referências

 

https://hospitalsantamonica.com.br/ansiedade-e-depressao-na-pandemia/ acesso realizado no dia 21/04/2021 às 9:38 horas.

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-166X2020000100504&script=sci_arttext acesso realizado no dia 21/04/2021 às 10:34 horas.

 

https://escolaemmovimento.com.br/blog/ansiedade/ acesso realizado no dia 21/04/2021 às 15:26 horas.

https://www.consumidormoderno.com.br/2021/02/15/brasil-lidera-casos-de-depressao-e-ansiedade-na-pandemia/

https://www.consumidormoderno.com.br/2020/09/22/depressao-em-jovens-cresce-desde-o-inicio-do-isolamento-saiba-identificar/

https://psalm.escreveronline.com.br/redacao/tema-ansiedade-e-depressao-em-tempos-de-pandemia/

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/04/02/quarentena-e-saude-mental-depressao-tdah-e-outros-quadros-pedem-cuidados.htm

https://blog.psicologiaviva.com.br/coronavirus-saude-mental-em-tempos-de-quarentena-e-isolamento/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2020-10/pandemia-de-covid-19-fez-ensino-e-papel-do-professor-mudarem acesso realizado na data 28/04/2021, às 19:53 horas.