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A biblioteca escolar e sua contribuição para a leitura do aluno na escola Cecília Meireles do município de Matupá

Jéssica Santos Cordeiro1

Maria José Ferreira dos Santos2

 

DOI: 10.5281/zenodo.12760327

 

 

Resumo

Este trabalho propõe uma maior compreensão da função da biblioteca escolar, dessa maneira foram realizadas pesquisas analisando como a biblioteca escolar pode atuar na contribuição no desenvolvimento da leitura dos alunos na escola estadual Cecília Meireles, verificar se a biblioteca oferece livros diversificados e adequados ao perfil de seus alunos, observar como os professores utilizam a biblioteca da instituição, pesquisar se as bibliotecas escolares são vistas apenas como depósitos de livros nas escolas, em especial compreender qual é a função da (a) bibliotecária (o) dentro da biblioteca e na comunidade escolar. O foco deste trabalho está na utilização da biblioteca como espaço de interação e vivencias entre profissionais, bibliotecários e alunos. Discute-se também sua importância na vida do aluno para a sociedade, de que forma e ferramentas ela pode ser trabalhada para o incentivo da leitura do aluno. Nesta mesma forma elenca-se qual a função da biblioteca escolar e seus objetivos para a conquista de clientela praticante ao hábito de leitura, pois leitura deve ser desenvolvida no aluno desde os seus primeiros dias na escola e em casa. Para a realização desta pesquisa foi necessário utilizar a metodologia bibliográfica, através de consultas em materiais bibliográficos e para aquisição de dados utilizou-se a pesquisa de campo e observação de espaço, onde foram coletados dados através do questionário respondido por professores do 1º e 2º ciclo do período matutino e vespertino. Para a análise dos dados obtidos foi usado o método quantitativo. Este trabalho foi dividido em quatro capítulos descritivos de cada etapa elabora. Concluindo-se que a Biblioteca Escolar Escola Estadual Cecília Meireles utiliza como incentivo e mediação de leitura o projeto cantinho da leitura, onde a partir desse instrumento os professores e bibliotecária trabalham de forma diferenciada com seus alunos, que sabem as funções cabíveis á uma biblioteca dentro da escola. Porém esses profissionais possuem dificuldades em incentivar os alunos á leitura pela falta de interesse dos mesmos e por falta de incentivo dos próprios familiares.

 

Palavras-chave: biblioteca escolar. incentivo, leitura.

 

 

ABSTRACT

This dissertation proposes a greater understanding of function in the school library, in this way research was carried out analyzing how the school library can act and makes contribution in the development of the reading students of the Cecília Meireles state school, to verify if the library offers books diversified and adapted to the profile such students, in order to observe how teachers use the institution's library depart ment, to investigate whether school’s libraries are offering only book repositories in the schools, in particular to understand what the librarian's role is in the library and in the school community. The focus of this work is on the use of the library as a space of interaction and experiences among professionals, librarians and students. It also discusses its importance in the life of the student to the society, in what form and tools it can be worked to encourage the reading of the student In this same way, thefunction of the school library and its objectives for the conquest of the student's read ing habit is elineated, since reading must be developed in the student from the first days of school and at home. For the accomplishment of this research it was neces sary to use the bibliographical methodology, through consultations in bibliographical materials and for data acquisition was used the field research and space observation, where data were collected through the questionnaire answered by teachers of the 1st and 2nd cycle of the morning and evening period. For the analysis of the obtained data the quantitative method was used. This work was divided into four descriptive chapters of each stage elaborated. It is concluded that the School Library Cecília Meireles State School uses as an incentive and mediation of reading the readingcorner project, where from this instrument the teachers and librarian work in a differ entiated way with their students, who know the functions that can be assigned to a library within from school. However, these professionals have difficulties in encourag ing students to read because of their lack of interest and lack of encouragement from their own relatives.

 

Key words: school library, encouragement, reading.

 

 

Introdução

 

A biblioteca escolar não é mais entendida apenas como um depósito de livros, mas se define em um espaço promovedor lúdico, dinâmico, cultural e incentivadora da leitura, através de vários meios para que sua clientela possa frequentar la não por obrigação, mas por prazer. É extremamente importante que os professores juntamente com o bibliotecário escolar, saibam que tipo de leitura os alunos devem exercer dentro de tal ambiente, por esse motivo os professores juntamente com o bibliotecário devem desenvolver projetos e atividades diversificadas de leitura para que esses alunos se sintam motivados ao hábito da mesma. Pois é através do incentivo por parte da escola, que a criança se tornará uma leitora crítica e capaz de produzirem bons textos. A biblioteca é a porta de entrada para os mais diversificados tipos de leitura, não ficando apenas em um tipo de texto ou gênero textual. Desde uma leitura no dicionário, em uma revista ou em algum livro literário, o aluno adquire informações preciosas usadas em seu cotidiano e no futuro como adulto e na solução de problemas, não se prendendo apenas na leitura em livros. A família também desenvolve o papel importante de ser estimuladora de leitura, mas associada á escola, as duas se tornam praticamente imbatíveis proporcionando aos alunos fontes de leituras diversificadas nesse processo de aquisição de conhecimento e aprendizagem. Para que a biblioteca se torne mais incentivadora é necessário que á princípio ela se torne um ambiente agradável e que seus materiais sejam de fácil acesso para os alunos, onde eles sintam vontade de voltar sem encontrar dificuldades ao procurar o que pretendem. Ela precisa ter diversas atividades dinamizadoras e acolhedoras de diferentes opiniões e culturas. O projeto será também elencado nas ideias de Renata Junqueira Souza, em seu livro Biblioteca Escolar e Práticas Educativas, onde a autora expressa ideias de como o professor e/ou bibliotecário podem contribuir para a formação e mediação da leitura. Tem o olhar atento para as bibliotecas escolares, e orienta algumas atividades que podem ser trabalhadas dentro e fora da biblioteca. Num contexto geral o projeto tem por objetivo a verificação de como a biblioteca escolar pode estar contribuindo para o incentivo da leitura, e como ela pode estar promovendo isto. O projeto se fez necessário pelo fato do mundo estar vivendo em constante transformação da sociedade, onde a tecnologia, algo que está se tornando um vicio na vida e domina o lazer das pessoas, fazendo com que as crianças fiquem estimuladas a fazer o mesmo. Não se exclui o uso da tecnologia, pois ela também é uma grande fonte de aprendizado e conhecimento, porém não se deve substituir o uso da leitura no cotidiano, podendo assim estabelecer um cronograma para que associe o uso da tecnologia com a leitura, principalmente na biblioteca escolar. O objetivo geral a ser alcançado com esta pesquisa foi analisar como a biblioteca escolar pode atuar na contribuição no desenvolvimento da leitura dos alunos na Escola Estadual Cecília Meireles, e teve como objetivos específicos: verificar se a biblioteca desta instituição de ensino oferece livros diversificado e adequado aos alunos de acordo com suas necessidades; observar como os professores a utilizam; pesquisar se as bibliotecas escolares são vistas apenas como depósitos de livros nas escolas e compreender qual é a função da (a) bibliotecária (o) dentro da biblioteca e na comunidade escolar. Este trabalho está dividido em quatro etapas, sendo que o primeiro capítulo descreve os processos de criação da Biblioteca Escolar, suas características e os aspectos legais do local da pesquisa. No segundo capítulo, está sendo descrito a importância da biblioteca e a leitura para o aluno, assim como ela pode estar contribuindo e quais são as formas da mesma. O terceiro capítulo relata-se a metodologia utilizada no trabalho e o instrumento da pesquisa para a aquisição dos dados. No ultimo e quarto capítulos estão esboçados os gráficos com a quantificação do questionário aplicado na escola.

 

 

2. Capitulo I - Biblioteca escolar: e seu processo histórico como espaço social, educacional e favorável à prática de leitura

 

Neste capítulo discute-se o processo de criação da biblioteca e seu enxerimento na sociedade em especial na escola, também será dissertado o seu conceito do espaço que não é mais entendido como um lugar de depositar livros nas prateleiras apenas por enfeite, mas sim de transmitir conhecimento, informação e lazer. Será descrito também como deve ser organizada a biblioteca escolar desde seu espaço físico ao seu acervo, uma breve história de como surgiu da escrita e posteriormente o livro e a biblioteca, quais os tipos de biblioteca, pois cada uma deve ser inserida de acordo com o que cada ambiente necessita e quais as funções delas.

 

 

2.1. Os aspctos da escola estadual Cecélia Meireles

 

A escola pesquisada foi a Escola Estadual Cecília Meireles localizada na Rua Quatro, nº. 23, no Bairro Centro do município de Matupá- MT. Ela teve seu primeiro local de funcionamento em 1990, na antiga Igreja São Cristóvão, na época de madeira, com salas anexas na Escola Estadual Antônio Ometto, até a construção de seu prédio próprio. Ela foi criada com o intuito de atender a clientela que morava no Bairro Centro e nos Bairros Vizinhos na cidade. Onde professoras pelas quais atendiam nas salas anexas juntas com a comunidade escolar começaram o movimento de emancipação da Escola de forma legal. Seu Decreto de é nº 194 13/05/91. Segundo uma das atuais coordenadoras da escola, até este momento a instituição não tinha biblioteca, ela possuía apenas um cantinho com alguns livros. Ela veio a possuir biblioteca própria após a posse de funcionamento de sua sede própria. Em setembro de 1991 a escola inaugurou sua sede própria, e em 2008 a escola renovou seu processo de autorização e reconhecem cimento para atender os alunos do ensino fundamental das séries iniciais. No início a escola teve dificuldades em dar aulas e realizar as atividades pedagógicas, pelo fato de terem sido poucos professores com formação e por não possuírem equipamentos adequados para a secretária a para os professores, a escola não era cercada e a energia era produzida por motor próprio quando faltava energia para o período noturno. Ela é mantida pela Secretária de Estado de Educação, com prédio cedido pela Prefeitura de Matupá, em convénio firmado entre SEDUC Prefeitura Municipal em 22/02/91. Onde atendia primeiramente de 1ª á 4ª séries, 5ª e 6ª séries e, gradativamente até a nos períodos diurno e noturno. Em 1992 foi implantado o curso de Suplência de Ensino Fundamental - Fase I, correspondente de á séries. E em 1997 a Suplência de Ensino Fundamental Fase II que correspondia de á séries e teve seu fim em 1999. Em 1996 a escola passou a funcionar ape nas com o ensino Fundamental Séries Iniciais e Suplência Fase I. Em 1999, foi implantado o CBA (Ciclo Básico de Alfabetização) e em 2000 o Estado implantou a Escola Ciclada de Mato Grosso e até nos dias atuais se trabalha dessa mesma forma, por ciclos de formação. Atendendo alunos e 06 á 09 anos no ciclo (1º, e 3º ano) e alunos de 09 á 12 anos no 2º ciclo (4º, 5º e 6º ano), nos períodos matutino e vespertino. No ano de 2000 deu-se início o trabalho com alunos Portadores de Necessidades Especiais PNEs com a primeira Classe Especial com 05 alunos avaliados pela Equipe Técnica da SEDUC. Com o aumento dos alunos PNEs, em 2014 houve a necessidade de se criar a Sala de Recursos. Em 2006 foi extinta a Classe Especial, levando os alunos PNEs para a inclusão nas salas de aulas regular sendo atendidos no contra turno na sala de recursos. A escola tem esse nome em relação á poetisa e escritora brasileira Cecília Meireles nascida e falecida no Rio de Janeiro, ela foi a fundadora da primeira biblioteca infantil do país, quando era Diretora do Centro Infantil do antigo pavilhão de Bota Fogo. A Escola Estadual Cecília Meireles atende no regime de uni docência alunos do Ano, Ano, Ano do 1º Ciclo; 4º Ano e 5º Ano do 2º Ciclo e no 6º Ano do 2º 17 Ciclo atende por disciplina nos períodos matutino e vespertino, distribuídos num total de 17 turmas, além de 02 turmas de Sala de Recursos Multifuncionais. No ano de 2017 estão matriculados aproximadamente 368 alunos sendo que, 189 são atendidos no período matutino e 179 no período vespertino, sendo uma clientela mista formada por alunos oriundos da Zona Urbana e da Zona Rural (Chácaras, sítios e fazendas próximas à cidade). O corpo docente da escola é formado por 27 professores sendo que, 22 atuam na sala regular, 01 no Laboratório de Aprendizagem, 02 na Sala de Recursos Multifuncional, e 02 na Coordenação Pedagógica e 01 na função de Gestora Escolar. Deste total 07 são efetivas e os demais contratados. A Equipe Gestora é formada pela Diretora Professora Especialista, por duas Coordenadoras Pedagógicas Professoras Especialistas e pela Secretária Escolar. Na equipe de Técnico Administrativo Escolar contém uma auxiliar de secretaria, uma técnica de laboratório e uma bibliotecária. Na equipe de apoio possuem quatro na limpeza e duas na merendo escolar.

 

 

2.1.2. Um breve histórico da biblioteca escolar da escola estadual Cecília Meireles

 

De acordo com alguns registros de imagens registradas por fotografias, pode-se perceber que a biblioteca da escola continha um acervo em pouca quantidade, com o tempo foi aumentando, adquirindo novos livros, materiais de estudos e pesquisas, jogos, computador, armários. Ela também era utilizada para guardar os materiais e utilizados nas apresentações em festividades como hora cívica, noite cultural, festas juninas, teatros, etc.. Porém como não havia espaço para guardar esses materiais, eles eram colocados em cimas das prateleiras dos livros. Hoje atualmente esses materiais estão sendo guardado em outro espaço, próprio para este tipo de deposito fora da biblioteca e outros materiais, no caso um almoxarifado. Sua sala é improvisada em sala de aula comum, sendo que para os leitores desenvolvam suas atividades na biblioteca de forma plena e concentrada, é necessário que a biblioteca esteja em um local longe de ruídos e barulhos. Mas de qual quer forma ela está tendo um bom desempenho nas realizações das atividades atualmente ela possui um acervo amplo que atende toda sua comunidade escolar, com aproximadamente 2000 títulos de obras literárias diversificadas, além de videoteca, pelas quais todos tem acesso para estudo e pesquisa, dispõe de espaço físico disponível, acomodando estantes de livros, mesas, cadeiras, escrivaninhas, armários, arquivos, computador, etc.. Os livros direcionados para alunos estão organizados de acordo com cada faixa etária e dificuldade, estando cada grupo separado na prateleira. Os livros direcionados ao 1º ano fica em um lado na última parte de baixo da prateleira, ao lado os do 2º ano. Na prateleira do meio estão os livros do e ano, na penúltima e última prateleira situam-se os livros do 5º e 6º anos. Eles estão organizados dessa forma para que quando o aluno for procurar tenha uma maior facilidade para encontrar o que desejam, claro que não necessariamente devem procurar apenas por livros de sua faixa etária, mas esse método aju da na orientação aos alunos sobre o que procurar. A biblioteca possui como projeto o Cantinho da Leitura, onde a bibliotecária no primeiro bimestre organiza em média trinta livros para cada turma da escola usar em sala de aula de acordo com o planejamento dos professores. Os livros do primeiro ciclo são organizados de acordo com a lista do PNLD – PNAIC em parceria com o FNDE. Onde todo ano são mandados acervos novos para o 1º, 2ºe 3º ano. Para as turmas do segundo ciclo são utilizados livros adquirindo com recursos próprios. Esses Cantinhos de Leitura são trocados entre as turmas por bimestre, ou seja, todo bimestre o aluno tem a oportunidade de encontrar livros diferenciados e qualificados. Com eles os professores podem estar interligando sua aula com os livros e/ou simplesmente colocar a disposição dos alunos em sala para uma leitura mais autônoma e prazerosa.

 

 

2.2. DEFINIÇÃO DE BIBLIOTECA

 

Á princípio deve-se ter o significa da palavra biblioteca e a sua definição. Segundo Pimentel (2007) ela tem seu termo origem grega com seguinte significado: biblíon, que significa livro e theka que significa caixa, ou seja, móvel ou lugar de guarda livros. Basicamente é um local de armazenamento de livros para consultas de leitores. Existem vários tipos de biblioteca, mas suas definições dependem muito de como é sua funcionalidade e que tipo de conteúdo ela possui. Elas são classifica das dessa forma para que seus usuários tenham maior facilidade ao realizar suas pesquisas. Logo abaixo estão descritos os tipos de biblioteca conforme Pimentel (2007). a) Escolar: Ela possui o caráter pedagógico. Está situada dentro do ambiente escolar, organiza-se de forma educativa e contribuinte no processo de ensino aprendizagem, tendo como objetivo desenvolvimento pelo gosto á leitura e a informação. b) Especializada: é voltada á uma determinada área, ou seja, sua função é oferecer fontes de pesquisa para área de conhecimento em que a instituição atua. c) Infantil: seu principal objetivo é o atendimento de crianças com os di versos materiais que enriquecem as horas de lazer. 20 d) Pública Está encarregada de dar fontes de leitura e transmitir informações de forma generalizada para a toda comunidade, sem distinção de sexo, idade, raça, religião e opinião política. e) Nacional Este tipo de biblioteca tem como função depositar patrimônio cultural de uma nação, conservando e acrescentado o acervo de sua bibliografia nacional. Cada país tem sua própria biblioteca e cada uma delas tem uma política diferente. f) Universitária é parte integrante de uma instituição de ensino superior e sua finalidade é oferecer apoio ao desenvolvimento de programas de ensino e à realização de pesquisas num contexto geral. É importante que se tenha conhecimento dos tipos de biblioteca, para identificar qual o seu perfil dentro do ambiente em que está inserida. Isso faz com que o usuário tenha noção de qual biblioteca deve frequentar para realizar determinada atividade e obter mais conhecimentos, seja ela simplesmente para o lazer, ou especialmente para projetos de trabalho empresarial ou escolares. Com o decorrer dos anos e também com o aumento de compromissos das pessoas no dia-a-dia, elas estão á cada dia mais deixando as bibliotecas de lado, pode-se até dizer que a grande desculpa é falta de tempo de ir até ela. Mas isso pode não ser mais a desculpa para que as pessoas deixem de ler, pois com o avanço da tecnologia estão criando novas formas de busca do conhecimento, surgindo assim a necessidade de um novo tipo de biblioteca para atender o publico dentro de casa, como por exemplo, o maior site de pesquisa Google que oferece um site onde as pessoas podem acessar e fazer a leitura de livros sem precisar sair de casa. É uma espécie de biblioteca virtual, com o nome é Google Acadêmico. Desde que a pessoa tenha acesso á internet em casa basta apenas realizar o cadastro para obter livros para leitura. Existem também formas de baixar livros comprados pela internet em apare lhos, como nem todos gostam de carregar livros por questão de peso, existe aparelhos que são especialmente para esse tipo de recurso, funciona como uma biblioteca virtual portátil que se armazenam os livros em que se pretende ler dentro desse aparelho: especifico para leitura. É a mesma coisa de estar foliando um livro, porém em forma digital.

 

 

2.3. Histórico da biblioteca escolar

 

muito séculos os mais velhos e os grandes sábios tinham apenas uma forma de transmitir seus conhecimentos e contar história que era através da oralidade, onde os mais novos recebiam o aprendizado ou conhecimento de seus antepassados repassando de geração em geração, infelizmente acontecia àquela dinâmica do telefone sem fio, as informações eram transmitidas, porém incompletas. Para facilitar a comunicação houve a necessidade de criar a comunicação escrita. Pimentel (2007) diz que não se tem certeza de forma absoluta da data exata do surgimento, mas alguns estudiosos dizem que ela poderia ter surgido na mesopotâmia, e localizando-se entre os rios Tigre e Eufrates, que foi um local onde apareceram as primeiras civilizações, isso aproximadamente no ano 4.000 a.C.. Mas não surgiram de cara as letras ou ideogramas, primeiramente criaram a pictográfica, pela qual as ideias eram representadas através de desenhos, e são utilizadas até hoje para identificar como, por exemplo, lugares e regras. Em seguida surgiu hieroglífica (inscrição sagrada) egípcia, surgida em torno do ano 3000 a.C. que possibilitou aos egípcios registrarem dados diversificados de sua cultura por meio de signos. Seguida pela cuneiforme: idealizada pelos sumários em forma de figuras gravadas em tábuas de argila utilizando-se de estilete; A mnemônica utiliza da pelos incas da América do Sul. A fonética: A imagem visual foi substituída pela sonora dando início à escrita silábica, em que os sinais representam sons; e a ideográfica onde os objetos eram representados por sinais que interpretavam graficamente ideias. De acordo com Pimentel (2007) o alfabeto foi criado após muitos anos da evolução da comunicação escrita, os primeiros povos a fazer uso dele foram os povos de Ugarit, que atualmente é a Síria, depois os fenícios passaram a utilizar. s substituir s m por uma letra, formando assim o primeiro livro histórico ”. Porém, a sociedade mundial aparenta estar retornando ao uso de símbolos, e desenhos para expressar palavras e sentimentos, mesmo com o avanço da escrita e da tecnologia. As pessoas estão abreviando palavras, ou nem mesmo completando ao escrever, principalmente nas redes sociais. Claro que em alguns casos a necessidade da utilização desses símbolos como, por exemplo, nas placas de 22 transito, para uso da linguagem de deficientes auditivos, para localização, pois ao mesmo tempo é algo que facilita a vida do ser humano, mas ao escrever deve-se evitar este hábito. Depois dessa invenção, houve a descoberta do papel e sentiram necessidade de de fazerem os registros das histórias e das descobertas, criando os livros e multiplicando os mesmos. Surgindo juntamente o lugar de guardar esses registros para preservação e conservação. A primeira biblioteca escolar de Aristóteles foi criada no intuito de fazer uma aproximação entre os alunos e o mestre em um único espaço cercados de livros e documentos para terem um acesso mais fácil as suas pesquisas, contribuindo para um ensinamento melhor diante da ciência. Considerada por muitos como a mais importante antes da biblioteca de Alexandria. Aristóteles estabeleceu uma ligação entre a escola e o novo espaço intelectual que é a biblioteca. Foi por esse gesto que Aristóteles se transformou em uma das grandes figuras que marcou a história da escola. A segunda parte da história da biblioteca escolar foi a construção das histórias bibliotecas, da história da biblioteca escolar e da própria história a da humanidade, domina toda a Idade Média, todo o Renascimento e toda a modernidade. A atração e a fascinação desta biblioteca foi tão grande que resolveram reconstruir uma nova biblioteca após 2300 (Pinho & Machado) A próxima biblioteca a ser construída foi na civilização árabe, onde cada cidade passou a possuir biblioteca de livre acesso tantos aos professores como aos estudantes. Depois do século X, outras bibliotecas foram surgindo paralelamente às dos mosteiros e conventos. Primeiro nas escolas catedrais a partir do século XII, nas inúmeras universidades que se constituíram na Europa. O Renascimento marcou o declínio das bibliotecas de tipo monástico: as primeiras coleções particulares dos humanistas podem ser consideradas como o ponto de partida das bibliotecas modernas. A biblioteca moderna, só chegou com a difusão da imprensa, no século XVI tornando possível a produção de livros começa a constituir algumas grandes bibliotecas universitárias, como a Bodleiana em Oxford (uma das mais antigas da Grã-Bretanha, restaurada e reorganizada em 1598, por Thomas B y).” Pinho e Machado. De acordo com Peres (2012) et al: A primeira biblioteca a ser instalada no Brasil, foi a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que foi fundada em 1810. Seu primeiro acervo foi trazido pela família real. Nesse período, os jesuítas que aqui chegaram tiveram a preocupação de forma acervos em seus colégios, porém esse acervo era voltado apenas para a elite, as classes mais altas da sociedade, elas eram as únicas que tinham acesso ao acervo da biblioteca. Infelizmente, assim como o acesso á escola, a biblioteca também não era um direito de todos. Hoje esse contexto de biblioteca escolar é totalmente diferente, sendo atualmente como direito de todos ao acesso á escola pública, a biblioteca es colar também é vista com esse mesmo mérito

 

 

Os papéis e as funções da biblioteca escolar

 

Todas as bibliotecas escolares estão centralizadas nos mesmos papeis em relação á aprendizagem, ao desenvolvimento pelo prazer e pelo hábito da leitura, a de formar leitor crítico da informação, ao desenvolvimento de métodos de estudo e de investigação autónoma. Ela funciona como mediadora nos processa de ensino aprendizagem. Neste sentido Pinho e Machado comentam que a biblioteca escolar possui as seguintes funções:

 

Informativa: fornecer e transmitir informações confiáveis de forma prática e diversificada, devendo integrar-se as redes de informação regionais e nacionais;

 

Educativa: assegurar e oferecer meios, equipamentos e um ambiente favorável à aprendizagem: ter seleção e uso de materiais de informação, tudo isso de forma a interligar o ensino em sala de aula, ou ao menos transmitir informações de acordo com a faixa etária de aprendizagem dos alunos.

 

Cultural: melhorar a qualidade de vida mediante a apresentação e apoio a experiência, orientação na apreciação das artes, despertando a criatividade e desenvolvimento de relações positivas, geralmente essas informações são específicas da região em que a biblioteca está situada, ou seja, de acordo com seus costumes e cultura local.

 

Recreativa: tem como função a recreação onde seu público á utiliza em forma de lazer nos tempos livres através da leitura, seus materiais e programas são de valor recreativo e de orientação na utilização dos tempos livres. As bibliotecas escolares estão cada vez mais exercendo novos compromissos, deixando de ser apenas para guardar livros, mas também guardam equipamentos de pesquisas de multimídia, revistas e até mesmo alguns materiais pedagógicos, mas tudo voltados para o termo de leitura, pesquisa, ou seja, uma complementação á leitura, pois muitos alunos têm dificuldades de compreender qual mensagem o livro quer transmitir, as ferramentas citadas anteriormente podem de alguma forma auxiliar na compreensão desse aluno, através do apoio pedagógico e do apoio da bibliotecária (o). As bibliotecas escolares estão se tornado cada vez mais um espaço de aprendizagem do uso adequado da informação. Porém nem todas as BE possuem essa capacidade, onde a bibliotecária (o) ajuda nessa construção de conhecimento, pelo fato de que nem todos os professores trabalham com a biblioteca, geralmente apenas os da área de português fazem o maior uso frequente da biblioteca, mesmo assim apenas para pegar livros emprestados, para que os alunos escolham e levam para lerem em casa. Ou fazem uso da biblioteca, mas geralmente para pesquisas ou para dar reforço aos alunos em contra turno de sua aula. As bibliotecas atualizadas no contexto funcional estão abrindo as portas para novos paradigmas, sendo um local de privilegiado dentro da comunidade geral da escola. Tendo como um de seus principais objetivos o incentivo ao hábito da leitura em seus alunos. Sena & Santos apud Amato & Garcia (2015), detalharam os objetivos da biblioteca escolar da seguinte forma:

Ampliar o conhecimento, por ser uma fonte cultural;

Ter à disposição dos alunos um ambiente favorável á formação e ao desenvolvimento para o gosto e o hábito de leitura e pesquisa;

Oferecer aos professores o material necessário à complementação de seus trabalhos;

Colaborar no processo educativo com bons recursos e complementar o ensino-aprendizado auxiliando no processo educativo juntamente com o professor; Informar aos professores e alunos quando os materiais de estudos chegam atualizados, em todas as áreas do saber;

Conscientizar os alunos de que a biblioteca é uma fonte segura e atua lizada de informações;

Estimular nos alunos o hábito de leitura e na frequência a outras biblio tecas em busca de informação e/ou lazer, por ser também um espaço recreativo. Para que esses objetivos sejam realmente alcançados é necessário que a comunidade escolar esteja entregue de corpo e alma para a concretização deles, isso não se tratando apenas aos funcionários das escolas, mas também aos responsáveis dos alunos, que são os que menos participam dessa parte da for mação do aluno. Alguns desses responsáveis pela criança ainda não são alfabetizados, podem até ser, porém não possuem o letramento para auxiliar o aluno na aquisição de compreensão da interpretação textual. Infelizmente o país ainda vive nessa realidade, pois o governo está cada vez mais oferecendo oportunidades para que os jovens, os adultos e os idosos tenham estudo, não se trata apenas das escolas EJAs, pois eles têm a liberdade de também frequentar uma escola de ensino regular. Mas muitos dos casos dos pais e responsáveis não contribuírem para o bom desempenho da leitura de seus filhos é a falta de interesse no andamento da aprendizagem deles, com a desculpa de falta de tempo, ou por simplesmente achar que o papel e função são completamente das escolas. Claro que a escola tem sim esse papel, mas a família do aluno também deve participar desse processo tão importante para a vida no presente e no futuro dele. A leitura não é somente para saber o que está escrito, mas sim para saber e interpretar que mensagem está escrita quer transmitir á que lê. Não importa se esta família está em fase de desestruturação, a criança não pode ser deixada de lado. Outro fator que contribui para que a biblioteca escolar atinja os objetivos propostos, é a introdução das TICs dentro dela, muitas vezes não possui o livro adequado que o aluno necessita para a pesquisa, ou ele precisa complementar o que o livro diz com pesquisas na internet, então se faz necessário a complementa- 26 ção da biblioteca escolar com computadores. Mas por falta de espaço não é a realidade de todas as bibliotecas escolares.

 

 

Organização da biblioteca escolar

 

Cada escola tem um método de organização sendo da forma que achar melhor para que o público tenha um bom uso de todo o acervo. Isso pode ser de forma bem simples, definindo suas próprias regras, seus próprios horários, desde que o método seja explicado para todo o público que a utiliza.

Para organização do acervo é necessário que os livros estejam separados por coleção, classificação literária, didático, se é para aluno ou para professor. Criar etiquetas com cor onde cada uma delas representa uma classificação de livro é bem interessante e funciona bem. Nas prateleiras deve funcionar da mesma forma, deve ser reservado o espaço para cada seguimento, e para a identificação deve ser fixado na parte superior da prateleira o tipo de livro em que se encontra no local, dá até para colocar essa palavra na cor em que representa a categoria dos livros. Em seguida, cole as etiquetas na parte inferior da lombada dos exemplares e crie espaços nomeados nas prateleiras para cada subtema. Um fator bem interessante na organização da biblioteca é sempre manter os livros organizados na prateleira, é necessário que ao menos a cada três dias o bibliotecário verifique nas prateleiras se há algum livro fora do lugar, principalmente se ele não passa muito tempo dentro da biblioteca, como em alguns casos em que a escola tem um bibliotecário para atender os dois períodos, e, seu horário não é durante todo o período de funcionamento. Como os alunos são os maiores usuários da biblioteca escolar, o professor e bibliotecário também têm o dever estar orientando os alunos de como se comportar dentro da biblioteca e de como deixa-la organizada, exemplificando que quem guarda os livros nas prateleiras é o responsável pela biblioteca, pois o aluno nem sempre saberá onde devolver o livro em que pegou emprestado, isso não tratando só de livros, mas de todo o material pertencente á biblioteca.

Por tanto é necessário que se crie regras para o uso da sala de biblioteca e para o uso dos livros e dos materiais. Como por exemplo, ter um limite de empréstimos de livros, tempo de duração desse empréstimo, em caso de perda do livro, deve ser devolvido o mesmo exemplar ou de mesma classificação, para substituir o perdido, fazer silêncio dentro da biblioteca, não ingerir alimentos ou bebidas dentro dela, e entre outras regras de acordo com a política da escola. Essas regras devem também estar expostas no mural bem visível da biblioteca para que todos ao entrar leiam e sigam as mesmas. Uma regra que não deve faltar e nenhuma biblioteca é quanto a conservação e ao manuseio dos livros, pois de nada adianta ter uma grande quantidade de livros, mas esses livros não estarem em bons estados de conservação, como por exemplo, com folhas rasgadas ou mofadas, com páginas faltando ou caindo, sem capa, entre outros tipos de danos. Até porque, ninguém quer ler um livro em péssimas condições de uso, muitas vezes uma pessoa indica o mesmo para ler, mas quando o leitor se depara com o mal estado de conservação, simplesmente abandona o livro por esse motivo. É necessário que se crie uma política de conservação para os usuários da biblioteca, isso se faz necessário para que esse grande acervo seja realmente um acervo completo e vivo, onde que seus leitores tenham um prazer em manuseá-los, por mais que seja obrigações do bibliotecário, a comunidade escolar também deve fazer parte dessas vivencias, basta apenas que esses usuários tenham uma explicação da importância dos cuidados e do bom manuseio dos livros, e isso pode ser feito no primeiro dia em os alunos vão pegar os livros, ou até mesmo marcar com os professores horários, para vídeos, roda de conversa ou histórias de como conservar os livros e qual a sua importância no começo e no fim da vida das pessoas. E realizar uma apresentação para toda a escola no dia livro, contando a história do livro e como conservá-lo. Essas políticas devem funcionar de acordo com o regimento da escola, não adianta simplesmente criar regras por si sem a participação de demais gestores e funcionários da escola. Para que ocorra um bom andamento é necessário que a comunidade escolar juntamente com o responsável pela biblioteca, tenha um controle e organização entre eles, não deixando apenas para o bibliotecário. Até porque a biblioteca é de toda comunidade escolar. E para que não haja confusão quando uma turma for usar a biblioteca e ao entrar dentro dela se deparar com outra turma desorganizando seu planejamento do dia, é importantemente necessário que se crie horários para cada turma, onde os professores se organizarão de acordo com ele para o uso da biblioteca. É interessante que o professor juntamente com o bibliotecário, façam os planejamentos juntos, pois o bibliotecário conhece todos os materiais disponíveis dentro da biblioteca e com isso haverá uma maior interação entre professor alunos e bibliotecário, ao desenvolverem juntos, a aula dentro ou fora da biblioteca. Uma biblioteca deve ser bem atraente, principalmente, aos olhos do público infantil, contendo um bom acervo de livros atrativos, de variados assuntos onde instiga a curiosidade dos alunos, fazendo assim com que ele tenha aprendizagem bem expandida. Um bom ambiente atrativo, silencioso e que deixe o aluno e professor á vontade, onde os livros fiquem a disposição do público em geral também auxilia no processo do gosto pela leitura e aprendizagem. De acordo com Souza (2009) a biblioteca em especial escolar, deve de algum modo ser composta por momentos em que os alunos viagem por diversas culturas e memórias, onde aprendam inesquecivelmente de forma atrativa através de imagens, leituras e audiovisuais, como processo de aquisição de conhecimento. O que a autora descreve é que o espaço não deve ser necessariamente decorado, pintado, ou conter materiais de diversas culturas e lugares permanentemente, mas sim ter uma atenção ao preparar esse ambiente na mediação da leitura para o conhecimento, fazendo com que o próprio se interaja com o que se propõe, ou seja, ter fontes para a aquisição dessa interação entre aluno, professor e/ou bibliotecário na aula administrada. O acervo deve conter livros de acordo com a faixa etária de idade e necessidade dos alunos e sempre ao alcance dos alunos para que se sintam mais á vontade ao procurar um livro de seu gosto de leitura. Para chamar atenção dos leitores tanto mirins como adulto, o bibliotecário deve sempre estar expondo os livros novos que chegam na biblioteca, e como boa parte dos professores estão sempre em correria com seus afazeres pedagógicos e da rotina, muitas vezes acabam deixando de visitar a biblioteca. Como a tecnologia está cada vez mais sendo mais utilizadas dentro das escolas e principalmente as redes sócias, o bibliotecário pode estar divulgando esses livros para o professor em um desses meios de comunicação nos grupos da instituição ou da própria biblioteca mesmo. Para os alunos pode estar expondo dentro da própria biblioteca ou até mesmo fora dela, onde há mais aglomeração de público infantil. Claro que sempre cuidando para que não haja extravios dos livros na amostra. Para Peres et al (2012, pg. 26) Em seu espaço físico, a biblioteca escolar deve ser bem iluminada, arejada e é claro bem organizada, ter acessibilidade á pessoas com necessidades especiais. A pintura das paredes não deve ser muito colori da, pois pode tirar o foco dos alunos, ela deve ser pintada com cores que quase passam despercebidas, a mais utilizada é branco, pois além de iluminar o ambiente, pode dar uma sensação de mais espaço. As paredes não devem ser muito coloridas porque os livros já são bastante coloridos, além disso, o foco principal dos alunos deve ser o livro, claro que não isso não quer dizer que a biblioteca não pode ter objetos coloridos. Pelo contrário, deve conter sim! Para que se torne um ambiente mais aconchegante, acolhedor, cheio de harmonia, com isso, de certa forma apresentar um espaço lúdico. Dessa forma uma biblioteca atrai mais alunos para fazer o uso da leitura dentro dela, sentindo-se mais á vontade, tendo mais curiosidade e vontade de visitar sempre. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura apud Quinhões (1999), é preciso que a biblioteca tenha um ambiente favorável à leitura para se conseguir a atração de uma sociedade consciente dos benefícios que a biblioteca trás ao ler onde os livros estejam ao alcance de todos. A biblioteca como todas as outras salas e da instituição deve sempre permanecer limpa e arejada, para impedir a proliferação de mofo e insetos. Deve ter segurança, evitando-se empilhamento de objetos nas prateleiras, como nem todas as escolas tem um espaço apropriado, elas devem ao menos diminuir e evitar alguns tipos de objetos por cima das prateleiras deixando apenas os que não caem fácil do alto. Seu imobiliário deve atender a faixa etária de cada turma da escola, se a instituição não tiver móveis adaptados, elas mesmas podem elaborar projetos na construção de mobília reciclável, como por exemplo, pulfs de garrafa pet, ou tecidos velhos, almofadas, tapetes, etc. Muitas escolas conseguem adquirir móveis de boa qualidade através de programas do governo, ou até mesmo arrecadação interna que geralmente sempre funciona através da cantina da escola. Mas dependendo dos casos, pode-se entrar em contato com a secretária de educação da instituição seja ela do estado ou do município.

 

 

Perfl de quem atua na área

 

Para que uma biblioteca tenha um desempenho é necessário que se tenha um profissional capacitado para a área, de preferência alguém que esteja formado na mesma, no caso biblioteconomia. Mas como não é a realidade de boa parte das escolas, o bibliotecário deve ser um profissional de perfil que atenda as necessidades da biblioteca, tendo boa disposição, estar sempre de bom humor, pois está sempre lidando com o público. De acordo com Fragoso apud Eduvirges (2012, p. 35) o bibliotecário possui as seguintes funções:

Deve ser participativo do planejamento com os professores de todas as disciplinas, colocando a disposição todos os matérias e serviços disponíveis para a complementação da transmissão aprendizagem da classe;

Participar do processo de alfabetização, isso pode ser feito, passando de turma em turma tirando leitura de cada aluno; por ela;

 

Colocar a disposição dos alunos variados tipos de elementos que pro movam a apreciação literária, a avaliação estética e ética, tanto quanto os conhecimentos dos fatos, sabendo interpretar os mesmos, sentindo assim vontade e curiosidade ao ver um livro, ou revista, gibis e etc.;

É imprescindível também que o bibliotecário seja criativo nas realizações de projetos para ter a interação do público, e saber que a informação é muito importante e a maior fonte de conhecimento que o aluno pode ter no seu dia a dia. Um fator indispensável para o profissional da biblioteca é o gosto pela leitura, não que seja algo obrigatório, mas que é essencial. Pois ele deve ser um estimulador e mediador da leitura ao seu público, principalmente os alunos. Com isso bibliotecário pode estar criando projetos de leitura, onde toda comunidade escola participe, juntamente com os professores ele pode estar verificando qual o nível de cada turma para que ele desenvolva os projetos de acordo com o nível de cada. Por isso se faz a importância da interação entre professor e bibliotecário no planejamento de aulas e projetos. O bibliotecário também é considerado educador, ele precisa fazer com que seu papel seja reconhecido pela escola, por esse motivo, é necessário que ele participe também das formações e dos planejamentos dos professores, servindo de auxílio para a preparação didática das leituras em da sala de aula. Para que o bibliotecário faça um bom trabalho é necessário que ele se adapte ao seu espaço, faça sua própria organização para que não tenha dificuldades ao desenvolver o mesmo. Por mais que a biblioteca não tenha espaço, basta apenas que seja organizada e preparada para o acolhimento deles. Estar se qualificando também é uma forma de contribuir para a formação dos leitores na escola. Essa qualificação pode estar fazendo através de cursos online, o pró-funcionário, sala do educador ou formação continuada, pode estar até cursando um curso superior na área da educação ou na área da biblioteca mesmo.

 

 

Capítulo II: A leitura como instrumente de desenvolvimento para a sociedade

 

Neste capítulo está sendo abordada a importância da biblioteca no incentivo da leitura e no desenvolvimento de leitores críticos para a sociedade e de que forma ela pode estar contribuindo para essa formação. Está sendo demonstrado também algumas atividades que podem ser desenvolvidas dentro e fora da biblioteca escolar. Exposto alguns programas criados para o enxerimento da leitura literária dentro da escola a fim de colaborar com a construção de leitores e de dar oportunidades á alunos ao acesso á leitura na escola. Para que isso ocorra é necessário que a escola se comprometa com aprendizagem efetiva de seus alunos para que vejam na leitura a possibilidade de acesso a outros conhecimentos e facilidades de um desenvolvimento melhor e integral. Infelizmente numa comunidade carente de interesse pelos livros por diversos fatores, se torna mais difícil despertar no educando o gosto pela leitura. A realidade das bibliotecas escolares é que ainda não está acontecendo de forma satisfatória, pois ainda está se tendo uma grande falência de profissionais capacitados para que ela cumpra com seu papel de eficácia, pois a biblioteca deve constar com o agente de atividades diferenciadas para colocar em ação seus reais objetivos.

 

 

A biblioteca escolar como mediadora incentiva a leitura

 

Apresentado o livro, ou seja, lhe mostrado como foi criado, quem é o autor e ilustrador, onde foi criado, do que se trata a obra, enfim iniciar com a apresentação das características do livro. Mas antes mesmo de apresentar o livro o professor ou bibliotecário necessita de escolher bem a obra e encaixá-la em uma proposta para seu planejamento, para que o aluno saiba de alguma forma utilizar o assunto absorvido no seu cotidiano, procurar o que quer ler, não apenas ler por questão de necessidade, por que precisa naquele momento, mas sim procurar ler além do que se busca. É importante que o aluno independentemente de sua idade tenha o conhecimento da leitura e do que está lendo. De acordo com Souza (2009) aprender a ler é também compreender o sentido e os costumes do universo da leitura, do mesmo modo como as práticas e princípios do corpo, dos gestos, dos ambientes e as possibilidades trazidas pelos livros. Com isso, familiarizar o aluno é também dar suporte na aprendizagem em uma nova tipologia de leitura, ajudando-o a encarar um novo universo desconhecido. Não usando apenas textos escritos, mas também imagens que os façam interpretar o que estão vendo, algo que hoje em dia, muitos têm dificuldade. Cada vez o uso da leitura de livros literários está ficando escassa, pelo fato de nem todos os professores se importarem com isso, deixando guardado o que tem de melhor para oferecer aos alunos, muitas das vezes usam a biblioteca como lugar de castigo para os alunos, colocando neles o receio de ir até ela por vontade própria, e até mesmo restringe quem quer ir por vontade própria, por achar que está matando aula ou por achar desnecessária a ida até a biblioteca para pegar livros sem ser na aula programada, sendo que raramente programa algo na biblioteca. Nem sempre a leitura é fonte de prazer, pois em muito dos casos ela é realizada apenas por necessidade, geralmente isso ocorre em escolas quando o aluno é forçado a ler para aquisição de nota ou porque apenas está buscando informações de algum assunto. Na busca pelo prazer literário, o leitor costuma procurar por leituras de comédia, romance, ficção e até mesmo livros de autoajuda, algumas pessoas tem a leitura como escapismo para fugir da realidade em que está vivendo para viver em um mundo imaginário, cheio de fantasias e esquecer os problemas do seu cotidiano. Na busca de informação e conhecimento, procura-se por jornalismo, revista de informações gerais e livros temáticos para o enriquecimento profissional. Para que o professor a seus alunos a leitura, seja ela por divertimento e/ou para pesquisa estipulada para determinada área ministrada no momento, é necessário que utilize várias estratégias, pois tudo vária de um leitor para o outro, bastando apenas orientar os alunos que existem vários tipos de leituras, vários tipos de textos e informações dentro de um livro com vários objetivos em que o aluno, ou melhor, dizendo, leitor. Cada uma atende á um tipo de personalidade e necessidade de cada momento do educando ou pessoas. De acordo com os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Língua Portuguesa (2001, pg. 57): “Uma prática constante de leitura na escola deve admitir várias leituras, pois outra concepção que deve ser superada é a do mito da interpretar.” Sedo assim o professor deve lançar desafios e estratégias para que eles procurem fontes de leitura benéficas á vida deles de forma autônoma. Valorizar o que o aluno gosta de ler é importante, assim como também ter um diálogo aberto sabendo ouvir para uma maior troca de experiências, para que ele enquanto professor se atente ao que a comunidade gosta, isto é, estar sempre atualizado com sua clientela.

 

 

A importância da biblioteca no encentivo à leiturai

 

De acordo com Manifesto da UNESCO apud Pimentel (2007) a biblioteca é a porta de entrada para o conhecimento, pois o conhecimento nunca é demais. Através da leitura o indivíduo terá as condições básicas para o aprendizado permanente, dando autonomia nas decisões e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos grupos sociais. Ela não pode sair da vida dos seres humanos, mesmo que não saiba decodificar, letras e números formando palavras, o indivíduo de alguma forma própria, conseguirá decodificar símbolos e desenhos. Então, não se pode dizer que a criança ou adulto conseguirá viver no mundo não sabendo ler palavras, pois existem pessoas analfabetas, porém letradas, elas conseguem fazer coisas sozinhas sem precisar ler, como ir ao mercado, quando precisam comprar algum determinado produto elas olham a figura representativa da marca do produto, ou embalagem. Assim com existem as pessoas com analfabetismo funcional, ou alfabetizadas, mas sem letramento, que são pessoas que sabem ler e escrever, mas não os interpretam. A leitura é algo que não pode ser deixada para depois, mas que carece acontecer desde os primeiros anos iniciais da vida da criança, aprendendo a identificar as formas, as cores, os animais e seu habitat e assim por diante. Isso é algo que 35 pode ser feito dentro da biblioteca com a mediação do professor juntamente com os bibliotecários. Porém algumas crianças acham que a leitura pode ser deixada para depois. Elas são inocentes, só querem saber de brincar fazer atividades de pintar ou de educação física, se não estimuladas com frequência elas acabam perdendo o gosto pela leitura. Por esse motivo a biblioteca funcionar de forma dinâmica para que as crianças e os vejam que ela também foi feita para lazer e que a leitura é algo divertido e trás benefícios para a saúde, para o aprendizado e para o convívio social também. O ato de ler favorece ao individuo no senso crítico em suas decisões cotidianas, estimula a criatividade, e em alguns casos muda até a personalidade da pessoa, incentiva a prática da escrita, ajuda na ortografia e no melhoramento da letra também, outra vantagem da leitura é a melhora na produção escrita de textos, não só na vida dentro da escola, mas eternamente, como a leitura é fonte de conhecimento de vários tipos de palavras, quem tem o hábito de ler com certeza produzirá bons textos de vários gêneros. A biblioteca não deve ser um espaço incluso na escola, mas sim um espaço que completa a escola, algo que integra á escola na contribuição no aprendizado do aluno em diversas áreas do conhecimento. Através dos livros não só as crianças como as pessoas terão conhecimento do mundo que os cerca, sem precisar sair de casa, e mesmo que se for para sair, pode estar fazendo uma leitura antes, para saber, por exemplo, a cultura de um lugar para cometer erros ao lidar com as pessoas do local de destino. Se estimuladas a fazerem uma leitura completa, onde a criança se entregue de corpo e alma para a compreensão de qualquer gênero textual lido, ele se tornará um cidadão capaz de enfrentar as dificuldades das complexidades da vida adulta. Um exemplo é ao ter que assinar um documento com palavras que não fazem parte do cotidiano e que em alguns casos se tornam desnecessárias em um documento simples, ele poderá saber interpretar o que aquela palavra diz de acordo com o restante da frase. Para os PCN Língua Portuguesa (2001, pg. 55): “Se o objetivo é formar cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se defrontam, é preciso organizar o trabalho educativo para que experimente e aprendam isso na escola”.

Se a criança não for estimulada para buscar informações implícitas em textos, poderá ter dificuldades de interpretação. É o que acontece com alguns adultos ao fazer uma prova de concurso, de vestibular, universitária ou qualquer outro tipo de prova que exija interpretação, eles estão tendo muita dificuldade em realizar esse tipo de atividade, e isso querendo ou não pode ser uma reflexão falta e interesse por parte do aluno ou uma falta de estimulação que teve na infância. Porém esse não é o papel só da biblioteca com professor, esse é um papel da comunidade escolar em geral, por exemplo, quando uma funcionária do apoio técnico de limpeza colocar placas para identificar onde é o lixo, regras nos banheiros para mantê-los limpos, já estará contribuindo para a leitura, os outros seguimentos da escola podem estar também sugerindo atividades para leitura dos alunos na escola. Com isso um dos principais os integrantes da comunidade escolar é a família do aluno, ela não pode deixar a responsabilidade apenas para a escola, pelo contrário deve participar ativamente de todo o desenvolvimento da criança dentro e fora da escola. A biblioteca é o melhor lugar para uma boa leitura, por se tratar de um lugar que não tem ruídos, tem boa fonte de luz, e principalmente por possuir uma grande variedade de livros, porém nem todas as escolas têm lugares apropriados para uma biblioteca sem que tenha barulho, mas cada uma se adapta da melhor forma possível. Para Eduvirges (2012), o hábito da leitura deve ser incentivado desde os primeiros anos das séries iniciais, pois é o momento em que os alunos estão na fase de alfabetização, quando eles aprendem a ler e a escrever, e é preciso manter essa aprendizagem em constante desenvolvimento através de práticas de leituras para que o aluno possa ter um melhor aproveitamento da leitura fim de o aluno saber tirar proveito com a atividade da leitura por meio de pesquisas e momentos de prazer. Um dos primeiros contatos da criança com livro é através da biblioteca, muitas de forma não direta, em que o aluno até ela para escolher os livros, mas é através dela que saem os primeiros livros para a leitura dos pequeninos. Para esse processo é necessário que a criança se sinta á vontade dentro da biblioteca, podendo foliar e escolher os livros em que lhe chama atenção.

A biblioteca pode estar preparando projetos onde a criança que ainda não teve um contato com a biblioteca, possa em primeira parte conhecê-la, de maneira dinâmica. Os alunos devem ser tratados de forma que se sinta á vontade no ambiente, o bibliotecário não pode ficar o tempo todo dizendo o que não pode fazer dentro da biblioteca, para que isso aconteça ele deve ler para a turma que está visitando o es paço, quais são as regras da biblioteca, porque se ele ficar o tempo todo chamando atenção em voz alta de cada aluno, nem esse aluno nem seus colegas vão se sentir a vontade. Lendo as regras de uma vez para todos, automaticamente eles vão segui-las, e sempre vai ter coleguinha para orientar o outro que está fazendo algo errado.

De vez em quando o bibliotecário pode chamar a atenção dos alunos, mas como o professor está acompanhando a turma, também é dever dele orientar sobre as regras expostas na biblioteca. De acordo com Eduvirges (2012) o que acontece muito na biblioteca escolar é a falta de horário disponível para os alunos poder frequenta-la para ler, geralmente na escola o único horário que as crianças têm é o recreio, que é destinado para os lanches e brincadeiras e boa parte delas nunca abandonaria o horário de brincadeira livre com os amigos para ler na biblioteca. Se tratando disso, a turma deve desenvolver alguma atividade no horário das aulas, pelo menos uma vez na semana ou no mês, principalmente da aula de português, no qual é a disciplina que mais trabalha com a questão da leitura, assim o professor pode complementar ou melhorar suas aulas e proposta pedagógica, por meios de atividades e oficinas de leitura no ambiente que é propicio a essa ele. Geralmente alguns professores utilizam a biblioteca em horário oposto da aula do aluno, mas isso ocorre para serem realizadas atividades de reforço, ou para os alunos realizarem pesquisas de algum trabalho e/ou uma leitura que foi passada para desenvolver em casa. Como não tem possibilidade de várias turmas usarem o mesmo ambiente para realizar atividades diferentes, há a importância de a biblioteca estar organizando uma tabela de horários de uso pedagógico das turmas, nessa ta bela pode haver horário fixo para cada uma ou uma tabela livre, onde o professor marca o horário que pretende usar a biblioteca, para outro professor ao marcar veri fique o horário disponível livre. 38 Mesmo que o professor não use a biblioteca para leitura poderá usar para a realização de outras atividades como apresentação de uma história, ou para uso de materiais diferenciados que muitas vezes se encontra dentro da biblioteca e até mesmo como aulas de reforços. 3.2.1 Atividades que podem ser realizadas na biblioteca escolar para o incentivo da leitura Brasil (1998), em seu manual do Ministério da Educação e Desporto salienta que ao realizar a leitura para os alunos, deve apresentar os aspectos dos livros ou história a ser contada no momento: o autor, que tipo de história será contado, comentar sobre do que se trata a história, mas sem conta-la aos ouvintes, despertando assim uma motivação e curiosidade dos livros ou história. E que se possível criar jogos, dinâmicas, e atividades que desperte essas curiosidades nos alunos para que despertem o desejo de ler. As atividades realizadas dentro da biblioteca para o incentivo da leitura de vem acontecer de forma dinâmica, interacional, permitindo a interação de todos envolvidos nas atividades. De acordo com Mendes (2011), o mediador da leitura deve aproximar o livro aos alunos de uma maneira que o aluno embarque e se fantasie com a história. E também de uma forma em que ele se sinta instigado á ler diversos tipos de livro. Para isso o mediador deve utilizar várias técnicas de linguagem, mas dependerá muito do tipo de história que ele está transmitindo, pois pode ter variações na entonação de voz quanto ao tipo de texto a ser lido, e também, expressão corporal e fácil que conta muito na contação de história. Pode ser utilizada também uma música como trilha sonora de fundo dando a característica do texto contado e para contar histórias também. Para Souza (2009), as atividades de leitura devem estar ligadas também á situações de letramento e aprendizagem, no caso ao um planejamento em que se deseja trabalhar, por exemplo, histórias em quadrinhos, levar os alunos para uma leitura de gibis, ou trabalhar a fábula, conhecer as diversas fábulas e autores famosos por escrevê-las. E assim por diante. Brasil (1998), cita algumas estratégias para realizar as atividades de leituras dentro da biblioteca ou na sala de aula, pelas quais são:

Trabalhando com fragmentos: leia-se uma parte de um livro, através de uma leitura dramática, ou com os alunos realizar mímicas para tentarem adivinhar do que se trata este livro, criar cenários, etc.

Trabalhando a biografia do autor: os alunos podem ser instigados a procurarem sobre a vida de autores.

Escolhendo temas preferidos: realizar um levantamento dos temas pre feridos dos alunos, propondo uma roda de conversar sobre o porquê da escolha do tema entre os próprios alunos.

Usando filmes e outras artes: assistir filmes e outras artes, fazendo comparações com os livros das obras, de como é a obra escrita e como é a adaptação para as televisões e teatros.

Partindo de debates: verificar que informação atualizada está circulando na mídia no nível da faixa etária do aluno através de debates com os mesmos, e indicar obras para fazerem leituras e trem um maior entendimento do assunto. Peres (2012) et al propõe atividades com oficinas que podem ser planejadas e desenvolvidas pelo profissional da biblioteca juntamente com os professores: Sarau Literário: a cada bimestre a escola determina um horário, para que os alunos possam realizar apresentações do que mais gosta de fazer. Como dançar, cantar, tocar algum instrumento, etc.

Com o objetivo de estimular e explora as habilidades dos alunos. Esta atividade pode ajudar também e fazer que os alunos percam a vergonha de se apresentarem em público. Sacola Itinerante: nesta atividade será dado a cada turma uma sacola, ou bolsa para cada turma. Nela haverá vários gêneros textuais selecionados pelo bibliotecário e pelo professor. Cada dia um aluno leva essa sacola para casa, para lerem com a família, após a leitura ele volta com a sacola e expõe oralmente como foi sua experiência da leitura em família para toda a classe. Concurso Literário: Incentiva os alunos na produção de texto, onde é eleito a melhor produção. Oferecendo prêmios, mobilizando e motivando os alunos a fazerem o concurso, estimulando assim, em se preocuparem em melhorar a leitura para a escrita. 40 Jornal Mural: Os alunos irão produzir um jornal de notícia com a participação de coletivo da escola e com a orientação de uma professora de linguagem. Neste jornal deverá conter notícias relacionadas á política, esporte, cultura, propagandas, entre outros. Varal de Poesias: será escolhido um tema, através desse tema serão escolhidos poesias ou poemas e serão ilustradas e colocadas em um varal. Que pode ser deixado dentro da sala ou exposto na escola ou em outro lugar da comunidade, como em comércios, outras escolas, etc. Hora do conto: nesta atividade o professor conta história, despertando nas crianças o interesse pela leitura estimulando a atenção, a imaginação e a concentração. Para Souza (2009), a hora do conto reafirma o espaço da biblioteca escolar como um lugar adequado para tal atividade, pois é um lugar onde grande fluxo de pessoas e livros de diversas fontes e literaturas. Mas isso não quer dizer que a contação de história deve ser propriamente ou sempre dentro da biblioteca, pois vai depender muito de sua necessidade de ambiente ou produção do próprio contador. Mas de qualquer forma a busca de informação para a contação de história se primeiramente na biblioteca das escolas. Outro fator relatado por Souza (2009), é que a Hora do conto é uma atividade que não pode se misturar com a leitura silenciosa, logicamente, ela está correta, dá para imaginar bem como seria uma turma de alunos tentando ler ou fazendo uma pesquisa enquanto a outra turma trabalha a contação de história ou leitura de grupo.

Roda de leitura ou Grupo de Estudo: ela é mais indicado para quem prestará vestibular, durante uma semana para discutir sobre uma obra indicada para vestibular. Ao final da leitura cada aluno diz sua opinião. Essa atividade tem o objetivo de abrir discursão aberta em roda de conversa para troca de experiências obtida de cada um. Exposição de Livros: o bibliotecário coloca os livros em um lugar de grande circulação e em local adequado, mesmo sendo fora da biblioteca, para quem passe veja-os e sintam curiosidade em lê-lo. Esse tipo de procedimento fica interessante na chegada de novos livros. Aqui foi elencada, do blog Coordenação Pedagógica SME (2013), algumas atividades que podem enriquecer mais ainda a dinâmica da biblioteca escolar. Reconto: a classe escolhe uma história conhecida, ou que foi lida e reconta mudando o roteiro da mesma. Pode ser feito individualmente ou o professor escreve o que os alunos contam (quando as crianças ainda não escrevem). Com as histórias recontadas pode-se montar um livro. Pode ser feito também a modernização das histórias para instigar a imaginação dos alunos pedindo que coloquem nas histórias clássicas objetos modernos. Palanque de leitura: lugar para as crianças partilharem as partes da leitura que mais gostou ou relatar oralmente sobre o texto lido individualmente. Caminhada da leitura: nesta atividade as crianças observam e leem, no percurso até a escola, tudo o que estiver escrito no ambiente: placas, nomes de lojas, nomes de ruas, etc. Na escola podem estar produzindo maquete ou um cartaz com alguns nomes ou desenhos que as crianças observaram no decorrer do caminho. Sequência correta: recortar as frases de um texto e entregá-lo aos alunos para que leiam e colem na sequência correta; essa atividade pode ser feita também com imagens relacionadas a cada faze ou capitulo importante da história. Teatro de leitura: dramatização de histórias lidas ou construídas pelo grupo utilizando fantoches que podem ser produzidos através de matérias recicláveis por parte dos próprios alunos. Ficha de leitura: destinada ao registro individual das leituras feitas pelos alunos. Deverá ser arquivada na turma e divulgada para outros grupos. Através dessa mesma fixa os alunos podem colocar no mural da escola e divulgar indicando a leitura para outros leitores, mas sem contar a história, apenas fazer de uma forma que os outros alunos sintam curiosidades de ler o livro. Outra sugestão de atividade que pode ser desenvolvida com os alunos, é a visita á outra biblioteca, seja ela escolar ou pública, e outras. As crianças adoram esse tipo de atividade, por ser algo diferenciado, por sair do ambiente e por poderem conhecer outro tipo de biblioteca que nunca viram ou conhecem. É necessário que se crie maneiras de levar o aluno não ao hábito da leitura em sua vida escolar, pois terão que ler também na vida adulta para que aprimorarem seus conhecimentos perante a sociedade num contexto geral. A elaboração de projetos é algo que algumas escolas exigem dos profissionais que nela atua, são desenvolvidas atividades voltadas para o contexto da leitura e escrita tornado a biblioteca um espaço que associe o lazer com aprendizado e estímulos de leitura. Souza (2009) coloca a disposição algumas ideias de como iniciar as atividades dentro da biblioteca, desde á recepção ao fim da atividade. Ao recepcionar os alunos poderá estar acolhendo já com uma música ou som de fundo relacionado ao tema da história a ser ministrada no momento, estra caracterizado também é impor tante, pois faz com que os alunos prestem atenção na locutora ou personagem dela. Iniciar com perguntas de conhecimentos prévios para os alunos também é interessante, pois assim dará uma introdução ao que será apresentado e dando uma curiosidade maior aos alunos, fazendo que escute com atenção na busca de resposta. Trabalhar com entonação de voz diferente, com uma linguagem diferente também ajuda e diverte muito aos ouvintes. Aplicar atividades direcionadas ás leituras. E por fim dar espaço aos alunos participarem das histórias e expõem suas opiniões no final delas. De acordo com Edwards; Gandini; Formn apud Souza (2009) a criança quando escuta uma história, ela entra em um mundo lúdico sendo capaz de criar sua própria forma de pensamento, por meio de linhas de pensamento diferente. Através da reprodução de histórias exploratória a criança vai obtendo memória de sua vida no passado, se vendo no futuro e se imaginando no futuro. Com isso ela pode criar sua própria linha de pensamento, fazendo assim mentalmente uma organização de cultura primária e secundária.

 

 

Progamas de incentivo à leitura

 

Antes do atual programa de programa de incentivo á leitura PNBE (Programa Nacional Biblioteca da Escola) foram criados diversos programas voltados para o acesso á leituras os estudantes. De acordo com Peres et al (2012) o primeiro programa de incentivo á leitura criado para atender as escolas foi o PNSL 1984 á 1987 (Programa Nacional Sala da Leitura), este programa foi fundado pela FAE – Fundação de Assistência ao Estudante, com o intuito de enviar acervos literários e repassar recursos para a sala de leitura. Em 1992 foi criado o Proler, esse programa atendia não as escolas, mas também toda a sociedade civil, dando acesso para toda comunidade á leitura de forma democrática. O MEC (Ministério da Educação e Desporto) participava desse programa de forma indireta, com repasse de recursos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FNDE. No mesmo ano foi criado o programa Pró–Leitura na Formação de Professor, que se estendeu até no ano de 1996, este programa foi criado com parceria do MEC e governo francês, atuando na formação dos professores, facilitando o ingresso dos alunos na leitura e na escrita. Esse programa tinha como proposta atender tanto professores, estimulando assim a prática de leitura na escola, sendo em sala, no cantinho de leitura, ou dentro da própria Biblioteca Escolar. Durante o funcionamento do Pró – Leitura, no ano de 1994 foi lançado o Programa Nacional Biblioteca do Professor, que também servia para dar suporte na formação de professores do ensino fundamental 1, dentro disso este programa desenvolvia duas ações que é a aquisição e distribuição de acervos bibliográficos e a produção e difusão de materiais destinados à capacitação do trabalho docente. O PNBP durou até o ano de 1997, pois surgiu outro programa destinado á biblioteca da escola, chamado Programa Nacional Biblioteca da Escola PNBE, programa que se segue até este ano. De acordo com Brasil (1998): “o programa surgiu com o objetivo do MEC (Ministério da Educação e Desporto) de ofertar oportunidades de democratização da cultura, reduzindo a distância entre o Brasil dos letrados e dos excluídos.”. O programa foi criado para complementar o acervo de livros nas escolas públicas. O objetivo principal desse programa é democratizar o acesso á literatura, ou seja, é o fornecimento de obras literárias e materiais de apoio para a prática da educação básica, para toda a população infantil e jovem brasileira, obras e materiais pelas quais, não podem ser vendidas, por se tratar de uso exclusivo para fins escolares. Ele está em execução do FNDE- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação juntamente com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Edu cação SEB/MEC. Os acolhedores do PNBE são as redes federais, estaduais, municipais e Distrito Federal. Para que uma escola tenha acesso a esse programa é necessário apenas que todo ano ela faça o senso da intuição, sendo assim automaticamente ela está cadastrada no programa, ou seja, não é algo que acontece de forma manual, mas sim automática, com isso a escola receberá os livros e materiais durante o ano todo. Sendo assim a Biblioteca Escolar conta com a doação de livros pelo FNDE e PNBE, para construir seu acervo. Para saber quais obras são recebidas do PNBE, é só verificar a etiqueta na capa ou caixa do material, escrito FNDE e/ou PNBE. Para que os livros cheguem as escolas é preciso que antes os editores escrevam o livro de qualquer gênero textual destinado ao publico escolar, para serem avaliados pelo programa e serem distribuí dos para as instituições. De acordo com Cirino & Peres (2015) um dos primeiros trabalhos de incentivo á leitura, foi a distribuição de livros diretamente para os alunos, na qual chamavam a iniciativa de Literatura em Minha Casa, no caso os alunos ganhavam os livros para que lessem em casa, ou seja, definitivamente deles. Porém boa parte não foi entregue ás crianças, pois muitos responsáveis alegram que as crianças não dariam valor e não fariam bom uso dos materiais, dessa forma o PNBE passou á disponibilizar os livros novamente para as escolas. Essa modalidade tinha como objetivo não só o incentivo á leitura dos alunos em casa, mas também a de seus familiares e ás pessoas que estavam presentes no seu dia a dia. Fazendo assim uma universalidade da leitura, colocando os livros a disposição da literatura para toda a comunidade, formando mais leitores brasileiros, e muitas das vezes podendo até levar pessoas de volta para escola. Mas isso não quer dizer que os alunos deixaram de ter o contato com a literatura, pelo contrário, este programa atualmente vem cada vez mais se aperfeiçoando á realidade da comunidade escolar, o aluno pode não ter ganhado o livro para si próprio, mas continuam a ter acesso á eles, podendo pegar emprestado na escola e transmitir para a família e trocando ele por outro. Dessa forma pode dizer que o aluno tem mais acesso á varias formas, tipos e gêneros de contextos literários e de pesquisa. Com isso o acervo da Biblioteca Escolar aumenta cada vez mais, oportunizando não só um kit de livro por aluno, mas uma biblioteca cheia de vários tipos de literatura, cultura e na transmissão de conhecimento para toda sua comunidade escolar. Mas para Souza (2009) mesmo com a grande quantidade de livros para os alunos usufruírem, ainda se encontra dificuldades de formar leitores. Dessa forma, ainda faltam mais alguns investimentos na área, como por exemplo, á formação de pessoas capacitadas para exercer o importante papel dentro da biblioteca, que é incentivar cada vez mais os alunos na leitura, pois querendo ou não o Brasil é um país pobre de crianças e jovens e até mesmo os adultos e os próprios professores com gosto pela leitura. De acordo com Souza (2009) o programa da escola deve fazer com que a criança aproveite a literatura de modo apaixonante e familiarizado. Neste sentido, as escolas devem complementar esses programas de governo com próprios programas, ou projetos de leitura para que seus alunos possam ter oportunidades de experimentar a literatura de modo significativo e prazeroso, não se limitando á leitura apenas para estudar, mas para o prazer e gosto também.

 

 

Capítulo III.

 

Neste capítulo serão apresentadas as metodologias utilizadas para o desenvolvimento deste trabalho. Com objetivo de descrever os instrumentos e os procedimentos utilizados para a coleta de dados e análise deles. Assim como também descrever qual a população participante da amostra dos estudos e seu local de pesquisa. As seguintes metodologias foram escolhidas por apresentarem resultados mais imediatos dos pesquisados, podendo ter mais facilidade nas tabulações e comparações deles. Para tais, foram realizadas leituras bibliográficas, observações no local da pesquisa e entrega de questionário fechado aos professores da instituição. Sem a pesquisa não seria possível chegar aos resultados esperados do trabalho.

 

 

Metodologia

 

O desenvolvimento do presente trabalho foi realizado com embasamento em alguns autores de artigos já publicados e livros dos seguintes autores: Pimentel (2007), Carvalho, Eduvirges (2012), Mendes (2012), e Souza (2009), entre outros. Para Gil (2002), a pesquisa bibliográfica possui uma grande vantagem, por permitir ao investigador uma gama de fenômenos muito mais amplos, tornado importante quando o problema da pesquisa requer dados dispersos pelo espaço. Sendo assim os autores citados neste trabalho contribuíram de forma significante para o andamento da pesquisa bibliográfica, onde eles descrevem a biblioteca escolar não mais como um deposito de livros, mas também como um lugar de aquisição de conhecimento e estimuladora de leitura. E através da pesquisa bibliográfica foi possível realizar a pesquisa de campo relacionada ao objeto de pesquisa.

Caracterizações da pesquisa

A realização desta pesquisa é de característica bibliográfica, onde foram utilizadas fundamentações de autores que descreveram sobre tal assunto abordado neste trabalho. Para a aquisição de dados foi utilizada a pesquisa de campo, onde foi aplicado o instrumento de pesquisa com questionário de modo quantitativo. Na pesquisa exploratória foi realizada a observação na biblioteca da instituição, quanto ao seu acervo, espaço físico e organizacional. Assim como também foi observado se a biblioteca possui um grande acervo de livros, que estejam de acordo com a faixa etária de idade dos alunos, se há algum tipo de livro que contenham contextos inadequados á idade deles. Como funciona a organização do acervo e dos materiais utilizados por profissionais e alunos da unidade escolar. Este tipo de pesquisa permite que haja um aprofundamento nas características do que se pretende saber, apresentado maior flexibilidade, tendo uma maior comparação aos objetivos propostos em que deseja alcançar.

População ou amostra de participantes no estudo

Para analisar a contribuição da biblioteca no incentivo á leitura na utilização da biblioteca foi realizada a pesquisa de campo na Escola Estadual Cecília Meireles do município de Matupá-MT. Que atende ás series iniciais do primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental I. O questionário foi entregue á 14 professoras das turmas do primeiro ciclo e segundo ciclo do ensino fundamental I. Porém apenas 08 professores devolveram os mesmos. Á seguir está sendo exposto o quadro das características básicas das professoras que responderam ao questionário. 48 Formação Profissional Tempo de profissão Turma q. leciona 01 Licenciatura em Pedagogia 09 anos ano 01 Pedagogia com Sp. Em Psicopedagogia 08 anos ano 01 Pedagogia com Sp. em educação infantil e series iniciais 18 anos ano 01 Licenciatura em Pedagogia 20 anos ano 01 Pedagogia com Sp. Educação infantil 12 anos ano 01 Pedagogia 19 anos ano 01 Pedagogia 10 anos ano 01 Licenciatura Plena em Letras com Sp. Em gestão Educacional 12 anos ano

 

 

4.3. Caracterização dos instrumentos de pesquisa

 

Para a coleta de dados foi utilizado um questionário com 10 perguntas fechadas, ou seja, apenas para os professores assinalarem, neste mesmo questionário foi preenchido também o tempo de formação, em que é formado e qual turma ministram no momento. Permitindo assim uma quantificação para uma maior resolução e verificação dos objetivos propostos no desenvolver desta pesquisa. Este método possui maior vantagem, pois o pesquisado estará garantido no anonimato, não exigindo um treinamento pessoal ao responder, pois o questionário apresenta perguntas fechadas.

Facilitando no processo de levantamento de dados e por apresentarem respostas mais confiáveis. E no método observatório, foi de forma não sistemática, através da observação diária, pela qual foi realizada uma observação do espaço físico e organizacional da biblioteca. Dessa maneira pode-se verificar com mais precisão o local a ser pesquisado, ou seja, a Biblioteca Escolar Escola Estadual Cecília Meireles.

 

 

4.4 Procedimentos de coleta e análise de dados

 

Os dados foram coletados no dia 26 de setembro de 2017, nos turnos vespertino e matutino onde foi entregue á cada professor um questionário para que respondam até o dia 28 de setembro de 2017. Mesmo momento foi explicado que a pesquisa é de suma importância para a pesquisa acadêmica do pesquisador, e que ocorrerá de modo a garantir a privacidade dos entrevistados. Após a entrega dos questionários, foram feitos os cálculos estatísticos, as tabulações dos dados obtidos. Ou seja, a contagem de resposta de cada pergunta manualmente e consecutivamente a produção dos gráficos, pela qual foram digitados e formulados em porcentagem no computador com ferramenta do Word e Excel. Esses dados são apresentados separadamente de acordo com cada pergunta do questionário para analise de cada uma delas. Dessa forma foi feita a interpretação dos gráficos, estabelecendo a ligação da resposta com o material teórico desenvolvido ao longo do trabalho.

 

 

Capítulo IV Resultados e discussões

 

Neste capítulo será exercido o esboço das análises e discussões acerca da pesquisa bibliográfica do referencial teórico diante da pesquisa de campo e dos resultados obtidos, pelos questionários respondidos pelas professoras da Escola Estadual Cecília Meireles. Para desenvolvimento das análises, foi feito um baseamento entre o que se diz sobre a biblioteca escolar teoricamente com o que o total que os professores preencheram nas respostas, ou seja, nos resultados obtidos com o instrumento da pesquisa. Buscando identificar com que frequência na biblioteca está sendo utilizada pelos professores, como está o acervo dessa biblioteca, se existe algum tipo de serviço prestado á comunidade escolar, e entre outros assuntos abordados no decorre deste trabalho. Os gráficos foram feitos de acordo com cada pergunta do questionário, ou seja, aqui ficaram apresentados dez gráficos que serão analisados e de acordo com os resultados do questionário respondido pelos professores e coquetemente as considerações finais acerca do material bibliográfico estudado, pesquisado em campo. Gráfico 01: O gráfico da pergunta de número 01 se refere a opinião dos professores quanto á função em que a biblioteca deve exercer no âmbito escolar. Fonte: CORDEIRO, Jéssica dos Santos. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte-MT. 2017.

O gráfico aponta que 70% dos entrevistados optaram como função da Biblioteca Escolar, auxiliar o aluno no processo de formação como leitor crítico e autônomo. 20% dizem que a Biblioteca Escolar tem por função colocar a disposição da comunidade escolar os materiais em que se deseja no momento. Os outros 10% responderam que a BE, não tem mais a função de depositar livros, mas sim de adquirir conhecimentos. A biblioteca escolar ganha destaque como espaço de estudo e de acesso a conhecimento elaborado. Devendo funcionar de maneira educativa e atraente aos alunos, tirando o paradigma de que a biblioteca é apenas um lugar de leitura silenciosa, mas sim como um lugar de transmitir e compartilhar momentos culturais e informacionais. Souza, (2009, pg. 206) afirma que: A biblioteca precisa ser percebida como um ambiente de formação de leitores e pesquisadores, e os profissionais que nela atuam devem criar em torno das ações de leitura e pesquisa um clima de liberdade e ludicidade, 70% 20% 10% 01. Qual a função da biblioteca escolar? Auxiliar o aluno no processo de formação como leitor crítico e autônomo colocar a disposição da comunidade escolar, em especial o aluno, os materiais de interesse próprio e didático tem a função de não mais agir como um deposito de livros.

 

 

Considerações finais

 

Ao término desta pesquisa foi possível perceber que os objetivos desse trabalho de conclusão de curso foram alcançados, onde o mesmo teve como objetivo geral analisar como a Biblioteca Escolar pode atuar na contribuição da leitura dos alunos na Escola Estadual Cecília Meireles do município de Matupá - MT, podendo verificar-se que sua biblioteca atua na formação de seus alunos como leito contribuindo para essa prática seja vivenciada no dia-a-dia. Este trabalho teve grande relevância ao analisar que a visão de seus medi adores é positiva em relação á importância desse incentivo. Sendo possível com a utilização do projeto cantinho de leitura como ferramenta central para a mediação desse processo importantíssimo. Onde esse recurso é adquirido anualmente pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) juntamente com PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) em parceria PNAIC (Programa Nacional da Alfabetização na Idade Certa). Porém deveriam existir programas como esses voltados também para as outras fases de ensino, ressaltando que eles também contribuem para as outras fases, porém não é com a mesma frequência que ocorre no 1º ciclo.

Oportunizar momentos de leituras prazerosas com rodas de conversas, dando espaço ao aluno para expor opiniões, falar do que gosta e do que não gosta, fazendo assim um prévio levantamento de quais livros a turma gosta e qual o nível de letramento pertence. O primeiro passo para a gosto e apreciação da leitura vem de casa, com seus próprios familiares, as crianças se espelham nos adultos. Ao ver um adulto lendo ela o verá como um exemplo, sendo motivado á pegar qualquer instrumento de leitura para tentar decifrar os códigos á sua vista. Fazer uma criança gostar de ler não é fácil, ainda mais quando ela não tem o hábito de nem se quer ler um anúncio de uma placa. Mas também ninguém é obrigado á gostar de ler por imposição, o gostar de ler deve acontecer de forma automática com autonomia própria. Claro que o professor e bibliotecário deve levar a leitura ao cotidiano do aluno, levando á leitura para o seu dia-a-dia. observei que a mesma possui um acervo grande e diversificado para atender toda a escola. O seu espaço físico consegue atender uma turma de até 30 alunos, possui moveis, como mesa de leitura, prateleiras e estante para os livros e materiais utilizados pelos alunos e professores como, por exemplo, ábacos, globos, réguas e compassos, assim como também um armário denominado de Armárioteca onde são guardados jogos educativos e recreativos para uso em sala de aula e na própria biblioteca. A frequência das turmas nessas escolas não ocorre diariamente, por conta do horário que é deixado a disposição dos professores e por conta do atendimento não ser totalmente integral, a bibliotecária ali presente atende apenas uma parte do período matutino, sendo: das 08h00min ás 11h00min; apenas das terças ás sextas feiras e no período vespertino das 13h00min ás 17h00min horas de segunda á sexta-feira , porém, alguns dias da semana também não funciona a tarde toda. Somando a carga horária de 30 horas semanais. Os professores apresentam como dificuldades de frequentar a biblioteca por conta do horário de atendimento, pois muitas vezes não condizem com o horário que pretende usar a biblioteca. Alguns professores á utilizam apenas para dar aulas de reforço, ao final das atividades os alunos aproveitam para poder explorar o ambiente da biblioteca com jogos e escolhas dos livros pares leem em casa ou no mesmo momento. A frequência autônoma dos alunos na biblioteca se deu após o momento em que suas professoras os levaram para esse ambiente, além dos livros do cantinho da leitura, os alunos conheciam os disponíveis na biblioteca, e sentiam interesse em levar para casa, ao término do horário, eles levam o livro para a bibliotecária, pegam emprestado assinando o caderno de empréstimo para que fiquem em casa uma se mana com livro. Porém, notei que algumas professoras não gostam que os alunos saiam da sala de aula para pegar mais livros, algumas já dizem que é apenas para devolver e não pegar mais, elas se sentem incomodadas quando eles pedem para trocar de livro, alegam que só vão para matar aula e que não leem de verdade. Quando os alunos entram na biblioteca e falam dos livros demonstrando interesse por um do mesmo assunto ou por outro qualquer, significa que leem e gostam de ler, inibir esse processo de leitura autônoma será o mesmo que acabar com todo o incentivo por outras atividades de leitura. No decorrer do ano a biblioteca esteve emprestando mais de 300 livros apenas para alunos, e detalhe nem todas as turmas frequentam a biblioteca. São poucas as professoras que valorizam esse momento especial de autonomia. A desvantagem de usar o cantinho da leitura em sala é essa, os professores acham que já o suficiente, por esse motivo se torna a importância da divulgação de materiais e livros que chegam na biblioteca, se tornando um convite á comunidade escolar para usufruir do novo e do velho. A quantidade de livros lidos pelos alunos da E. E. Cecília Meireles é relevante, demonstra que a biblioteca junto com o corpo pedagógico atua contribuindo na formação de leitores do dia-a-dia. Em relação ao acervo literário, a biblioteca conta com conteúdo atualizados e adequados á sua cliente, porém ainda faz necessária a aquisição de materiais de pesquisas bibliográficas. Em seu ambiente físico, a biblioteca está organizada de forma a atender cada área de conhecimento separadamente, por exemplo: os livros destinados aos professores estão nas prateleiras, separados e etiquetados por área de conhecimento, (matemática, linguagem oral e escrita, literatura, educação física, ambiental, etc.), as coleções também estão etiquetadas facilitando na procura por eles. Os livros voltados para a literatura infantil ficam na prateleira próxima á armarioteca, esses livros são separados por faixa etária de turma, ou seja, os livros do primeiro ano ficam de um lado, os do segundo do outro, assim por diante, e coloca dos de acordo com o tamanho das crianças também, como os alunos do primeiro e segundo ano são menores, os livros ficam na primeira parte da prateleira, os dos terceiro e quarto nas segunda do meio, e os livros do quinto e sexto ano, ficam nas últimas, por se tratarem de alunos maiores. Dessa forma os alunos têm maior facilidade ao procurar leituras de seus níveis.

 

 

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